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Quando o fígado funciona mal, o estômago sofre. Se o rim está desregulado, aí é a vez
de o fígado pagar o pato. O pulmão está ruim? Pode apostar que o intestino também
vai ficar doente e vice-versa. É assim que a medicina chinesa entende o corpo humano:
um complexo sistema de peças conectadas e interdependentes, em que o mau
funcionamento de uma das partes reflete em outra e no organismo inteiro. “Segundo
os antigos chineses, se um órgão ficar doente, outros órgãos também serão lesados.
Por isso, a Medicina Tradicional Chinesa trata o paciente como um todo”, explica o
médico Ysao Yamamura, presidente da Associação Mundial de Acupuntura, sediada em
Paris, e chefe do setor de Medicina Chinesa da Universidade Federal de São Paulo.
É essa visão do “todo” a principal diferença entre a medicina chinesa e a ocidental.
Enquanto os médicos ocidentais tratam um mal de forma localizada – uma dor de
cabeça, por exemplo –, os praticantes da medicina chinesa investigam o organismo
inteiro para identificar a causa da dor e ajustar o que estiver errado.

Isso significa um exame do paciente que inclui uma detalhada análise da língua, sentir
a pulsação, avaliar a voz e observar o nível de palidez da face. Para corrigir o
desequilíbrio, entram em cena centenas de medicamentos à base de ervas e animais,
acupuntura e a tui-ná, uma técnica de manipulação de vértebras, articulações e
músculos por meio de massagem que só pode ser aplicada por médicos.

Para os chineses, o corpo não é composto só de matéria, mas também de uma energia
chamada Qi, cujo desequilíbrio é a causa das doenças. “O Qi é a energia que promove
as atividades dos nossos órgãos”, explica Ysao Yamamura. Do diagnóstico ao
tratamento, tudo na medicina chinesa gira em torno do Qi, que é composto por outras
duas energias de características opostas: o yin e o yang.

É preciso voltar 3 mil anos no tempo para entender a origem do yin e do yang.
Segundo uma lenda chinesa, no universo existia uma partícula que se dividiu em
outras de dois tipos: umas, frias e pesadas, desceram, formaram a água e a terra e
foram denominadas yin. Outras, quentes e leves, se mantiveram na atmosfera,
formaram o céu e foram batizadas de yang. “A Medicina Tradicional Chinesa incorporou
o princípio do yin-yang para explicar a fisiologia e as patologia humanas”, afirma Hong
Jin Pai, médico do centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo e diretor do
Colégio Médico de Acupuntura, também na capital paulista. “Os órgãos vitais são yin,
enquanto suas funções são yang”, esclarece.

Assim, o coração é yin, enquanto os batimentos e a circulação são yang. Se uma


energia prevalece, o corpo adoece. “Quando o yang está aumentado, aparecem
palpitações cardíacas, pressão alta, insônia, ansiedade, etc.”, explica o médico Ysao
Yamamura. “A deficiência do yin pode manifestar-se por emagrecimento ou obesidade,
diabete, hipertiroidismo...”, completa.

Depois do surgimento da idéia do yin-yang, os chineses acrescentaram outra teoria a


sua medicina – tão abstrata quanto a primeira. Observando a natureza, identificaram a
madeira, o fogo, a terra, o metal e a água como os cinco elementos básicos para a
existência da vida. E enxergaram entre eles uma íntima relação: cada um pode ajudar
ou prejudicar o outro.

O segundo passo foi comparar os elementos aos principais órgãos do corpo humano e
estabelecer uma relação entre eles, a exemplo do que fizeram com o yin e o yang.
(Veja quadro na página ao lado). “Se um paciente tiver gastrite nervosa,
provavelmente é porque o elemento Madeira (fígado) está hiperativo por causa de
emoções como a raiva. Isso se reflete no estômago, promovendo a hiperacidez, daí a
gastrite”, explica Ysao Yamamura.

Que é complicado, é. Mas o uso milenar da medicina chinesa chamou a atenção no


mundo todo. No Japão, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 72%
dos médicos “convencionais” também lançam mão do Kampo – adaptação japonesa da
medicina chinesa – em suas prescrições. No Ocidente, as técnicas da medicina chinesa,
especialmente acupuntura e fitoterapia, são estudadas em centros de pesquisas sérios.
O objetivo é comprovar cientificamente o que os chineses têm pregado há milhares de
anos.
Para o médico Hong Jin Pai, a medicina chinesa e a ocidental devem se complementar.
“A medicina ocidental funciona bem melhor em doenças complexas. As cirurgias, os
remédios e a aparelhagem são mais avançadas. A acupuntura é boa em outros
aspectos”, compara. Mas um caso recente mostra que, às vezes, as técnicas chinesas
descobrem o que a medicina convencional não vê.

Foi um acupunturista o primeiro médico a desconfiar que havia algo errado no


pâncreas do ator Raul Cortez, apesar de exames feitos pouco antes pelo ator não
terem acusado nada. Logo depois, Cortez descobriu um câncer no aparelho digestivo.
O ator, no entanto, trata-se com quimioterapia.

Segundo a medicina chinesa, o elemento Fogo relaciona-se ao coração; o Metal


corresponde ao pulmão; a Terra ao pâncreas; a Água representa os rins; e a Madeira o
fígado. Um desequilíbrio em um desses elementos afeta o corpo inteiro. Isso porque
eles se relacionam de modo positivo e negativo. Madeira gera Fogo (ela queima), o
Fogo gera Terra (produz cinzas), Terra gera Metal (o metal vem da terra), Metal gera
Água (derrete-se quando aquecido) e Água gera Madeira (promove o crescimento das
plantas).

Por outro lado, Madeira subjuga a Terra (quebra o solo e suga seus nutrientes), Terra
subjuga a Água (a primeira absorve a segunda), Água subjuga o Fogo (ela o apaga),
Fogo subjuga Metal (o calor o derrete) e Metal subjuga a Madeira (o machado corta a
árvore).

Essas relações explicam como um elemento pode ajudar ou prejudicar o outro e são
usadas tanto para diagnosticar quanto para tratar doenças. Cada elemento tem um par
de órgãos correspondentes,que são auxiliados em suas funções por sabores
determinados.

Pó de centopéia, carcaça de cigarra, chifre de veado. Soa como receita de bruxa, mas não é.
Esses ingredientes são exemplos do que está contido nas estranhíssimas fórmulas da medicina
chinesa – que também lança mão das tradicionais ervas, sementes, flores, raízes e cascas de
frutas. Veja outros exemplos de revirar o estômago.

:: CENTOPÉIA (Wugong) – Usada no tratamento de convulsões, mordida de cobra e dores de


cabeça.

:: ESCORPIÃO (Quanxie) – Combate tremores, falta de ar, convulsões em crianças, inchaços,


infecções e dores de cabeça.

:: CIGARRA (Chantui) – Entra na composição de remédios para falta de voz, dor de garganta,
irritação na pele, vermelhidão e inchaço nos olhos. Indicado também para crianças com medo de
escuro.

:: PELE DE CALANGO (Gejie) – Melhora as funções respiratórias e é usada em remédios contra


chiados, tosse com sangue, impotência, diarréia e incontinência urinária.

:: CASCO DE TARTARUGA (Biejia) – Usado em medicamentos contra suor noturno, espasmos


faciais, tremores, dores nas costas e para fortalecer os ossos.

:: CHIFRE DE VEADO (Lurong) – um dos componentes ativos é o pantocrinum, substância que


melhora o trabalho do coração. Bom para quem tem pressão baixa, acelera a cicatrização,
fortalece os ossos e é indicado no tratamento de anemia, impotência e infertilidade. Outra parte
usada é a cauda do animal (Luweiba), indicada em casos de infertilidade, impotência e ejaculação
precoce.

:: CHIFRE DE ANTÍLOPE (Lingyang jiao) – Ajuda na eliminação de toxinas do organismo e


melhora a visão. Usado no tratamento de dores, febre alta, tonturas, dores de cabeça e
hiperatividade em crianças.

:: MOELA DE GALINHA (Jinei jin) – Melhora as funções digestivas. Entra na composição de


remédios contra pedras nos rins e na vesícula. Em crianças, é recomendado para perda de apetite
e para quem faz xixi na cama.

:: CAVALO-MARINHO (Haima) – Para tratamento de asma em crianças, impotência, furúnculos


e inchaços.

:: PÊNIS DE FOCA (Haigou shen) – Usado no tratamento de falta de desejo sexual.

:: FEZES DE MORCEGO (Yeming) – Melhora a visão e, por isso, é usado para tratar cegueira
noturna. Recomendado para crianças com dificuldade de crescimento e que sofrem com dores
abdominais.

Dieta chinesa

A medicina chinesa recomenda ajustar o cardápio às estações do ano. “No inverno, há aumento
de yin (frio), que deixa o corpo retraído. Isso corresponde à diminuição de yang, ou seja,
diminuição de atividade”, explica o médico Hong Jin Pai. Por isso, no verão, a dieta deve ser
incrementada com alimentos yin e, no inverno, com alimentos yang. Sim, de acordo com a
medicina chinesa, os alimentos, como tudo no universo, também se dividem conforme essas
propriedades e também se encaixam nos cinco elementos. Veja como funciona.

MADEIRA: alimentos que têm sabor azedo e normalizam o funcionamento do fígado.


Recomendados para quem anda impaciente, sente tonturas, tem dificuldade de concentração,
cólica intestinal e cãibras.
Exemplos yin: pepino em conserva, kiwi, morango, limão, aipo, iogurte.
Exemplos yang: vinagre, cereja, alho-poró, maracujá.

FOGO: alimentos amargos, que se relacionam ao coração. Indicados para insônia, ansiedade e
problemas circulatórios.
Exemplos yin: Rúcula, nabo, alcachofra, grapefruit.
Exemplos yang: chocolate amargo, chá verde, manjericão.

TERRA: alimentos de sabor doce, que são relacionados ao baço e ao pâncreas. Recomendados
para casos de cansaço, sonolência, falhas de memória, anemia e dores de estômago.
Exemplos yin: maçã, manga, alface americana, banana, leite de soja, azeite de oliva.
Exemplos yang: Damasco, erva-doce, gema de ovo, ervilha torta, mel.

METAL: alimentos picantes, que estão relacionados ao pulmão. Recomendados em caso de


angústia, falta de vigor físico, prisão de ventre e rinite.
Exemplos yin: cebola, rabanete, agrião.
Exemplos yang: pimenta, gengibre, wasabi.

ÁGUA: alimentos salgados, que se relacionam aos rins. Recomendados para quem sente muita
insegurança, problemas urinários e queda de cabelo.
Exemplos yin: algas, polvo, missô, repolho, queijo branco. Exemplos yang: salmão, atum,
camarão, sementes de abóbora e berinjela.

Fonte: Os Cinco Elementos na Alimentação Equilibrada (Editora Ágora)

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