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GABRIELA PINHEIRO BARBIZAN – 3°PERIODO

TEXTO 6: LOGICA FORMAL E IDEOLOGIA

1 – Conceito de Ideologia
Marx trata a respeito de ideologia em "Ideologia Alemã". Nesta obra Marx dirige-se a um grupo
específico: os filósofos alemães que vieram depois de Hegel; estes são chamados de "ideólogos alemães"
(Feuerbach, R. Strauss. Max Stirner, Bruno Bauer...). Marx dirigi-lhes duas críticas principais. "A
primeira é a de que esses filósofos tiveram a pretensão de demolir o sistema hegeliano imaginando que
bastaria criticar apenas um aspecto da filosofia de Hegel, em lugar de abarcá-la como um todo. Com isto,
as chamadas críticas hegelianas apenas substituíram a dialética hegeliana por uma fraseologia sem sentido
e sem consistência (com exceção de Feuerbach). A segunda é a de que cada um desses ideólogos tomam
um aspecto da realidade humana, convertem este aspecto numa idéia universal e passam a deduzir todo o
real desse aspecto idealizado. Com isto, os ideólogos alemães, além de fazerem o que todo o ideólogo faz
(isto é, deduzir o real das idéias desse real), ainda imaginaram estar criticando Hegel e a realidade alemã
simplesmente por terem escolhido novas idéias que, como demonstra Marx, não criticam coisa alguma,
ignoravam a filosofia hegeliana e, sobretudo, ignoravam a realidade alemã".O pensamento de Marx tem
como ponto de partida o pensamento de Hegel. Porém, no seu desenvolvimento encontramos muitos
pontos divergentes, ou também usados com sentido diferente. Exemplo clássico disto são as duas
concepções divergentes sobre o "motor da história": Hegel acredita ser as idéias as construtoras e
movedoras do mundo; as idéias estão antes dos fatos, dos acontecimentos. Sendo assim, a consciência do
homem é anterior à realidade que busca conhecer e transformar. A história poderia ser construída pela
ação dos grandes homens, pensadores... Marx inverte este processo, acreditando que as idéias surgem a
partir das condições reais vividas por indivíduos reais dentro da história. É o confronto do indivíduo com
a vida real, da organização por meio da divisão do trabalho que brotam as idéias. O termo ideologia tem
vários sentidos: conjunto de idéias, opinião a respeito de algum objeto em discussão, pensamento de um
autor, uma doutrina, "organização sistemática dos conhecimentos destinados a orientar a prática, a ação
efetiva". De qualquer forma "ideologia", no marxismo tradicional, recebe normalmente um sentido
pejorativo. Este sentido aprofundaremos ao longo deste primeiro ponto. Marx não separa a produção das
idéias e as condições sociais e históricas nas quais são produzidas. As idéias não estão separadas da vida
prática, da história real, concreta feita pela ação dos homens. A "Ideologia" pode ser compreendida como
um conjunto de idéias. Este sentido pode ser observado, por exemplo, em uma determinada classe, em um
determinado grupo social. Podemos dizer que têm as suas idéias, suas convicções, suas gírias, seus
objetivos."Ideologia" pode ser entendida como uma organização sistemática dos conhecimento destinados
a orientar uma prática, uma ação efetiva. Este é recurso usado para "vender uma idéia"; isto constitui uma
propaganda enganosa. Uma formulação é enganosa quando esconde um segundo objetivo. Os objetivos
que se quer alcançar permanecem velados. Neste sentido "ideologia" é uma arma muito poderosa dentro
de uma sociedade, capaz de formular, e difundir opiniões nocivas à vida social, que jamais seriam
pensadas se não existisse a força da difusão ideológica. Sendo assim, "Ideologia", é uma forma subtil de
pensamento que pode trazer conseqüências graves. Por exemplo, um trabalhador, passa a não mais se dar
conta da situação em que se encontra, da exploração que está sofrendo, do quanto vale o seu trabalho. A
ideologia leva o homem a pensar, sentir, agir de uma maneira conveniente com interesses que
permanecem velados.

Hegel: Lógica Formal X Lógica Dialética


As origens da dialética são anteriores a Hegel, mas nos limitaremos a fazer uma abordagem rápida sobre
as origens da dialética, mais em Hegel, pois, é daqui que Marx herda o conceito da dialética para aplicar à
sua teoria. Hegel percebe que na lógica formal está implícito o princípio da Identidade, isto é, da não
contradição. Isto tem origem já em Parmênides: "o ser é, e, o não ser não é". Uma coisa não pode ser e
não ser ao mesmo tempo, sob o mesmo aspecto. Uma coisa se identifica somente com ela mesma; tudo é
linear; o que não se encaixa dentro desta linearidade é visto como erro. O pensamento até Hegel está
orientado para a linearidade. O real, porém, tem contradições, e, se o nosso pensamento exclui a
contradição, então, não "podemos conhecer as coisas em si, mas o nosso próprio conhecimento das
coisas", como dizia Kant, por que o nosso instrumento mental não possibilita este conhecimento. O
conhecimento está limitado ao formal, à identidade. A realidade não se encaixa dentro disto. Hegel propõe
a lógica dialética admitindo a realidade contraditória. A dialética seria a nova forma de pensar, resgatando
o que foi excluído anteriormente: a contradição. Em Hegel a contradição é mais abrangente que a
identidade. Sendo assim ela engloba, abrange também a identidade como um momento, uma parte da
dialética. Existe a identidade dentro da dialética mas ela é provisória: o ser é movimento. Para Hegel a
realidade é o espírito; a realidade física é manifestação do espírito. O mundo físico é uma verdadeira
negação do espírito; é o espírito alienado de si mesmo. O Espírito Absoluto subsiste por si mesmo; o
espírito alienado de si mesmo, o mundo, é pura emanação do Espírito Absoluto.
Entre estas duas realidades (Espírito e espírito alienado) existe um conflito que só será superado por
intermédio do homem, através da consciência. À medida que a consciência do homem se desenvolve
dentro da história vai ocorrendo a superação da alienação do espírito. Disto surge este esquema:
O mundo é o espírito de
forma oposta; é a
materialização do
espírito, mas sem
ESPÍRITO MUNDO CONSCIÊNCIA consciência. O espírito
(Afirmação) (Negação) (Síntese) também não reconhece o
mundo como sendo parte
dele, por isto o mundo é
o espírito alienado de si
mesmo.
Dentro do mundo está o homem, que por sua vez também é mundo. O homem têm a capacidade de
desenvolver a consciência de si mesmo e das coisas: é como se dentro do mundo houvesse uma
sementinha do Espírito Absoluto. Esta sementinha é a consciência do homem. O mundo vai se
espiritualizando à medida que a consciência cresce. Isto ocorre através da cultura que se desenvolve
dentro da história: é a síntese. A síntese é a união daquilo que estava separado, alienado, oposto,
contraditório.
A partir deste momento a contradição não é mais vista como um erro; a contradição é vista como a
essência do desenvolvimento. O processo de desenvolvimento é o movimento triádico descrito acima:
afirmação, negação e a negação da negação (nova síntese). Este movimento continua se repetindo
infinitamente até chegar o momento em que não haja mais contradições. Este momento é representado
por Hegel pelo perfeito desenvolvimento cultural, isto é, cultura desenvolveria tanto que não haveria mais
nada para ser explicado. Seria o fim da dialética.
Comparando a lógica formal com a lógica dialética temos dois princípios distintos e que tem sua
aplicação prática distinta.
Por um lado, a lógica formal, tem como base o princípio da não contradição; sempre trabalha com
aspectos parciais: analisa as partes. Isto podemos perceber, por exemplo, na medicina quando a
preocupação está somente em tratar os efeitos, os sintomas e não se procura a causa de tais efeitos; do
ponto de vista da lógica formal o corpo não é visto como um todo mas como partes. Como neste, em
muitos outros casos a sociedade se deixa levar unicamente pelo formal, legal; às vezes sabe orientar-se só
dentro do pré-escrito.
Por outro lado a lógica dialética admite a contradição; já pressupõe uma totalidade (Espírito Absoluto).
Assim os fenômenos que ocorrem não são analisados isoladamente (formal). Na medicina, como falamos
acima, o tratamento deveria ir em busca da causa de determinada doença. Quando falamos, por exemplo,
de desemprego, não podemos entendê-lo como um fato isolado; precisamos analizá-lo como participante
de um conjunto que não tem uma única causa e também não tem um único efeito. Muitas coisas são causa
e efeito uma das outras. Este segundo modo de ver a realidade parece mais adequado para a modernidade
globalizada e holística.
5 – Luta de Classes
O conceito como tal não é de criação de Marx. Desde muito tempo antes de Marx já havia este conceito.
Aristóteles na POLÍTICA divide a sociedade em classe pobre, média e rica. "Nesta mesma obra,
Aristóteles estabelece relações entre formas de governo e predomínio de certas classes sociais".
No século XIX o conceito de classe se identifica com o próprio fundamento da sociedade. "O que Marx
vai fazer é exatamente dar ao conceito de classe não só uma dimensão científica, mas também atribuir-lhe
o papel de base de explicação da sociedade e de sua história".
A luta de classes, na da teoria marxista, é como um motor poderoso capaz de "dinamizar a história". O
conflito, a dialética do real que gera o movimento ocorre entre as classes; e, é isto que dinamiza a história.
Em toda a história podemos observar este fato. "Segundo Marx, as raízes da evolução social não se
situam numa mudança de idéias ou valores, mas nos fatos econômicos e tecnológicos. A dinâmica da
mudança é a de uma interação dialética de opostos decorrente de contradições que são intrínsecas a todas
as coisas. Marx tirou essa idéia da filosofia de Hegel e adaptou-a à sua análise da mudança social,
afirmando que todas as transformações que ocorrem na sociedade provém de suas contradições internas.
Considerou que os princípios contraditórios da organização social estão consubstanciados nas classes da
sociedade e que a luta de classes é uma consequência de sua interação dialética. Para Marx, a luta de
classes é a força propulsora da história. Ele sustentava que todo progresso histórico importante nasce do
conflito, da luta e da revolução violenta. O sofrimento e o sacrifício humanos eram um preço que tinha de
ser pago para se chegar à mudança social".
Diz Marx/Engels no Manifesto do Partido Comunista: "A história da sociedade se confunde até hoje com
a história das lutas de classes. O homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de
corporação e companheiro, em outros termos, opressores e oprimidos em permanente conflito entre si,
não cessam de se guerrearem em luta aberta ou camuflada, luta que, historicamente, sempre terminou
numa restruturação revolucionária da sociedade inteira ou no aniquilamento das classes em choque".
As relações entre os homens resultam das relações de oposição, antagonismo, exploração e
complementariedade entre as classes sociais.
Há uma relação de exploração entre a classe dos proprietários, a burguesia, e a dos trabalhadores – o
proletariado – porque a posse dos meios de produção, sob a forma legal de propriedade privada, faz com
que os trabalhadores, para assegurar a sobrevivência, tenham que vender sua força de trabalho ao
empresário capitalista, o qual se apropria do produto do trabalho de seus operários.
Estas relações são também de oposição e antagonismo, porque os interesses de classe são inconciliáveis.
O capitalista deseja preservar seus direitos, isto é, a propriedade dos meios de produção e a máxima
exploração do trabalho do operário. Isto acontece seja através da redução dos salários ou ampliando a
jornada de trabalho. O trabalhador, por sua vez, procura diminuir a exploração ao lutar por menor jornada
de trabalho, melhores salários e participação nos lucros.
Por outro lado, as relações entre as classes são complementares, pois uma só existe em relação à outra. Só
existem proprietários porque há uma massa de despossuídos cuja única propriedade é sua força de
trabalho, que precisam vender para assegurar a sobrevivência. As classes sociais são, pois,
complementares e interdependentes.
A Luta de Classes, a divisão, sempre existiu durante toda a história. Na antiga Roma encontramos os
patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos. Na Idade média encontramos as figuras do senhor, dos vassalos,
servos... A nossa sociedade moderna (sua estrutura) está fundamentada em toda a história. O que vemos
hoje na sociedade é que ela está se dividindo cada vez mais em duas grandes classes, dois grandes grupos
(Burguesia moderna e Proletariado), opostos que lutam entre si: classe rica e classe pobre. Estes dois
grupos, um domina, outro é dominado; uma classe é opressora e outra oprimida, seja pelas armas da
ideologia ou pela repressão. O que importa é manter-se no domínio.
A História do homem é, segundo Marx, a história da "luta de classes", uma luta constante entre interesses
opostos, embora nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada. As divergências,
as aposições e antagonismos de classes estão implícitos em todas as relações sociais, nos mais diversos
níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedade privada.
A burguesia é uma classe proveniente da decadência feudal. Esta gerou uma outra classe; desta mesma
forma que o feudalismo gerou a burguesia, assim também a burguesia moderna gerou uma classe: os
proletários. O próprio feudalismo gerou uma classe que foi a sua ruína: "Assim como para o Senhor
Feudal foi inútil defender os direitos feudais diante daquela sua criatura que era a burguesia, agora
também é inútil para a burguesia trabalhar em prol da conservação de seus direitos sobre o proletariado. A
realidade é que a burguesia não apenas fabricou as armas que a levarão à morte, mas também gerou os
homens que empunharão aquelas armas: os operários modernos, os proletários"

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