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Profª Renata Leonel Nunes

“Direito e Legislação”
e-mail:renataleonel@hotmail.com

Aula: 01- Noções Gerais do Direito

Origem do Vocábulo “Direito”:

Conceituar o Direito é defini-lo. Existem duas espécies de definição:

1) Nominal: o que uma palavra ou nome significa.

◊Direito= directum, rectum= direito, reto, conforme uma régua


◊Jurídico= jus (juris) que significa direito
Jussum – mandar, ordenar (yú – vínculo, jugo)
Justum – justo (yós – bom, santo, divino)

2) Real: consiste em dizer o que uma coisa ou realidade é.


◊ Existem várias acepções relacionadas ao vocábulo direito. Podemos observar 5
diferentes noções:
• Direito-Norma (norma agendi/ direito objetivo): significa a norma, a lei, a regra
social obrigatória.
• Direito-Faculdade (facultas agendi/direito subjetivo): significa a faculdade, o
poder, a prerrogativa do sujeito.
• Direito-Justo: significa o que é devido por justiça.
• Direito-Ciência: significa a ciência do direito.
• Direito-Fato Social: o direito é considerado como fenômeno da vida coletiva ao
lado dos fatos econômicos, artísticos, culturais, esportivos, etc. O direito também é
um fato social.

Direito-Norma: é uma das acepções mais comuns do vocábulo. Muitos autores o


denominam como direito objetivo em oposição ao direito subjetivo (direito-faculdade).
Contudo, esta denominação é imprópria, pois existem outras acepções do direito que também
são objetivas, como o justo ou fato social.
Esta acepção indica realidades diferentes:
a) o direito positivo e o direito natural,
b) o direito estatal e o direito não-estatal.

Direito Positivo e Direito Natural: o primeiro, constitui um conjunto de normas


elaboradas por uma sociedade determinada, para reger sua vida interna com a proteção da
força social. O segundo, é constituído pelos princípios que servem de fundamento ao Direito
positivo;

Natural: O homem sempre teve consciência de direitos fundamentais decorrentes de


sua natureza, que não viessem de pactos, contratos, convenções ou tratados. De certa forma,
existem tendências gerais, comuns a todos os homens, de iguais emoções, impulsionando-os.
Atos humanos seriam acolhidos ou repudiados por uma consciência coletiva, capaz,
naturalmente de separar o bem, do mal. O certo do errado, o direito do torto, o justo do
injusto.
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O direito natural é a idéia abstrata de direito, ou seja, aquilo que corresponde ao


sentimento de justiça da comunidade. Os gregos criticavam as leis e mostravam-se céticos ao
direito, porque diziam eles que as leis eram feitas exclusivamente com motivações políticas,
e ditadas por elas.
É famosa a passagem, que afirmavam que aquilo que é natural é em todos os lugares. O
mesmo fogo, diziam, que arde na Grécia arde na Pérsia, porém as leis vigentes na Grécia
divergem daquelas vigentes na Pérsia. Logo o fogo é natural; o direito, simplesmente
artificial.

Positivo: Ao contrário do direito natural, o Direito Positivo é aquele conjunto de regras


elaborados e vigentes num determinado país em determinada época. São as normas, as leis,
todo o sistema normativo posto, ou seja, vigente no país.
Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Comercial, Código de Defesa do
Consumidor, Leis esparsas...
Exemplificando: O direito positivo, por exemplo, uma lei, não obriga ao pagamento de
duplicata prescrita, ao passo que para o direito natural esse pagamento seria devido e correto.

Direito estatal e Direito não-estatal: na primeira acepção a palavra direito é aplicada para
as normas jurídicas elaboradas pelo Estado para reger a vida social, como o Código Civil ou
o Código Comercial. Ao lado do direito estatal existem normas obrigatórias, elaboradas por
diferentes grupos sociais e destinadas a reger a vida interna desses grupos sociais, como o
direito esportivo, o direito religioso, os usos e costumes internacionais, as normas trabalhistas
derivadas de acordos e convenções coletivas de trabalho.

Direito-Faculdade (direito-poder): o vocábulo direito, é freqüentemente empregado para


designar o poder de uma pessoa individual ou coletiva, em relação a determinado objeto. É a
faculdade reconhecida ao sujeito ou titular do direito. O direito de usar um imóvel, cobrar
uma dívida, propor uma ação são exemplos de direito-faculdade ou direito subjetivo.
Segundo Kant o direito-faculdade pode assim ser definido: faculdade de exercer aqueles atos,
cuja realização universalizada não impeça a coexistência dos homens.

Direito-Justo: relaciona-se ao conceito de justiça. Dentro desta acepção podemos distinguir


dois sentidos diferentes que se relacionam. O primeiro, relaciona-se ao que é devido por
justiça (justo objetivo- aquele bem que é devido a uma pessoa por uma exigência da justiça).
O segundo, significa em conformidade com as exigências da justiça.

Direito-ciência: o vocábulo é empregado para designar a ciência do direito. Quando se fala


em estudar o direito, está subentendido o estudo do método e objeto do direito. Segundo
Hermann Post: direito é a exposição sistematizada de todos os fenômenos da vida jurídica e a
determinação de suas causas.

Direito-fato social: setor da vida social, fenômeno social

DIREITO:
•O direito pode ser considerado como norma, como faculdade, como justo, como
ciência ou como fato social;
•Essas diferentes perspectivas revelam o caráter análogo do conceito de direito;
•Apesar das acepções diversas, elas não são contrárias. O sentido fundamental do
direito, em qualquer de seus aspectos, consiste sempre em estar a serviço da justiça, isto
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é, em assegurar a cada um aquilo que lhe é devido, segundo uma relação proporcional,
fundada na igual dignidade de todos os homens.

Direito - conceito
Direito é a arte do bom e do equitativo – Ius est ars boni et aequi . (Ulpiano) (noção
de justiça)
Direito é a proporção real e pessoal de homem para homem que, conservada, conserva
a sociedade e que, destruída, a destrói. (Dante Alighieri) (direito como fato social)
Direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um pode
coexistir com o arbítrio dos outros de acordo com uma lei geral de liberdade
(Koenigsberg – Comentando Kant). (direito relacionado à noção de liberdade)
Direito é a coordenação objetiva das ações possíveis entre vários sujeitos, segundo um
princípio ético que as determina, excluindo delas qualquer impedimento.( Del Vecchio).
 Direito é a vinculação bilateral da conduta para a realização ordenada dos valores de
convivência. (Miguel Reale)
•BILATERALIDADE ATRIBUTIVA  é a relação objetiva que, ligando entre si

dois ou mais seres, lhes confere e garante, de maneira recíproca ou não, pretensões
ou competências. (MIGUEL REALE)

Direito Objetivo e Direito Subjetivo

• Direito Objetivo – direito norma – é o conjunto dos preceitos impostos a todos os


homens pelas necessidades da manutenção da ordem social: jus est norma agendi.
• Direito Subjetivo – direito faculdade – é o poder que tem o homem de exigir garantias
para a realização de seus interesses, quando estes se conformam com o interesse social.
Segundo Von Ihering é “o interesse juridicamente protegido”- jus est facultas agendi.

Sujeito, Objeto e Relação do Direito

 Sujeito do Direito: é o ser, a quem a ordem jurídica assegura o poder de agir contido
no Direito. Ordinariamente, esse poder é um gozo, uma vantagem do sujeito, mas há
direitos, que existem em favor de outrem. Os sujeitos do direito são as pessoas naturais
e jurídicas. Todavia é certo que as idéias de pessoa e sujeito do direito não tem a mesma
extensão. A idéia de pessoa oferece dois aspectos: o ativo e o passivo. O sujeito do
direito é a pessoa em sua posição ativa.

 Objeto do Direito: é o bem ou vantagem sobre o que o sujeito exerce o poder


conferido pela ordem jurídica. Podem ser objetos do direito: a) modos de ser da própria
pessoa na vida social (a existência, a liberdade, a honra, etc.); b) as ações humanas; c)
as coisas corpóreas ou incorpóreas, entre estas últimas incluindo-se os produtos da
inteligência.

 Relação do Direito: é o laço que, sob a garantia da ordem jurídica, submete o objeto
ao sujeito. Os romanos designaram-na pelo nome de jus, como nós a denominamos
direito. Existem duas categorias de relação: uma sobre os objetos naturais e outra
ligando pessoas entre si, as quais podem denominar-se direitos de dominação e direitos
que impõem deveres diretos às outras pessoas.

Direito e Moral
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O direito e a moral situam-se em círculos concêntricos, a moral tem o diâmetro


maior e o Direito, o menor.
Miguel Reale distingue o Direito da Moral sob o ponto de vista da valorização do
ato, da forma e do conteúdo e elabora o seguinte esquema:

Direito Moral
Quanto à valoração do ato:
a)Bilateral atributivo; a)unilateral;
b)Visa mais ao ato exteriorizado b)Visa mais à intenção
partindo da intenção; partindo da exteriorização do ato;
Quanto à forma:
c)Pode ser heterônomo (Estatal); c) Nunca heterônoma;
d)Coercível; d) incoercível;
e)Especificamente predeterminado e certo, e) Não apresenta igual predeterminação
assim como objetivamente certificável; tipológica;
Quanto ao objetivo ou conteúdo:
f) Visa de maneira imediata e f) Visa de maneira imediata e
prevalecente ao bem social ou prevalecente ao bem individual
aos valores de convivência. ou aos valores da pessoa.

Ramos do Direito

Direito

Positivo Natural

Internacional Nacional

Público Público

Const, Civil, Penal, Tributário,


Privado Adm, Comercial, Proc, Eleitoral,
Econômico, Eleitoral,etc,

Privado

Civil e Comercial
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Direito Internacional: divide-se (didaticamente) em:


•a) Público e
•b) Privado;

Internacional Público: é um conjunto de normas que regulam as relações entre os Estados


membros da comunidade internacional e organismos análogos.
Exemplo1: ONU (Organização das Nações Unidas), OIT (Organização Internacional do
Trabalho).
Exemplo2: Tratado de Kyoto, Declaração Universal dos Direitos Humanos, etc.
-A sociedade internacional caracteriza-se por ser universal, igualitária, aberta, sem
organização rígida e com Direito originário.
-Universal porque abrange todos os entes do Globo terrestre.
-Igualitária porque supõe igualdade formal entre os seus membros.
-Aberta porque todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam membros sem
necessidade de aprovação dos demais.
-A cooperação internacional é a regra que motiva o relacionamento entre os membros,
portanto, não há hierarquia entre as normas internacionais e as normas internas de um país.

Internacional Privado: é um conjunto de normas internas de cada país, elaboradas e


instituídas especialmente para definir se em determinados casos se aplicará a lei interna ou a
lei de outro país. Pelo Direito Internacional Privado regula-se;

Conflito de leis no espaço;


Comércio entre empresas privadas, com sede em países diferentes
A situação do estrangeiro
A nacionalidade
A validade ou não de sentenças estrangeiras
Bens referentes à legitima de estrangeiro, etc..

Direito Nacional
É o sistema legal elaborado para ser posto, vigente, em determinada época, dentro das
fronteiras de um país. Só é válido dentro da jurisdição do país que o elaborou. Não se aplica a
países vizinhos.
•O direito nacional divide-se em:
•a) público,
•b) privado;
•O direito público (nacional) divide-se em: constitucional, administrativo, penal,
tributário;
•O direito privado (nacional) divide-se em: civil, empresarial e trabalhista.

Nacional/ PÚBLICO
É composto predominantemente por normas de ordem pública , que são normas
imperativas, obrigatórias.
Exemplo: Se houve um homicídio, mesmo que a vítima concorde em não punir o
assassino, haverá punição, pois se trata de norma de ordem pública, prevista no Código
Penal.
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Nacional/ PRIVADO
É composto predominantemente por normas de ordem privada, o que significa dizer
que são normas de caráter supletivo, vigoram apenas enquanto os interessados não
dispuserem do contrário, ou seja, enquanto a vontade deles permanecer, a norma é lei entre as
partes.
Exemplo1: um contrato de compra e venda, celebrado entre uma empresa e alguém que
quer vender um automóvel. A empresa compra o automóvel. Se houver desistência do
negócio, ou qualquer aditamento no contrato, valerá o que foi estipulado pela primeira vez no
contrato.
Exemplo2: A divisão de despesas com a construção de um muro. As partes (as pessoas
envolvidas) podem dispensar a divisão, ou até omitirem-se quanto a isso, pois se trata de
norma de ordem privada e precisa ser combinada. Art.588 δ 1o do Código Civil.

Exercício
1)Justiça é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o seu direito.(Ulpiano)
2) Não é direito condenar um anormal.
3)Direito é o que é devido a outrem, segundo uma igualdade (S. Tomás)
4) O Estado tem direito de legislar.
5) O direito não permite o aborto.
6) A educação é direito da criança.
7) Cabe ao direito estudar a criminalidade.
8) O direito constitui um setor da vida social.
9) Deve se fazer o bem, dar a cada um o que lhe é devido
10) Direito é a arte do bom e do equitativo – Ius est ars boni et aequi . (Ulpiano)

Fontes do Direito:
A palavra fonte tem o significado comum de lugar onde a água surge, nasce ou jorra. É
nesse sentido que podemos usar essa palavra num sentido amplo e figurado quando falamos,
por exemplo, em fontes do Direito ou fonte da norma jurídica. Neste caso, queremos saber
qual é a origem do Direito, de onde provêm as normas, ou seja, origem, início.

São fontes do Direito:


A Lei
A analogia
O costume
Os princípios gerais de direito
A jurisprudência
A doutrina jurídica

Leis: a Lei é a mais importante fonte formal do direito. Entende-se por lei a norma
jurídica escrita emana do poder competente. A Lei está presente na legislação, que é o
conjunto das Leis vigentes em um país.
Em sentido técnico estrito, a Lei é a norma jurídica ordinária elaborada pelo Poder
Legislativo. Distingue-se, nesse sentido, dos decretos, regulamentos e portarias expedidos
pela Administração Pública (Poder Executivo).
1. Constituição (Federal / Estadual)
2. Lei complementar
3. Tratados e Convenções Internacionais
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4. Lei ordinária
5. Lei delegada
6. Medidas Provisórias
7. Decretos
8. Regulamentos complementares
(NR, Resolução, Instruções, Portarias, Circulares, etc..)

A analogia: quando o juiz utiliza-se da analogia para solucionar determinado caso


concreto, não está apartando-se da lei, mas aplicando-se à hipótese não prevista em lei um
dispositivo legal relativo a caso semelhante. Nisso consiste o emprego da analogia. Pretende-
se dizer que a situações semelhantes deve-se aplicar a mesma regra de direito.

Costumes: é a reiteração constante de uma conduta, na convicção de ser a mesma


obrigatória, ou seja, uma prática geral aceita como sendo o direito. Exemplo: Fazer fila para
pegar o ônibus, ou para entrar no teatro.
Na falta de lei sobre determinado assunto o Juiz pode se valer do costume. (art.4 o. da
Lei de Introdução ao Código Civil)
O costume não faz parte da legislação, é criado espontaneamente pela sociedade, sendo
o resultado de uma prática geral obrigatória, constante e prolongada.
Nas comunidades primitivas, o costume era a principal fonte do Direito, não existiam
Leis escritas e as normas fixavam-se pelo uso reiterado e pela transmissão oral de geração a
geração.
Nos dias atuais, com exceção de poucos países, o costume deixou de ser a principal
fonte do Direito. Entretanto ainda mantém seu valor como fonte alternativa ou supletiva, nos
casos em que a Lei for omissa, isto é na falta da Lei. O costume também é utilizado quando a
própria Lei o autoriza.
O costume jamais será usado contra a Lei, apenas como subsidiário ou na falta dela.

Os princípios gerais do direito: são estes constituídos de regras que se encontram na


consciência dos povos e são universalmente aceitas, mesmo escritas. Tais regras, de caráter
genérico, orientam a compreensão do sistema jurídico, em sua aplicação e integração, esteja
ou não incluídas no direito positivo. Muitas delas passaram a integrar o nosso direito
positivo, como a de que “ninguém pode lesar a outrem”, a que veda o enriquecimento sem
causa, a que não admite escusa de não-cumprimento da lei por não conhecê-la. Em sua
maioria, no entanto, os princípios gerais do direito estão implícitos no sistema jurídico civil,
como o de que “ninguém pode valer-se da própria torpeza”, o de que a “boa-fé se presume”,
o de que “ninguém pode transferir mais direitos do que tem”,etc...

Doutrina: o sistema legal, incluindo as normas, nestas as leis, precisa ser interpretado.
Essa interpretação não é feita só pelo judiciário. Aliás, o Judiciário, muitas vezes, para fazer
sua interpretação se socorre da doutrina.
A doutrina jurídica é o conjunto sistemático de teorias sobre o Direito elaborado pelos
grandes juristas. A doutrina é o produto da reflexão e do estudo que os juristas desenvolvem
sobre o Direito.
O parecer comum sobre determinados assuntos, de diversos especialistas de notório
saber jurídico, constitui verdadeiras normas que orientam legisladores, juízes e advogados.
Assim, a doutrina é uma interpretação realizada por estudiosos da matéria, e pode ser
considerada nos;
-Tratados;
-Seminários; (cujos debates foram publicados)
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-Pareceres;
-Obras intelectuais como livros;
-Monografias.

Jurisprudência: são decisões reiteradas dos tribunais. É a interpretação realizada por


juízes de todas as instâncias, e que servem de fonte para outros juízes.

Hierarquia das Normas


É sempre bom lembrar que o ordenamento jurídico brasileiro é construído de forma a
obedecer uma hierarquia. Hans Kelsen foi o teórico que desenvolveu a idéia de uma pirâmide
jurídica, na qual a Constituição está no ápice. No segundo patamar encontram-se as leis
ordinárias e complementares1; no terceiro os decretos, atos normativos, deliberações,
instruções normativas dentre outros atos regulamentadores; e por fim os contratos firmados
entre as pessoas.

Constituição

Leis (ordinárias/complementares)

Decretos, Atos Normativos, etc..

Contratos

Dentre as leis existem normas gerais e específicas. As leis específicas derrogam as leis
gerais no que for contrário, ou seja, a lei específica é que irá prevalecer se existir contradição
com a lei geral.

Tipos normativos

Norma fundamental
Consiste na lei maior, denominada também de carta magna, vincula todos os ramos do
direito e invalida as leis que com ela não estejam em harmonia.
Enquanto na Federação prevalece a Constituição Federal, nos Estados federados
existem as Constituições estaduais, que devem guardar um paralelismo com a Constituição
Federal.
Hans Kelsen foi o precursor do modelo de normas, onde as normas legais retiram
validade das regras imediatamente superiores, até chegar ao ápice da pirâmide, onde está a
Constituição, que é o fundamento de todo o ordenamento jurídico estatal. Assim, a lei
ordinária não pode conter dispositivo contrário à Constituição. Nem o decreto ou a portaria
pode afrontar a lei ordinária.

1
A doutrina discute se os tratados internacionais têm status legal ou Constitucional. Alguns defendem que: se os
tratados internacionais versarem sobre direitos fundamentais da pessoa humana será acolhido no nosso ordenamento
com status Constitucional, do contrário será Lei Ordinária.
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Lei Complementar: as que situam entre a norma constitucional e a lei ordinária, porque
tratam de matérias especiais, que não podem ser deliberadas em lei ordinária e cuja
aprovação exige quorum especial.
Quanto à matéria, às leis complementares são reservadas matérias específicas, e a
Constituição sempre determina a utilização de lei complementar para referida matéria.
Votação: maioria absoluta = 50% + 1 dos membros da casa. Art.47 e 69 CF

Lei ordinária: as elaboradas pelo Poder Legislativo.


Dois aspectos básicos para se caracterizar uma lei ordinária:
- refere-se à matéria e à votação.
Leis ordinárias são aquelas que relacionadas a qualquer tipo de assunto. Aos assuntos
que exigem maior rigor na votação é reservado para leis complementares.
Votação : maioria simples = 50% + 1 dos presentes à sessão legislativa. (art.47 CF)

Vigência da Lei
O diploma legal que dispõe sobre a vigência da Lei é Decreto-Lei 4.657/42 que é
denominado de Lei de Introdução ao Código Civil – LICC.
A lei passa por 3 fases: o da elaboração, a da promulgação e da publicação. Embora
nasça coma promulgação, só começa a vigorar com a sua publicação no Diário Oficial. . Com
a publicação, tem-se o início da vigência, tornando-se obrigatória, pois ninguém pode
escusar-se de cumpri-la alegando que não a conhece. (art. 3º da LICC).

“Vacatio Legis”: período entre a publicação e a efetiva entrada em vigor de uma lei.
Em regra funciona da seguinte forma:
o No silêncio  começa a vigorar 45 dias após a publicação.(art.1o LICC)
o Se expressa a data  começa a vigorar na data que consta no texto da lei.
o Lei brasileira para ser aplicada a quem está no exterior  começa a vigorar 90
dias após a publicação

PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS


Segundo a Lei de Introdução ao Código Civil, ninguém pode alegar que não conhece a
lei, ou seja, ninguém pode evitar cumprir a lei simplesmente alegando ignorância. (art.3o.)A
regra é ditada por uma razão de ordem social e jurídica, de necessidade social: garantir a
eficácia global do ordenamento jurídico, que ficaria comprometido caso tal alegação pudesse
ser aceita.

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS


Salvo em casos especiais, a lei tem caráter permanente, permanecendo em vigor até ser
revogado por outra lei. Nisto consiste o princípio da continuidade das leis. Só a lei pode
revogar a lei. Isso significa que é preciso observar a Hierarquia das Leis para entender a
funcionalidade de cada norma, ou seja, um Decreto não pode revogar uma lei, pois tem uma
funcionalidade específica, regulamentadora. A lei pode mais do que o Decreto. O Decreto
pode menos que a lei, assim por definição dialética quem pode mais pode o menos mas quem
pode o menos não pode o mais.
Assim, a Lei pode revogar um Decreto mas um Decreto não pode revogar uma Lei.

*Medida Provisória pode revogar lei?


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Não, Medida Provisória não é propriamente uma lei, é ato do executivo com força de
lei.
A Medida Provisória suspende a eficácia de lei anterior.
Se convertida em lei – revoga a lei anterior
Se rejeitada restaura-se a eficácia da lei anterior.

*O que acontece com os contratos e relações jurídicas que se firmaram na vigência da


MP que foi rejeitada posteriormente?
Não se aplica nem a MP nem a lei anterior.
A CF diz que o Congresso Nacional deve disciplinar essas relações baixando um
Decreto Legislativo. (art.62 δ único)

PERDA DA VALIDADE DA LEI


Existem duas formas da lei perder a validade:

Revogação= supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia (o que só


pode ser feito por outra lei) Efeito produzido por nova lei, a lei anterior perde a eficácia.

INEFICÁCIA: é quando a lei, apesar de vigente não pode ser aplicada. A lei perde a
eficácia sem ser revogada.
-Formas de Ineficácia:
a)CADUCIDADE; surge situação cronológica ou factual que torna a lei inválida.
Alguns chamam de autorevogação. Ex.Leis temporárias, Excepcionais (Estado de sitio).
b)DESUSO; cessa o pressuposto de aplicação da lei.Ex.Lei proíbe caça às baleias, todas
morrem, não pode ser aplicada porque não existem mais baleias.

Lei Inconstitucional (Declarada pelo STF)


Por Ação Direta de Inconstitucionalidade, a simples decisão já torna a lei ineficaz.
Controle Concentrado.
Se for por Controle Difuso além da decisão do STF é preciso resolução do Senado
suspendendo a eficácia da lei.
OBS.A decisão não revoga a lei apenas a torna inútil.

Irretroatividade da lei
A Lei é editada para reger situações futuras.
A Lei pode retroagir?

Em regra não, exceto se existir cláusula expressa de retroatividade.


Ou, SIM desde que exista cláusula expressa de retroatividade.
A lei não pode violar o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa julgada. (art.5 o
XXXVI combinado com art.6o da LICC).

Interpretação das Leis (Hermenêutica)


Interpretar é descobrir o alcance e o sentido da norma jurídica.O intérprete busca a
vontade da lei ou do legislador?
Corrente dominante: O intérprete deve buscar a vontade da lei. A vontade do legislador
é estática e com o tempo torna-se ultrapassada, ao passo que a vontade da lei é dinâmica e se
adapta às vontades sociais.

Quem pode interpretar as leis?


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JUÍZES: por meio de decisões judiciais. Não é obrigatória porque outros juízes poderão
interpretar diferentemente. Não existe súmula vinculante.
DOUTRINA: (Livros, monografias, teses etc.) interpretação doutrinária ou científica.
Nunca é obrigatória.
LEGISLADOR: Ao baixar uma Lei interpretativa, chamada interpretação autêntica ou
legislativa.

Meios utilizados na interpretação: os diversos métodos de interpretação não se operam


isoladamente, não se repelem reciprocamente, mas se completam.
1)Gramatical, literal, semântico ou filológico: sentido literal das palavras.
2)Lógico: desvendar alcance da norma através de raciocínios lógicos Ex: todos os
homens são mortais. Pedro é homem. Pedro é mortal.
3)Histórico: intérprete perquire as causas que ditaram a sua formação; leva em conta
processo legislativo que o antecedeu. (Savigny)
4)Sistemático: análise da coerência do sistema; parte do pressuposto de que uma lei não
existe isoladamente e deve ser interpretada em conjunto com outras pertencentes à
mesma província de direito.
5)Teleológico/Sociológico: (Inhering) Atenção do intérprete volta-se para os fins sociais
a que a norma jurídica se propõe; visa adaptar a finalidade da norma à realidade social
em que vai viger.

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