de
Álgebra Linear e Geometria Analítica
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Matrizes
Objectivo
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Introdução
* 2 3 4 5
6 12 18 24 30
7 14 21 28 35
8 16 24 32 40
representando-se por:
os seus elementos pela respectiva letra minúscula com dois índices, o primeiro,
Podemos então concluir que as matrizes são ferramentas que nos vão ajudar na vida
Matrizes do mesmo tipo são matrizes com o mesmo número de linhas e o mesmo
e n=q.
Elementos homólogos, de matrizes do mesmo tipo, são os que têm índices iguais,
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elementos cujo índice da linha é igual ao da coluna, isto é, dada a matriz A = [aij]nxn,
isto é, dada a matriz A = [aij]mxn, diz-se que o elemento aij é o oposto do elemento aji.
Tipos de matrizes
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Igualdade de matrizes
Duas matrizes, A = [aij]mxn e B = [bij]mxn, são iguais, se e só se, são do mesmo tipo e
todos os seus elementos homólogos são iguais, isto é, aij = bij, i = 1, 2, …,m, j = 1, 2
…, n.
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Matriz transposta
Matriz que se obtém da matriz dada, A = [aij]mxn, trocando ordenadamente as suas
Propriedades
Dadas as matrizes, A = [aij]mxn e B = [bij]mxn:
I – (AT)T = A
Exemplo:
II – (A + B)T = AT + BT
III – (AB)T = BT AT
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Adição de matrizes
Só se podem adicionar matrizes do mesmo tipo.
Dadas duas matrizes A = [aij]mxn e B = [bij]mxn da soma destas matrizes resulta uma
outra matriz C = [cij]mxn (do mesmo tipo) cujos elementos são iguais à soma dos
Propriedades
Dadas as matrizes, A = [aij]mxn, B = [bij]mxn, C = [cij]mxn e D = [dij]mxn:
I - Comutatividade: A + B = B + A
Exemplo:
II – Associatividade: (A + B) + C = A + (B + C)
V – Se A = B e C = D, então A + C = B + D
outra matriz C = [cij]mxn, do mesmo tipo, cujos elementos são iguais ao produto do
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Subtracção de matrizes
Dadas duas matrizes A = [aij]mxn e B = [bij]mxn a subtracção destas matrizes
Exemplo: C - D = C + (-1)D
Propriedades
Dadas as matrizes, A = [aij]mxn, B = [bij]mxn e k e t escalares reais:
I – k(A + B) = kA + kB
II – (k + t) A = kA + tA
IV – 1A = A
V – A = B ⇒ kA = kB
Multiplicação de matrizes
Dadas duas matrizes A = [aij]mxn e B = [bij]nxp , onde o número de colunas da
n
outra matriz, C = [cij]mxp tal que cij = ∑ a ik b kj (i= 1, 2, …,m; j= 1, 2 …, p).
k =1
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Exemplo:
1 2 3
j k l
FC = 4 5 6 = j *1 + k * 4 + l * 7 j * 2 + k * 5 + l * 8 j * 3 + k * 6 + l * 9
m * 1 + n * 4 + 0 * 7 m * 2 + n * 5 + o * 8 m * 3 + n * 6 + o * 9
m n o
7 8 9
Propriedades
Dadas as matrizes, A = [aij]mxn, B = [bij]mxn, C = [cij]mxn e D = [dij]mxn:
I – Associatividade (A B) C = A (B C)
adição
(A + B) C = A C + B C A (B + C) = A B + A C
IV – A = B e C = D ⇒ A C = B D
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a 11 a 12 a 1n
a a a
Dadas as matrizes coluna A1 = 21
, A2 = 22
,..., A k = 2 n , e dada uma
M M M
a m1 a m 2 a mn
n
∃α 1 , α 2 , K, α n ∈ ℜ : C = α1 A1 + α 2 A 2 + K + α n A n = ∑ α i A i
i =1
∃α1 , α 2 , K, α n ∈ ℜ \{0}: α1 A1 + α 2 A 2 + K + α n A n = 0
α1A1 + α 2 A 2 + K + α n A n = 0 ⇒ α1 = α 2 = K = α n = 0
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Definição
A característica de uma matriz corresponde ao número máximo de colunas (linhas)
linearmente independentes.
1 2 3
Exemplo: Para a matriz A = 0 4 5 calcule
2 4 6
β = 0
β (0,4,5)+ δ(2,4,6 ) = (0,0,0 ) ⇒
δ = 0
L2 e L3 são linearmente independentes;
α = 0
α (1,2,3)+ β(0,4,5) = (0,0,0 ) ⇒
β = 0
L1 e L2 são linearmente independentes;
Concluindo, temos dois conjuntos de duas linhas linearmente independentes, {L2,L3}
e {L1,L2}.
b)
C1, C2 e C3 são linearmente dependentes, porque L1, L2 e L3 o são;
α = 0
α (1, 0, 2) + β (2, 4, 4) = (0, 0, 0) ⇒
β = 0
C1 e C2 são linearmente independentes;
_____________________________________________________________________________________________
β = 0
β (2, 4, 4) + δ (3, 5, 6) = (0, 0, 0) ⇒
δ = 0
C2 e C3 são linearmente independentes;
α = 0
α (1, 0, 2) + δ (3, 5, 6) = (0, 0, 0) ⇒
δ = 0
C1 e C3 são linearmente independentes;
Concluindo temos três conjuntos de duas colunas linearmente independentes,
{C2,C3}, {C1,C3} e {C1,C2}.
um número qualquer.
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Matrizes equivalentes
Duas matrizes dizem-se equivalentes, e escreve-se A ~ B, se uma delas puder ser
Método da condensação
linha for toda nula, troca-se com a última linha e repete-se o raciocínio),
primeira coluna;
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Note-se que todas as matrizes A' contêm uma submatriz triangular superior de
equivalentes.
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seja, car(A) = r.
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inversa direita da matriz A, a qualquer matriz N do tipo nxm tal que A N = I, onde
A-1 A = A A-1 = I
Nota: Uma condição necessária para uma matriz ter inversa, é que seja quadrada.
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No entanto, nem todas as matrizes quadradas têm inversa.
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
Matrizes 17
Propriedades
Dadas as matrizes, A = [aij]mxn, B = [bij]mxn e k escalar inteiro:
III – I-1 = I
IV– A-1 (A B) = 0 ⇒ B = 0
VI - (AT)-1 = (A-1)T
elementares às linhas:
~ I A I A ~ A I
-1 ou -1
A I operações
elementares
sobre
operações
elementares
sobre
linhas
linhas
A ~ I I ~ A
-1
operações operações
elementares elementares
A I
-1
I A
sobre sobre
colunas
ou colunas
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1 2
Exemplo: A=
3 4
1 2 1 0 1 2 1 0
3 4 0 1 L2=L~2-3L1 0 − 2 − 3 ~
1 L1=L1 + L2
1 0 − 2 1 1 0 −2 1 −2 1
~ ~ A−1 =
L2=L2/-2 0 3 1 3/ 2 − 1 / 2
0 − 2 − 3 1 1 2 − 2
Exercícios
1 0 3 − 1 3
1 2 3
A= B = 2 1 C = 4 1 5
2 1 4 2 1 3
3 2
2 − 4 5
3 − 2 − 4 5
D= E = 0 1 4 F=
2 4 3 2 3
2 1
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1 2 0 1 2 1 1 0 − 2
A = − 1 2 3 B = 0 − 1 2 C = 2 − 3 1
0 1 2 0 − 1 − 3 1 2 5
a a − b c c − d
4 - Dadas a matriz A = eB= sobre ℜ, mostre que são
a − b b c − d d
permutáveis.
1 2 3
6 - Seja A = , encontre f(A) onde f(X)=2X -4X+3.
4 − 3
2
8 - Determine uma matriz B de 2ª ordem, sem elementos nulos, tal que B =0.
− 1 2 0 − 1 3 4 1 0 1 − 2
2 − 2 0 e C =
9 - Para A = 2 5 − 3 , B = 3 − 1 0 1
0 − 3 0 0 2 1 2 − 1 0 2
_____________________________________________________________________________________________
− 1 0 2 1
1 2 − 1 3
10 - Para M = , calcule MMT e classifique a matriz produto.
2 −1 2 0
1 − 3 3 − 2
− 1 2 3
11 - Para a matriz A= 1 3 5 calcule
0 4 6
1 0 0
1 2 3 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1
A= 0 1 1 B= 1 1 0 1 C= 0 1 0 D=
0 0 0
1 2 3 1 0 0 2 1 0 0
0 0 1
a 1 b 2 2a 1 − 2 − 2b
3 4 2
a −1 1 1 − 1
14 - Dadas as matrizes A= e B=
5 0 a 1 − 10 − 1 b 7
a 2 3 b 0 −1 −1 2
a) Calcule AB
b) Determine a e b, tal que A=B-1
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
15 - Para A= 2 5 3 B= 0 4 5 C= 2 4 6 D= 0 4 5
1 0 8 5 3 2 3 6 9 2 4 6
-1 -1 -1
a) Verifique que (AB) =B A
b) Utilizando o método da condensação calcule car(A), car(B), car(C) e car(D)
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− 2 2a −1 a − 2 − 2 2a − 1 a − 2 1
A= a − 2 a −1 a − 2 B= a − 2 a − 1 a − 2 a
a −1 2a −1 2a − 1 a − 1 2 a − 1 2 a − 1 1
π π
2cis 4 2 2cis 4 5
π cis0 cisπ 1 3π
17 - Dadas as matrizes 1 cis , π e 3 cis
2 0 2 cis 2
2
cis 3π 0 cis
π
0
2
2
a) Identifique cada uma das matrizes acima indicadas com as letras A, B e C tal
L L
que D=AB= .
L 2i
b) Calcule a matriz D.
c) Simplifique a expressão X = (BTATC)T+AB
d) Determine o valor da matriz X.
π 4 − 10i 1 2
18 - Dadas as matrizes A = 2 + i 2cis , B = eC=
2 2cis(π ) 3 4
a) Determine C-1, utilizando o método da condensação.
b) Simplifique a expressão AB+ACB+X = 0.
c) Determine o valor da matriz X.
1 0
0 1 2
19 - Dadas as matrizes A = 2 B = 2 1
1 a 1 − 1 1
T T T
a) Verifique se (AB) = B A .
T T T
b) Determine o valor da matriz X tal que X = (AB) xA+ B A xA.
3π 3π
2cis cis
1 + 2i i
20 - Dadas as matrizes A= , B= 2 2 e C= 1 2
1 3
3 − i 1 cis π cis0
2
a) Simplifique a expressão AX+BX+X-C=0.
b) Determine a matriz X que verifica a condição AX+BX+X-C=0.
Soluções
5 − 5 8 1 2 3
b) i) 4 2 9 ii)
14 8
; 4 5 10 iii) 18 − 19
− 2 − 1
16 9
5 3 4 7 8 17
_____________________________________________________________________________________________
6 12 18 58 4 28 8 38
iv) IMP v) vi) vii)
12 6 24 66 4 34 4 41
1 2
5 10 15 − 204 − 48 − 264
viii) ix) IMP x) xi) 2 1 ; A
10 5 20 − 216 − 36 − 276 3 4
5 4 5
14 16
xii) − 5 2 3 xiii) xiv) IMP; IMP
8 9 4 8 9
1 5 2 − 2 1 0 − 2 7 3
2 - a) − 2 − 6 3 b) − 4 1 0 c) 4 3 1
− 2 − 3 0 1 − 7 − 7 − 3 6 17
3 3 − 4 4 −5 −6
d) 1 2 12 e) 3 10 − 2
1 − 1 2 11 20 − 11
3 - Verdadeira
− 15 52
6-
104 − 119
2 y + w y
7-
2y w
1 1
8 - Por exemplo:
− 1 − 1
5 1 12
b) M = 11 − 3 19
T
9 - a) (A+5I+B )B-M=0
− 10 30 22
c) Não Permutáveis d) Não Permutáveis
6 0 2 3
0 15 − 2 − 14
10 - Matriz Simétrica
2 − 2 9 11
3 − 14 11 23
11 - a) as 3 linhas
b) as 3 colunas
c) 3
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12 - Car(A)=2 Car(B)=3 Car(C)=3 Car(D)=3
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
Matrizes 23
15 3 3 20
− −1 − 2 5
15 57
13 - a) b) 7 7 c) d) 8
7 36 3 58 23 20
− 6 5
7 7 8 8
15 - a) Verdadeira
b) Car(A)=3; Car(B)=3; Car(C)=1; Car(D)=2
16 - Se a ≠ -1 ∧ a ≠ 1 ∧ a ≠ 0 Car(A) = 3
Se a = -1 ∨ a = 1 ∨ a = 0 Car(A) = 2
Se a ≠ -1 ∧ a ≠ 1 ∧ a ≠ 0 Car(B) = 3
Se a = 0 Car(B) = 3
Se a = 1 Car(B) = 3
Se a = -1 Car(B) = 2
Resumo: Se a ≠ -1 Car(B) = 3
Se a = -1 Car(B) = 2
0 2 − i
17 - a) B, A, C b) c) X = (CT + I)(AB) d) IMP
3 2i
− 2 1 96 − 8i
18 - a) 3 1 b) X = - A(I + C)B c)
2 − 2 − 8 − 24i
4a 2 4a 4 4a 2
19 - a) Verdadeiro b) X = 2 (AB)TA = 2 2 4 2
2 + 2a 6 + 2a + 2a 14 + 2a
1
1
20 - a) X = (A + B + I)-1 C b) 2
1
− 0
6
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Determinantes
Objectivo
matriz.
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Introdução
Permutação de n elementos
Permutação
Seja S = {1, 2, ..., n} o conjunto dos inteiros de 1 a n, dispostos em ordem crescente.
Inversão
Uma permutação j1 j2 ... jn de S = {1, 2, ..., n} tem uma inversão se um inteiro maior jr
Permutação principal
Permutação por ordem crescente, isto é, sem inversões.
Classes
Uma permutação é de classe par se o número total de inversões for par.
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terceira posição, e assim sucessivamente, até que a n-ésima posição só pode ser
preenchida pelo elemento que falta. Donde, podemos concluir que existem
Exemplo:
Conjunto Número de Permutações Inversões Classes
permutações
S = {1} 1! = 1 1 - par
S = {1, 2} 2! = 2*1 = 1 12 - par
21 2>1 ímpar
S = {1, 2, 3} 3! = 3*2*1 = 6 123 - par
231 2>1, 3>1 par
312 3>1, 2>1 par
132 3>2 ímpar
213 2>1 ímpar
321 3>2, 3>1, 2>1 ímpar
n!
para cada conjunto S é igual. Generalizando, para n > 1, S = {1, 2, ..., n} tem
2
n!
permutações pares e permutações ímpares.
2
_____________________________________________________________________________________________
Determinante
Regras práticas
Podemos utilizar a definição, mas tem a desvantagem de ser pouco eficiente. Por
de quatro elementos.
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teorema de Laplace.
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
30 Determinantes
menor complementar desse elemento por (-1)i+j, onde i e j são as ordens da linha e
1 2 4
3
− 1 0 2 − 2
Exemplo: Seja A = .
1 2 1 − 1
3 1 −1 5
1 2 3
O menor complementar do elemento a44 é − 1 0 2 e o respectivo complemento
1 2 1
1 2 3
algébrico é A44 = (-1)4+4 − 1 0 2 .
1 2 1
Teorema de Laplace
O determinante de uma matriz A é igual à soma dos produtos que se obtêm
multiplicando cada um dos elementos de uma das suas linhas (ou colunas) pelo
2 3 4 1 3 4 1 2 4
1+ 4 2+ 4 3+ 4
= 3 ⋅ (-1) ⋅ 0 2 − 2 + 1 ⋅ (-1) ⋅ − 1 2 − 2 + (−1) ⋅ (-1) ⋅ −1 0 − 2 +
2 1 −1 1 1 −1 1 2 −1
1 2 3
+ 5 ⋅ (-1) 4 + 4 ⋅ − 1 0 2
1 2 1
Propriedades
|A| = |AT|
Demonstração:
Sejam A = [aij] e AT = [bij] onde bij = aji, 1 ≤ i ≤ n, 1 ≤ j ≤ n). Então, por (1), temos
a 1k1 a 2 k 2 Ka nk n , e j1 j2 ... jn, que determina o sinal associado a b1j1 b 2 j2 Kb njn , são ambas
|A| = |AT|.
|A| = 0.
Demonstração:
Suponhamos que a r-ésima linha da matriz A é formada por zeros. Cada termo da
então cada termo do determinante da matriz A será nulo, logo |A| = 0, isto é,
1 2 4
Exemplo: 0 0 0 = 0 + 0 + 0 − ( 0 + 0 + 0) = 0
1 2 −1
Demonstração:
(linhas)
_____________________________________________________________________________________________
A permutação j1 j2...js ...jr ... jn resulta da permutação j1 j2...jr ...js ... jn devido à troca da
posição de dois números. Logo, pelo teorema de Bezout, há uma mudança na classe
inversões da segunda por uma "quantidade" ímpar. Isto significa que o sinal de
|B| = -|A|.
(colunas)
1 2 4
Exemplo: − 1 0 − 2 = −10
1 2 −1
Demonstração:
Suponhamos que a r-ésima linha da matriz A=[aij] é multiplicada por k para se
_____________________________________________________________________________________________
1 2 4
Exemplo: − 1 0 − 2 = −10
1 2 −1
2 4 8
− 1 0 − 2 = 0 − 16 − 8 − (0 − 8 + 4) = −20
1 2 −1
Demonstração
Suponhamos que as linhas r e s da matriz A são iguais. Se trocarmos as posições
relativas das linhas r e s da matriz A obtemos uma nova matriz, B. Por um lado,
|B| = -|A| (por uma propriedade anterior). Por outro lado, como B = A então |B|
= |A|. Logo
1 2 4
Exemplo: 1 2 4 = − 2 + 8 + 8 − ( − 2 + 8 + 8) = 0
1 2 −1
proporcionais é nulo.
Demonstração:
a 11 a 12 L ka 1i L a 1i L a 1n
a 21 a 22 L ka 2i L a 2i L a 2n
| A |=
M M O M O M O M
a n1 a n 2 L ka ni L a ni L a nn
_____________________________________________________________________________________________
a 11 a 12 L a 1i L a 1i L a 11nn
a 21 a 22 L a 2i L a 2i L a 2n
| A |= k
M M O M O M O M
a n1 a n2 L a ni L a ni L a nn
Este determinante tem duas colunas iguais, logo, por uma propriedade anterior,
Exemplo:
1 2 4
3 6 12 = −6 + 24 + 24 − (24 + 24 − 6) = 0
1 2 −1
Demonstração:
Pela definição (1)
|A | = ∑±a 1 j1 a 2 j 2 K b ij(1i ) K a nj n +
+ ∑ ± a 1 j1 a 2 j 2 K b (ij2i ) K a nj n +
+K
+ ∑±a 1 j1 a 2 j 2 K b (ijmi ) K a nj n
_____________________________________________________________________________________________
ou seja, |A|=|A1|+|A2|+ ... + |Am|
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
36 Determinantes
1 + 1 2 + 2 4 + (− 1) 1 2 4 1 2 −1
Exemplo: −1 0 − 2 = 1 0 − 2 + − 1 0 − 2 = − 10 + 0 = −10
1 2 −1 1 2 −1 1 2 −1
Demonstração:
Temos bij = aij para i ≠ r e brj = arj + k*asj e r ≠ j, por exemplo, para r < s, por (1) vem
B = ∑ ± b1j1 b 2 j 2 Kb rj r Kb nj n =
= ∑ ± a 1j1 a 2 j 2 K(a rj r + k ⋅ a sj r )Ka sjs Ka nj n
mas,
a 11 a 12 L a 1n
a 21 a 22 L a 2n
M M O M
a ss11 a s2 L a sn
∑±a j1 1 a j 2 2 K a sj r K a sj s K a jn n =
M M O M
= 0
a ss11 a s2 L a sn
M M O M
a n1
n1 a n2 L a nn
1 2 4
Exemplo: − 1 0 − 2 = −10
1 2 −1
_____________________________________________________________________________________________
Demonstração:
Recordando a definição de determinante de uma matriz
matriz são nulos, então todos os termos diferentes do termo principal têm pelo
|A|= a 11a 22 Ka nn
1 2 4 1 2 4 1 2 4
Exemplo: − 1 0 − 2 = −10 −1 0 − 2 = 0 2 2 = 1 ⋅ 2 ⋅ (−5) = −10
L 2 = L 2 + L1
1 2 −1 1 2 −1 L 3 = L 3 − L1
0 0 −5
aprender mais uma definição, a de matriz adjunta, que vamos representar por
Adj(A).
_____________________________________________________________________________________________
Matriz Adjunta
Matriz adjunta de uma matriz quadrada, A, é a matriz que se obtém da matriz A da
seguinte forma:
Inversa da matriz A
1 1
A −1 = (Adj( A)) T = Adj( A T )
| A| | A|
1 2 1 2
Exemplo: A= A = = 4 − 6 = −2
3 4 3 4
T
−1 1 4 − 3 1 4 − 2 − 2 1
A = ⋅ = ⋅ =
− 2 − 2 1 − 2 − 3 1 3/ 2 − 1/ 2
AX = λX
Qualquer matriz coluna, não nula, X, que verifique a relação anterior, é chamada
_____________________________________________________________________________________________
a 11 − λ a 12 L a 1n x 1 0
a a 22 − λ L a 2 n x 0
21 2 =
M M O M M M
a n1 a n2 L a nn − λ x n 0
a 11 − λ a 12 L a 1n
a 21 a 22 − λ L a 2n
f (λ) = A − λI =
M M O M
a n1 a n2 L a nn − λ
característico de A.
_____________________________________________________________________________________________
Exercícios
S = {1,2,3,4,5}.
ímpar.
1 2 3
3 − 2 b − a a
A= B= C = 4 − 2 3
4 5 a b + a
2 5 − 1
k k
5. Determine os valores de k, para os quais: = 0.
4 2k
6. Calcule os determinantes:
1 0 2 1 0 4
1 8
a) b) 3 1 4 c) 2 2 −1
7 4
2 5 7 2 1 5
_____________________________________________________________________________________________
determinantes:
1 2 2 4 0 1 1 20 30 −2 −2 −2
a) 0 2 1 b) − 1 2 2 c) 0 0 0 d) − 6 − 2 − 6
4 −1 5 5 1 2 7 56 32 3 2 3
1 0 2 1 0 2 1 −1 3
e) 3 3 4 f) 6 6 8 g) 0 1 0
2 15 7 2 15 7 2 3 6
1 0 0 2 4
0 1 2 2 0
8. Calcule o valor do determinante 2 2 0 0 −1
0 1 0 3 0
2 1 0 0 5
c) Aplicando propriedades.
9. Sejam i,j ∈ N e A=[aij] e B=[bij] uma matriz nxn. Diga, justificando, se são
a) |A| ≥ 0
b) |A|= 0 se e só se A = 0
c) |-A|= -|A|
d) |AB|=|BA|
_____________________________________________________________________________________________
a b c d
a −b d−e g−h
a a+b a+b+c a+b+c+d
c) b − c e − f h − i =0 d) = a4
a 2a + b 3a + 2b + c 4a + 3b + 2c + d
c−a f −d i−g
a 3a + b 6a + 3b + c 10a + 6b + 3c + d
a a a a
1 bc bc 2 + b 2 c x+z y x
a b b b
a) b) 1 ca ca + c a
2 2
c) x + y y x
a b c c
1 ab ab 2 + a 2 b 2x x x
a b c d
a+b −1 0 2a 3a − b a
d) a 2a + b a e) b − a 2b − 2a −a
a + 3b − 1 − 2a − b 2b 3a − b 5a − 3b 2a − b
2 1 3
f) 2α + 1 α + 2 3α + 1 , para α ≠ 0 e β ≠ 0 (sol: -9)
2 + β 1 + 2β β
12. Calcule:
1 1 1 ... 1 1
1 1 1 ... 1
2 3 2 ... 2 2
1 2 1 ... 1
3 3 5 ... 3 3
a) 1 1 3 ... 1 b)
... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ...
n −1 n −1 n −1 ... 2n − 3 n − 1
1 1 1 ... n
n n n ... n 2n − 1
_____________________________________________________________________________________________
1 2 2 ... 2 2
1 1 1 ... 1
2 2 2 ... 2 2
−1 0 1 ... 1
2 2 3 ... 2 2
c) − 1 − 1 0 ... 1 d)
... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ...
2 2 2 ... n −1 2
−1 −1 −1 ... 0
2 2 2 ... 2 n
1 2 3 ... n 1 1 1 ... 1
2 6 6 ... 2n 1 1+ a 1 ... 1
e) 3 6 12 ... 3n h) 1 1 1+ b ... 1
... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
n 2n 3n ... n + n
2
1 1 1 ... 1 + n
1 1 1 ... 1 1 + x a 12 a 13 ... a 1n
3 3−k 3 ... 3 x 1 0 ... 0
i) 4 4 4−k ... 4 j) x 1 1 ... 0
... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
n n n ... n − k x 1 1 ... 1
1− x 2 2 ... 2 2
1+ x 2 3 ... n
2 1− x 2 ... 2 2
1 2+x 3 ... n
2 2 1− x ... 2 2
k) i) 1 2 3+ x ... n
... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ...
2 2 2 ... 1 − x 2
1 2 3 ... n + x
2 2 2 ... 2 1− x
1+ x 2 3 4
2 0 x 1 x 1
1 2+x 3 4 2
a) =0 b) 0 x 2 = 0 c) x x 2 =0
1 2 3+ x 4
x 2 0 2 x3 4
1 2 3 4+x
a a a a−x x a b c
b b b−x b x x d e
d) =0 e) =0
c c−x c c x x x f
d−x d d d x x x x
_____________________________________________________________________________________________
1 1 1 − x − 2 − 13x − 6 7 x −10
f) x + 1 a +1 b +1 = 0 g) 3x − 5 − 8 − 6x 4x − 6 = 0
x + x a + a b2 + b
2 2
3x + 2 14x + 19 11 − 6 x
−x a b c
a −x c b
h) =0
b c −x a
c b a −x
a b c d
b c d a
a) = 0 se a+b+c+d = 0
c d a b
d a b c
b2 + c2 a2 a2 0 − c2 − b2
b) b2 a 2 + c2 b2 = 2 b2 a2 0
c2 c2 a 2 + b2 c2 0 a2
2 0 2 1 −1 1
1 1 2 6
A= B=
C= 1 − 1 0 D= −1 1 0
0 1 3 9
0 0 − 1 2 1 2
1 1 −1 0
1 1 1 1 2 b 1
A= 1 a a B=
1 −1 3 b
0 1 2
−1 2 −1 b
_____________________________________________________________________________________________
2 0 2 1
1 1 1 −1
17. Sendo A=
0 2 −1 1
2 1 2 −1
1+ i 1+ i 1+ i
19. Sabendo que 2 3 3 = −1 − 2i e utilizando somente as propriedades,
1+ i 2 + i i
x + xi 2 i + 1
resolva a equação x + xi 3 i + 2 = 2 + 2i , apresentando o resultado na forma
x + xi 3 i
mais simples.
x y z
20. Sabendo que x2 y2 z 2 = 2 e utilizando somente propriedades, calcule
1 2 3
x 2x 3x
x +1 y+2 z+3 .
x +x
2
y +y
2
z2 + z
_____________________________________________________________________________________________
−2 1 2 5 −6 −8
1 1 6 3 14 9
a) b) c) 6 11 d) −5 3 3 e) 12 −13 −16
0 2 −2 1
−3 1 3 −4 4 5
Soluções
1. a) 5 b) 7 c) 4 d) 4 e) 7 f) 0
2. a) + b) - c) + d) - e) + f) +
5. k=0 ∨ k=2
6. a) -52 b) 13 c) 3
7. a) 3 b) -3 c) 0 d) 0
e) 39 f) 78 g) 0
8. -66
e) b(a+b)(a-b) f) -9
h) (2n-1-x)(-1-x)n-1
48
g) (5x-5)(x-1)(10x+96) − ; 1(raíz dupla)
5
1 2 1
2 0 1 − 3 −1
3
1 − 1 1 2 1
15. ; IMP; −1 1 ; − 0
0 1 2 3 3
0 0 − 1 1 1 0
−11 ± 281
16. a ≠ 1 b≠
10
− 3 −11 1 9
1 0 − 3
4 1 0
17. a) b)
3 10 − 1 − 8 0 A
1 2 0 − 2
19. -6/5+2/5i
20. 2x
21. -2+2i
Objectivo
_____________________________________________________________________________________________
Introdução
................................................
ai1 x1 + ai2 x2 + ... + ain xn = bi
................................................
a m1 x1 + a m 2 x2 + ... + a mn xn = bm
Definindo as matrizes:
matriz das incógnitas e b como matriz dos termos independentes, este sistema
pode ser representado sob forma matricial como Ax = b . Vamos, além disso, definir
uma nova matriz A , que designaremos por matriz completa do sistema, como
_____________________________________________________________________________________________
Chamamos solução do sistema a qualquer ponto (c1 , c2 ,..., c n ) ∈ ℜ n tal que, fazendo
Se o sistema não tiver soluções diz-se impossível, e no caso de ter, pelo menos, uma
Resolução de sistemas
Resolver um sistema é determinar todas as suas soluções ou concluir que estas não
todos equivalentes entre si, de modo que o último seja um sistema muito simples,
problema inicial.
_____________________________________________________________________________________________
Método da condensação
colunas até obtermos uma matriz que contenha uma submatriz triangular inferior,
nenhuma operação elementar sobre a coluna dos termos independentes, nem todas
escalar qualquer;
III) corresponde à soma de uma equação com o produto de outra equação por
um escalar qualquer.
_____________________________________________________________________________________________
escalar qualquer;
III) corresponde à soma dos coeficientes de uma incógnita com o produto dos
Então, poderemos realizar todas as operações elementares sobre linhas, pois para
todas elas se obtém uma matriz que representa um sistema equivalente ao anterior,
troca de ordem das incógnitas, devendo por isso ser anotada e tida em conta no
car( A) = car( A )
_____________________________________________________________________________________________
sistema é impossível.
x1 − x 2 = 1
Exemplo: Consideremos o sistema − x1 + 2x 2 + 3x3 = −1
x + 3x = 2
1 3
1 −1 0 1 1 − 1 0 1 1 − 1 0 1
A = − 1 2 3 − 1 ~ 0 1 3 0 ~ 0 1 3 0
L2 = L2 + L1 L3 = L3 − L2
1 0 3 2 L3 = L3 − L1 0 1 3 1 0 0 0 1
Note-se que, se r=n, não existem incógnitas não principais e, portanto, o sistema
será reduzido a:
_____________________________________________________________________________________________
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
Sistemas de Equações Lineares 55
encontrar a sua solução realizar a substituição sucessiva dos valores das incógnitas
xn , xn−1 ,..., x2 , x1 .
x1 − x3 = −1
2x + x = 2
1 2
Exemplo: Consideremos o sistema
−
1 x + 2x 2 + x3 = 1
2x1 + 3x2 = 2
1 0 − 1 − 1 1 0 − 1 − 1 1 0 −1
− 1
2 1 0 2 0 1 2 4 0 1 2 4
A= ~ ~ ~
− 1 2 1 1 L2 = L2 − 2 L1 0 2 0 0 L3 = L3 − 2 L2 0 0 − 4 − 8
L3 = L3 + L1 L4 = L4 −3 L2
2 3 0 2 L4 = L4 − 2 L1 0 3 2 4 0 0 − 4 − 8
1 0 − 1 − 1
0 1 2 4
~
L4 = L4 − L3 0 0 − 4 − 8
0 0 0 0
x1 − x3 = −1 x1 − 2 = −1 x1 = 1
x 2 + 2x3 = 4 ⇔ x2 + 2 × 2 = 4 ⇔ x2 = 0 S = (1,0,2)
− 4x = −8 x = 2 x = 2
3 3 3
Se r<n, para resolver o sistema bastará passar para o segundo membro as incógnitas
_____________________________________________________________________________________________
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56 Sistemas de Equações Lineares
x1 + 2x 2 − x3 + 3x4 = 2
2x − x + 3x − x = 1
1 2 3 4
Exemplo: Consideremos o sistema x1 − 3x 2 + 4x3 − 4x4 = −1
x + 7x − 6x + 10x = 5
1 2 3 4
4x
1 − 2x 2 + 6x3 − 2x 4 = 2
1 2 −1 3 2 1 2 −1 3 2
2 −1 3 −1 1 0 − 5 5 − 7 − 3
A = 1 − 3 4 − 4 −1 ~ 0 − 5 5 − 7 − 3 ~
LL32 =L
=L 2 - 2L1
1 7 − 6 10 5 L4 =L 4 -L1 0 5 −5 7 3
3 - L1
L5 =L5 - 2L 2 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
x 1 + 2 x 2 − x 3 + 3x 4 = 2 x 1 + 2 x 2 = 2 + x 3 − 3x 4
⇔ ⇔
− 5x 2 + 5 x 3 − 7 x 4 = − 3 − 5 x 2 = − 3 − 5x 3 + 7 x 4
x 1 + 2 (3 / 5 + x 3 − 7 / 5x 4 ) = 2 + x 3 − 3x 4 x 1 = 4 / 5 − x 3 − 1 / 5x 4
⇔ ⇔
x 2 = 3 / 5 + x 3 − 7 / 5x 4 x 2 = 3 / 5 + x 3 − 7 / 5x 4
4 1 3 7
S = − x3 − x4 , + x3 − x4 , x3 , x4
5 5 5 5
_____________________________________________________________________________________________
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Sistemas de Equações Lineares 57
Discussão de sistemas
operação.
x1 + x 2 − ax3 = 3a − 1
Exemplo: Consideremos o sistema (a − 2) x1 − x 2 − 4x3 = 2a + 1
x + ax + (a + 3)x = −3a
1 2 3
1 1 − a 3a −1 1 1 −a 3a −1
A = a − 2 −1 − 4 2a +1 2 =L2 + ( − a +2) L1 0 1 − a a − 2a − 4 − 3a + 9a −1 ~
~ 2 2
L =L −L
1 a a + 3 − 3a L3 3 1 0 a −1 2a + 3 − 6a + 1
1 1 −a 3a −1
~ 0 1 − a a − 2a − 4 − 3a + 9a −1
2 2
L3 = L3 +L2
0 0 a 2 −1 − 3a 2 + 3a
1 1 − 1 2 1 1 − 1 2
0 0 − 5 5 ~ 0 − 5 0 5 car( A) = car( A) = 2
a =1 C2 ↔C3 n=3
0 0 0 0 0 0 0 0
sistema possível e simplesmente indeterminado(SP1D)
_____________________________________________________________________________________________
1 1 1 − 4
car( A) = 2
a = −1 0 2 − 1 − 13
car( A) = 3
0 0 0 − 6
sistema impossível (SI)
− 4x 1 − 2x 2 + bx 3 = −1
Exemplo: Consideremos o sistema
ax 1 + x 2 + 3x 3 = a
4x + 2x + bx = b
1 2 3
− 4 − 2 b − 1 − 4 − 2 b − 1 − 4 −2 b −1
A= a
1 3 a ~ 4a 4 12 4a ~ 0 4 − 2a 12 + ab 3a
L2 = 4L2 L 2 =L2 +aL1
4 2 b b 4 2 b b L 3 =L3 +L1 0 0 2b b − 1
Vamos ver, para a=2, quando se anula o último elemento da coluna dos termos
independentes
b 2 − b − 6 = 0 ⇔ b = −2 ∨ b = 3
car( A) = car( A) = 2
a = 2 ∧ (b = −2 ∨ b = 3) SP1I
n=3
car( A) = 2
a = 2 ∧ b ≠ −2 ∧ b ≠ 3 SI
car( A) = 3
_____________________________________________________________________________________________
Sistemas de Cramer
Vamos agora ver um caso particular dos sistemas possíveis e determinados, que
seja, quando m = n .
Ax = b , com
_____________________________________________________________________________________________
estamos perante um sistema de Cramer, cuja solução pode ser obtida utilizando as
∆i
xi = , i = 1,..., n
∆
x1 + x2 − x3 = −1
Exemplo: Seja o sistema de equações lineares
2x1 − x2 + 2x3 = 3
3x + x + x = 4
1 2 3
1 1 − 1
então A = 2 − 1 2 e |A| = -4. Calculemos os determinantes ∆i, i = 1,2,3.
3 1 1
−1 1 −1 1 −1 −1 1 1 1
∆1 = 3 − 1 2 = 1 ∆ 2 = 2 3 2 = −8 ∆ 3 = 2 − 1 3 = − 11
4 1 1 3 4 1 3 1 4
1 1 −8 − 11 11
x1 = =− x2 = =2 x3 = =
−4 4 −4 −4 4
_____________________________________________________________________________________________
1 1 − 1
Exemplo: Utilizando o exemplo anterior, temos A = 2 − 1 2
3 1 1
3/ 4 1/ 2 − 1 / 4 − 1/ 4
2 .
Logo A-1 =
−1 −1 1 , e portanto, x = A-1b =
− 5 / 4 − 1/ 2 3 / 4 11 / 4
Sistemas homogéneos
elementos.
Este sistema é sempre possível, pois admite, pelo menos a solução nula, x j = 0 ,
car( A) = r < n .
se a matriz A for regular, o sistema admite apenas a solução nula, sendo, portanto,
possível e determinado.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
x1 + 2x2 − x3 = 0
Exemplo: 2x1 − x2 + 3x3 = 0
x − 3x + 2x = 0
1 2 3
1 2 − 1 0 1 2 − 1 0 1 2 − 1 0
2 − 1 3 0
L2 = L~2 −2L1 0 − 5 5 0 L3 = L~3 − L2 0 − 5 5 0
1 − 3 2 0 L3 = L3 − L1 0 − 5 3 0 0 0 − 2 0
car( A) = car( A) = 3
n=3 SPD
x + 2 y − z = 0 x + 2 y = 0 x = 0
− 5 y + 5 z = 0 ⇔ − 5 y = 0 ⇔ y = 0 S = (0,0,0)
− 2z = 0 z = 0 z = 0
x1 + 2 x2 − x3 = 0
Exemplo: 2 x1 − x2 + 3x3 = 0
x − 3x + 4 x = 0
1 2 3
1 2 − 1 1 2 − 1 1 2 − 1
2 − 1 3
L2 = L~2 −2 L1 0 − 5 5 L3 = L~3 − L2 0 − 5 5
1 − 3 4 L3 = L3 − L1 0 − 5 5 0 0 0
car( A) = car( A) = 2
SP1I
n=3
x + 2 y − z = 0 x + 2 z − z = 0 x = −z
⇔ ⇔ S = (−z , z , z )
− 5 y + 5 z = 0 y = z y = z
_____________________________________________________________________________________________
Exercícios:
2 x + y = 5
x + z = 4
x − 2 y + z + w = 1 2 x − y + z + t = 1
a) x − 2 y + z − w = −1 b) x + y − z = 1 c) x + 2 y − z + 4t = 2
x − 2 y + z + 5w = 5 2 x − z = 2 x + 7 y − 4 z + 4t = 4
y + z = 3
x + y + z + t = 4
2 x − y − z + t = 1 x − y − z = 1 y − z + w = −1
d) e) 2x = 1 f) x − y + z = 0
3x + 2t = 5 − x + 2z = 1 x + y + 2z − w = 1
4 x − 2 y − 2 z + 2t = 3
x + y + w = 1 6 x + 3 y + 3t = −3
y + 2z + w = 0 2 x + 2 y − 4 z + 3t = 2
g) h)
x − y − 5 z + 3w = 1 3x + y − 2 z + t = 1
− 3 y − 7 z + w = 2 − x + z = 0
classifique-os;
2. Que valores deverá tomar o parâmetro a para o sistema seguinte seja de Cramer?
x + ay − (a + 1)z = 1
2 x − y + 3z = −1
− x + 3y + 4z = 2
_____________________________________________________________________________________________
x + 2 y + 3z − t = 1
3x + 2 y + z − t = 1 − 2x + (2a −1) y + (a − 2)z = 1
a) b) (a − 2)x + (a −1) y + (a − 2) z = a
2 x + 3 y + z + at = 1 (a −1)x + (2a −1) y + (2a −1)z = 1
2 x + 2 y + 2 z − t = a
x + y − z = 2
3x + 2 y − z + 4t = −1 (a + 1)x + (a + 1) y + 2z = 1
c) d) (a + 1)x + 2 y + (a + 1)z = 2
3x + 3 y − mz − 2t = p −1 (2a + 1)x + 3y + (a + 2) z = a
2 x + 2 y − 2 z + t = p
x + 2 y − z + 2t = 3
2x + 2z = 4 my + z + 3t = 0
e) 2x + ay + 2z = 5 f)
x − ay − az = 3 − b − 2my + (m − 3) z − 6t = 2 p
3my + 3z + 9t = p
x + y + az = 1
4 y + bz = 0 seja:
x + 2 y + cz = d
a) Possível e determinado;
b) Possível e indeterminado;
c) Impossível.
x − y + z = 4
5. Dado o sistema
x − y − z = 6
i) Possível e determinado;
ii) Impossível;
Soluções:
22 − 7z 2 + 3z 1
1. ii) a) (2y-z,y,z,1) SP2I b) (2,1,2) SPD c) , , z, SP1I
35 5 7
h) (-2,11,-2,-8) SPD
ii) e),h)
2. a ≠3
_____________________________________________________________________________________________
Geometria Analítica
Objectivo
Neste capítulo vamos começar por fazer uma breve revisão sobre geometria
analítica no espaço, e tentar dar uma perspectiva diferente desta. Irão ser dados
novos conceitos, nomeadamente, o produto vectorial, o produto misto e o cálculo
da distância entre um ponto e uma recta e entre um ponto e um plano.
_____________________________________________________________________________________________
Introdução
secundário.
Colineariedade
Dois vectores são colineares quando têm a mesma direcção, isto é, quando podem
v1 = k v2 k ∈ ℜ, v1 , v 2 ∈ ℜ 3
Complanaridade
Três ou mais vectores são complanares quando são representados por segmentos
v3 = α v1 + β v 2 α, β ∈ ℜ, v1 , v 2 , v3 ∈ ℜ 3
única.
v = α v1 + β v 2 + λ v3 α, β, λ ∈ ℜ, v1 , v 2 , v3 ∈ ℜ 3
Referenciais em ℜ 2
partir deles é possível obter qualquer vector do plano, isto é, um terceiro vector, v ,
de ℜ 2 , é combinação linear dos dois primeiros e esta combinação linear é única, isto
v = β v1 + α v 2 α, β ∈ ℜ, v1 , v 2 , v ∈ ℜ 2
Q
α v2
v2
P v=Q-P
v1 β v1
analogamente o vector α v 2 é a projecção de v sobre v 2 segundo a direcção de v1 .
| v |.
_____________________________________________________________________________________________
i ⊥ j ∧ | i | = | j |= 1
2
Exemplo: Referencial em ℜ {(1, 0), (0, 1)}
(0, 1)
j x
O i (1, 0)
Referenciais em ℜ 3
qualquer vector, v , do espaço é combinação linear dos três vectores da base, isto é,
v = α v1 + β v 2 + λ v3 α, β, λ ∈ ℜ, v1 , v 2 , v3 ∈ ℜ 3
_____________________________________________________________________________________________
a dois, isto é
i⊥ j ∧ j⊥k ∧ k ⊥ i ∧ |i| = | j | = | k |= 1
y
1º octante
(0, 1, 0)
j O x
i (1, 0, 0)
(0, 0, 1) k
v2 θ − π /2
θ π−θ
O v1 A
| v 2 − v1 | 2 = | v1 | 2 + | v 2 | 2 −2 | v1 | | v 2 |cos θ (1)
(v 2 − v1 )
2
=|v 2 − v 1|2 = |v 1 |2 +|v 2 |2 −2 v 1 v 2 (2)
| v1 | 2 + | v 2 | 2 −2 | v1 | | v 2 | cos θ = | v1 | 2 + | v 2 | 2 −2 v1 v 2
ou seja,
v1 v 2 = | v1 | | v 2 | cos θ
Módulo de um vector
v v = | v || v |cos 0 =| v | 2 ⇒| v |= v v
Para todo v1 = (a, b, c ) , v 2 = (a ' , b' , c') e v3 = (a ' ' , b' ' , c' ') e k ∈ ℜ , é fácil verificar que:
i) v1 v1 ≥ 0 e v1 v1 =0 se e só se v1 = (0,0,0 )
iii) Comutatividade v1 v 2 = v 2 v1
v1 ( v 2 + v3 )= v1 v 2 + v1 v3
_____________________________________________________________________________________________
v) (k v1 ) v 2 = k( v1 v 2 ) = v1 (k v 2 )
referencial temos
ii = j j = k k = 1 ∧ i j = j k = k i = 0 (5)
u v = aa '+bb'+cc'
em coordenadas cartesianas.
_____________________________________________________________________________________________
2
|(-1, -4, -2)| = ( − 1i − 4 j − 2 k ) ( − 1i − 4 j − 2 k ) =
= ii + 4i j + 2i k + 4 j i + 16 j j + 8 j k + 2 k i + 8k j + 4k k
Mas,
i i = | i |2 = 1 j j = | j |2 = 4 k k = | k |2 = 1
π
i j = j i = | i || j | cos =0
2
π 1
j k = k j = | j || k | cos = 2 *1 * = 1
3 2
π
k i = i k = | i || k | cos = 0
2
O ângulo θ entre dois vectores v1 , v 2 , não nulos, varia entre 0 e π. Vejamos como
v1 v 2 = | v1 || v 2 | cos θ
obtém-se:
_____________________________________________________________________________________________
v v
θ = arccos 1 2
|v || v |
1 2
1 2π
θ = arccos − =
2 3
nulos, v1 e v 2 , são ortogonais se e só se o produto escalar entre eles for nulo, isto é,
se:
v1 v 2 = 0
v1 v 2 = 1*(-1)+2*(-1)+3*1=0
y
1º octante
j u
O x
i
k
_____________________________________________________________________________________________
z
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
76 Geometria Analítica
Os cossenos dos ângulos directores são os seus cossenos directores, isto é, cosα,
cos α =
ui
=
(a, b, c )(1,0,0 ) =
a
| u || i | a 2 + b 2 + c 2 ⋅1 a2 + b2 + c2
cos β =
uj
=
(a, b, c )(0,1,0 ) =
b
| u || j | a 2 + b 2 + c 2 ⋅1 a2 + b2 + c2
cos γ =
uk
=
(a, b, c )(0,0,1) =
c
|u||k | a 2 + b 2 + c 2 ⋅1 a2 + b2 + c2
Produto vectorial
C
B
uX v v
θ
P u A
caracterizado:
acção de v ;
_____________________________________________________________________________________________
c) | w | = | u × v | = | u | | v | sen θ
Interpretação geométrica
do paralelogramo ABCD:
C D
v
h
θ
A u B
Demonstração:
A área do paralelogramo é igual à base vezes a altura, isto é:
Propriedades
Para todo v1 = (a, b, c ) , v 2 = (a ' , b' , c') e v3 = (a ' ' , b' ' , c' ') e k ∈ ℜ , é fácil verificar que:
v1 × v 2 = − v 2 × v1
v1 × (v 2 + v3 ) = v1 × v 2 + v1 × v3
v) ( k v ) × v = k (v × v ) = v × ( k v )
1 2 1 2 1 2
_____________________________________________________________________________________________
i×i = j × j = k × k = 0
i× j = − j ×i = k
(6)
j×k = − k × j = i
k ×i = − i× k = j
b c a c a b
= i− j+ k
b' c ' a' c' a ' b'
ou seja,
i j k
u×v = a b c = ( a ' ' , b' ' , c ' ' )
a ' b' c '
_____________________________________________________________________________________________
i j k
u × v = 1 2 3 = (4,4,− 4)
3 2 5
2 2 2
Área = (4,4,−4) = 4 1 + 1 + (−1) = 4 3
Condição de paralelismo
a b c
u × v = (0,0,0) se e só se u // v , ou seja, = =
a' b' c'
Produto misto
Dados três vectores v1 = (a, b, c ) , v 2 = (a ' , b' , c') e v3 = (a' ' , b' ' , c' ') , chama-se produto
( v1 , v 2 , v3 ).
Interpretação geométrica
v2 X v3
D
v1
h
θ C
h
v3
A v2 B
ao volume do paralelepípedo:
_____________________________________________________________________________________________
Demonstração
O volume do paralelepípedo é igual à área da base vezes a altura, isto é:
V = Ab ⋅ h
Propriedades
Para todo v1 = (a, b, c ) , v 2 = (a ' , b' , c') , v3 = (a' ' , b' ' , c' ') e v 4 = (a ' ' ' , b' ' ' , c' ' ') e k ∈ ℜ , é
( v1 , v 2 , v3 ) = ( v 2 , v3 , v1 ) = ( v3 , v1 , v 2 )
iii) ( v1 , v 2 , v3 + v 4 ) = ( v1 , v 2 , v3 ) + ( v1 , v 2 , v 4 )
( v1 + v 2 , v3 , v 4 ) = ( v1 , v3 v 4 ) + ( v 2 , v3 , v 4 )
( v1 , v 2 + v3 , v 4 ) = ( v1 , v 2 v 4 ) + ( v1 , v3 , v 4 )
_____________________________________________________________________________________________
iv) ( v1 , v 2 ,k v3 ) = ( v1 ,k v 2 , v3 ) = (k v1 , v 2 , v3 ) = k ( v1 , v 2 , v3 )
v3 = (a' ' , b' ' , c' ') , neste referencial temos v1 = a i + b j + c k , v 2 = a ' i + b' j + c' k , v3 =
a ' ' i + b' ' j + c' ' k . Num referencial ortonormado temos:
logo,
a b c
b' c' a' c' a' b'
( v1 , v 2 , v3 ) = v1 ( v 2 × v3 ) = a −b +c = a ' b' c'
b' ' c' ' a ' ' c' ' a ' ' b' '
a ' ' b' ' c ' '
_____________________________________________________________________________________________
Recta
nulo u = (a, b, c). Para que um ponto P = (x, y, z), pertencente a ℜ3, pertença à recta
AP = λ u , λ∈ℜ
ou seja,
P-A=λ u
P=A+λ u (7)
ou
A qualquer uma das equações (7) e (8) chamamos equação vectorial da recta r.
λ o parâmetro.
_____________________________________________________________________________________________
x = x 0 + aλ
então y = y 0 + bλ
z = z + cλ
0
x − x0
y = y 0 + b a
(9)
z = z 0 + c x − x 0
a
ou
x − x 0 y − y0 z − z0
= = (10)
a b c
A qualquer uma das equações (9) e (10) chamamos equações cartesianas da recta r.
_____________________________________________________________________________________________
x = 1 + 2λ
r : y = 2 + 5λ equações paramétricas
z = 3 + 7λ
x−1 y−2 z−3
r: = = equações cartesianas
2 5 7
y = 0 x = 0 x = 0
Ox: Oy: Oz:
z = 0 z = 0 y = 0
vector director da recta Ox, ou seja, i = (1, 0, 0). Dado um ponto A = (x', y', z')
pertencente à recta r,
y = y'
r // Ox ⇒
z = z'
x = x' x = x'
r // Oy ⇒ r // Oz ⇒
z = z' y = y'
Plano
nulos e não colineares, u = (a, b, c) e v = (a', b', c'). Para que um ponto P = (x, y, z),
AP = λ0 u +λ1 v , λ0,λ1∈ℜ
ou seja
P - A = λ0 u +λ1 v
P = A + λ0 u + λ1 v (11)
ou
(x, y, z) = (x0, y0, z0) + λ0(a, b, c) + λ1(a', b', c') (12)
A qualquer uma das equações (11) e (12) chamamos equação vectorial do plano π.
então
x = x 0 + aλ 0 + a'λ1
y = y 0 + bλ 0 + b' λ1
z = z + cλ + c' λ
0 0 1
_____________________________________________________________________________________________
a que chamamos equações paramétricas do plano π.
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
86 Geometria Analítica
ou
Ax + By + Cz + D = 0 (14)
com A = bc' - b'c, B = -ac' + a'c, C = ab' - a'b e D = -(Ax0 + By0 + Cz0).
A qualquer uma das equações (13) e (14) chamamos equação cartesiana do plano π.
chamamos vector normal do plano, e designa-se por Nπ, este vector é perpendicular
ao plano. Logo, Nπ pode ser obtido a partir do produto vectorial de dois vectores
i j k
Nπ = u × v = a b c
a' b' c'
x − x0 y − y0 z − z0
a b c = 0 ⇔ A(x-x0) + B(y-y0) + C(z-z0) = 0
a' b' c'
_____________________________________________________________________________________________
plano que passa por um dos pontos A, B ou C e é paralelo aos vectores, não nulos e
x = 1 + 2λ 0
π : y = 2 + 5λ 0 + λ 1 equações paramétricas
z = 3 + 7λ + λ
0 1
x -1 y - 2 z - 3
π: 2 5 7 =0 equação cartesiana
0 1 1
cartesianas
vector normal ao plano xOy, ou seja, k = (1, 0, 0). Dado um ponto A = (x', y', z')
pertencente ao plano π,
π // xOy ⇒ z = z'
α
sistema
β
uma recta.
coincidentes.
α=β
Se o sistema for impossível, então estamos perante dois planos paralelos, ou seja,
A B C
= = = constante
A' B' C'
_____________________________________________________________________________________________
γ : A' ' x + B' ' y + C' ' z + D'' = 0 , sabemos a sua posição relativa a partir da resolução do
α
sistema β .
γ
γ
β
Ι
α
uma recta.
γ
β
_____________________________________________________________________________________________
coincidentes.
α=β=γ
α // β // γ α
β
γ
(α ≡ β ) // γ
α=
=β
α // γ, α ∩ β = recta e α ∩ γ = recta
γ
β
_____________________________________________________________________________________________
β γ
r
sistema .
α
Ι
α
_____________________________________________________________________________________________
uma recta.
r α
Ângulos
b', c'), o ângulo, θ, formado pelas duas rectas é igual ao menor ângulo formado
ds, vem
drds
θ = arccos
|d r || d s |
π
e como 0 ≤ θ ≤ , 0 ≤ cos θ ≤ 1 , temos
2
_____________________________________________________________________________________________
Paulo Alves, 2006/07 Matemática I, EST-IPCB
Geometria Analítica 93
drds
θ = arccos
|d r || d s |
x = 3 + λ
x+2 y−3 z
Exemplo: Calcular o ângulo entre as rectas r : y = λ e s: = =
z = −1 − 2λ −2 1 1
dr=(1,1,-2) ds=(-2,1,1)
(1,1,-2) (-2,1,1) − 2 +1− 2 −3 −3 1
cos θ = = = = = −
| (1,1,-2) | ⋅ | (-2,1,1) | 1+1+ 4 4 +1+1 6 6 6 2
1 π
θ = arccos =
2 3
Rectas ortogonais
Num referencial ortonormado as rectas r e s são ortogonais se e só se
formado pelos dois planos é igual ao menor ângulo que formam os vectores
Nα Nβ
θ = arccos
| N α || N β |
π
e, como 0 ≤ θ ≤ , 0 ≤ cos θ ≤ 1 , temos
2
_____________________________________________________________________________________________
N α Nβ
θ = arccos
| N α || N β |
Planos ortogonais
Num referencial ortonormado os planos α : Ax + By + Cz + D = 0 e
seja, o ângulo formado pelo vector director da recta, dr, e o vector normal ao plano,
π
Nα. Como θ + φ = , então cos θ = sen φ e da definição de ângulo entre dois vectores,
2
dr e Nα, vem
_____________________________________________________________________________________________
dr Nα
φ = arcsen
|d r || N α |
π
e, como 0 ≤ θ ≤ , 0 ≤ cos θ ≤ 1 , temos
2
dr Nα
φ = arcsen
|d r || N α |
drNα aA + bB + cC
φ = arcsen = arcsen
|d r | N α | a2 + b2 + c2 A2 + B2 + C2
x = 1 − 2λ
Exemplo: Calcular o ângulo entre a recta r : y = −λ e o plano α: x+y-5=0
z = 3 + λ
dr=(-2,-1,1) Nα=(1,1,0)
(-2,-1,1) 1,1,0) − 2 −1+ 0 −3 −3 3 3
sen θ = = = = = − =
| (-2,-1,1) | ⋅ | (1,1,0) | 4 + 1+ 1 1+1+ 0 6 2 2 3 2 2
3 π
θ = arcsen =
2 3
a b c
= = = constante
A B C
_____________________________________________________________________________________________
Distâncias
x = x 0 + λA
r: y = y 0 + λB
z = z + λC
0
r
I:
α
d(P, α) = d(P, I) = | P - I |
x = −4 + 2λ
1º y = 2 + λ
z = 5 + 2λ
x = −4 + 2λ ___ x = −20 / 3
___ y = 2 / 3
y = 2 + λ
2º I: ⇔ ⇔
z = 5 + 2λ ___ z = 7 / 3
2x + y + 2z + 8 = 0 2(−4 + 2λ ) + (2 + λ ) + 2(5 + 2λ ) + 8 = 0 λ = −4 / 3
I (-20/3,2/3,7/3)
2 2 2
3º d(P,α) = d(P,I) = − 4 + + 2 −
20 2 7 64 16 64 144 12
+ 5 − = + + = = =4
3 3 3 9 9 9 9 3
_____________________________________________________________________________________________
r
I:
α
d(P, r) = d(P, I) = | P - I |
x y−2 z+3
Exemplo: Calcular a distância do ponto P(2,0,-3) à recta s : = =
2 2 1
1º α: 2(x-2)+2(y-0)+(z+3)=0
α: 2x+2y+z-1=0
x = 0 + 2λ ___ x = 0
___ y = 2
y = 2 + 2λ I(0,2,-3)
2º I: ⇔ ⇔
z = -3 + λ ___ z = −3
2x + 2y + z - 1 = 0 2(2λ ) + 2(2 + 2λ ) + (-3 + λ ) − 1 = 0 λ = 0
2 2 2
3º d(P,α)=d(P,I) = (2 − 0) + (0 − 2) + (−3 + 3) = 4 + 4 = 8 = 2 2
_____________________________________________________________________________________________
Exercícios
C = (3,-1,4).
r r r
3. Um paralelipípedo é gerado pelos vectores a = (1,1,1) , b = (2,1,0) e c = δ (1,−1,1) .
a) Vectorial;
b) Paramétricas;
c) Cartesianas.
x y−1 x = 5z + 6
r1 : = = −z− 1 r2 :
5 6 y = − 2z − 5
r r r r
v = i − 2 j − 5k .
x +1 z − 3 x = 2t
=
r1 : 3 4 r2 : y = −1 r3 : x = y = z
y = 1 z = 2 − t
4 y − x − 3 = 0 x = 0
r4 : r5 :
2 z − 4 x = −10 y = 0
_____________________________________________________________________________________________
b) Passa pelo ponto P0 = (1,3,-2) e é paralela à recta que passa pelos pontos
A = (-1,2,1) e B = (5,-4,1).
x + y + z = 0
x − y − z − 2 = 0
13. Determine uma equação vectorial e uma representação cartesiana dos eixos Ox,
Oy e Oz.
x = −3 + 8λ
x +1 y − 2
r1 : y = 4 − 6λ r2 : = = −z − 3
z = 2 + 2λ n m
x = − 1 + 2λ
y = mx − 3
r1 : y = 3 − λ r2 :
z = 5λ z = −2 x
_____________________________________________________________________________________________
x = 3 + λ
x+2
16. Considere as rectas r1 : y = λ e r2 : = y − 4 = z . Determine:
z = − 1 − 2λ − 2
x = 1 − 3λ
y+3
a) r1 : y = 4 − 6λ r2 :x = = −z
z = 3λ 2
z = 2x
b) r1 : r2 :x = y = z
y = 3
x − 2 y − 3 z −1 x − 5 y − 2 z −1
d) r1 : = = r2 : = =
1 2 1 2 4 2
x − 2 y − 3 z −1 x +1 y − 2 z + 3
e) r1 : = = r2 : = =
1 2 2 2 −1 2
x = 2α + 7
x−3 y +4 z +3
r : y = α − 2 s: = =
z = 3α + 3 4 2 6
20. Calcule a equação vectorial do plano que passa nos pontos P1 = (1,0,3), P2 =
(1,3,-1) e P3 = (1,3,1).
_____________________________________________________________________________________________
a) vectorial;
b) paramétricas;
c) cartesianas.
x = −4 + 3α
a) que passa pelo ponto P0 = (2,1,-2) e é perpendicular à recta r : y = 1 + 2α ;
z = α
x = 4
b) que passa pelo ponto P1 = (-3,2,1) e contém a recta r : y = 3 ;
z = α
x = −1 + 3β x −3 y − 4
=
c) contém as rectas r1 : y = 2 − 4 β e r2 : 6 −8 .
z=3 z = 3
a) P=(1,2,3)+k(-1,2,3) e Q=(0,1,1)+t(1,1,-2);
b) P=(1,-1,1)+k(2,1,1) e Q=(1,0,1)+t(2,1,1).
α: kx + ky + z - 1 = 0
β: x + y - z + k = 0
π: x + ky + z = 0
e determine, se existirem, os valores de k tais que:
x −1 y − 2
27. Considere a recta r : = =z
2 3
a) Determine uma equação vectorial do plano α que passa pelo ponto P = (1,2,0)
e é perpendicular à recta r;
a) x + 2y + z = 0 x - 2y - 8z = 0 x + y + z - 3 = 0;
b) x + 3y + 4z + 1 = 0 2x + y - z + 2 = 0 3x + 4y + 3z + 3 = 0;
a) 3x + 3y - z + 7 = 0 x + 6y + 2z - 6 = 0;
b) 2x - 3y + z - 1 = 0 2x + 3y - z - 2 = 0.
1 x −1 y + 2
α :3 x − y + 2 z − 1 = 0 e a recta r : = = z determine:
2 2 4
_____________________________________________________________________________________________
a) x + y - z = 2 y - z = 8;
b) x - 3y + 4z = 8 2x - 6y + 8z = 8;
a) x + y - z = 2 P = (0,3,1) + α(3,0,5);
b) 2x - 6y + 8z = 8 P = (5,4,1) + α(3,0,2).
α : 3x − my + 2 z − 1 = 0 sejam perpendiculares.
x y−2
38. Determine a distância do ponto P = (2,0,7) à recta r : = = z + 3.
2 2
x = −1 − 2γ
y = −2 x + 3
40. Determine a distância entre as rectas r : e s : y = 1 + 4γ
z = 2x z = −3 − 4γ
α : 4 x − 4 y + 2 z + 14 = 0 .
x = 3
42. Determine a distância da recta r : ao plano π: x + y - 12 = 0.
y = 4
_____________________________________________________________________________________________
justificando:
c) a recta r que passa pelo ponto P = (1,1,1) e não intersecta nenhum dos dois
planos;
44. Determine t tal que o ponto T = (t, -1, 5) diste 5 unidades do plano α que contém
o ponto A = (1, -1, -2) e é paralelo aos vectores u = (0, 1, 1) e v = (2, 1, 0).
45. Determine as equações cartesianas da recta t, que passa pelo ponto A = (-2,1,3) e
é perpendicular às rectas r e s
1 − x x = 2 − γ
= −z
r: 3 s : y = 1 + 2γ
y = 2 z = −3γ
prisma, sabendo que a altura deste é uma unidade (sem utilizar a fórmula
da distância);
produto misto.
_____________________________________________________________________________________________
r r π r r r r π
( )
ângulo(i , j ) = , i ⊥k , ângulo j , k = ,
3 3
r
j = 1,
r r
i = k =2
x − 1 x = 3 + y
= −y
r: 2 s:
z = 2 z = 2y
r r r r π
( )
r r π π r r r
ângulo (i , j ) = ; ângulo(i , k ) = ; ângulo j , k = ; j = 4; i = 2; k =1
4 3 2
x= y
Determine o ângulo que a recta r: faz com o plano α: z = 4 .
z = 4 + 2 y
_____________________________________________________________________________________________
Soluções:
1. a) Não b) Sim
2. 5 5
3
3. δ= ±
2
7. y=1, z=9
14. n = -4; m = 3
15. m = -8
18. Falsa
19. Coincidentes
27. b) Sim
c) Planos coincidentes
11 285 6 87
30. a) arccos b) arccos
190 87
3 14 5 2 1
32. a) π/2 b) arcsen c) recta d) ,− ,
14 3 3 3
6 5 39
33. a) arccos b) 0 c) arccos
3 39
_____________________________________________________________________________________________
102 11 338
34. a) arcsen b) arcsen
51 338
36. m = 1/2
37. 7
2 218
38.
3
19 6
39.
6
40. 13
41. 4
5 2
42.
2
17 5 5
43. a) recta b) arccos d) d(r,π) = 1, d(r,β) =
45 5
44. -28
48. Não
2
49. arcsen
44 + 12 2
_____________________________________________________________________________________________