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CÓDIGO DA

EQUIPE: CK9
CONCURSO NACIONAL MOOT COURT
INSTITUTO DE DIREITO
DO EXÉRCITO
2016

PERANTE A HON'BLE
SUPREMA CORTE DA BÂMBIA

(NOS TERMOS DO ARTIGO 136.º DA CONSTITUIÇÃO DA BÂMBIA)

RAMPON.......................................................................................APELANTE

V.

PROVÍNCIA........................................................................ENTREVISTADO

MEMORANDO EM NOME DO RECORRENTE

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
I
-Índice- -Apelante-

ÍNDICE

CONCURSO NACIONAL MOOT COURT INSTITUTO DE DIREITO DO EXÉRCITO......1


2016..............................................................................................................................................1
ÍNDICE.....................................................................................................................................I
ÍNDICE DE AUTORIDADES..............................................................................................IV
ESTATUTOS.........................................................................................................................IV
LIVROS...................................................................................................................................V
ARTIGOS.................................................................................................................................6
LINKS DINÂMICOS............................................................................................................VI
DEFINIÇÕES IMPORTANTES...........................................................................................VI
CASOS...................................................................................................................................VI
DECLARAÇÃO DE COMPETÊNCIA.................................................................................IX
EXPOSIÇÃO DOS FACTOS................................................................................................IX
Eu...........................................................................................................................................IX
II..............................................................................................................................................X
III.............................................................................................................................................X
IV.............................................................................................................................................X
V.............................................................................................................................................XI
VI............................................................................................................................................XI
VII..........................................................................................................................................XI
VIII.........................................................................................................................................XI
IX..........................................................................................................................................XII
X............................................................................................................................................XII
RESUMO DOS ARGUMENTOS.......................................................................................XIII
1. A ACUSAÇÃO DE DIREITO PENAL IMPUTADA AO ACUSADO É INVÁLIDA E
INJUSTIFICÁVEL..............................................................................................................XIII
2. NÃO SE JUSTIFICAM AS ACUSAÇÕES DEDUZIDAS CONTRA O
RECORRENTE NO ÂMBITO DA UAPA, DE 1967 E DA PMLA, DE 2002..................XIII
3. O DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO FOI CUMPRIDO........................................XIII
F=, ARGUMENTOS AVANÇADOS......................................................................................1
1 A ACUSAÇÃO DE DIREITO PENAL IMPUTADA AO ACUSADO É INVÁLIDA E
INJUSTIFICÁVEL..................................................................................................................1
1.1 Acusações de travar guerra foram falsamente pressionadas sobre os acusados............1

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
I
-Índice de abreviaturas- -Apelante-

De acordo com Artigo 120.º-A.................................................................................................8


2. NÃO SE JUSTIFICAM AS ACUSAÇÕES DEDUZIDAS CONTRA O RECORRENTE
NOS TERMOS DA UAPA, DE 1967 E DA PMLA, DE 2002.............................................10
2.1 Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas......................................................................10
2.2 Prevenção à Lavagem de Dinheiro..............................................................................13
3. O DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO FOI CUMPRIDO...........................................15
3.1 O direito fundamental previsto no artigo 21.º foi violado...........................................16
3.2 As acusações apresentadas contra os acusados não foram provadas além de qualquer
dúvida razoável.......................................................................................................................18
3.3 A política de sentenças de morte dada pela Corte não foi cumprida..........................19
Eu -.................................................................................................................................XXI
POR ESSE ATO DE BONDADE, A FACÇÃO APELANTE FICARÁ OBRIGADA PARA
SEMPRE.............................................................................................................................XXI

ÍNDICE DE ABREVIATURAS

1. § SECÇÃO
2. ¶ PARÁGRAFO
3. & E
4. Anúncios ANÚNCIOS
5. AR TODOS OS REPÓRTERES DA ÍNDIA
6 . Anexo. ANEXO
7 . Anr. OUTRO
8 . Art. ARTIGO
9. BPC CÓDIGO PENAL DA BÂMBIA
10. Cl. CLÁUSULA
11. Cr. CRIMINOSO
12. CrLJ REVISTA DE DIREITO PENAL
13. PCRc CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, 1973
14. SC FOLHA DE ENCARGOS
15. FDS FORÇA DE DEFESA DO SOLO
16. DW TESTEMUNHA DE DEFESA

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
II
-Índice de abreviaturas- -Apelante-

17. FIR RELATÓRIO DE PRIMEIRAS


INFORMAÇÕES
18 . Governo. GOVERNO
19. HC TRIBUNAL SUPERIOR
20. Hon'ble HONORÁVEL
21. Ou seja, ISTO É
22. CPI CÓDIGO PENAL INDIANO, 1860
23. MANU MANUPATRA
24. Não. NÚMERO
25. Ors. OUTROS
26. págs. PÁGINA
27. PS DELEGACIA
28. PW TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
III
-Índice de abreviaturas- -Apelante-

29. r/w LEIA COM


30. SC SUPREMA CORTE
31. CCE CASOS DO STF
32. SCR RELATOR DO STF
33 . Supp. SUPLEMENTAR
34. TADA LEI DE PREVENÇÃO DE ATIVIDADES DISRUPTIVAS
35. UAPA LEI DE PREVENÇÃO DE ATIVIDADES ILÍCITAS
36. PREVENÇÃO DO ATO TERRORISTA
BATATA
37. PMLA LEI DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO
38. Pat PATIALA
39. MLJ REVISTA MAHARASTHTRA LAW
40. Bom BOMBAIM
41. RL REPÓRTER DE DIREITO
42. Tra-Co TRAVANCORE
43. Eds. EDIÇÃO
44. QB BANCO DO QUEENS
45. RE REPÓRTER INGLATERRA
46. @ COGNOME
47. ACR REPÓRTER CRIMINAL DE ASSAM
48. U/S NA SEÇÃO
49. UOI UNIÃO DA ÍNDIA
50 . V./Vs CONTRA
51. Viz. A SABER
52. W.R.T COM RESPEITO A
ÍNDICE DE AUTORIDADES

ESTATUTOS

1. 1 FALCÃO P.C. (C.), 1965.


2. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, 1973
3. CONSTITUIÇÃO DA ÍNDIA, 1950
4. CÓDIGO PENAL INDIANO, 1860

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
IV
-Índice de abreviaturas- -Apelante-

5. LEI DE EVIDÊNCIA INDIANA, 1872


6. LEI DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO,2002
7. LEI DE PREVENÇÃO DE ATIVIDADES TERRORISTAS E DISRUPTIVAS, 1985
8. A LEI DAS ARMAS,1959
9. LEI DE PREVENÇÃO DE ATIVIDADES ILÍCITAS,1967

LIVROS

1. D.D.BASU, Constituição da Índia, Lexis Nexis Butterworths, Wadhwa, Nagpur.


2. D.D.BASU, Código de Processo Penal, 1973, Lexis Nexis Butterworths Wadhwa, 4ª
ed., 2010.
3. GAUR K. D, O Código Penal Indiano, Universal Law Publishing Co. Pvt. Ltd., 4ª Ed.,
2013.
4. HARI SINGH GOUR, The Penal Law Of India, 4869, (11ª Edição, Delhi Law House,
Nova Delhi, 2006).
5. H.M. SEERVAI, Direito Constitucional da Índia: Um Comentário Crítico. [Deli.
Editora Universal Law Co. Ltda].
6. J. W. CECIL TURNER KENNY'S, Esboços de Direito Penal, Cambridge University
Press, 1952.
7. KELKAR R. V., Código de Processo Penal , Pillai Eastern Book Company, 4ª Ed.,
2007 (Revisado pelo Dr. K. N Chandrasekharan).
8. M P JAIN, Direito Constitucional Indiano, 1180, LexisNexis Butterworths Wadhwa,
Nagpur, 2010.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
V
-Índice de Autoridades- -Apelante-

9. PETER MURPHY, Evidência, Oxford University Press, 1 1ª Edição.


10. RATANLAL & DHIRAJLAL,O Código de Processo Penal, Lexis Nexis
Butterworths,Wadhwa,Nagpur, 20ª Ed. 2011(YChandrachud J. &VRManohar J.).
11. RATANLAL & DHIRAJLAL, O Código Penal Indiano, Lexis Nexis Butterworths,
Wadhwa, Nagpur, 30ª Ed. 2008(Y VChandrachud J. &V R Manohar J.).
12. RATANLAL & DHIRAJLAL,To Direito da Evidência, Lexis Nexis Butterworths
Wadhwa & Company Nagpur, 24ª Ed. 2012 (Y V Chandrachud J. & V R Manohar J.).
13. SARKAR sobre O Código de Processo Penal, 10ª ed., 2012, Lexis Nexis Butterworths,
Wadhwa, Nagpur.
14. SIR JOHN WOODROFFE & SYED AMIR ALI, Lei da Evidência, LexisNexis
Butterworth's, 19ª Ed. Vol. II.
15. SMITH E HOGAN, Smith e Direito Penal de Hogan, Karl Laird & David
Ormerod eds., Oxford University Press, 2015.
16. VIBHUTE K. I ,P S A Pillai's Direito Penal,.,LexisNexis Butterworth's, 11ª Ed., 2012.

ARTIGOS

1. 305ºRelatório da Comissão de Direito do Reino Unido, Assistência e Incentivo


Crime/ Participação no Crime, Pará 2.49, 2007.
2. ANIL KALHAN, GERALD P. CONROY, MAMTA KAUSHAL, SAM SCOTT
MILLER E JED S. RAKOFF "Continuidades coloniais: direitos humanos, terrorismo
e leis de segurança na Índia" Colum. J. Asiático L. 93 2006-2007.
3. RAMANAND GARGE,Combate ao Financiamento do Terror: Uma Perspectiva
Indiana, Fundação Internacional Vivekananda.
4. GAFI (2015), Riscos Emergentes de Financiamento do Terrorismo, GAFI, Paris
www.fatf- gafi.org/publications/methodsandtrends/documents/emerging-terrorist-
financing- riscos.html.
5. J. Venkatesan, "Binayak Sen obtém fiança na Suprema Corte", The Hindu, 15 de abril
de 2011, http://www.thehindu.com/news/national/article1698939.ece?homepage=true.
6. MINORIAS NA ÍNDIA, 11 Sócio-Legal Rev. 103 2015.

-MEMORANDUM para O APELANTE-V


-Índice de Autoridades- -Apelante-

7. ROBERT E RIGGS, "Devido Processo Legal Substantivo" , 1990 Wis. L . Apocalipse


941
8. ROLLIN M. PERKINS, PARTES DO CRIME, 89 U. Pa. L. Rev. 581 1940-1941.
9. SANTOSH EJANTHKAR, A Crescente Ameaça de Lavagem de Dinheiro, Capgemin
2011.
10. Sedition Laws & The Death Of Free Speech In India , Centro para o Estudo da
Exclusão Social e Política Inclusiva, Faculdade Nacional de Direito da Universidade da
Índia, Bangalore & Fórum de Direito Alternativo, Bangalore, fevereiro de 2011.
11. SHYLASHRI SHANKAR, "Contenção judicial em uma era de terrorismo" 11 Sócio-
Legal Rev. 103 2015.
12. SRIJONI SEN ET. AL, "Anti-Terrorism Law in India- A Study of Statutes and
Judgments, 2001-2014", Vidhi – Centre for Legal Policy, junho de 2015.
13. VIVEK CHADDHA, "Life Blood of Terrorism", Bloomsbury Publishing Índia Pvt.
Ltda., 2011.

LINKS DINÂMICOS

1. www.manupatra.com
2. www.scconline.com
3. www.heinonline.org
4. www.westlawindia.com
5. www.lexisnexis.com
6. www.ebscohost.com

DEFINIÇÕES IMPORTANTES

1. Apelante, para os fins deste memorando, representa Rampon.


2. O requerido para os fins deste memorando representará a Província.

CASOS

1. A.K. Roy v. União da Índia, (1982) 1 SCC 27 _______________________________13

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
VI
-Índice de Autoridades- -Apelante-

2. Ajay Agarwal v. União da Índia &Ors, AIR 1993 SC 1637 ____________________8

CONCURSO NACIONAL MOOT COURT INSTITUTO DE DIREITO DO EXÉRCITO____1


2016________________________________________________________________________1
ÍNDICE___________________________________________________________________I
ÍNDICE DE AUTORIDADES________________________________________________IV
ESTATUTOS_____________________________________________________________IV
LIVROS__________________________________________________________________V
ARTIGOS_________________________________________________________________6
LINKS DINÂMICOS_______________________________________________________VI
DEFINIÇÕES IMPORTANTES______________________________________________VI
CASOS__________________________________________________________________VI
DECLARAÇÃO DE COMPETÊNCIA_________________________________________IX
EXPOSIÇÃO DOS FACTOS_________________________________________________IX
Eu______________________________________________________________________IX
II________________________________________________________________________X
III_______________________________________________________________________X
IV_______________________________________________________________________X
V_______________________________________________________________________XI
VI______________________________________________________________________XI
VII______________________________________________________________________XI
VIII_____________________________________________________________________XI
IX______________________________________________________________________XII
X______________________________________________________________________XII
RESUMO DOS ARGUMENTOS____________________________________________XIII
1. A ACUSAÇÃO DE DIREITO PENAL IMPUTADA AO ACUSADO É INVÁLIDA E
INJUSTIFICÁVEL_______________________________________________________XIII
2. NÃO SE JUSTIFICAM AS ACUSAÇÕES DEDUZIDAS CONTRA O
RECORRENTE NO ÂMBITO DA UAPA, DE 1967 E DA PMLA, DE 2002__________XIII
3. O DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO FOI CUMPRIDO_____________________XIII
F=, ARGUMENTOS AVANÇADOS____________________________________________1
1 A ACUSAÇÃO DE DIREITO PENAL IMPUTADA AO ACUSADO É INVÁLIDA E
INJUSTIFICÁVEL._________________________________________________________1
1.1 Acusações de travar guerra foram falsamente pressionadas sobre os acusados_______1
De acordo com Artigo 120.º-A_________________________________________________8

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
VII
-Índice de Autoridades- -Apelante-

2. NÃO SE JUSTIFICAM AS ACUSAÇÕES DEDUZIDAS CONTRA O RECORRENTE


NOS TERMOS DA UAPA, DE 1967 E DA PMLA, DE 2002._______________________10
2.1 Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas____________________________________10
2.2 Prevenção à Lavagem de Dinheiro________________________________________13
3. O DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO FOI CUMPRIDO.______________________15
3.1 O direito fundamental previsto no artigo 21.º foi violado______________________16
3.2 As acusações apresentadas contra os acusados não foram provadas além de qualquer
dúvida razoável____________________________________________________________18
3.3 A política de sentenças de morte dada pela Corte não foi cumprida._____________19
Eu -_________________________________________________________________XXI
POR ESSE ATO DE BONDADE, A FACÇÃO APELANTE FICARÁ OBRIGADA PARA
SEMPRE._______________________________________________________________XXI
3.
4. Yakub Abdul Razak Memon v. Estado de Maharashtra, 2013 SCC OnLine SC 257 __
13
5. Yashpal v. Estado do Punjab (1977), SCR 2433 ____________________________8
6. Yogendra Moraji v. Estado de Gujrat, AIR 1980 SC 60 ______________________14

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
VIII
-Declaração de Competência- -Apelante-

DECLARAÇÃO DE COMPETÊNCIA

O Hon'ble Supreme Court of Bambia tem a competência inerente para julgar, apreciar e julgar o
presente caso por força do artigo 136 da Constituição da Bâmbia.

"Artigo 136.º- Recurso especial do STF

(1) Não obstante qualquer disposição deste Capítulo, a Suprema Corte poderá, a seu critério,
conceder licença especial para recorrer de qualquer sentença, decreto, determinação, sentença
ou ordem em qualquer causa ou assunto proferido ou feito por qualquer tribunal ou tribunal no
território da Índia
(2) Nada do disposto na cláusula ( 1 ) se aplica a qualquer sentença, determinação, sentença
ou despacho proferido ou proferido por qualquer tribunal ou tribunal constituído por ou sob
qualquer lei relativa às Forças Armadas"
EXPOSIÇÃO DOS FACTOS

Eu
A Bâmbia é um dos maiores países do mundo com diversidade cultural, linguística e religiosa
com rica herança. É um país quase federal, único democrático e um dos principais actores
económicos da região asiática.
O Governo da Bâmbia autorizou as empresas a extrair minerais. A iniciativa foi contestada em
larga escala pela população da província central em geral e pelos distritos predominantemente
tribais em particular. O governo mobilizou forças policiais e paramilitares (PMF) para reprimir
os protestos; mas, aos poucos, os protestos se tornaram mais organizados e os manifestantes
lançaram a resistência armada (FDS) contra as iniciativas do governo. No conflito que se seguiu
entre as FDS e as forças governamentais, foram relatadas baixas de ambos os lados. Ribon
continuou seus negócios em Dhatu e Karol, mesmo após a disputa.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
IX
-Exposição de Fatos- -Apelante-

II
1 de março de 1993- Pessoal da PMF perambulando perto da localidade de Ribon. Por volta das
2h, quando sua família estava dormindo, poucos homens em trajes PMF bateram em sua porta e
perguntaram sobre Ribon ao criado, que abriu a porta. Ribon foi então interrogado sobre
algumas pessoas das FDS que estavam fazendo compras em sua loja durante o dia e foi levado
para novas investigações. Na manhã seguinte, às 10h, quando Ribon não voltou para casa, seus
familiares tentaram localizá-lo, mas a polícia encontrou seu corpo morto nos arredores da
floresta de Dathu.
Depois de uma semana (7 ou 8 de março de 1993) – PMF atirou em todos os membros da
família, Rampon escapou e morou com seu tio Akande. Gerenciou estudos e trabalho em
conjunto. Indivíduo deprimido, mas estudante brilhante em acadêmicos influenciados por
escrever interpretações diferentes para os textos de Marx, Engles e Mao.
III
2002- Rampon candidatou-se a uma bolsa de estudos de riqueza comum e chegou a uma
prestigiada universidade da Inglaterra para estudos superiores e escolheu um tópico
"Democracia Majoritária e a Situação das Minorias Indígenas: Uma Perspectiva Socialista sobre
a Justiça" para seu projeto de pesquisa. A vida de Rampon mudou depois disso. Com suas
conversas e discussões, tornou-se muito popular entre seus companheiros de grupo. Ele
começou a abordar as reuniões nos salões comunitários locais e deu-lhes diferentes percepções
dos ideais socialistas. Logo, muitas pessoas populares e influentes começaram a vir aos lugares
onde Rampon se dirigia às reuniões públicas. Uma página de fãs foi criada no facebook seguida
de uma conta em seu nome no final de 2005. Rampon e seus seguidores pensaram em propagar
a essência do socialismo no mundo ocidental em uma escala maior, realizando assim workshops
em vários lugares da América do Norte e da União Europeia.
IV
2009- Rampon tornou-se um nome popular entre os países comunistas. Suas opiniões
viralizaram em todas as redes sociais e tiveram cerca de meio milhão de seguidores no Twitter
Rampon garantiu um nome de domínio truesocialism.org para atualizar seus seguidores sobre os
desenvolvimentos e programação de seus eventos e programas.
A 'Quattics', uma empresa constituída na Virgínia (EUA), ofereceu-lhe para ser o embaixador
das suas vias de Responsabilidade Social Corporativa (RSE). A Quattics está envolvida em
pesquisa e fabricação de armas nucleares e outras tecnologicamente avançadas e tem transações
comerciais em todo o mundo para fornecer e entregar armas para governos e outras

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
X
-Exposição de Fatos- -Apelante-

organizações.
V
14 de agosto de 2010- trueisocialism.org ultrapassou a marca de 20 milhões de seguidores. Ele
também formou uma ONG com o mesmo nome Socialismo Verdadeiro. O socialismo
verdadeiro recebeu fundos de todo o mundo e seus contribuintes incluem políticos, chefes de
Estado, corporações e assim por diante. Alguns de seus contribuintes incluem os que estão na
lista negra de alguns países ocidentais. No entanto, a organização tornou-se uma plataforma para
todos os tipos de contribuições monetárias. A Quattics lançou 20 milhões de dólares de capital
subscrito. O socialismo verdadeiro juntou-se à Alberico Co. Ltd. ( Jamaica), um canal de
notícias de televisão e mais tarde adquiriu a maioria do capital acima flutuado da Quattics. Os
fundos recebidos pelo verdadeiro socialismo depois disso foram desviados para alguns outros
fins.
VI
5 de dezembro de 2012- Rampon e seu grupo de seis seguidores visitaram povos tribais nas
áreas de selva da Província Central na Bâmbia. Rampon foi recebido de braços abertos. Rampon
visitou Karol onde ele ficou impressionado com suas memórias de infância, e uma meia-noite
ele foi visto chorando e gritando nos arredores da floresta de Dathu.
VII
Seis meses depois (junho de 2013) - Rampon casou-se com Amati, uma médica que por acaso
era enteada de um dos líderes das FDS, Memboya. Rampon se movimentava para propagar suas
ideias, bem como para empreendimentos empresariais. Mas, principalmente, ele residia na
Bâmbia. Através de sua ONG True-Socialism ele abriu o Instituto de Estudos em Socialismo
Científico em Mayowa e Makrona (distritos).

VIII
5 de junho de 2013- 4 pessoas com armas pesadas foram presas por tentar atacar uma delegacia
de polícia no distrito de Naipur, nas províncias centrais. Durante o interrogatório, dois deles
mastigaram cianeto e os outros dois confessaram ser ex-alunos do Instituto de Estudos em
Socialismo Científico, Mayowa e provas de identidade de nacionalidades neolandesas foram
recuperadas de todos eles.
Duas semanas depois (19/20 de junho de 2013), durante a meia-noite, em um ataque contra o
acampamento da PMF na área remota do distrito de Wharkhand, na província central, 136
pessoas foram mortas, incluindo civis e pessoal da PMF e armas em relevo com Quattics foram

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
XI
-Exposição de Fatos- -Apelante-

recuperadas do local.
23 de agosto de 2013- Revoltas tribais em Jagganagar eclodiram e cerca de 100 pessoas de
outras províncias foram mortas.
IX
25 de novembro de 2014- O Parlamento da Bâmbia foi atacado por 20 pessoas armadas, matou
3 jardineiros e 4 agentes de segurança. Posteriormente, com a intervenção das forças de
segurança, 18 invasores foram mortos e 2 foram presos pela polícia. Uma investigação
detalhada revelou o envolvimento do True-Socialism e os fundos recebidos do TrueSocialism.
Outras investigações não foram realizadas, já que Rampon esteve em Chindesh nos últimos dois
meses para proferir palestras sobre socialismo.
X
11 de fevereiro de 2015 - Rampon foi preso no aeroporto de Makrona, na província oriental. O
Tribunal de Sessions condenou-o à prisão perpétua. Em um recurso da província, a Suprema
Corte confirmou as acusações, mas aumentou a punição para pena de morte. Rampon apresentou
uma petição à Suprema Corte da Bâmbia em abril de 2016.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
XII
-Questões de Direito- -Apelante-

f
QUESTÕES DE DIREITO

1. SE AS ACUSAÇÕES DE DIREITO PENAL IMPUTADAS AO ACUSADO SÃO


VÁLIDAS E JUSTIFICÁVEIS?

2. SE AS ACUSAÇÕES DEDUZIDAS CONTRA O RECORRENTE NO ÂMBITO


DA UAPA, DE 1967 E DA PMLA, DE 2002 SE JUSTIFICAM?

3. SE O DEVIDO PROCESSO LEGAL FOI CUMPRIDO?


RESUMO DOS ARGUMENTOS

1. A ACUSAÇÃO DE DIREITO PENAL IMPUTADA AO ACUSADO É INVÁLIDA


E INJUSTIFICÁVEL
O advogado em nome de Rampon (doravante Apelante) alega humildemente que a ação penal
que lhe foi imposta é inválida e injustificável. O Tribunal de Sessões e o Tribunal Superior
acusaram-no erroneamente de 121 e 121-A do IPC de 1860 sem qualquer prova substancial e o
HC aumentou sua pena de prisão perpétua para a morte. O recorrente foi sujeito a lapso
processual por parte do Estado, uma vez que as acusações que lhe são imputadas são totalmente
inúteis, sem qualquer legitimidade sobre o mesmo. O recorrente foi enquadrado em tal acusação
por mera presunção, sem qualquer prova direta contra si.
2. NÃO SE JUSTIFICAM AS ACUSAÇÕES DEDUZIDAS CONTRA O
RECORRENTE NO ÂMBITO DA UAPA, DE 1967 E DA PMLA, DE 2002
O Advogado em nome de Rampon (doravante Apelante) alega humildemente que as acusações
contra ele feitas sob UAPA, 1967 e PMLA, 2002 não são verdadeiras. Não há provas
substanciais que comprovem além de qualquer dúvida razoável a culpa do apelante. O
recorrente foi acusado ao abrigo de tais disposições da Lei de Actividades Ilegais (Prevenção)
de 1967 que tratam de actividades terroristas. Tais disposições impõem responsabilidade
objetiva ao recorrente e devem ser utilizadas criteriosamente. O recorrido (Estado) acusou o
recorrente de tais disposições sob mera suspeita, quando não são encontradas provas directas
contra o recorrente.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
XIII
-Resumo dos Argumentos- -Apelante-
3. O DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO FOI CUMPRIDO
O Advogado em nome da Rampon (doravante Apelante) alega humildemente que o devido
processo legal não foi cumprido pelo Estado. A Constituição da Índia, de 1950, fornece a todo
cidadão um direito fundamental à vida, à igualdade e a um julgamento justo. Todos esses
direitos fundamentais foram ultrapassados pelo Estado e o recorrente foi acusado das
disposições da draconiana UAPA, de 1967, que trata de atividades terroristas. Assim, no caso
dos autos, o recorrente foi submetido a parcialidade por parte do Estado quando tais direitos
fundamentais expressamente garantidos pela Constituição da Índia não foram cumpridos.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
XIV
-Argumentos Avançados- -Apelante-

F=,
ARGUMENTOS AVANÇADOS

1 A ACUSAÇÃO DE DIREITO PENAL IMPUTADA AO ACUSADO É


INVÁLIDA E INJUSTIFICÁVEL.
O advogado em nome de Rampon (doravante Apelante) alega humildemente que a ação penal
que lhe foi imposta é inválida e injustificável. O Tribunal de Sessões e o Tribunal Superior
acusaram-no erroneamente de 121 e 121-A do Código Penal de Bâmbia, de 1860 , sem qualquer
prova substancial e o Supremo Tribunal aumentou a sua pena de prisão perpétua.

1.1 Acusações de travar guerra foram falsamente pressionadas sobre os acusados

De acordo com a Seção 121 do Código Penal da Bâmbia, "Quem, travar guerra contra o
[Governo da Bâmbia], ou tentar travar tal guerra, ou incitar a realização de tal guerra, será
punido com morte, ou [prisão perpétua] [e também será passível de multa]. "

O artigo 121, 121-A12 do Código Penal da Bâmbia, de 1860, enumera a guerra contra o governo.
Para provar a guerra, é o propósito e a intenção, o objeto que eles têm em vista que os congrega
e os reúne, que lhes dá o impulso em seu armamento e em sua elevação, é o que constitui traição
e distingue o crime do motim ou de qualquer outro surgimento para um fim privado que possa
ser imaginado.3

Para constituir alta traição impondo guerra , deve haver uma insurreição, deve haver força
acompanhando essa insurreição; e deve ser para a realização de um objeto de natureza geral.4

Atualmente, para obter os ingredientes acima mencionados, foi traçada uma ligação entre 2
grandes eventos que aconteceram nos anos de 2013 e 2014: 1.Tentativa de ataque a delegacia de
polícia em

1 121, Código Penal da Bâmbia, 1860. [Quem, travar guerra contra o Governo da Índia, ou tentar travar tal
guerra, ou incitar a realização de tal guerra, será punido com morte, ou prisão perpétua e também será passível
de multa].
2 121A, Código Penal da Bâmbia, 1860. [Conspiração para cometer delitos puníveis pela Seção 121 Quem, dentro
ou fora da Índia, conspirar para cometer qualquer um dos delitos puníveis pela Seção 121, ou conspirar para
intimidar, por meio de força criminosa ou demonstração de força criminosa, [o Governo Central ou qualquer
Governo do Estado, será punido com prisão perpétua, ou com prisão de qualquer descrição que pode se estender a
dez anos e também será passível de multa].
3 Por Lord President Hope em R v. Hardie, (1820) 1 St. Tr. (N.S.) 765.
4 R v. Frost., (1839) 4 St. Tr. (N.S) 85; Maganlal Radha Kishan v. Imperador, AIR 1946 Nag. 173.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
1
-Argumentos Avançados- -Apelante-

Naipur5; 2. Ataque contra acampamentos6 da PMF, motins7 tribais de Jagganagar, postagem nas
redes sociais e ataque ao Parlamento8

1.1.1 Ataque a delegacia de polícia em Naipur, ataque contra PMF e distúrbios tribais de
Jagganagar não equivalerão a travar guerra
O envolvimento dos acusados nesses incidentes não é demonstrado nem provado e, mesmo que
esse fato seja desconsiderado, a acusação de travar uma guerra foi erroneamente pressionada,
pois esses incidentes podem no máximo equivaler a tumultos9.

É muito difícil distinguir e estabelecer se houve uma guerra, ou apenas um motim de tipo
grave.10 Prima facie , uma pessoa que ataca uma esquadra de polícia é culpada de tumulto e se o
Governo a acusa de travar uma guerra contra ela, então cabe ao Governo mostrar que há uma
insurreição e não um motim e a insurreição é para a realização de um objeto de natureza
geral.11Além disso, para provar um crime de motim: 1. Tem que haver uso da força ou da
violência 2. Por uma assembleia ilegal ou por qualquer membro desta, 3. Em juízo de tal objeto
comum de tal assembleia.12

Aqui, o objeto comum da assembleia deve ser, sem dúvida, ilegal, pois não pode haver tumulto
quando a força é empregada para reivindicar um direito lícito, onde tal uso não é apenas lícito,
mas louvável.13 Por conseguinte, as provas necessárias para a fundamentação do processo nos
termos do S.121 devem ser dirigidas para a prova dos seguintes pontos:
1. Que o acusado travou guerra ou tentou fazê-lo ou incitou o mesmo.
2. Que tal guerra era contra o Governo da Bâmbia.14
É pacífico que um acusado não pode ser condenado, se houver improbabilidades inerentes à

5 Página 5, ¶14, Proposição discutível, Instituto do Exército de Direito


Nacional Moot CourtConcurso 2016.
6 Página 5, ¶14, Proposição discutível, Instituto do Exército de Direito
Nacional Moot CourtConcurso 2016.
7 Página 5, ¶14, Proposição discutível, Instituto do Exército de Direito
Nacional Moot CourtConcurso 2016.
8 Página 6, ¶16, Proposição discutível, Instituto do Exército de Direito
Nacional Moot CourtConcurso 2016.
9 Página 5, ¶¶14, 15, Moot proposition, Army Institute of Law National Moot Court Competition 2016.
10 Per Lord Hope in R v. Andrew Hardie, (1820) 1 St. Tr. (N.S) 610 na p.623.
11 Por CJ Cullins, -" A distinção entre guerra contra o rei e cometer um motim parece consistir nisso, embora
muitas vezes eles possam se aproximar um do outro. Onde o levante ou tumulto é meramente para cumprir algum
propósito privado, interessante apenas para aqueles envolvidos nele, e não resistir ou colocar em questão a
autoridade ou prerrogativa do rei, então o tumulto, por mais numeroso ou ultrajante que a multidão possa ser, é
considerado apenas um motim.", Jubba Malla v. Emperor, (1943) 22 Pat 662.
12 Lakshmiammal v. Samiappa Goundar, (1968) 1 MLJ 226.
13 §2º, 1 Falcão P.C. (C.), 1965; Hazara Singh v. Estado do Punjab, (1971) 1 SCC 529.
14 Hari Singh Gour, The Penal Law Of India, 4869, (11ª Ed., Delhi Law House, Nova Deli, 2006).

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
2
-Argumentos Avançados- -Apelante-

prova da acusação quanto à participação no crime. 15 Portanto, é dever do Tribunal examinar


cuidadosamente as provas15 16, que no caso concreto são apenas fatos autoproclamados e, mesmo
que sejam verdadeiras, não implicam diretamente na culpabilidade do acusado.

O mero encontro ou associação do acusado, por si só, não seria suficiente para inferir a
existência de formação de quadrilha, de modo que a mera prova do mesmo não é suficiente para
trazer à tona o crime de formação de quadrilha. 17 Privacidade e sigilo são características da
conspiração, portanto, se o recorrente tivesse feito parte dessa conspiração 18 , ele teria ido para a
clandestinidade e não apareceria para mais ninguém. 19 No entanto, ele fez uma procissão
congregacional e foi notícia em horário nobre sobre seus movimentos pró-tribais. Tem de haver
provas contundentes contra cada um dos arguidos acusados do crime de conspiração. 20 A
concordância não pode ser inferida por um conjunto de fatos irrelevantes, arranjados de modo a
proporcionar coerência superficial. Portanto, tais eventos e incidentes inócuos, inocentes e
inadvertidos não devem entrar em juízo.21

Sustenta-se que o caso da acusação, na melhor das hipóteses, suscita uma suspeita, no entanto,
uma versão diferente dos fatos é igualmente possível. É pertinente ter em mente que o crime de
conspiração não pode ser estabelecido com base em meras suspeitas e suposições ou inferências
que não sejam apoiadas por provas convincentes. 22 Tem-se defendido que a lei da conspiração
criminosa é um instrumento de opressão do governo.23 Até mesmo a Suprema Corte da Índia
sugeriu máxima diligência ao lidar com a acusação de conspiração criminosa. Em que o
Tribunal tem de se precaver contra o perigo de injustiça para o arguido.24

No caso dos autos, os tribunais inferiores não conseguiram estabelecer que ela se enquadra nos
dispositivos pertinentes. Como a prova produzida é de natureza circunstancial, desprovida de
qualquer corroboração, não há no presente caso.

Uma recolha aleatória de factos em que a acusação se baseia não pode ser considerada adequada

15 Lakshman Prasad v. Estado de Bihar, 1981 CrLR 478.


16 Bhobhoni Sahu v. Rei, AIR 1949 PC 257; Caxemira Singh v. Estado de Madhya Pradesh, AIR 1952 SC 159.
17 Pran Krishna Chakravarty & Ors. v. Imperador, AIR 1935 Cal 580.
18 Bayyappanavara Muniswamy e Ors v. Recorrido, (1954) Cr LJ 905.
19 Infra Nota 20; Aqui, o Comandante dos Tigres Tâmeis foi para a clandestinidade depois de arquitetar a
conspiração do Assassinato de Rajiv Gandhi. A Corte citou isso, afirmando que a conspiração é principalmente
arquitetada em segredo e uma pessoa que se afasta do público depois de conspirar contra alguém é evidência
suficiente para envolvê-la.
20 Estado de Tamil Nadu através do Superintendente de Polícia v. Nalini, (1999) 5 SCC 253.
21 Devender Pal Singh v. Estado, AIR 2002 SC 1661; Keher Singh e Ors v. Estado, AIR 1988 SC 1883.
22 P K. Narayanan v. Estado de Kerala, (1995) 1 SCC 142; Nota 17 supra à pág. 524.
23 K.D Gaur, Indian Penal Code, 826, (4ª ed. reimpressão, Universal Law Publishing, Nova Delhi, 2009).
24 Estado de Tamil Nadu através do Superintendente de Polícia v. Nalini, (1999) 5 SCC 253.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
3
-Argumentos Avançados- -Apelante-

para ligar o arguido à prática de um crime de conspiração criminosa. É preciso demonstrar que
todos os meios adotados, inclusive os atos ilícitos praticados, foram em prol do objeto da
conspiração urdida.25 A este respeito, sustenta-se que a conduta do recorrente não é coerente
para estabelecer qualquer intenção comum. Além disso, o encontro de mentes é crucial para que
qualquer conspiração seja executada e, uma vez que não há encontro de mentes entre o
recorrente e os agressores, ele não pode ser acusado de tal conspiração ou qualquer parte dela. 26

1.1.2 Postagem nas redes sociais e resposta a isso não equivalerão a travar guerra

É humildemente apresentado perante esta Egrégia Corte que a procissão congregacional


convocada pelo TrueSocialism em 5de outubro de
201327, visava unicamente conscientizar o país
sobre os direitos tribais. Assim, pode ser considerado como qualquer coisa, menos como uma
guerra. Ainda que se considere que o recorrente se envolveu em grave tumulto, a acusação não
subsiste, pois, (1) não houve uso de violência ou força por parte do apelante; (2) Não houve
montagem ilegal; (3) O objetivo comum visava conscientizar o país sobre os direitos tribais.

É explicitamente reconhecido que, enquanto um homem apenas tenta inflamar sentimentos ou


excitar um estado de espírito, ele não é culpado de nada mais do que sedição. Só quando ele
incita definitiva e claramente à ação é que ele é culpado de instigar e, portanto, incitar a
realização da guerra. O principal objetivo da instigação deve ser a realização de guerras. 28

No caso 29Ganesh D Savarkarobservou-se que, enquanto um homem apenas tenta inflamar o


sentimento, excitar um estado de espírito, ele não é culpado de nada mais do que sedição. A
palavra "overawe" importa claramente mais do que a criação de apreensão, alarme ou medo. Um
slogan de que o governo pode ser mudado por uma revolução armada não significa que haja
uma conspiração para mudar o governo pela força criminosa; Na melhor das hipóteses, significa
que os peticionários querem educar o povo de que, pela força, só o governo poderia ser
mudado.30 O artigo 124-A do BPC31 menciona o crime de Sedição. Artigo 19 da Constituição da

25 Estado (NCT de Delhi) v. Navjot Sandhu, AIR 2005 SC 3820.


26 UOI v. Prafulla K Sanal, 1979 SCC (Cri) 609.
27Página 6, ¶15, Proposição Moot,. Instituto de Direito do Exército: Concurso Nacional de Moot Court 2016.
28 Imperador v. Hasrat Mohani, AIR 1922 Bom. 284.
29 Imperador v. Ganesh Damodar Savarkar, (1910) 12 Bom LR 105.
30 Aravindan & Ors. v. Estado de Kerala, 1983 CriLJ 1259.
31124A, Código Penal da Bâmbia, 1860. [quem, por palavras, faladas ou escritas, ou por sinais, ou por
representação visível, ou de outra forma, traz ou tenta levar ao ódio ou ao desprezo, ou excita ou tenta excitar o
descontentamento. 2 o Governo estabelecido por lei em 3[Bâmbia], 4 é punido com 5 [prisão perpétua], à qual pode
ser acrescentada multa, ou com pena de prisão que pode estender-se até três anos, à qual se pode acrescentar multa,
ou com multa.]

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
4
-Argumentos Avançados- -Apelante-

Bambia, 195032 prevê a proteção de certos direitos relativos à liberdade de expressão. Quando a
Suprema Corte, no julgamento histórico de Kedar Nath Singh v. State of Bihar33 estabeleceu
especificamente que as disposições da S.124-A 34 só são feitas quando há uma tendência à
desordem pública pelo uso da violência ou incitação à violência, também foi discutido o alcance
da "ordem pública".

A Suprema Corte35observou que, como a Sedição não estava incluída no Art. 19(2), 36 implicava
que um entendimento mais liberal era necessário no contexto de uma democracia. Eles fizeram
uma distinção entre uma forte crítica ao governo daquelas palavras que excitam com a
inclinação para causar desordem pública e violência. Eles também distinguiram entre "o
governo estabelecido por lei" e "pessoas por enquanto envolvidas no exercício da
administração". Um dos testes mais significativos que surgiram após o caso de Lohia e
Kedarnath37 é a analogia de "faísca em um barril de 38
pólvora".39 Em S. Rangarajan etc v. P.
Jagjivan40 A Corte decidiu explicitamente que, embora deva haver um equilíbrio entre liberdade
de expressão e restrições por interesse especial, as duas não podem ser equilibradas como se
tivessem o mesmo peso. Portanto, defender a revolução, ou defender até mesmo a derrubada
violenta do Estado, não equivale a sedição, a menos que haja incitação à violência e, mais
importante, a incitação é à violência "iminente". Assim, em Balwant Singh v. Estado de
Punjab41, a Suprema Corte anulou as condenações por "sedição" e "promover inimizade entre
diferentes grupos por motivos de religião, raça etc.",42 e absolveu pessoas.

Uso indevido da Lei de Sedição - Houve um uso indevido desenfreado da lei de sedição, apesar

32 Artigo 19, Constituição da Índia, 1950, Proteção de certos direitos relativos à liberdade de expressão.
33 Kedar Nath Singh v. Estado de Bihar AIR 1962 SC 955.
34 Artigo 124-A do BPC, de 1860.
35 Supra Nota 33
36 Artigo 19.º, n.º 2, Constituição da Bâmbia, 1950. [Nada na subcláusula (a) da cláusula (1) afetará o
funcionamento de qualquer lei existente, ou impedirá o Estado de fazer qualquer lei, na medida em que tal lei
imponha restrições razoáveis ao exercício do direito conferido pela referida subcláusula no interesse da soberania e
integridade da Índia, a segurança do Estado, relações amistosas com Estados estrangeiros, ordem pública, decência
ou moralidade ou em relação a desacato ao tribunal, difamação ou incitação a uma ofensa.]
37 Nota 36 acima.
38 Superintendente, Presídio Central v. Ram Manohar Lohia, 1960 SCR (2) 821.
39 A analogia de uma faísca em um barril de pólvora traz uma dimensão temporal de imediatismo onde o discurso
deve ser imediatamente perigoso para o interesse público.
40 De acordo com o juiz K Shetty, "Nosso compromisso com a liberdade de expressão exige que ela não possa ser
suprimida a menos que as situações criadas pela permissão da liberdade sejam prementes e o interesse da
comunidade seja ameaçado. O perigo previsto não deve ser remoto, conjectural ou rebuscado. Deve ter nexo
proximal e direto com a expressão. A expressão do pensamento deve ser intrinsecamente perigosa para o interesse
público. Em outras palavras, a expressão deve ser inseparavelmente trancada com a ação contemplada como o
equivalente a uma "faísca em um barril de pólvora", S. Rangarajan Etc v. P. Jagjivan 1989 SCR (2) 204.
41 Balwant Singh v. Estado do Punjab 1995 (1) SCR 411.
42 §153A, Código Penal da Bâmbia: [Promover inimizades entre diferentes grupos em razão de religião, raça, local
de nascimento, residência, língua, etc., e praticar atos prejudiciais à manutenção da harmonia.]

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
5
-Argumentos Avançados- -Apelante-

do pronunciamento judicial no Caso43 Kedar Nath circunscrevendo o escopo desta lei. O


governo apresentou uma ampla gama de acusações contra os suspeitos de serem simpatizantes
maoístas, incluindo ativistas da sociedade civil. Entre elas, a guerra contra o Estado, a posse de
armas ilegais e a adesão a uma organização proibida. Nos casos de Lingaram Kodopi44 e Soni
Sori45, a sedição estava entre as acusações apresentadas contra os ativistas. Dr. Binayak sen,
médico e ativista da PUCL, um crítico de longa data da política do governo em relação aos
maoístas. Sen já havia criticado essa lei de 2006 porque permitia a detenção por "atividades
ilegais", um termo tão vagamente definido que pode ser usado para restringir atividades
pacíficas de indivíduos e organizações da sociedade civil em violação da Constituição indiana e
do direito internacional dos direitos humanos. Em abril de 2011, a Suprema Corte concedeu
fiança a Sen.46 Os juízes da Suprema Corte H.S. Bedi e C.K. Prasad declararam:

"Somos um país democrático. Ele pode ser um simpatizante. Isso não o torna culpado
de sedição. Nenhum caso de sedição é feito com base em materiais em posse, a menos
que você mostre que ele estava ativamente ajudando ou abrigando eles [maoístas]."47

Portanto , no caso concreto, os Advogados em nome do recorrente respeitosamente alegaram


que o recorrente estava exercendo seu direito fundamental de liberdade de expressão e expressão
ao fazer declarações contra certas políticas antitribais do governo que não incitaram a multidão à
violência imediata e iminente. O recorrente foi implicado com base em uma postagem nas redes
sociais que diz: "Vá a lugares de onde você veio, atividades antitribais não serão toleradas pela
procissão do Congresso em Badheli; certamente a vingança será tomada." O recorrente era um
forte defensor do socialismo dedicado à causa dos direitos tribais e dos setores desfavorecidos
da sociedade. Quando havia muito caos em relação aos direitos tribais, ele criticava e exibia
tolerância zero com o governo em suas políticas antitribais. A injustiça particular de condenar
uma pessoa que apenas exerceu a sua

O direito constitucional à liberdade de expressão tem chamado a atenção para o legado


draconiano dessa lei. A palavra "vingança" pode ser interpretada de várias maneiras. Ele lutava
pela nobre causa dos direitos tribais. Ele era a voz da seção oprimida da comunidade tribal.

1.1.3 O ataque parlamentar, prova o envolvimento do verdadeiro socialismo, não dos

43 Nota 36 acima.
44 (2014) 3 SCC 480.
45 Soni Sori v. Estado de Chhattisgarh, (2014) 3 SCC 482.
46 J. Venkatesan, "Binayak Sen obtém fiança na Suprema Corte", The Hindu, 15 de abril de 2011, disponível em
http://www.thehindu.com/news/national/article1698939.ece?homepage=true (último acesso em 12.03.2016).
47 Id.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
6
-Argumentos Avançados- -Apelante-

acusados

O Conselho humildemente sustenta que o envolvimento dos acusados no ataque parlamentar não
foi provado por provas definitivas e mesmo que o envolvimento do verdadeiro socialismo tenha
sido demonstrado48. A Corte no caso Venu Nair v. Travancore – Cochin State 49
considerou: (i)
que estava aberto aos membros da sociedade alcançar o objetivo do fim do capitalismo e da
propriedade privada e estabelecimento de um Estado socialista por todos os meios pacíficos,
lutando incessantemente contra a opinião pública que pudesse estar contra eles e opondo-se
àqueles que desejavam a continuidade da ordem existente da sociedade e do atual governo; (ii)
que também seria legítimo presumir que desejavam uma mudança no governo existente para que
pudessem executar seu programa e sua política. Mas destes não se seguiu que a sociedade
desejasse provocar a mudança pela força e pela violência; (iii) que o mero uso das palavras
"luta" e "guerra" em sua promessa, não significava, necessariamente, que a sociedade planejava
alcançar seu objetivo pela força e pela violência.

A Corte deve ser cautelosa ao adotar uma abordagem que tenha o efeito de incluir na Seção
12150 todos os atos de atos ilegais e violentos que resultem em destruição de propriedades
públicas, etc., e todos os atos de resistência violenta ao pessoal armado para alcançar certos
objetivos políticos. No momento em que se constata que o objeto almejado é de natureza pública
geral ou tem matiz político, os atos violentos ofensivos direcionados contra as Forças Armadas e
agentes públicos não devem ser rotulados como atos de guerra. A expressão "travar guerra" não
deve ser exagerada para sustentar que todos os atos de perturbação da ordem pública e da paz,
independentemente de sua magnitude e repercussões, podem ser considerados atos de guerra
contra o governo. É necessária uma abordagem equilibrada e realista na interpretação da
expressão "travar a guerra", independentemente da forma como era vista no passado longínquo.

Tendo lido os princípios acima bem estabelecidos, podemos separar 9 princípios gerais a serem
aplicados, como mencionado no caso de Afzal Guru.51
"Uma pessoa que não é o principal infrator deve ser provada como tendo incitado neste
caso. A relação entre conspiração e responsabilidade secundária também merece
destaque, pois pode ser particularmente complexa".

48 Página 6, ¶16, Proposição Moot, Instituto de Direito do Exército Concurso Nacional de Moot Court 2016.
49 Venu Nair v. Travancore – Estado de Cochin, AIR 1955 Tra-Co 33.
50 Código Penal da Bâmbia, 1860.
51 Estado (N.C.T. de Delhi) v. Navjot Sandhu @ Afsan Guru, AIR 2005 SC 3820.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
7
-Argumentos Avançados- -Apelante-

De acordo com Artigo 120.º-A52


" Quando duas ou mais pessoas concordam em fazer, ou fazer com que seja feito
– um ato ilegal ou um ato que não seja ilegal por meios ilegais, tal acordo é
designado uma conspiração criminosa."

A conspiração é concebida como tendo três elementos: (1) concordância; 53 (2) entre duas ou
mais pessoas pelas quais o acordo é executado; e (3) um objeto criminoso que pode ser o
objetivo final do acordo, ou pode constituir o meio, ou um dos meios pelos quais esse objetivo
deve ser alcançado. É irrelevante se isso se encontra nos objetos últimos.54

Um crime é consumado assim que o acordo é feito, mas não termina com a confecção do
acordo55 . Continuará enquanto houver duas ou mais partes que pretendam levar a efeito o
projeto.56

Em Barinder Kumar Ghose v. Jetkins57 CJ observou que "embora para estabelecer a acusação
de conspiração deva haver um acordo, não precisa haver prova de reunião direta ou combinação,
nem precisa que as partes sejam trazidas à presença uma da outra; o acordo pode ser deduzido
de circunstâncias que levem a crer a presunção de um plano comum concertado para a
realização do projecto ilícito.58

Em Arup Bhuyan v. Estado de Assam59, mesmo admitindo que o recorrente era membro da
ULFA que é uma organização proibida, não há provas que demonstrem que ele praticou atos da
natureza acima mencionada. Assim, mesmo que fosse membro da ULFA, não ficou provado
que era um membro activo e não apenas um membro passivo.60

A Responsabilidade Secundária surge apenas quando a infração principal é cometida. Para


responsabilizar a parte secundária, é necessário o actus reus de cumplicidade, auxílio, aquisição
ou aconselhamento com mens rea relevante. Exige-se a intenção de assistir e o conhecimento
das circunstâncias relevantes que criminalizam o ato do agente principal. As mens rea do partido
secundário são complexas, mas podem ser assim resumidas:

52 Código Penal da Bâmbia, 1860.


53EG Barsay v. Estado de Bombaim, (1962) 2 SCR 299; Yashpal v. Estado do Punjab (1977), SCR 2433;
Mohammad Yusuf Monin v. Estado de Maharashtra, (1971) 1 SCR 119; R.K Dalmia & Anr v. A Administração de
Delhi, (1963) 1 SCR 253; Lennari Schussler & Anr v. Diretor de Execução & Anr (1970) SCR (2) 760.
54Ajay Agarwal v. União da Índia & Ors, AIR 1993 SC 1637.
55 Hussain Umar v. Dalip Singhji, AIR 1970 SC 45.
56 Nota 52 acima.
57 Barinder Kumar Ghose v. Imperador AIR 1925 PC 1.
58 Estado v. Nalini, AIR 1999 SC 2640; V.C Shukla v. Estado (Delhi Admn), AIR 1980 SC 1382.
59 Arup Bhuyan v. Estado de Assam (2011) 3 SCC 377.
60 Sri Indra Das v. Estado de Assam, 2011 (3) ACR 2530 (SC).

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
8
-Argumentos Avançados- -Apelante-

1. A parte secundária deve ter a intenção de ajudar ou encorajar a conduta do infrator


principal ou, no caso de aquisição, provocar a infração.
2. A parte secundária deve ter conhecimento dos elementos essenciais da infracção do
comitente (incluindo os factos em que o comitente tem responsabilidade objectiva) 61
Conhecendo os elementos essenciais ao crime de responsabilidade objetiva, o agente principal
pode ser condenado, mas a parte secundária não pode ser condenada sem mens rea. 62 Deve haver
conhecimento do tipo de crime a ser cometido pelo autor principal. O mero conhecimento de
que alguma ilegalidade foi cogitada não é suficiente. 63 No DPP para a Irlanda do Norte v.
Maxwell64, se a parte secundária dá assistência ao infrator principal, sabendo que o infrator
pretende cometer um crime, mas incerto do tipo, a parte secundária será responsabilizada aqui.

Em Kartar Singh v. Estado do Punjab65

Portanto, a fim de eliminar a anomalia na definição vaga e imprecisa da palavra "abet",


nós, pelas razões acima mencionadas, somos de opinião que a pessoa que é acusada de
comunicar ou associar-se a qualquer pessoa ou classe de pessoas que esteja envolvida em
ajudar de qualquer forma terroristas ou perturbadores deve ser demonstrada como tendo
conhecimento real ou ter razões para acreditar que a pessoa ou classe de pessoas com
quem ele é acusado de ter se comunicado ou se associado está envolvida em ajudar de
alguma forma os terroristas e perturbadores.

O mais importante é a intenção ou propósito por trás do desafio ou da incitação contra o


governo. Como disse o promotor, "o verdadeiro critério é quo animo as partes se reuniram?"
Em outras palavras, a intenção e o propósito das operações bélicas dirigidas contra a máquina
governamental é um critério importante.66

No caso dos autos, o recorrente foi acusado de travar guerra contra o governo, o que é fútil. O
Advogado sustenta, humildemente, que a conduta passada do recorrente retrata claramente a sua
intenção e interesse pelos direitos tribais. Como discutido anteriormente, a intenção e o
conhecimento do apostador devem ser provados. É razoável atribuir um elemento mental (como
o conhecimento de que a pessoa abrigada estava envolvida em um ato terrorista) como
indispensável para torná-lo um ato penal. 67Além disso, durante toda a sua vida, ele propagou a

61 305º Relatório da Comissão de Direito do Reino Unido, Assistência e Incentivo ao Crime/ Participação no
Crime, Pará 2.49, 2007.
62 Smith e Hogan, Smith e Hogan's Criminal Law (Karl Laird & David Ormerod eds., Oxford University Press,
Reino Unido, 2015).
63 R v. Bainbridge, [1960] 1 QB 129.
64 (1978) 3 Todos ER 1140.
65 (1994) 3 SCC 569.
66 Supra Nota 49.
67 Kalpnath Rai v. Estado, (1997) 8 SCC 732.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
9
-Argumentos Avançados- -Apelante-

ideia de socialismo e consciência dos direitos tribais e criticou firmemente a política do governo
que era contra o bem-estar da comunidade tribal. Ele nunca teve a intenção de insurretar uma
guerra contra o governo. Nunca usou a violência para lutar pelos direitos tribais.

2. NÃO SE JUSTIFICAM AS ACUSAÇÕES DEDUZIDAS CONTRA O RECORRENTE


NOS TERMOS DA UAPA, DE 1967 E DA PMLA, DE 2002.

O Advogado em nome do recorrente alega humildemente que as acusações contra ele feitas sob
UAPA, 1967 e PMLA, 2002 não são verdadeiras. Não há prova substancial que comprove além
de qualquer dúvida razoável a culpa do recorrente.

2.1 Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas

A Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas, de 1967, é uma legislação de responsabilidade


objetiva com imenso poder conferido para salvaguardar a segurança nacional. O mero ensino da
teoria comunista, incluindo o ensino da propriedade moral ou mesmo da necessidade moral de
um recurso à força e à violência, não é o mesmo que preparar um grupo para a ação violenta e
prepará-lo para tal ação.68 Deve haver alguma evidência substancial direta ou circunstancial de
um apelo à violência agora ou no futuro que seja suficientemente forte e suficientemente
difundida para dar cor ao material teórico ambíguo sobre o ensino do partido comunista.69

2.1.1 Conhecimento do ato terrorista e financiamento

A Seção 17 da Lei de Prevenção de Atividades Ilegais, de 1967 (UAPA) pune a arrecadação


de fundos para atos terroristas. O elemento do conhecimento deve ser enfatizado aqui. Uma
pessoa só é responsável por este acto quando sabe que esse financiamento é utilizado para um
acto terrorista. Também a Seção 18 da UAPA pune por conspiração.

O conceito de conspiração já foi discutido com a guerra. A Seção 40 da UAPA considera a


arrecadação de fundos para organização terrorista como uma ofensa. O Advogado sustenta,
humildemente, que todas essas disposições acima não subsistem, pois o recorrente não tinha
conhecimento do financiamento que estava sendo usado para organização terrorista.

A Seção 1570 define um ato terrorista. O recorrente nunca teve a intenção de ameaçar ou de
68 P.Nedumaran v. Estado de Tamil Nadu e outros, 1999 (1) LW (Crl.) 7; C.J.Rajan v. Superintendente Adjunto de
Polícia relatado em (2008) 3 MLJ 926.
69 O Sr. Ministro Harlan, da Suprema Corte dos EUA, observou em Noto v. U.S, 367 US 290 (297, 298).
70

70
Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas, 1967. [Quem fizer qualquer ato com a intenção de ameaçar ou

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
10
-Argumentos Avançados- -Apelante-

ameaçar a unidade, a integridade, a segurança ou a soberania da Bâmbia ou pretender lançar o


terror no povo ou em qualquer secção de pessoas na Bâmbia ou em países estrangeiros. Não
houve qualquer acto ostensivo quanto ao artigo 15.º, alíneas a), b), alínea c), da lei71.

2.1.2 Fazer parte de associação não equivale a partilha de finalidade ilícita No caso
Elfbrandt v. Russell,72 o tribunal rejeitou a doutrina da "culpa por associação".

"Aqueles que se juntam a uma organização, mas não compartilham seus propósitos
ilícitos e que não participam de suas atividades ilegais, certamente não representam
ameaça. Este ato ameaça a prezada liberdade de associação protegida pela primeira
emenda, tornada aplicável aos estados pela décima quarta emenda. Uma lei que se
aplica à adesão sem a "intenção específica" de promover os objetivos ilegais da
organização viola desnecessariamente as liberdades protegidas. Baseia-se na doutrina
da 'culpa por associação', que não tem lugar aqui."73

A decisão baseou-se nos seus acórdãos anteriores no processo Schneiderman c. EUA74 e


75
Schware v. Banca Examinadora de Advogados, o acórdão no caso de Elfbrandt (supra)
76
também se referiu à decisão do Supremo Tribunal dos EUA no processo Scales c. EUA que

fazia uma distinção entre um membro ativo e um membro passivo de uma organização. No caso

Scales, o Sr. Ministro Harlan, da Suprema Corte dos EUA, observou:

"A cláusula (na lei McCarran, de 1950) não torna criminosas todas as associações com
uma organização que comprovadamente se dedica à advocacia ilegal. Deve haver
prova clara de que o réu "pretende especificamente realizar os objetivos da
organização recorrendo à violência".77

A mera pertença a uma organização proibida não pode incriminar uma pessoa, a menos que se
prove que ela recorreu a atos de violência ou incitou pessoas à violência iminente, ou pratica um
ato destinado a criar desordem ou perturbação da paz pública recorrendo à violência iminente.

provavelmente ameaçar a unidade, integridade, segurança ou soberania da Índia ou com a intenção de causar
terror ou provável de causar terror no povo ou em qualquer seção do povo na Índia ou em qualquer país
estrangeiro]
71 Id.
72 Elfbrandt v. Russell 384 US 17(1966) (Conforme discutido em Indra Das v. State of Assam, (2011) 3 SCC 380)
73 Estado de Kerala v. Raneef , (2011) 1 SCC 784.
74 Schneiderman v. EUA 320 EUA 118 (136). (Conforme discutido em Indra Das v. Estado de Assam, (2011) 3
SCC 380)
75 Schware v. Board Of Bar Examiners 353 EUA 232(246). (Conforme discutido em Indra Das v. Estado de
Assam, (2011) 3 SCC 380).
76 Escalas v. EUA 367 EUA 203 (229). (Conforme discutido em Indra Das v. Estado de Assam, (2011) 3 SCC
380).
77 Brandemburgo v. Ohio, 395 US 444(1969) revertido em Whitney v. Califórnia, 274 EUA 357 (1927) .

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
11
-Argumentos Avançados- -Apelante-

Em Arup Bhuyan v. Estado de Assam78, mesmo admitindo que o recorrente era membro da
ULFA que é uma organização proibida, não há provas que demonstrem que ele praticou atos da
natureza acima mencionada. Assim, mesmo que fosse membro da ULFA, não ficou provado que
era um membro activo e não apenas um membro passivo. 79 Se não existisse uma Constituição
com direitos fundamentais, poder-se-ia naturalmente dar um sentido claro e literal ao artigo 3.º,
n.º 5, do TADA ou ao artigo 10.º da Lei das Atividades Ilícitas (Prevenção), de 1967. Mas,
como existe uma Constituição em nosso país que prevê a democracia e os direitos fundamentais,
não podemos dar a esses dispositivos estatutários um significado que os torne inconstitucionais.
No caso concreto, a Organização sequer foi proibida pelo Governo Central sob a Seção 3 da Lei
de Prevenção de Atividades Ilegais, de 1967. Sem ser declarada como organização ilícita, tal
dispositivo penal imposto ao recorrente configura arbitrariedade da parte recorrida.

O Estado não poderia punir uma pessoa que fizesse um discurso lícito simplesmente porque o
discurso era patrocinado por uma organização subversiva. A Constituição é a lei máxima da
terra e nenhum estatuto pode violá-la. Se há um estatuto que parece violá-lo, podemos declará-lo
inconstitucional ou podemos lê-lo para torná-lo constitucional. A primeira tentativa do tribunal
deve ser tentar sustentar a validade do estatuto lendo-o. Esse aspecto foi discutido em detalhes
por este tribunal.80

Em Estado de Maharashtra e Ors. v. Bhaurao Punjabrao Gawande81, este tribunal observou:

"A liberdade pessoal é um direito precioso. Assim acreditavam os pais fundadores


porque, enquanto seu primeiro objetivo era dar ao povo uma Constituição pela qual um
governo era estabelecido, seu segundo objetivo, igualmente importante, era proteger o
povo contra o governo. É por isso que, ao mesmo tempo em que conferiam amplos
poderes ao governo, como o poder de declarar uma emergência, o poder de suspender a
aplicação de direitos fundamentais ou o poder de emitir portarias, eles asseguraram ao
povo uma carta de direitos pela Parte III da Constituição, protegendo contra o
despotismo executivo e legislativo os direitos humanos que consideravam fundamentais.
A necessidade imperiosa de proteger esses direitos é uma lição ensinada por toda a
história e toda a experiência humana. Nossos constituintes viveram anos amargos e
viram um governo alienígena atropelar os direitos humanos que o país lutou
arduamente para preservar.82

78 Arup Bhuyan v. Estado de Assam (2011) 3 SCC 377.


79 Sri Indra Das v. Estado de Assam, 2011 (3) ACR 2530 (SC).
80 De Jonge v. Oregon, 299 EUA 353 (1937).
81 Estado de Maharashtra e Ors. v. Bhaurao Punjabrao Gawande (2008) 3 SCC 613 (¶ 23).
82 A.K. Roy v. União da Índia, (1982) 1 SCC 271; Procurador-Geral da Índia v. Amratlal Prajivandas, 1994) 5
SCC 54.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
12
-Argumentos Avançados- -Apelante-

2.2 Prevenção à Lavagem de Dinheiro

Secção 383 define lavagem de dinheiro. O princípio geral é que uma pessoa assim envolvida
deve ser encontrada prestando assistência financeira ao acusado de atividades
terroristas/perturbadoras, ou pode ser razoavelmente suspeita de se entregar a tais atividades. 84 O
artigo 24.° da lei atribui ao arguido o ónus da prova. Tal ônus pode ser descarregado
mostrando-se uma preponderância de probabilidades.85

De acordo com a seção 105 da Lei de Provas da Bâmbia, o ônus de provar que o caso do
acusado está dentro das exceções.—Quando uma pessoa é acusada de qualquer delito, o ônus
de provar a existência de circunstâncias que levam o caso dentro de qualquer das exceções
gerais no Código Penal de Bâmbia, (45 de 1860), ou dentro de qualquer exceção ou disposição
especial contida em qualquer outra parte do mesmo Código, ou em qualquer lei que defina a
ofensa, é sobre ele, e o Tribunal presumirá a ausência de tais circunstâncias.

No caso Babulal v. State86, discutiu-se que o ônus de estabelecer uma exceção se desloca para o
acusado quando ele pleiteia a exceção, esse ônus pode ser desincumbido quer pela comprovação
afirmativa do fundamento formulado por um acusado, quer pela suscitação de tais circunstâncias
que criariam uma dúvida na mente do tribunal de que a possibilidade razoável de o acusado agir
dentro da proteção da exceção pleiteada não é eliminada.
Enquanto em Mohd. Ramzani v. Estado de Deli87, foi discutido pelo Hon'ble Supreme Court
que o ónus que recai sobre o arguido nos termos do artigo 105.º não é tão onerus como o ónus
intransferível que recai sobre a acusação para estabelecer todos os ingredientes da infracção de
que o arguido é acusado para além de qualquer dúvida razoável.
Em Bharat Barrel and Drum Manufacturing Co.88
"Réu ao demonstrar preponderância de probabilidades de que tal consideração consta
do prontuário, ou no auto ou na petição inicial e uma vez ilidida a presunção, a referida
presunção 'desaparece'. Para fins de ilidir o ônus probatório inicial, o Réu pode se
valer de provas diretas ou circunstanciais ou de presunções de direito ou de fato. Uma

83 Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, 2002.


84 Yakub Abdul Razak Memon v. Estado de Maharashtra, 2013 SCC OnLine SC 257.
85 Bhupendrasingh A Chudasma v. Estado de Gujarat, (1998) 2 SCC 603.
86Babulal v. Estado, AIR 1960 Todos 223, Ver também Estado v. Kolis Hira, AIR 1961 Guj 8; Lakshmanan v.
Lakshmanan, AR 1964 MAD 418; Nishikanta v. Corporação Calcutá, AIR 1953 Cal 401; Raghbir Singh v.
Estado de Haryana, AIR 2009 SC 1223, 1223-26 (parágrafo 7) ; Arun v. Estado de Mahrashtra, 2009 CrLJ 2065,
2068- 69(para6).
87 Mohda. Ramzani v. Estado de Delhi, AIR 1980 SC 1341; Yogendra Moraji v. Estado de Gujrat, AIR 1980 SC
60; Pratap v. Estado da U.P, AIR 1976 SC 966; Rafiq v. Estado de Maharashtra, AIR 1979 SC 1179 ; Omkar
Nath Singh v. Estado da U.P, AIR 1974 SC 1550; Estado de M.P v. Ahmadulla, AR 1961 SC 998.
88 v. Amin Chand Pyarelal (1999) 3 SCC 35.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
13
-Argumentos Avançados- -Apelante-

vez produzida e acolhida pelo Tribunal tal prova contraditória convincente, tendo em
conta todas as circunstâncias do caso e a preponderância das probabilidades, o ónus
probatório volta para o Autor, que também tem o ónus jurídico. Para fins de ilidimento
do ônus probatório inicial, o réu pode se valer de provas diretas ou circunstanciais ou
de presunções de direito ou fato. Uma vez produzida e acolhida pelo Tribunal tais
provas contraditórias convincentes, tendo em conta todas as circunstâncias do caso e a
preponderância das probabilidades, o ónus probatório volta para o autor, que também
tem o ónus jurídico."

No caso dos autos, ainda que exista uma única possibilidade de culpabilidade do Recorrente e,
nesse caso, se o Recorrente provar qualquer faceta que afirme que não é culpado pelo ato
alegado, então o ônus da prova automaticamente se desloca para a Acusação. Aqui, o Recorrente
provou, para além de qualquer dúvida razoável, que não está ligado a nenhum dos factos pelos
quais foi acusado pela Província. Nesse caso, o ônus da prova passou a ser da Província para
provar a responsabilidade da Rampon.

Da mesma forma em Kartar Singh v. Estado do Punjab89 :

"Portanto, a fim de eliminar a anomalia na definição vaga e imprecisa da palavra


'abet', nós, pelas razões acima mencionadas, somos de opinião que a pessoa que é
indiciada de comunicar ou associar-se a qualquer

Deve demonstrar-se que a pessoa ou classe de pessoas que está envolvida em ajudar de
qualquer forma terroristas ou perturbadores tem conhecimento real ou tem razões
para acreditar que a pessoa ou classe de pessoas com quem é acusado de ter
comunicado ou associado está envolvida em ajudar de alguma forma os terroristas e
perturbadores."

"Para resumir, para a discussão acima, as expressões 'comunicação' e 'associação'


empregadas na definição devem ser qualificadas de modo a salvar a definição, no
sentido de que 'conhecimento real ou razão para crer ' por parte de uma pessoa a ser
abordada com o auxílio dessa definição deve ser lida nela em vez de lê-la e a cláusula
(i) da definição 2(1)(a) deve ser lida como significando 'o comunicação ou associação
com qualquer pessoa ou classe de pessoas com o conhecimento real ou com razões
para acreditar que tal pessoa ou classe de pessoas está envolvida em ajudar de
qualquer forma terroristas ou perturbadores, de modo que o objeto e a finalidade dessa
cláusula não possam ser de outra forma derrotados e frustrados."

Mens Rea é um ingrediente essencial de uma infração penal. Sem dúvida, um estatuto pode
excluir o elemento de mens rea, mas é uma boa regra de construção adotada na Inglaterra e

89 (1994) 3 SCC 569.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
14
-Argumentos Avançados- -Apelante-

também aceita na Índia interpretar uma disposição legal que cria uma ofensa em conformidade
com a lei comum e não contra ela, a menos que o estatuto expressamente ou por implicação
necessária exclua mens rea. O simples facto de o objectivo do estatuto ser promover actividades
assistencialistas ou erradicar um grave mal social não é, por si só, determinante para a questão
de saber se o elemento da mente culpada está excluído dos ingredientes de uma infracção. 90

Os fundos recebidos de alguma organização na lista negra declarada pelos países ocidentais, não
estavam na lista negra da Bâmbia. Mesmo que o capital recebido fosse dinheiro negro; o
recorrente não tinha conhecimento do mesmo. Além disso, a organização foi colocada na lista
negra como um movimento diplomático.91 Portanto, o crime de lavagem de dinheiro não se
sustenta.

3. O DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO FOI CUMPRIDO.

O artigo 21 da Constituição da Índia garante a proteção da vida e da liberdade pessoal. Diz o


texto: "Ninguém será privado de sua vida ou de sua liberdade pessoal, salvo de acordo com o
procedimento estabelecido em lei". O Tribunal Apex declarou que o «procedimento estabelecido
por lei», na aceção do artigo 21.°, deve ser «correto, justo e equitativo» e «não arbitrário,
fantasioso ou opressivo», caso contrário, não seria qualquer procedimento e a exigência do
artigo 21.° não estaria satisfeita.92 O devido processo legal prevê um procedimento razoável. A
pessoa afetada deve ter um direito de audiência justo, que inclua 4 elementos: (1) Notificação,
(2) Oportunidade de ser ouvida, (3) Tribunal imparcial, (4) Procedimento93 ordenado.
O devido processo legal não foi seguido no caso concreto. O STF 94 diz que, uma fundamentação
e análise claras são os requisitos básicos em uma decisão judicial. A decisão dos juízes deve ser
livre de quaisquer influências estranhas, indução, pressões, ameaças ou interferências, diretas ou
indiretas, de qualquer quadrante ou por qualquer motivo. A Suprema Corte, bem como a Corte
de Sessões no caso instantâneo, falharam miseravelmente a esse respeito, porque nenhum
procedimento foi seguido para chegar a uma conclusão imparcial.

90 Nathulal v. Estado de M.P., AIR 1966 SC 43; Srinivas Shopping Bairoliya v. Rei-Imperador, AIR 1947 PC 135;
Ravula Hariprasada Rao v. Estado, AIR 1951 SC 204.
91 Página 1, ¶7, Esclarecimentos, Instituto de Direito do Exército Concurso Nacional de Moot Court 2016.
92Maneka Gandhi v. União da Índia, (1978) 1 SCC 248.
93 Mahabir Prasad Jain, Direito Constitucional Indiano, 1180 (LexisNexis Butterworths Wadhwa, Nagpur, 2010).
94- De acordo com J. K. S. Radhakrishnan",Compete ao juiz decidir os casos que lhe são submetidos de acordo
com a Constituição e as leis, seguindo os precedentes judiciais sedimentados. Podemos apontar que raciocínio e
análise claros são os requisitos básicos em uma decisão judicial. A decisão judicial está sendo percebida pelas
partes e pela sociedade em geral como sendo o resultado de uma correta aplicação das regras jurídicas, a
adequada avaliação dos fatos com base em precedentes judiciais assentados e o juiz não deve fazer nada que
prejudique a fé do povo." OMA@ Om Prakash & Anr. v. Estado de Tamil Nadu, AIR 2013 SC 825.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
15
-Argumentos Avançados- -Apelante-

3.1 O direito fundamental previsto no artigo 21.º foi violado


A Suprema Corte tem afirmado que o art. 21 é o cerne dos direitos fundamentais. 95O Tribunal de
Justiça ocupa-se, assim, do processo previsto no Estatuto. Os Tribunais insistiram repetidamente
que, embora privando uma pessoa da sua liberdade pessoal, esse procedimento estabelecido por
lei deve ser rigorosamente cumprido e não deve ser afastado em detrimento da pessoa afetada. 96
O procedimento previsto no art. 21 deve responder ao teste da razoabilidade para se adequar ao
art. 14 pois, nas palavras de Bhagwati J,
"O princípio da razoabilidade, que tanto jurídica quanto filosoficamente é um elemento
essencial da igualdade ou da não-arbitrariedade, permeia o art. 14 como uma
onipresença retumbante."97 De acordo com Bhagwati J, Art. 21 "encarna um valor
constitucional de suprema importância em uma sociedade democrática". 98 Iyer J
caracterizou a Arte. 21 como a "Carta Magna processual protetora da vida e da
liberdade".99

Além disso, Maneka Gandhi v. União da Índia100 enumera o devido processo legal e art. 21
tornou-se fonte de muitos direitos substantivos e garantias processuais para o povo.

Qualquer lei que interfira na liberdade pessoal de uma pessoa deve satisfazer um triplo teste;
1. Deve prescrever um procedimento.
2. O procedimento deve resistir ao teste de um ou mais dos Direitos Fundamentais
conferidos u/a 19 que podem ser aplicáveis em uma determinada situação, ele também
deve ser passível de ser testado com referência ao artigo 14. 101 Um procedimento que
não é razoável não pode estar em consonância com o art. 21. 102 Tal direito se estende não
apenas ao processo propriamente dito em juízo, mas também inclui em seu âmbito de
abrangência o inquérito policial precedente.103
3.1.1 Não foi concedido um julgamento justo aos acusados

A realização de um julgamento justo para aqueles que são acusados de infrações penais é a
pedra angular da democracia. A realização de um julgamento justo é benéfica tanto para o
acusado quanto para a sociedade. Uma condenação resultante de um julgamento injusto é
contrária ao nosso conceito de justiça. 104 O direito a um julgamento justo em uma ação penal
95 Unni Krishanan v. Estado de Andhra Pradesh, AIR 1993 SC 2178.
96 Naranjan Singh v. Estado de Punjab, AIR 1952 SC106.
97 Per Bhagwati J., Maneka Gandhi v. União da Índia, (1978) 1 SCC 248 Per Bhagwati J.
98 Francis Coralie v. União Território de Delhi, AIR 1981 SC 746.
99 P.S.R Sadhanantham v. Arunachalam, AR 1980 SC 856.
100 Maneka Gandhi v. União da Índia (1978) 1 SCC 248.
101 Escrivão e Colecionador Distrital v. Canara Bank, (2005) 1 SCC 496.
102 Supdt & Lembrança, Assuntos jurídicos, WB v. S Bhowmick, AIR 1981 SC 917.923.
103 Vakil Prasad v. Estado de Bihar, AIR 2009 SC 1822.
104 Estado do Punjab v. Baldev Singh, AIR 1999 SC 2378.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
16
-Argumentos Avançados- -Apelante-

está consagrado no art. 21. Por exemplo, a Seção 142 da Lei de Provas não dá poder à acusação
para colocar uma questão principal ao acusado. Ao fazê-lo, viola o direito do acusado a ter um
julgamento justo consagrado nos arts. 21. Não se trata de uma irregularidade sanável.105

No presente caso, uma investigação detalhada revelou o envolvimento do Socialismo


Verdadeiro e os fundos recebidos do Socialismo Verdadeiro. Não foi realizada uma investigação
mais aprofundada, uma vez que o recorrente esteve em Chindesh nos últimos dois meses para
proferir palestras sobre socialismo. Portanto, os lapsos processuais existiram, ferindo seu direito
à vida e à liberdade pessoal. Sem seguir o procedimento, o Tribunal de Sessões e o Tribunal
Superior impuseram prisão perpétua e pena de morte, respectivamente, o que está além do
escopo de um julgamento106 justo.

Além disso, para os delitos previstos na Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Atividades
Ilícitas, de 1967, há a necessidade de criar um Tribunal Especial para tratar da questão com
urgência e com o devido processo legal, o que era exigido pelas Seções 43 e 44 107. Não foi
levado em consideração para que se pudesse dar uma chance justa para um julgamento justo

3.1.2 O direito de ser ouvido não foi dado ao acusado.

De acordo com a Seção 43E da Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas, de 1967, o ônus da
prova é do acusado. O tribunal da sessão condenou-o sem lhe dar a oportunidade de demonstrar
a causa e não lhe foi dada uma oportunidade nos termos do n.º 1 do artigo 377.º do Código de
Processo Penal de 1973108 que autoriza o Governo do Estado contra a sentença proferida pelo
Tribunal de Sessões por insuficiência e o S. 377.º, n.º 3, do mesmo diz que tal aumento só deve
ser feito depois de dar ao arguido uma oportunidade razoável de demonstrar causa contra tal
aumento e ao mesmo tempo demonstrar Por isso, o acusado pode pleitear sua absolvição ou a
redução da pena. No que respeita ao aumento da pena em revisão, o aumento só pode ser feito se
o Tribunal considerar que a pena imposta pelo tribunal de primeira instância é indevidamente
branda, ou que, ao proferir a ordem de condenação, o tribunal de primeira instância deixou
manifestamente de considerar os factos relevantes.109

105 Varkey José v. Estado de Kerala, AIR 1993 SC 1892.


106 Hasanbhai Valibhai Qureshi v. Estado de Gujarat, (2004) 5 SCC 347.
107 Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, 2002.
108 377, Código de Processo Penal, 1973 – [Salvo disposição em contrário do subitem (2), o Governo do Estado
poderá, em qualquer caso de condenação em julgamento realizado por qualquer Tribunal que não seja Tribunal
Superior, determinar ao Ministério Público que apresente recurso ao Tribunal Superior contra a sentença com
fundamento em sua inadequação.]
109 Alamgir v. Estado de Bihar, AIR 1959 SC 436.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
17
-Argumentos Avançados- -Apelante-

Da mesma forma, em Ram Narain v. Estado da U.P110 Estabeleceu-se que a pena pode ser
aumentada se for manifestamente inadequada a ponto de resultar em falha da justiça. O direito
de ser ouvido é essencial, mas ouvir não significa mais do que uma oportunidade justa para
apresentar o seu ponto de vista sobre um litígio, seguido de uma apreciação justa do mesmo por
juízes de espírito justo. Não romantizemos esse processo nem o estiquemos para arrebentá-lo. A
apresentação pode ser escrita ou oral, dependendo da justiça da situação.111

No caso Ashubha Bharatsinh Gohil v. Estado de Gujarat112, o Tribunal Superior não deveria
ter aumentado a pena de prisão perpétua para a morte porque, para exercer a sua
discricionariedade na escolha da sentença, o tribunal de julgamento tinha apresentado razões
elaboradas que não se pode dizer que nenhuma mente judicial pudesse avançar. Só porque o
Supremo Tribunal de Justiça olhou para estas razões de forma diferente, em nossa opinião, não
justificou o aumento da pena para pena de morte

Se esmiuçarmos os fatos dos autos, poderíamos decifrar que o recorrente não teve oportunidade
substancial de se defender, violando, portanto, seu direito de ser ouvido. Aqui, a Província
interpôs recurso, ao qual o HC confirmou as acusações e aumentou a pena até a morte. 113 A
impossibilidade de o HC encontrar lapsos processuais no julgamento ipso facto permite inferir
que houve erro judiciário. A sentença de morte sem qualquer oportunidade razoável de defesa é
ruim aos olhos da lei.

3.2 As acusações apresentadas contra os acusados não foram provadas além de qualquer
dúvida razoável

No caso de OMA@ Om Prakash & Anr. v. Estado de Tamil Nadu, a Suprema Corte da Índia
declarou que:
"Opiniões de juízes ou acadêmicos, predileção, carinho, inclinação, inclinação sobre
qualquer assunto, por mais eminentes que sejam, não influenciarão um processo
decisório, especialmente quando os juízes são chamados a decidir uma ação penal que
se baseia apenas nas provas produzidas pela acusação e pela defesa e guiadas por
precedentes judiciais assentes.114

Esta afirmação esclarece-nos sobre a exigência de prova para além de qualquer dúvida 115

110 Ram Narain v. Estado da U.P AIR 1971 SC 757.


111 Mohda. Arif v. O Secretário, Suprema Corte da Índia, (2014) 9 SCC 737.
112 Ashubha Bharatsinh Gohil v. Estado de Gujarat (1994) 4 SCC 353.
113 Página 6, ¶17 Moot proposition, Army Institute of Law National Moot Court Competition 2016.
114 OMA@ Om Prakash & Anr. v. Estado de Tamil Nadu AIR 2013 SC825.
115 Commonwealth v. John W. Webster, 5 Cush. 295, 320 (1850) -."

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
18
-Argumentos Avançados- -Apelante-

razoável, que só poderia ser feita com base nas provas apresentadas. O objeto da prova não foi
muito enfatizado, pois apenas um inquérito detalhado foi conduzido e não foi conduzido um
novo inquérito, uma vez que o recorrente estava em Chindesh. 116 A ficha técnica é omissa
quanto às provas produzidas e à analogia que fizeram para comprovar o envolvimento do
recorrente no referido processo.

Um acusado tem um profundo direito de não ser condenado por um delito que não é
estabelecido pelo padrão probatório de prova "além da dúvida razoável". Esta Corte em
Krishnan e Anr. v. Estado117, sustentou que as dúvidas seriam chamadas de razoáveis se
estivessem livres de um gosto por especulações abstratas. O Direito não pode dar-se ao luxo de
outro favorito que não seja a verdade e, para constituir dúvida razoável, deve estar livre de uma
resposta excessivamente emocional. As dúvidas devem ser dúvidas reais e substanciais quanto à
culpa dos arguidos decorrentes da prova, ou da falta dela, por oposição a meras apreensões
vagas. Uma dúvida razoável não é uma dúvida imaginária, trivial ou meramente possível, mas
uma dúvida justa baseada na razão e no bom senso. Deve crescer a partir das provas dos autos.
118

Em nosso sistema de justiça criminal, para o registro da culpa do acusado, não é necessário que
a acusação prove o caso com certeza absoluta ou matemática, mas apenas além da dúvida
razoável. Os Tribunais Criminais, ao examinarem se alguma dúvida está além da dúvida
razoável, podem ter em mente alguma "dúvida residual", mesmo que os Tribunais estejam
convencidos da culpa dos acusados além da dúvida razoável.119

3.3 A política de sentenças de morte dada pela Corte não foi cumprida.

O tribunal sublinha que a pena de morte é uma excepção e não a regra e deve ser imposta apenas
nos casos "mais graves de culpabilidade extrema" e "mais raros" quando a opção alternativa é
inquestionavelmente excluída.120 A pena de morte só deve ser imposta quando "a prisão perpétua
se afigurar uma pena totalmente inadequada tendo em conta as circunstâncias relevantes do
crime e desde que, apenas desde que a opção de impor pena de prisão perpétua não possa ser
exercida121 conscientemente tendo em conta a natureza e as circunstâncias do crime e todas as
circunstâncias relevantes".
116 Página 6, ¶16 Moot proposition, Army Institute of Law National Moot Court Competition 2016.
117 Krishnan e Anr. v. Estado (2003) 7 SCC 56.
118 Ramakant Rai v. Madan Rai e Ors., (2002) 12 SCC 395.
119 Ramakant Rai v. Madan Rai e Ors, (2002) 12 SCC 395 "
120 Bachan Singh v. Estado de Punjab, AIR 1980 SC 898; Machi Singh v. Estado do Punjab, AIR 1983 SC 947.
121 Id.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
19
-Argumentos Avançados- -Apelante-

Uma decisão deste tribunal dos últimos tempos sobre a questão da sentença é relatada em Ram
Naresh e Outros v. Estado de Chhattisgarh122. Os princípios ali estabelecidos foram resumidos
"ao determinar as questões relacionadas com a política de condenação, o tribunal tem de seguir
certos princípios e esses princípios são a base para além das considerações acima na imposição
ou não da sentença de morte.

O tribunal tem de aplicar o teste para determinar se o caso instantâneo foi o caso "mais raro dos
raros" para imposição de uma sentença de morte. É muito evidente que a prisão perpétua é a
regra e a pena de morte é uma excepção. O método e o modo do acto imputado devem ser tais
que a gravidade da infracção possa ser facilmente vista e observada. No caso dos autos, sem
produzir qualquer prova direta, o Excelentíssimo Tribunal Superior, bem como o Supremo
Tribunal de Justiça, invocaram a prova circunstancial e, na mesma nota, implicaram o recorrente
em proferir tal sentença que está sendo proferida no "caso mais raro".

y *
ORAÇÃO

Eu -

À LUZ DOS ARGUMENTOS APRESENTADOS E DAS AUTORIDADES CITADAS, O

RECORRENTE HUMILDEMENTE INVOCA PERANTE O EGRÉGIO TRIBUNAL DE:

1. ANULAR A DECISÃO DO TRIBUNAL DE SESSÕES E DO TRIBUNAL

SUPERIOR.

2. ABSOLVER O RECORRENTE DE TODAS AS ACUSAÇÕES QUE LHE

FORAM IMPUTADAS.

QUALQUER OUTRA ORDEM QUE JULGAR CONVENIENTE NO INTERESSE DA

EQUIDADE, DA JUSTIÇA E DA

122 Ram Naresh e Outros v. Estado de Chhattisgarh (2012) 4 SCC 257.

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
20
-Argumentos Avançados- -Apelante-

BOA CONSCIÊNCIA.

POR ESSE ATO DE BONDADE, A FACÇÃO APELANTE FICARÁ

OBRIGADA PARA SEMPRE.

SD/-

( ADVOGADO DO RECORRENTE )

-MEMORANDUM para O
APELANTE-
21

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