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Web 1.0, Web 2.0… a caminho da Web 3.

…onde está a escola?


A Internet, tal como a conhecemos, tem pouco mais que um dezena de anos. A sua evolução
tem sido um fenómeno interessante de seguir, passando de uma tecnologia elitista a uma
metodologia democrática, com uma velocidade vertiginosa e de difícil monitorização.

Tal como Gary Hayes 1mostra no gráfico, a forma como usamos a Internet, desde que esta
surgiu, tem também sofrido profundas alterações. Passamos de uma fase unidireccional, a
Web 1.0, em que as transferências de ficheiros eram a nossa principal actividade para uma
outra, em que a bidireccionalidade e o sentido de partilha da Web 2.0 se manifesta
profundamente. A caminho está o conceito de Web 3.0, em que as experiências em tempo
real e em ambientes 3D se evidenciarão ou estão já a emergir, por exemplo, através do Second
Life.

Nesta acelerada interferência na forma como entendemos o Mundo tivemos que alterar e
adaptar conceitos, adoptar novas metodologias e conceber formas de optimização das
tecnologias (…que já não são nada novas!). Para quem aprendeu, na sua formação, a certeza
do positivismo de Comte e o analitismo de Descartes, hoje não pode explicar com tanta clareza
os fenómenos quotidianos à custa desses mesmos modelos. Parecem ser mais razoáveis a
cibernética (Norbert Wiener e William Ross Ashby), o construtivismo (Jean Piaget e Lev
Vygotsky) e as teorias da complexidade (Edgar Morin ) para acedermos mais facilmente ao

1
The Changing Intraweb - Gary Hayes, 2006
entendimento do emaranhado extremamente complexo das inter-relacções sociais
emergentes a partir do advento e consolidação da Internet.

A Escola deve ser o veículo de “factos portadores do amanhã”, por isso, não pode ficar
indiferente à vertiginosa e galopante evolução da Internet, pois pode incorrer na produção de
conceitos desactualizados em relação ao futuro, pervertendo o significado dos objectivos das
aprendizagens. Será no futuro que os nossos alunos colocaram em prática as “coisas” que
aprendem agora!

Conceitos como a aprendizagem colaborativa, aprendizagem em ambientes hipermédia, e-


learning, b-learning, e-conteúdos, objectos de aprendizagem2, etc., estão a ter uma
aplicabilidade cada vez maior em vários contextos de formação.

Esta mudança de paradigma da aprendizagem sugere novas metodologias de ensino que os


professores terão obrigatoriamente que dominar. Se não o fizerem correm o risco de serem
ultrapassados e “esmagados” pela célere alteração do paradigma de como os alunos
aprendem.

Sobressaem algumas evidências deste “novo contexto de Ensino/Aprendizagem”:

• os professores terão que saber construir os seus e-objectos de aprendizagem através


de ferramentas apropriadas, porque não existem possibilidades financeiras de as
escolas recorrerem a outsourcing;

• os professores terão que dominar as plataformas de e-learning (LMS3), como por


exemplo o Moodle;

• os professores terão que adoptar outras metodologias de ensino mais orientadas pelas
teorias construtivistas;

• os professores terão que alargar o conceito de sala de aula, estendendo-o a toda a


Web, bem como a outros recursos onde os alunos se possam sentir motivados para
aprender. Claro que a utilização do que já existe não está posto em causa, casos como
o Youtube, o Slideshare, o Flickr e outros tantos exemplos de repositórios de
conteúdos que podem ser utilizados em ambientes de aprendizagem de forma muito
proveitosa.

Também as escolas terão que se apetrechar de tecnologia que suporte este avanço, mais
metodológico do que tecnológico. As escolas terão que aumentar a sua largura de banda,
diversificar os locais de acesso Wireless4 à rede e providenciar o livre acesso à mesma.
Conjuntamente, terão ainda que aumentar o número de computadores e salas apetrechadas
com equipamentos afins, tais como quadros interactivos e projectores multimédia, por
exemplo.

2
Qualquer recurso digital que possa ser reutilizado e ajude na aprendizagem (Wiley, 2000).
3
Learning Management System.
4
Aliás faz todo o sentido, pois os portáteis a 150€ deram um impulso muito forte na utilização das redes
Wireless.
A forma como ensinávamos está posta em causa pela forma como agora os alunos aprendem,
por isso, não podemos esperar mais por alterar a forma como ensinamos!

Pedro Sá

Professor de Educação Física

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