Ele era amigo e confidente de Carlos da Maia e filho de uma viúva rica e beata,
de Celorico de Basto.
Caracterização psicológica
Ega é um literato falhado. Apesar dos vários projectos que se propõe levar a
cabo, nunca chega, de facto, a concretizar nenhum. Tenciona escrever as
"Memórias de Um Átomo", história das grandes fases da Humanidade e do
Universo, e as suas também, que nunca chega a realizar. Nas últimas páginas do
romance ainda refere um novo livro, as "Jornadas da Ásia", acabando, mais uma
vez, por não produzir nada. É um literato ousado, fantasioso e com verve, nunca
chegando a concretizar os seus planos de autor. Partidário do naturalismo e
do realismo, envolve-se numa discussão com Alencar, protótipo do poeta do ultra-
romantismo, no jantar do Hotel Central, mas no final do romance acaba por
«apreciá-lo imensamente» e por o considerar um português genuíno.
Ega usava "um vidro entalado no olho", tinha "nariz adunco, pescoço
esganiçado, punhos tísicos, pernas de cegonha". Era o autêntico retrato de
Eça.
Caracterização Psicológica