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Desenvolvimento da Temática

Esta prática é parte da observação e identificação dos cursos d’água da área urbana
do município de Ibitinga/SP, possibilitando análises posteriores sobre como a comunidade
As águas em sua cidade local se relaciona com o meio ambiente de onde vivem.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) , a Ge-
Valquíria Aguiar Meneguez ografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo histórico na formação das
Membro do Grupo ELO/USP e Professor da Rede Estadual Paulista
valmeneguez@hotmail.com sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do
território, a partir de sua paisagem. Assim, é partindo deste conceito de Geografia que a
Noely Mendes Paez
Membro do Grupo ELO/USP e Professor da Rede Estadual Paulista presente prática pedagógica busca incentivar o interesse dos alunos pelas características da
noelypaez@yahoo.com.br
localidade em que vivem, uma vez que acreditamos ser através desta análise da paisagem
local que ele poderá compreender como ela se constituiu ao longo do tempo e através de
heranças sucessivas das relações entre sociedade e natureza. Para isto foram utilizados
mapas da cidade, imagens fotográficas locais, atlas escolar digital, trabalho de campo, tudo
Introdução objetivando facilitar a compreensão do estudo proposto. A presente prática ainda não foi
finalizada. Nossos resultados ainda são parciais, pois ainda estamos desenvolvendo as
Este pôster está inserida num contexto mais amplo que é o da pesquisa Práticas
atividades com os alunos, uma vez que elas são parte integrante do planejamento que foi
Educativas Sobre a Localidade e o Cotidiano de Ribeirão Preto, desenvolvido pelo Grupo
realizado no início do ano. No entanto, podemos afirmar que até a fase em que estamos os
de Estudos Da Localidade (ELO), sediado no LAIFE, instalado na FFCLRP, da USP. Este
alunos têm se mostrado envolvidos e interessados no assunto que está sendo abordado.
grupo é coordenado pela professora doutora Andréa Coelho Lastória e, desde o ano de
Como a cidade de Ibitinga está localizada dentro de uma área de preservação
2006, vem desenvolvendo esta pesquisa, que teve como primeiro produto a elaboração do
ambiental, reconhecer os atributos naturais que possibilitam a ela estar nesta condição é
Atlas Escolar, Histórico, Geográfico e Ambiental de Ribeirão Preto. Como uma das autoras,
muito importante para os alunos. Desta forma, para levantar os conhecimentos prévios dos
membro do grupo, é professora na cidade de Ibitinga, decidiu-se por elaborar um trabalho,
alunos, a prática teve início com uma atividade, onde eles foram estimulados a desenharem
onde foi utilizado este Atlas Escolar numa outra localidade.
os pequenos rios existentes no espaço urbano do município de Ibitinga. Esta primeira
Escolheu-se iniciar a abordagem do tema As Águas Em Sua Cidade, partindo da
atividade foi muito importante, pois possibilitou à professora analisar como os alunos se
escala local, no caso a cidade de Ibitinga e, em seguida, ampliar para a escala regional,
utilizam dos símbolos cartográficos, se eles têm noção de legenda, de proporção, de re-
quando foi introduzido o trabalho com o Atlas Escolar do município de Ribeirão Preto.
ferências e orientação espacial. Isto permitiu que estas noções fossem sendo trabalhadas
Acreditamos ser de grande importância a sistematização do conhecimento sobre
com os alunos que no decorrer das aulas. Durante a comparação entre seus trabalhos e o
o lugar onde vivem os aluno e tendo em vista que, o município de Ibitinga é uma Área de
mapa da cidade, eles puderam constatar a localização real desses pequenos rios.
Preservação Ambiental – APA, esta preocupação torna-se latente para toda a comunidade.
Como parte das atividades desenvolvidas ao longo da prática, foi feita a leitura e
A área de abrangência desta APA coincide com a área do município, que se localiza junto
análise da página Bacias Hidrográficas, do Atlas Escolar Histórico, Geográfico e Ambiental
à margem direita do rio Tietê.
de Ribeirão Preto, que serviu como base de conhecimento para a construção dos vários
Desta forma, levar os alunos a observarem, representarem, descreverem
conceitos relacionados ao tema. Foi realizado um estudo do meio com os alunos, para que
e analisarem as condições ambientais do local onde vivem é de grande importância, para
pudessem observar a paisagem da área onde os córregos se localizam e as condições am-
que eles possam compreender como todos nós somos agentes das transformações que
bientais do entorno. Acreditamos que uma das formas de possibilitar que os alunos tenham
ocorrem a todo momento no lugar onde vivemos. Pretende-se com isso possibilitar a
uma atitude consciente em relação à conservação e valorização das águas superficiais de
formação de alunos com atitudes críticas e conscientes em relação ao local onde vivem e
sua cidade, seja a de desenvolver atividades que os levem a refletir sobre como elas são
interagem constantemente.
apropriadas por eles e por toda a sociedade local.

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Considerações finais SÃO PAULO. Secretaria De Educação. Proposta curricular do estado de São Paulo
para o ensino de Geografia. Natureza e sociedade: paisagens da Terra. São Paulo: SE.
Acreditamos que ainda há muito trabalha a ser desenvolvido, junto a este grupo de Volume 3. 2008.
alunos, no que se relaciona a relação que eles estabelecem com o seu meio ambiente local.
No entanto, acreditamos que um importante passo foi dado, uma vez que eles, a partir do
estudo dos córregos da cidade, tornaram-se muito receptivos e estimulados a conhecer as
características ambientais existentes no município onde vivem, que possibilitarem a ele,
se tornar uma Área de Preservação Ambiental (APA-Ibitinga).
Pudemos constatar que este tipo de prática pedagógica contribua com a mudança
do paradigma dos alunos, no que se refere à importância das águas superficiais da cidade.
Os mesmos alunos que até então só se referiam aos córregos com denominações grotescas,
já se referem a eles por seus nomes próprios quando os observam no trajeto casa-escola,
ou nos seus passeios com a família. Constatamos pelos diálogos que se seguiram durante
as aulas, que vários alunos passaram a observar os córregos de uma maneira mais atenta
e a questionar a falta de ação do poder público, no que se refere à ausência de tratamento
do esgoto que é despejado diretamente nos córregos, bem como nas conseqüências de
pequenos atos da maioria das pessoas da cidades, inclusive eles e seus familiares.
Segundo Cacete; Paganelli e Pontuschka (2007, p. 164), o estudo da realidade local,
em seus problemas mais significativos, quando inseridos em uma realidade mais ampla, é
um dos caminhos para uma pesquisa científica ou um trabalho pedagógico. Assim, acre-
ditamos que o conjunto de atividades que foram desenvolvidas, tenham contribuído para
que os alunos se aproximem de sua realidade cotidiana de uma maneira mais reflexiva e
consciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.
5ª. à 8ª. Séries. Geografia. Brasília: MEC/SEF,1998.
CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto,
1999.
LASTORIA, A. C (org) Atlas Escolar Histórico, Geográfico e Ambiental de Ribeirão
Preto. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, 2008. 1 CD-ROM.
LEAL, Antonio Cesar, GUIMARÃES, Eliana M. Alves. Pelos Caminhos do Rio: Pro-
posta de Educação Ambiental em Bacias Hidrográficas. Revista Nuances. Presidente
Prudente – Volume IV. 1998.
MONTANARI, Valdir. STRAZZACAPPA, Cristina. Pelos caminhos da água. São Paulo.
Moderna, 1999.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoco Iyada; CACETE, Núria Hanglei.
Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007.

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