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Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092) 3648-4152

O DISCO RÍGIDO / WINCHESTER


Desde sua chegada ao mercado, o disco rígido constitui o mais difundido
sistema de armazenamento de grandes volumes de dados. Os primeiros
computadores pessoais não o possuíam, porque os pequenos volumes de
dados com que trabalhavam podiam perfeitamente ser arquivados nos dis-
quetes de poucos KBs de capacidade. A incorporação do disco rígido é um
dos fatores que explicam o extraordinário desenvolvimento dos computado-
res pessoais. A partir do lançamento comercial do IBM PC/XT, essa unidade
de armazenamento transformou-se em componente padrão de qualquer PC.
A importância do disco rígido não está apenas no desempenho dentro do
sistema. Trata-se de um dispositivo de armazenamento permanente e, por-
tanto, capaz de conservar a informação nele arquivada mesmo quando o
sistema é desligado. Ele abriga em seu interior os dados necessários para o
funcionamento do PC (o sistema operacional e os programas), bem como os arquivos e informações que o usuário
vai gerando. Tudo isso dá uma idéia da importância do disco rígido e da gravidade implicada em qualquer defeito
nele verificado.
ARMAZÉM MECÂNICO
O disco rígido é o único componente
básico de funcionamento mecânico no
PC. Por esse motivo, é também o
elemento interno mais suscetível a ris-
cos de problemas relacionados a seu
trabalho. Quando se considera ainda a
importância das informações pessoais
que o usuário armazena no disco rígi-
do, muitas pessoas são levadas a crer
que ele é uma espécie de “bomba-
relógio” colocada dentro do PC. No en-
tanto, apesar de ele constituir o com-
ponente mais sensível ao risco de
avarias, isso não quer dizer que elas
sejam habituais. Hoje em dia, qual-
quer disco rígido em condições de uso
normais (que não impliquem um tra-
balho intensivo como o que é imposto,
por exemplo, a um servidor de rede)
fica obsoleto e é substituído sem ter
sofrido nenhum problema mecânico ao
longo de toda a vida. O disco rígido
compõe-se de duas seções, a mecâni-
ca e a eletrônica (ou lógica). A primei-
ra recupera a informação armazenada
magneticamente e a envia à eletrô-
nica, que a interpreta e por sua vez a
envia bus do sistema. No interior do disco rígido existem vários pratos (discos) rígidos recobertos por uma camada
de material magnético. O número de pratos é variável e limitado apenas pela altura da unidade de armazenamen-
to. (Os disquetes também empregam um disco recoberto por material magnético, que, diferentemente dos pratos
do disco rígido, é flexível.) Geralmente, os pratos do disco rígido são feitos de alumínio ou de compostos vitroce-
râmicos de grande rigidez. A superfície de cada prato é revestida por uma camada muito fina de um material com
a densidade aumentada por partículas metálicas sensíveis ao magnetismo. A informação é armazenada no prato
por meio de variações no campo magnético das partículas metálicas. Por essa razão, o aumento de densidade nos
compostos metálicos da superfície dos pratos é um dos fatores que permitem que a capacidade de armazenamen-
to dos discos rígidos venha aumentando cada vez mais sem necessidade do aumento das dimensões da unidade.
As cabeças são os elementos encarregados de ler e escrever, utilizando campos elétricos, a informação magnética
armazenada nos pratos. Por meio de braços metálicos, elas se deslocam acima da superfície dos pratos, sem che-

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gar a tocá-los, deixando entre ambos um espaço de menos de um décimo de milímetro. Esse afastamento entre as
cabeças e a superfície dos pratos é produto da pressão do ar que eles deslocam ao girar a velocidades acima de
3.600 rpm (rotações por minuto). Como norma, os discos rígidos dispõem de uma cabeça de leitura e de escrita
para cada uma das faces de um prato, ou seja, uma cabeça para a face superior e outra para a face inferior. To-
dos os braços das cabeças do disco rígido ficam agrupados e trabalham com base num sistema único de movimen-
to, que faz com que as cabeças de todos os pratos se desloquem simultaneamente. Um sistema eletromagnético
incumbe-se de mover sobre um eixo o conjunto formado pelos braços e as cabeças do disco rígido, podendo situar
estas últimas em qualquer ponto do raio de ação dos braços. Esse movimento, combinado com a rotação dos pra-
tos, permite que as cabeças possam percorrer a totalidade da superfície útil dos respectivos pratos. Depois que a
seção mecânica do disco obteve os dados, na forma de impulsos elétricos, entra em ação a parte eletrônica, que
se encarrega de preparar esses dados para enviá-los através do bus de dados incorporado no disco rígido.
ESTRUTURA E ORDEM
Para armazenar a informação e po-
der recuperá-la sem problemas e
sem desperdício de tempo, o disco
rígido divide as superfícies magnéti-
cas, de modo a obter uma estrutura
de armazenamento consistente e
eficaz. Num disco rígido, a informa-
ção organiza-se em cilindros, trilhas
e setores. As cabeças lêem e gra-
vam os dados nos pratos, traçando
círculos concêntricos, que recebem o
nome de trilhas. Estas se dividem
por sua vez em setores, cada qual
com capacidade aproximada de 512
bytes. Os pratos ficam empilhados sobre um eixo e armazenam informação em ambas as faces. A maioria dos
discos rígidos possui dois ou três pratos girando simultaneamente, ou seja, quatro a seis faces para o armazena-
mento de dados. Todas as trilhas que ocupam uma mesma posição na superfície de cada face de um prato re-
cebem o nome de cilindro.
FORMATAÇÃO DE BAIXO NÍVEL
Quando um disco é formatado em baixo nível criam-se áreas de identificação nas superfícies magnéticas, que o
controlador (drive) de disco utiliza para numerar os setores e identificar o princípio e o fim de cada um. Essas á-
reas de identificação estão situadas, dentro de uma trilha, à frente e atrás da área de dados do setor. A área de
dados de um setor tem habitualmente um tamanho de 512 bytes, número que aumenta em alguns bytes quando
se acrescenta a ela o espaço ocupado pelas áreas de identificação. Isso explica a redução verificada na capacidade
de qualquer sistema de armazenamento quando ele é formatado. A área de identificação que precede um setor
recebe o nome de cabeceira, ou prefixo de setor. Ela identifica o início daquele setor e, além disso, contém o nú-
mero dele dentro de cada trilha. O sufixo, ou trailer, é a área de informação que se segue aos dados. Além de
identificar o final do setor, ele contém o checksum, que assegura a integridade do conteúdo da área de dados.
A formatação de baixo nível, também conhecida como formatação física, é um passo preliminar para a formatação
de disco utilizada pelo Windows e por outros sistemas operacionais. Há alguns anos, os discos rígidos usavam mo-
tores passo a passo para deslocar as cabeças, com o incoveniente da falta de precisão Ex-motores não contavam
com qual quer sistema de recalibragem automática, de modo que, após algum tempo de funcionamento, acaba-
vam por desviar a posição das cabeças sobre as trilhas for-matadas, obrigando à reformatação física do disco rígi-
do, para que se criassem, novamente, as trilhas sobre a superfície magnética dos pratos. O problema foi superado
nos atuais modelos de discos rígidos, que, em vez dos problemáticos motores passo a passo, empregam um siste-
ma eletromagnético para ajustar o bloco com as cabeças. Os discos rígidos são comercializados já formatados em
baixo nível com os valores ótimos para seu funcionamento. Não é recomendável alterá-los.
CUIDADOS E MANUTENÇÃO
Os discos rígidos instalados nos primeiros IBM PCs e compatíveis exigiam muitos cuidados por parte do usuário.
Atualmente, são poucas as tarefas de manutenção que precisam ser dedicadas a essas unidades. Limitam-se à
eliminação dos arquivos desnecessários, para economizar espaço, e à desfragmentação do disco quando necessá-
rio. Um dos cuidados mais importantes que deviam ser tomados com os primeiros discos rígidos era o estaciona-

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mento (parking) de suas cabeças. Quando as unidades estavam em funcionamento, a alta velocidade de rotação
dos pratos fazia com que as cabeças flutuassem sobre a superfície magnética sem tocá-la. No entanto, quando se
desligava a corrente elétrica, as cabeças perdiam a força de sustentação e golpeavam a camada magnética, muitas
vezes causando danos ao disco rígido. Para evitar isso, antes de desligar o computador devia-se executar um pro-
grama usualmente conhecido como Park, para que as cabeças se deslocassem até uma ancoragem de repouso.
Hoje em dia, todos os discos contam com sistemas que estacionam automaticamente as cabeças. Os discos rígidos
são montados em câmaras especiais à prova de pó, dotadas de um sistema de vedação hermética que evita total-
mente a entrada de qualquer elemento capaz de danificar as cabeças ou a superfície magnética dos pratos. Uma
vez fechada a câmara, não existe dentro dela nenhum tipo de partícula que possa afetar o futuro funcionamento
dos discos. Apesar disso, costuma-se colocar pequenos filtros de ar no interior da carcaça. Essa medida explica-se
pelo fato de que a velocidade de rotação dos pratos gera uma corrente de ar capaz de arrastar pequenas partícu-
las metálicas que se desprendem dos pratos e das cabeças durante a ligação e o desligamento do disco. A função
dos filtros internos é reter essas partículas, com o objetivo de impedir que elas venham a provocar danos no inte-
rior da unidade.
SIGNIFICADOS DAS ESPECIFICAÇÕES DOS DISCOS RÍGIDOS

Seek time, tempo de acesso / Unidade: ms


Tempo consumido pelo braço de suporte das cabeças para movê-las entre trilhas. Atualmente, um disco rígido
pode ter mais de 3 mil trilhas em cada face de um prato; portanto, tentar acossar a próxima trilha de certa infor-
mação podo significar um salto entre uma e 2.999 trilhas.
Average seek time, tempo médio de acesso / Unidade: mi
Tempo consumido pelo braço de suporte para colocar as cabeças de leitura e de escrita num ponto qualquer do
disco.
Head swltch time, tempo de alternância entre cabeças / Unidade: ms
O conjunto dos braços de suporte desloca todas as cabeças simultaneamente; contudo, apenas uma cabeça pode
ler ou escrever um dado num determinado momento. Esse parâmetro Indica o tempo médio empregado na alter-
nância de uma para outra cabeça.
Cylinder Switch Time, tempo de alternância entre cilindros / Unidade: ms
Também conhecido como tempo de alternância entre trilhas. É o tempo médio consumido pela unidade para mu-
dar de um cilindro a outro quando alguma informação está sendo lida ou escrita.
Rotational Latency, latência de rota./Unidade: ms Velocidade de Latência de
Quando ocorre um salto de uma trilha a outra, as cabeças precisam esperar Rotação (rpm) rotação (ms)
que a rotação do disco chegue até o setor correto. Esse tempo de espera, 3.600 8.3
conhecido como latência de rotação, é determinado pela velocidade de rota- 4.500 6.7
ção da unidade. 5.400 5.7
Data access time, tempo de acesso / Unidade: ms 6.300 4.8
7.200 4.2
Constitui a soma do tempo de acesso, do tempo de alternância entre cabeças
e da latência de rotação.O tempo de acesso indica apenas o quanto demoram a posicionar-se as cabeças sobre o
cilindro de início. Até que a informação comece a ser lida decorrem o tempo de alternância entre cabeças, para
que seja encontrada a pista correta dentro do cilindro, e a latência rotacional, para que se chegue ao primeiro
setor.
Data thoughtput rate, razão de transferência de dados / Unidade: KB/s
Indica o volume de informação que pode ser transferida por unidade de tempo.

CURIOSIDADES
CLUSTER
Também conhecido como Allocation Unit (unidade de alocação). É o grupo de um ou vários setores de um disco
que formam a unidade de armazenamento básica para o sistema operacional. O tamanho do cluster é definido pelo
sistema operacional durante a formatação de alto nível. Os clusters maiores propiciam melhor desempenho do
sistema, mas desperdiçam muito espaço ao armazenar arquivos de pequeno tamanho.

CHECKSUM
Técnica para comprovar a validade de um pacote de dados. A informação do pacote forma uma cadeia de núme-
ros; da soma de todos eles obtém-se um valor que deve coincidir com o valor do dado fornecido como checksum.

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Qualquer partícula de pó pode danificar um disco rígido. Por esse motivo, nunca se deve abri-lo em ambientes que
não estejam perfeitamente isolados.

O BUS IDE E AS PARTIÇÕES


Os discos rígidos conectam-se ao bus do sistema por meio de diferentes tipos de interface ou adaptadores para
buses de dados. A interface mais difundida nos PCs é a IDE (Integrated Drive Electronics, circuito integrado no
disco), sigla que se aplica, de forma genérica, às unidades que possuem o controlador de disco integrado. A inter-
face IDE tem o nome oficial de ATA (ATAttachment, conexão tipo AT), que é um padrão do ANSI (American Nati-
onal Standards Institute, Instituto Nacional de Normas dos Estados Unidos). Nos discos do tipo IDE o controlador
da interface faz parte da unidade, juntamente com a mecânica do disco. Este possui um cabo de dados que esta-
belece conexão direta com o bus do sistema, situado na placa-mãe. A combinação da unidade de armazenamento
com a interface de controle simplifica bastante a instalação do dispositivo e, além disso, traz algumas vantagens:
por exemplo, o fato de que os dados, armazenados magneticamente, são captados pela parte mecânica da unida-
de de disco (de tipo analógico), convertidos em sinais digitais e introduzidos no bus do sistema a partir da unidade
de disco. Desse modo, torna-se possível reduzir ao máximo o número total de componentes, a extensão dos circui-
tos e as conexões analógicas. Isso significa aumentar a resistência em relação aos ruídos e interferências que afe-
tam os discos sem controlador integrado, como os que utilizam o bus SCSI.Os discos que não são IDE possuem
um único controlador, ao qual se conectam todas as unidades do sistema. Geralmente, esse controlador está inte-
grado a uma placa de expansão, de modo que fica um pouco afastado das unidades de armazenamento no interior
da unidade central. Esse tipo de interface conecta as unidades ao controlador de disco por meio de cabos de da-
dos, a velocidades de transmissão muito eleva das, que as tornam extremamente sensíveis tanto aos ruídos como
às interferências provocadas por outros sinais e circuitos do computador. O grau de independência que o disco
rígido IDE tem, assegurado pelo fato de possuir integrado o controlador da unidade, permite que os engenheiros o
projetem em função de suas necessidades específicas. As unidades de disco IDE não podem mudar de controlador,
uma vez que são combinações fixas de discos e controladores totalmente otimizadas para trabalhar em conjunto,
sem necessidade de ajustes em nenhum tipo de configuração.
CONEXÕES ATA IDE
Os discos IDE utilizam um cabo de dados tipo cinta, de 40 pinos, para conectar-se aos soquetes IDE da placa-mãe.
Os conectores IDE da placa são, basicamente, slots de expansão ISA de 16 bits e 98 pinos, remodelados para em-
pregar apenas os 40 pinos exigidos pelo controlador de disco. Embora a maior parte dos usuários imagine que o
controlador IDE fica situado na placa-mãe, essa idéia é totalmente infundada. Na verdade, o componente localiza-
se num circuito que é parte integrante da estrutura física do disco rígido. A interface IDE é a mais difundida porque
está presente em todas as placas-mãe atualmente disponíveis no mercado. Isso não constitui surpresa, pois, com
esse tipo de solução, os fabricantes economizam o custo de integrá-la como um componente extra, limitando-se a
incorporar os conectores e alguns poucos circuitos de apoio que fazem parte do chipset. A especificação ATA como
padrão ANSI da Interface IDE foi aprovada em março de 1989. Antes dessa normatização da interface ATA IDE,

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muitas empresas introduziam mudanças e aperfeiçoamentos próprios na interface IDE das unidades de disco que
fabricavam, Isso fazia com que a instalação de dois discos de diferentes fabricantes em um mesmo bus se tornas-
se uma tarefa muito complicada, pois cada disco possuía seu próprio controlador, que, em
conseqüência das mudanças in-
troduzidas pelo fabricante, era
completamente incompatível com
o outro. Depois da aprovação da
especificação ATA foram sendo
eliminados, por meio de suces-
sivas atualizações, as incompatibi-
lidades e os problemas de cone-
xão entre dispositivos IDE. Ao
padrão ATA seguiram-se o ATA-2
ou EIDE (Extended IDE, IDE es-
tendido), o ATA-3 e o ATA-4. As
funções incorporadas em cada uma dessas especificações ATA são, entre outras, a definição dos sinais do conec-
tor, as tarefas e características desses sinais e o tipo de cabo. Um dos principais avanços proporcionados pela es-
pecificação ATA foi a resolução dos graves problemas representados pela conexão de duas unidades de diferentes
fabricantes a um mesmo bus. Quando em um único bus dois controladores estão em funcionamento, ambos ten-
tam responder aos mesmos comandos, o que pode provocar grande número de conflitos. O padrão ATA resolve
essa dificuldade, permitindo que dois controladores possam funcionar no mesmo bus conectados ao mesmo cabo
de dados e discriminando os comandos dirigidos a cada unidade. Para que isso seja possível, atribui-se a uma das
unidades o caráter de primária (master ou principal) e à outra o de secundária (slave ou escrava), mudando-se a
posição de um jumper (ou de um interruptor) incorporado no disco ATA. Quando em um bus há somente um dis-
co, e portanto só um controlador, este responde a todos os comandos que recebe do sistema. Se no mesmo bus
estão instaladas duas unidades, os controladores de ambas recebem os mesmos comandos. A unidade de destino
indicada pelo comando do sistema pode ser discriminada se, antes, um dos dispositivos foi configurado como prin-
cipal e o outro como escravo, a fim de que eles não entrem em conflito. No momento em que os dois controlado-
res recebem o comando do sistema, a unidade de destino especificada interpreta essa instrução e ocupa o bus,
transferindo a informação necessária, enquanto a outra interrompe sua atividade para deixar o bus livre durante a
execução do comando por parte da unidade designada.
GEOMETRIA E CAPACIDADE
A capacidade dos pri-
meiros discos IDE ATA
era de somente 504
MB. Essa limitação de-
riva basicamente da
falta de previsão de
incorporação, no BIOS,
do suporte para as
unidades IDE. A geo-
metria física de um
disco rígido possibilita
a divisão e o gerenci-
amento de toda a sua
capacidade por inter-
médio de pequenos blocos de informação. Cada bloco mínimo de informação localiza-se na superfície magnética
dos pratos. Além dos setores por trilha, outros parâmetros geométricos com os quais um disco rígido é organizado
são as cabeças e os cilindros (esses três parâmetros são identificados pela sigla SCC). Os números que acompa-
nham os atuais discos não correspondem a suas verdadeiras estruturas físicas. A lógica incorporada no disco rígido
é encarregada de adaptar os parâmetros SCC lógicos, que o BIOS empregará para configurá-lo e trabalhar com
ele, e acomodá-lo à sua verdadeira estrutura física. Dessa forma, é possível mudar a relação entre os valores SCC
sem que seja necessário modificar o número total de setores do disco. A relação entre os valores SCC dos primei-
ros discos rígidos, de pouca capacidade, podia ser ampliada com facilidade no sistema operacional. O notável au-
mento de capacidade experimentado pelos discos rígidos foi possível graças a um substancial incremento da densi-
dade da informação que é armazenada nos pratos~ magnéticos. Os discos IDE são unidades de
armazenamento que podem ter rendimento muito alto ou muito baixo. Essa aparente
contradição deve-se ao fato de que todos esses discos são diferentes entre si. Não é
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deve-se ao fato de que todos esses discos são diferentes entre si. Não é possível generalizar
sobre o rendimento das unidades com interface IDE porque cada uma apresenta um com-
portamento peculiar, baseado no modo de funcionamento da interface e na mecânica de
cada disco. Um disco IDE rápido pode superar o desempenho de muitos discos SCSI. Um disco
rígido atual de grande capacidade pode ser formado por um par de pratos magnéticos; anos atrás, um
disco com capacidade em torno de 1 MB podia conter oito ou mesmo dez pratos. Quando se traduz em
valores SCC a estrutura de um disco rígido atual de 8 GB, constituído por apenas três pratos e seis cabe-
ças, a quantidade de cilindros resultante é tão grande que dificulta seu gerenciamento. A tradução dos
valores SCC físicos em valores lógicos, que contam com o mesmo número total de setores, permite a
manutenção da compatibilidade do sistema operacional, aumentando a capacidade dos discos. lnicial-
mente, para que se pudesse gerenciar o mapa de setores dos primeiros discos IDE, definiram-se deter-
minados limites que foram superados em pouco tempo. O mapa de setores dessas unidades era de 18
bits e, portanto, a capacidade máxima delas ficava limitada a 512 MB. O padrão ATA-2 implicou a intro-
dução de mudanças destinadas a superar essa capacidade, por meio de BIOS melhorados e capacitados
a traduzir a geometria dos discos rígidos, de modo que estes mantivessem a compatibilidade com o sis-
tema operacional. Os BIOS aumentaram o tamanho do mapa de setores, que, com 512 bytes por setor,
podia gerenciar um disco com uma capacidade máxima de 8 GB. Esse número também se mostrou insu-
ficiente com o passar do tempo. A lógica de um disco rígido traduz os valores lógicos de cilindros, cabe-
ças e setores (SCC ou, em inglês, CHS, de Cylinder-HeadSector) que ele recebe com cada comando,
obtendo os valores CHS ou SCC físicos que lhe indicam a localização de um determinado setor. Como
resultado, o disco traduz os valores CHS que recebe (e que provêm da tradução, no BIOS, dos valores
CHS gerenciados pelo sistema operacional). A necessidade de todos esses processos de tradução ou de
adaptação decorre da rápida evolução das capacidades e dos desempenhos dos dispositivos de arda
necessidade de assimilação dessas características e da obrigação de manter-se a compatibilidade com os
sistemas anteriores. Quando se configura um disco rígido no BIOS, um dos parâmetros indicados é o
modo de tradução a empregar no acesso ao disco por meio da interrupção 1 3h. Essa interrupção ge-
rencia todos os acessos do sistema operacional ao disco, permitindo aplicar a tradução ou conversão de
geometria entre ambos. Em modo Normal ou CHS, o sistema operacional fornece os parâmetros lógicos
ao BIOS, que os envia diretamente à unidade de disco. Para aumentar a capacidade dos discos rígidos,
a norma ATA-2 introduziu dois modos de tradução no BIOS, o ECHS (Extended CHS, CHS estendido) e o
LBA (Logical Block Addressing, endereçamento lógico de blocos), ao que acrescentou o aumento do tama-
nho do mapa de setores, que, de 18 bits, passou a 24 bits de endereçamento, o que permite gerenciar
um máximo de 16.777.216 setores, cada um com tamanho de 512 bytes. O modo ECHS intercepta as
transações entre o sistema operacional e o disco rígido a partir da interrupção 13h, e as reenvia alte-
rando os valores SCC do sistema, adaptando-os a dois parâmetros lógicos que o disco fornece ao BIOS. Quando
recebe os comandos do BIOS, a lógica do disco aplica a tradução geométrica final para localizar a informação den-
tro da estrutura SCC real. Os discos que empregam o ECHS têm tamanho máximo de 8 GB. O modo LBA trabalha
de forma diferente: em vez de fazer a localização de cada setor por meio de endereços SCC de tipo geométrico,
numera todos os setores do disco começando pelo O. A tabela de localização física dos setores que compõem um
disco LBA tem tamanho de 28 bits. Um disco LBA pode conter um máximo de 268.435.436 setores de 51 2 bytes,
o que implica uma capacidade de 128 GB. Quando se emprega a interrupção 1 3h do BIOS para traduzir os valores
SCC do sistema operacional ao LBA, limita-se o tamanho do disco a 8 GB. Essa limitação deriva do fato de que o
BIOS, com o surgimento do ATA-2, aumentou o tamanho do mapa de endereçamento para poder gerenciar 8 GB
de dados, e não pode traduzir endereços geométricos que superem essa capacidade. O aproveitamento ótimo do
endereçamento LBA exige a eliminação de todos os processos de tradução geométrica entre o sistema operacional,
o BIOS e a lógica do disco rígido. Isso é possível em PCs equipados com discos rígidos LBA e Windows 95/98 ou
NT, porque esses sistemas operacionais de 32 bits trabalham em modo protegido e podem acessar diretamente as
unidades de disco sem precisar recorrer à interrupção 1 3h do BIOS. Desse modo, todas as transações ocorridas
entre o disco rígido e o sistema operacional realizam-se diretamente com endereços de setores em modo LBA. Isso
possibilita uma notável melhora no desempenho do sistema.
ESTRUTURA LÓGICA
Os sistemas operacionais estruturam a informação gerenciada pelo computador, de modo a agir como intermediá-
rios entre o usuário e a máquina. Uma das partes mais importantes de qualquer s.o. é o sistema de ar-
mazenamento, que opera como interface com o disco rígido e facilita o trabalho com arquivos e pastas, evitando a
necessidade do uso de trilhas e setores para armazenar a informação. A capacidade total de um disco rígido pode
ser dividida em partições, que se comportam como unidades de disco individuais. A estrutura de cada partição
compõe-se de um sistema de armazenamento de arquivos. O modelo de armazenamento mais difundido entre os

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sistemas operacionais de PCs denomina-se FAT (File Allocation Table, tabela de alocação de arquivos). Para poder
armazenar arquivos de dados de tamanhos variados, o disco rígido é dividido em unidades de pequeno tamanho,

entre as quais os arquivos são distribuídos para facilitar o armazenamento deles. Essas unidades, que recebem o
nome de clusters, são formadas por vários setores físicos de 512 bytes do disco rígido. O sistema FAT utiliza um
índice ou tabela de alocação de arquivos (do qual, como vimos, deriva seu nome). Ele registra ali a posição dos
diversos clusters correspondentes a cada arquivo armazenado. As diferentes versões dos sistemas operacionais
MS-DOS e Windows empregam um sistema de arquivos FAT. Na versão OSR2 do Windows 95 e do Windows 98
incorporou-se o sistema de arquivos FAT-32. A diferença entre os sistemas FAT e FAT-32 limita-se a o tamanho da
tabela de alocação dos clusters. No sistema de armazenamento FAT ela tem 16 bits, o que significa que é possível
endereçar 65.536 posições ou clusters com tamanho máximo de 32 KB. Dessa forma, o tamanho máximo de uma
estrutura FAT é de 2 GB (65.536 clusters x 32 KB = 2.097.152 KB). Uma estrutura FAT de 16 bits, além de possuir
uma capacidade extremamente limitada, conta com um tamanho de cluster de 32 KB, o que significa que ela des-
perdiça considerável quantidade de espaço no disco rígido ao gerenciar arquivos de pequeno tamanho. As parti-
ções FAT-32 duplicam o tamanho da tabela de alocação de arquivos, que passa a poder endereçar 268.435.456
clusters por partição. Os limites teóricos do tamanho de uma partição FAT-32 são de 2 TB (1 Terabyte = 1 .024
Gygabytes). O grande número de clusters que uma partição FAT-32 pode endereçar permite que eles sejam usa-
dos em tamanhos muito pequenos, de modo que o espaço é aproveitado ao máximo. Mas deve-se levar em conta
que uma partição desse tipo com clusters muito pequenos não oferece desempenho ótimo quando tem de gerenci-
ar grande quantidade deles nas operações. O ajuste da quantidade e do tamanho dos clusters condiciona, em boa
medida, o desempenho de uma unidade de disco com sistema FAT-32. A interrupção 13h do BIOS se encarre-
ga de traduzir os valores correspondentes a cilindro-cabeça-setor (CHS), os que o sistema operacio-
nal usa para acessar os dados armazenados no disco rígido, em valores de endereçamento de bloco
lógico, que são os exigidos por esse disco.

IMPORTANTE
Os fabricantes de discos rígidos rebatlzam, por motivos comerciais, as especificações ATA. Por exem-
plo, a Westem Digital chama de EIDE (Extended IDE) seus discos ATA-2 e ATA-3; a Seagate aplica as
denominações Fast ATA e Fast ATA-2 ao mesmo tipo de unidade. Os ATA-4 têm uma grande varieda-
de de outros nomes: Ultra ATA, DMA-33, Ultra DMA, Fast ATA-33 e Ultra33, entre outros.

SCSI – (Small Computer System Interface – Interface de Pequenos Sistemas Informáticos), Placas e circuitos
eletrônicos que permitem conectar um ou vários componentes a um computador. A conexão ocorre a um nível
que possibilita ao computador utilizar diretamente os dados. PIO – (Parallel Input / Output, Entrada e Saída Para-
lela), Paralelo é o modo utilizado para se transmitir todas as informações num PC. Já a transmissão de dados
entre o PC e um periférico pode utilizar tanto o modo paralelo como o serial.
A interrupção de memória 13h da BIOS é utilizada pelo sistema para acessar o número de setores, cabeças, clus-
ters e cilindros existentes no winchester. Esses valores são repassados pela BIOS.

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