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João da Ega 

é um personagem do romance Os Maias de Eça de Queirós.

Ele era amigo e confidente de Carlos da Maia e filho de uma viúva rica e beata,
de Celorico de Basto.

"(…) era considerado em Celorico e na Academia, , como o maior ateu, o


maior demagogo, que jamais aparecera nas sociedades humanas. Isto
lisonjeava-o: por sistema exagerou o seu ódio à Divindidade e a toda a Ordem
Social: queria o massacre das classes médias, o amor livre das ficções do
matrimônio, a repartição das terras, o culto de Satanás. O esforço da
inteligência neste sentido terminou por lhe influenciar as maneiras e a
fisionomia; e, com a sua figura esgrouviada e seca, os pêlos do bigode
arrebitados sob o nariz encurvado, um quadrado de vidro entalado no olho
direito - tinha realmente alguma coisa de rebelde e de satânico." QUEIRÓS,
Eça. "Os Maias". São Paulo: Editora Escala, 2007.

Caracterização psicológica

João da Ega é a projecção literária de Eça de Queirós. É um personagem


contraditório. Por um lado, romântico e sentimental, por outro, progressista e
crítico, sarcástico do Portugal Constitucional.

Boêmio, excêntrico, exagerado, caricatural, anarquista sem Deus e sem moral. É


leal com os amigos. Sofre também de diletantismo (concebe grandes projectos
literários que nunca chega a executar). Terminado o curso, vem viver para Lisboa
e torna-se amigo inseparável de Carlos. Como Carlos, também ele teve a sua
grande paixão - Raquel Cohen.

Encarna a figura defensora dos valores da escola realista por oposição à


romântica. Na prática, revela-se em eterno romântico. Nos últimos capítulos
ocupa um papel de grande relevo no desenrolar da intriga. É a ele que Guimarães
entrega o cofre. É juntamente com ele, que Carlos revela a verdade a Afonso. É
ele que diz a verdade a Maria Eduarda e a acompanha quando esta parte
para Paris.

Impressionava tudo e todos com as suas atitudes e concepções, arrojadas e


revolucionárias, comprazendo-se nos efeitos que a sua retórica provocava. As
suas opiniões apresentavam-se de uma forma irreverente e contestária, por
vezes incoerentemente e com a intenção de escandalizar a burguesia lisboeta
dos círculos que frequentava. Constantemente, proferia blagues que nem os
outros, nem ele mesmo tomavam a sério. Assim, afirmava-se partidário da
escravatura e adversário de uma intervenção da mulher na área intelectual.
Considerava que, para salvar Portugal, restava apenas a via revolucionária, ou,
caso esta falhasse, a redução do país a uma província espanhola. Numa
visão iconoclasta, afirmava que a salvação nacional passaria por uma invasão
espanhola que acabasse com as classes dominantes e possibilitasse o recomeço
do zero com novas energias. Viveu uma grande paixão por Raquel Cohen, mulher
do director do Banco Nacional. Na soirée dos Cohen, Ega apareceu disfarçado
de Mefistófeles, acabando por ser expulso pelo marido de Raquel. Desiludido,
retirou-se para Celorico, com a intenção de escrever O Lodaçal, para se vingar de
Cohen.

Ega é um literato falhado. Apesar dos vários projectos que se propõe levar a
cabo, nunca chega, de facto, a concretizar nenhum. Tenciona escrever as
"Memórias de Um Átomo", história das grandes fases da Humanidade e do
Universo, e as suas também, que nunca chega a realizar. Nas últimas páginas do
romance ainda refere um novo livro, as "Jornadas da Ásia", acabando, mais uma
vez, por não produzir nada. É um literato ousado, fantasioso e com verve, nunca
chegando a concretizar os seus planos de autor. Partidário do naturalismo e
do realismo, envolve-se numa discussão com Alencar, protótipo do poeta do ultra-
romantismo, no jantar do Hotel Central, mas no final do romance acaba por
«apreciá-lo imensamente» e por o considerar um português genuíno.

Ega desempenha um papel importante na intriga, pois é a ele que Guimarães


entrega o cofre que revela o parentesco entre Carlos e Maria Eduarda. Terminada
esta relação incestuosa, Ega e Carlos planeiam uma longa viagem, que os levaria
aos grandes centros das civilizações antigas e modernas, acabando por visitar a
América do Norte e o Japão. Passado ano e meio, Ega reaparece no Chiado.

Ega é uma personagem ricamente caracterizada, em todas as suas contradições.


É herético e revolucionário, mas também um dândi e um cínico. É considerado
por vezes, em muitos aspectos, como um retrato irónico do próprio Eça.
Personifica, ao longo do romance, uma certa postura revolucionária da época,
manifestada de forma mais consistente na Geração de 70. Apesar de todos os
seus grandes planos de transformação social, numa retórica de tom profético e
inflamado, apesar de defensor das correntes artísticas e científicas mais
modernas, como o realismo e o positivismo, acaba por não levar a cabo qualquer
projecto verdadeiramente significativo, perdendo-se nas suas aventuras
românticas, numa vida diletante e ociosa.
Personagem de Os Maias, de Eça de Queirós. Licenciado em Direito,
destacou-se em Coimbra tanto pela rebeldia como pelo sentimentalismo e pelos
seus amores, tornando-se um amigo inseparável de Carlos da Maia. Dependente
economicamente da mesada da mãe, uma rica fidalga de Celorico de Basto, vive
parasitariamente à sombra de Carlos. Trata-se de um fidalgo rico de província,
audacioso e com fama de ser "o maior ateu, o maior demagogo que jamais
aparecera nas sociedades humanas". Sempre pronto a escandalizar, é capaz de
defender a escravatura ou a revolução, só para chocar os interlocutores. Gosta
de se fazer notar e de ser lisonjeado nos círculos que frequenta. De entusiasmo
fácil, arrebatado e violento, inicia vários projetos, como a criação de uma revista
que revolucionasse o ambiente cultural português e um livro intitulado As
memórias de um Átomo, que nunca foram concluídos. Rende-se a uma intriga
amorosa romântica e banal, envolvendo-se com a mulher do banqueiro Cohen.
Do ponto de vista da narrativa, cabe-lhe um papel importante na evolução da
intriga trágica, pois é ele quem toma conhecimento da existência de
documentos que provam o parentesco de Carlos e Maria Eduarda. Quer pelo
seu retrato físico ("a sua figura esgrouviada e seca, os pelos do bigode
arrebitados sob o nariz adunco, um quadrado de vidro entalado no olho
direito"), quer pela sua postura crítica e de certa forma distanciada de
permanente acusador dos males do país, mas estando ele próprio não isento de
ridículos, quer pela sua intervenção em defesa do realismo-naturalismo, já para
não invocar a similitude dos nomes, Ega tem sido visto em muitos aspetos como
uma espécie de alter-ego de Eça.
Caracterização Física

Ega usava "um vidro entalado no olho", tinha "nariz adunco, pescoço
esganiçado, punhos tísicos, pernas de cegonha". Era o autêntico retrato de
Eça.

Caracterização Psicológica

João da Ega é a projecção literária de Eça de Queirós. É um personagem


contraditório. Por um lado, romântico e sentimental, por outro, progressista
e crítico, sarcástico do Portugal Constitucional.

Era o Mefistófeles de Celorico. Amigo íntimo de Carlos desde os tempos de


Coimbra, onde se formara em Direito (muito lentamente). A mãe era uma
rica viúva e beata que vivia ao pé de Celorico de Bastos, com a filha.

Boémio, excêntrico, exagerado, caricatural, anarquista sem Deus e sem


moral. É leal com os amigos. Sofre também de diletantismo (concebe
grandes projectos literários que nunca chega a executar). Terminado o curso,
vem viver para Lisboa e torna-se amigo inseparável de Carlos. Como Carlos,
também ele teve a sua grande paixão - Raquel Cohen. Um falhado,
corrompido pela sociedade.

Encarna a figura defensora dos valores da escola realista por oposição à


romântica. Na prática, revela-se em eterno romântico.

Nos últimos capítulos ocupa um papel de grande relevo no desenrolar da


intriga. É a ele que Guimarães entrega o cofre. É juntamente com ele, que
Carlos revela a verdade a Afonso. É ele que diz a verdade a Maria Eduarda e a
acompanha quando esta parte para Paris definitivamente.

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