FONTES DE CRESCIMENTO:
CAPITAL FÍSICO:
Os países em desenvolvimento encaram a escassez de equipamentos e infra-estrutura de
todo tipo.
Ocorre que essa carência não pode ser remediada facilmente, implica em sacrificar o
consumo presente para criar poupança suficiente ao investimento. Porém, uma das
características desses países é o baixo nível de renda, que nos limites da pobreza, não tem
capacidade de poupança.
A escassez de capital pode ser superada recorrendo-se a recursos de outros países.
CAPITAL HUMANO:
O fator humano também é determinante. As elevadas taxas de crescimento populacional
dos países em desenvolvimento geram uma quantidade importante de população
improdutiva, pois não se criam empregos suficientes. Deficiências sanitárias e alimentícias,
o baixo nível de educação e a reduzida qualificação causam a baixa produtividade da mão-
de-obra, limitando as possibilidades de crescimento.
Para investir um país precisa utilizar a poupança interna, como ainda, ter acesso à poupança
estrangeira. Então as economias devem incentivar as pessoas a se absterem de parte do
consumo presente. Além disso, é importante a existência de um mercado financeiro
razoavelmente desenvolvido.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO:
Existem várias teorias que buscam descrever os estágios pelos quais as economias devem
passar para chegar ao nível de desenvolvimento.
Aqui apresentaremos apenas a mais tradicional:
A Teoria de Etapas de Rostow:
Através da observação da história econômica dos países desenvolvidos, foram detectados 5
estágios de desenvolvimento:
1- Sociedade Tradicional predominantemente agrária, com baixa tecnologia e renda
per capita.
2- Pré-requisitos para o arranco importantes mudanças econômicas e não
econômicas promovem o aumento da taxa de acumulação do capital em relação à
taxa de crescimento demográfico, uma melhoria no grau de qualificação da mão-de-
Depois da década de 30 o Brasil passou por uma forte industrialização que durou até pelo
menos a década de 70. Essa industrialização baseou-se no modelo de substituição de
importação, esse modelo dependia em parte das exportações, para poder suprir as
necessidades de industrialização, mas protegia a indústria nacional dos concorrentes
externos.
Um ponto importante de ser notado é que a industrialização não tinha como objetivo o
mercado externo, assim o país tinha alta taxa de dependência de poucos produtos primários
em sua pauta de exportações. Essa situação perdura até a década de 60, sendo o principal
produto o café e o segundo variando entre a borracha, o cacau e o algodão. Os dois
produtos em conjunto representavam mais de 55% das exportações brasileiras das seis
primeiras décadas do século.
Somente depois desta década aparecem novos produtos primários na pauta, como o ferro e
a soja. O principal ponto, porém, é que os dois principais produtos (soja e ferro) passam a
representar apenas 10% do total de exportações, diminuindo assim a dependência do país
de alguns poucos produtos primários na definição da balança comercial.
Enquanto a vulnerabilidade das exportações diminui, a dívida externa aumenta,
aumentando a vulnerabilidade ao endividamento externo da economia brasileira.
No Brasil, o progresso, em termos de crescimento, não foi acompanhado por um progresso
na justiça econômica do país. A concentração de renda não melhorou e permanece sendo o
grande desafio do país para o próximo século.