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PORTUGAL

DICCIONARIO HISTORICO, CHOROGRAPHICO, BIOGRAPHICO, BIBLIOGRAPHICO


HERALDICO, NUMISMATICO E ARTISTICO
ABRANGENDO
A minuciosa descripção histórica e chorographica
de todas as cidades, villas o outras povoações do continente do reino, ilhas e ultramar,
monumentos e edificios mais notáveis, tanto antigos como modernos ;
biographias dos portuguezes illustres antigos e contemporâneos, celebres por qualquer titulo, notaveis
pelas suas acções ou pelos seus escriptos,
pelas suas invenções ou descobertas ; bibliographia antiga e moderna ; indicação
de todos os factos notaveis da historia portugueza, etc., etc.

OBRA ILLUSTRADA
COM CENTENARES DE PHOTOGRAVURAS
E REDIGIDA

SEGUNDO OS TRABALHOS DOS MAIS NOTAVEIS ESCRIPTORES


POR

ESTEVES PEREIRA e GUILHERME RODRIGUES

LISBOA
JOÃO R O M A N O TORRES & C. A — EDITORES
CASA FUNDADA EM 1885
Premiada com medalha de ouro na Exposição do Rio de Janeiro de 1908
Composição e impressão: Rua Alexandre Herculano, 120 a 120 D.
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Maçonaria. Arte que consiste em dispor pe-


dras sobre pedras, ligando-as entre si com ar-
gamassa ou qualquer cimento. D'esta arte de
construir se extendeu, na Edade-Media, o nome
ás corporações operarias, especialmente de mes-
tres constructores, officiaes de pedreiros, can-
teiros, esculptores, etc. A antiga maçonaria veiu
substituir as corporações d'esses officios. Na épo-
ca da Renascença, as corporações de artes e of-
ficios de cada paiz viram apparecer successiva-
mente os membros de uma grande associação, tão
numerosos como hábeis, que depois de terem si-
do empregados pela egreja latina nas suas obras,
se espalharam pela Europa, formando uma com-
panhia edificadora. Pelos principios do século x,
haviam-se estabelecido na Lombardia urn gran-
de numero de confrarias de artistas seculares, as
quaes creadas e protegidas pelo clero, tomaram
o norne geral de franço-maçonaria ou de pedrei-
ros livres, cujos associados obedeciam a preceitos

Marcas maçónicas existentes na parte exterior da cisterna do castello de F.eixo de Espada à Cinta.
(O conde A. de Raczynski).

Marcas maçónicas colhidas no interior da mesma cisterna (Id.).

Marcas maçónicas que se encontram nas muralhas e na torre do mesmo castello (Id.).

similhantes aos das corporações de officios, apre-


sentando comtudo um caracter muito especial.
Eram, pois, os membros d'essa grande compa-
nhia que surgiam com um reforço artistico, vin-
do atravez do Norte da Europa, e aggregando a
si allemães, francezes, belgas, e até gregos. Es-
sas séries de aggregados constituiam lojas, em
que cada dezena de associados obedecia a um
chefe, em relação com os outros mestres de lojas,
todas em activa communicação com a principal
direcção, correspondendo-se n'uma linguagem se-
creta de signaes maçónicos, para que individuos
extranhos á grande associação se não aprovei-
tassem dos seus privilégios e beneficios. Era por
meio d'esses signaes que os companheiros se re-
conheciam. Era com juramentos e provas terri-
veis que os obreiros se matriculavam na associa-
ção, compromettendo-se solemnemente cada novo
iniciado a não revelar o segredo dos engenhosos
signaes com que se entendiam e a occultar de
extranhos todos os processos e regras do offieio.
A' franço-maçonaria se deveu a alta perfeição
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scientifica adquirida nas artes e nos officios, e 1111; na sé de Braga, 1112, 1170; na sé do Por-
com a sua morte obliterou-se até a tradição pre- to, 1116, 1385; no castello de Leiria e sua ca-
ciosa dos processos technicos que por tantos se- pella, 1135, 1145, 1324; no interior da egreja de
culos os seus associados guardaram fielmente. Santa Maria do Olival, em Thomar, 1146; no ex-
Em Portugal houve na Edade-Media vários d'es- terior da egreja de S. João do Alporão, Santa-
ses mestres e architectos, portuguezes e estran- rém, 1174; nas paredes exteriores e nos arcos bo-
geiros, que construiram alguns dos nossos mais tantes da sé de Lisboa, 1170, 1344; na egreja de
notáveis monumentos. Nas pedras d'esses edifi- S. Martinho de Cintra, 1147; na egreja. claustro
cios se encontram muitas siglas maçónicas. No e refeitório do mosteiro de Alcobaça, 1153, 1170-
Diccionario Universal, de Henrique Zeferino, a 1220; na egreja de S. João, em Thomar, 1165;

Signaes maçónicos da egreja de Freixo de Espada á Cinta (A. de Raczynski)

Marcas maçónicas existentes no interior das muralhas do castello de Moncorvo (Id.).

Marcas maçónicas existentes nas paredes exteriores da capella do castello de Numão (Id.).

Signaes maçónicos existentes nas paredes da sacristia da capella de S. Domingos da Queimada, em Lamcgo, (Id.).

pag. 336 a 340 do vol. M. se encontram reprodu- no interior da sé de Évora, 1186; no interior da
zidos signaes maçónicos descobertos pelo conde egreja de Santa Cruz de Coimbra, 1228, 1508;
A. de Raezyriski no interior e exterior da cister- no interior da egreja de S. Francisco, em San-
na do castello de Freixo de Espada-á-Cinta, nas tarem, 1242; no exterior da egreja velha de Odi-
muralhas e torre do mesmo castello; na egreja vellas, 1297; no interior do mosteiro de Santa
da referida villa; no interior das muralhas do Clara, a Velha, em Coimbra, 1287; na egreja e
eastello de Moncorvo; nas paredes exteriores da convento de Christo, de Thomar, 1323; na egre-
capella do castello de Numão; e nas paredes da ja da Graça, em Santarém, 1380; no exterior da
sacristia da capella de S. Domingos da Queima- egreja, interior do convento e dos claustros, e

•Signaes maçónicos do interior da capella de S. Domingos da Queimada era Lamego, (A. de Raczynski)

Signaes maçónicos existentes na ciste: na do mesmo edifício, (Id.).

da, em Lamego. Lopes Fernandes descobriu mar- nas capellas da Batalha, 1388, 1434, 1437, 1442;
cas maçónicas nas paredes das salas da torre de no interior e exterior da egreja do Carmo, em
Beja. Narciso da Silva encontrou signaes maçó- Lisboa, 1389; no interior do palácio real de Cin-
nicos na cathedral de Guimarães, construida e tra, 1411; no interior da egreja de Jesus, em Se-
restaurada em 1102, 1387 e 1429; nas paredes túbal, 1489; na egreja do mosteiro de Belém,
exteriores e no interior da sé velha de Coimbra, 1500, e no claustro, l507; no paço de Cintra,
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1503; no castello da Pena, 1511; e de tempos res maçónicos. Tem signaes particulares, uns ge-
mais próximos (1738) se encontram vários si- raes, outros privativos a cada grau, para os ma-
gnaes similhantes aos maçónicos a marcar pedras çons se reconhecerem reciprocamente. Adoptou
no aqueducto das Aguas Livres. certos symbolos, todos deduzidos das alfaias
Maçonaria. Sociedade ou ordem, secreta em das artes constructoras, do architecto, alvanéo e
uns paizes, em outros não, especialmente na Eu- simples pedreiro. Estes symbolos são o avental
ropa e na America, sendo os seus principaes de pelle, o esquadro, o compasso, o nivel, a tro-
centros europeus em Inglaterra, Allemanha e lha, a pedra, etc., representam na sua modesta
França. A maçonaria tem por objecto, conforme simplicidade os referidos principios e deveres
os seus estatutos, a beneficência, a moral univer do franco-maçon. Tem grémios menores ou pri-

Signaes maçónicos que se encontramjgravados nas paredes das salas da torre de Beja, Communicados ao conde A. de
Raczynski por Manuel Bernardo Lopes Fernandes.

sal e a pratica de todas as virtudes. Os franco- marios, denominados lojas, cada uma das quaes
maçons consideram-se irmãos, e devem, em tudo não pode ter menos de sete obreiros ou membros.
que não contrarie o objecto e fins da ordem, au- Os representantes das lojas constituem ou ele-
xiliar-se reciprocamente, sejam quaes forem as gem os corpos superiores da ordem e o grão-mes-
condições, circumstancias e logar em que se tre d'esta é eleito por suffragio universal. Tem
achem. Somente podem ser admittidas ao gremio três graus: aprendiz, companheiro e mestre. Con-
maçónico pessoas probas, de bons costumes e forme os ritos ha outros graus mais. O grão-mes-
conhecido modo de vida licito, seja qual for a tre, com os corpos superiores, formam o Grande
sua religião. A iniciação é por meio de provas Oriente, ou suprema governação maçónica. A
symbolicas, moraes e intellectuaes, com jura- maçonaria data do primeiro quartel do século
mento de rigorosa observância das leis e deve- XVIII. O seu estabelecimento em Portugal seria
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Signaes maçónicos da cathedral de Guimarães, construida Signaes maçónicos encontrados no castello de Leiria e na sua.
e restaurada em 1102, 1387 e 1429. (Sr. Narciso da Silva). capella, 1135, 1145, 1324. (Sr. Narciso da Silva.).

Signaes maçónicos, nas paredes exteriores da antiga cathe- Signaes maçónicos encontrados no interior da egreja de San-
dral de Coimbra. 1111. (Id.) ta Maria do Olival, em Thomar, 1146. (Id.).

Signaes maçónicos, no interior d'esta mesma egreja, Signaes maçónicos do exterior da egreja de S. João de AI-
1111. (Id.) porão, Santarém, 1174, (Id.).

Signaes maçónicos existentes na cathedral de Braga, Signaes maçonicos existentes nas paredes exteriores da Sé
1112, 1170. (Id.). de Lisboa, 1147. (Id.).

Signaes maçónicos, que se encontram no interior da Sé Signaes maçónicos existentes nos arcos-botantes da Sé
do Porto, 1116, 1385. (Id.). de Lisboa, 1170, 1344. (Id.)-
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Signaes maçónicos existentes na egreja de S. Martinho, Signaes maçónicos, que se vêem no interior da capella, da
cm Cintra, 1147. (Id.). sacristia, e na cisterda de S. Domingos da Queimada,
Lamego, 1167, (Id.).

Signaes maçónicos encontrados no exterior do castello e Signaes maçónicos existentes na egreja do mosteiro
nas paredes da egreja de Freixo de Espada á Cinta, 1214 .(Id). de Alcobaça, 1153. (Id.).

Signaes maçónicos encontrados nos mesmos locaes da villa Signaes maçonicos, que se vêem no interior da egreja
de Freixo de Espada á Cinta. (Id.). de S. João, em Thomar, 1165. (Id.).

Signaes maçónicos encontrados no interior das muralhas Signaes maçonicos, que se vêem no refeitório do mosteiro
do castello de Moncorvo, 1221. (Id.). de Alcobaça, 1170. (ld.)

Signaes maçonicos encontrados no exterior da capella Signaes maçónicos existentes no interior da Sé de Evora,
do caetello de Numão, 1058. (Id.). 1186. (Id.).
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Signaes maçónicos existentes no claustro do mosteiro Signaes maçónicos existentes no convento de Christo,
de Alcobaça, 1220. (Id.). em Thomar, 1323. (Id.).

Signaes maçónicos do interior da egreja de Santa Cruz de Signaes maçónicos, existentes na torre da egreja do con-
Coimbra, 1228, 1508. (Id.). vento de Christo, em Thomar, 1323. (Id.).

Signaes maçónicos, no interior da egreja de S. Francisco, Signaes maçónicos, existentes no interior da torre e da
em Santarém, 1242. (Id.). egreja da Graça, em Santarém, 1380. (Id.).

Signaes maçónicos, existentes no exterior da velha egreja Signaes maçónicos existentes no exterior da egreja do con-
de Odivellas, 1267. (Id.). vento da Batalha, 1385. (Id.).

Signaes maçónicos, existentes no interior do velho convento Signaes maçónicos existentes no interior do convento
de Saata Clara de Coimbra, 1287. (Id.). da Batalha, 1385. (Id.).
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Signaes maçónicos existentes no interior do claustro real Signaes maçónicos, existentes na capella do fundador, no
do convento da Batalha, 1388. (Id.). convento da Batalha, 1434. (Id.).

Signaes maçónicos, existentes no interior da egreja do Car- Signaes maçónicos existentes nas eapellas Imperfeitas do
mo, em Lisboa, 1389. (Id.). convento da Batalha, 1437. (Id.).

Signaes maçónicos, existentes no exterior da egreja do Car- Signaes maçónicos existentes no claustro mais moderno do
mo, em Lisboa, 1S89. (Id.). convento da Batalha, 1442. (Id.).

Signaes maçónicos, existentes no interior do palácio real Signaes maçónicos, existentes no exterior e interior da egre-
de Cintra, 1411. (Id.). ja de Jesus de Setúbal, 1189. (Id.).

Signaes maçónicos, existentes no interior da egreja de S. Signaes maçónicos, encontrados na egreja do mosteiro de
Francisco, no Porto, 1425. (Id.). Belém, 1500. (Id.).
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Entre outros grão-mestres que teve a maçonaria
em Portugal indicam-se: Costa Cabral, Moraes
Mantas, barão de Villa Nova de Foscôa, José Es-
tevão, João Gualberto Pina Cabral, Rodrigues
Sampaio, marquez de Loulé, Manuel Gonçalves
de Miranda, conde das Antas, conde Valbom,
José da Silva Mendes Leal, Elias Garcia, Ber-
nardino Machado. A bibliographia de origem
maçónica divide-se em publicações secretas e
não secretas. Estas ultimas datam de 1872. Mui-
tas foram impressas clandestinamente, e porisso
Signaes maçónicos, existentes no interior do palácio real de difficil enumeração. No vol. VII do Dicciona-
de Cintra, 1503. (Id.).
rio Bibliographico, de Innocencio, vêem mencio-
nadas numerosas obras sobre a maçonaria por-

Signaes maçónicos, existentes no interior dos paços de Cin-


tra, 1503. (Id.).
Signaes que se encontram a marcar pedras no grande
aqueducto das Aguas Livres, Lisboa, 1738.

tugueza. Esta relação acha-se reproduzida, mui-


to augmentada, no vol. VI do Diccionario Uni
versai Portuguez. Citaremos, todavia, as seguin-
tes obras: Atalaia contra os Pedreiros-livres, dis-
curso sobre a sua origem, instituto, segredo e jura-
mento, etc. A que se junta a bulla do summo pon-
tifice Benedicto X I V , que os condemnou, traduzida
do hespanhol, acrescentada com um appendice de
varias noticias recônditas da Maçonaria das mu-
lheres, traducção de Joaquim José Pedro Lopes,
Signaes maçonicos, encontrados no claustro do convento Lisboa, 1817, e outras edições accrescentadas
de Belém, 1507. (Id.).
Exposição franca sobre a maçonaria por um ex-
maçon que abjurou a sociedade, Lisboa, 1828; Bul-
la do Santíssimo Padre Ledo XII contra os pedrei-
ros-livres mandada publicar pela piedade e deci-
dido amor á religião e ao throno da muito alta e
augusta Imperatriz Rainha a Senhora D. Carlota
Joaquina de Bourbon, Lisboa, 1828. N'esta bulla,
que tem a data de 13 de março de 1820, vêem
transcriptas as que Clemente XII, Bento XIV
e Pio VII publicaram nos seus a
pontificados con-
tra a maçonaria, sendo a 1. datada de 27 de abril
de 1738, a 2.a de 18 de março de 1751 e a 3.a de
13 de setembro de 1821; Architectura mystica,
por Miguel António Dias, 1843; Esboço histórico
Signaes maçónicos, encontrados no interior do castello da acerca da Maçonaria em Portugal por Rodrigo
Pena, em Cintra, 1511. (Id.).
Felner, inserto no Almanach do Rit.: Esc.: aut.:
e acc.: em Portugal para o anno de 1845, etc.

Antigos hieroglyphos maçónicos ou alphabeto


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