Unidades de Representação.
Mas, como toda regra, existem exceções, tudo pode ser revisto, pois basicamente sempre
levamos em consideração, se o que está sendo representado será entendido naquela unidade de
representação por quem irá executar tal desenho.
Formatos
Escalas
Escala Real (1:1): é utilizada quando o objeto pode ser representado em seu tamanho real. Por
via de regra, tendo como base os formatos, utilizado em objetos com no máximo 1,00 m ou 100
cm ou 1000mm.
Escala de redução (1:x): Quando o que será representado é muito grande, Utilizam-se as
escalas de redução. Independente da unidade, a escala de redução será sempre a mesma...
Ex.:
As escalas serão sempre utilizadas na seguinte formatação: 1:2, 1:5, 1:10, 1:100, 1:1000, etc.
(Chama-se escala de representação de um por (fator de redução))
Vamos clarear um pouco
Desenhos em metros – Escala de 1:50, para cada 50 metros de objeto, será representado em um
metro.
Repetindo:
Independente da unidade, a escala de redução será sempre a mesma.
Escala de ampliação (x:1): Quando o que será representado é muito pequeno, utilizam-se as
escalas de ampliação.
Desenhos em metros – Escala de 2:1, para cada um metro de objeto, será representado em dois
metros.
Pela simples representação... (Não se tem como desenhar uma casa ou visualizar uma
engrenagem de um relógio em escala real)
Pela execução. Um desenho técnico deve por si, passar o máximo de informações, mas algumas,
as vezes são omitidas, ou por esquecimento, ou por necessidade, e, nesse caso, há a
necessidade de se obter essas informações ou conferências no desenho.
Uma das ferramentas que ainda não caíram em desuso, e provavelmente não caia, são os
escalímetros. Existem em vários modelos e com várias escalas e são utilizados de acordo com
sua necessidade. Aquela proporção que há a necessidade de se fazer entre o objeto e sua
representação, no escalímetro já está pronta.
Ex.: a escala de 1:50, no escalímetro já está reduzida 50 vezes, a escala 10:1, no escalímetro,
está ampliada 10 vezes.
Com o uso de desenho convencional, (Prancheta), para desenhos onde havia a necessidade de
uma grande redução, corria-se o risco de muitas imprecisões (desenhar algo de 1000 metros em
um milímetro ou um centímetro, a imprecisão era muito elevada). Qualquer erro de fechamento
de medidas havia a necessidade de uma verificação...
Com as ferramentas CAD, essas imprecisões não existem...(desde que feitas de forma correta).
Desenhos em CAD
Com a era CAD, existem duas maneiras ou uma combinação delas para efetuarmos em trabalho.
Model Space – Nesse tipo de trabalho, os desenhos são feitos em escala real, isto é,
escolhemos uma unidade de trabalho, e desenhamos em tamanho real...
Muitas bibliografias, dizem que a unidade de trabalho não tem nada a ver, e não interfere
no trabalho feito... De certo modo até sim...Mas na impressão desse trabalho, deve ser feita a
proporcionalidade entre o que foi adotado e a unidade de impressão que conforme mencionamos
é em milímetros... Nessa modalidade, já que o desenho é em escala real, deve ser feita a
correção de escala no formato e legenda...
Proporção
Um critério a ser observado no trabalho com CAD é a proporção entre a unidade escolhida
e a unidade dos formatos (Milímetros). Se a unidade escolhida para trabalhar for em milímetros,
as escalas de impressão e formatos não sofrerão alteração. Se a escala a ser impressa, for de
1:50 continuará a ser de 1:50, se for de 1:100 continuará sendo 1:100...
Agora escolhendo outra unidade que não seja milímetros deve-se antecipadamente fazer
uma proporcionalidade.
Ex.: se os trabalhos são em centímetros, todas as escalas deverão ser divididas por 10 (pela
regra de igualdade já que 1 cm = 10mm).
Antes de entrar nos trabalhos em model e paper, recordaremos os formatos, que sejam:
Alguns deles constam no CAD, uns até com erro de tamanho (B5), mas sem dúvidas, o
erro maior é que eles não são originalmente padrão ISO (International Standard Organization),
esses formatos são padrão DIN (Alemães) e no Caso do Brasil, Adotados pela ABNT através da
NBR 10068 – Folha de Desenho Leiaute e Dimensões - Padronização...
Sua proporção de acordo com seu criador Dr Portsmann é X : Y = 1 : 2
Assim como existe uma proporcionalidade entre os da Série B com Série A, e Série C com
Série A, que achamos por bem não aprofundar já que os mais utilizados são da Série A. Apesar
de extensa, a lista de formatos da Série A, normalmente utilizamos os formatos até no máximo o
tamanho A4... 210x297mm. Sua margem esquerda é de 25mm e as restantes de 10mm até o
Formato A3 e de 5mm nos demais... Outro fato que deve ser previsto é o espaço para Legenda
ou Selo, ou Rótula que tem 175mm por no máximo 287mm...(essa altura varia de acordo com a
necessidade e comodidade). Passando-os para o CAD, logicamente tomando um deles como
exemplo (A1), sua concepção ficara assim:
Esses formatos devem ser feitos no CAD em escala de 1:1, ou seja, 1mm = 1mm, pode
ser feitos em Model ou em Paper... Se o Profissional ou empresa tem uma padronização,
normalmente ele é salvo como template, com atributos, enfim, cada um tem uma metodologia
para isso...
Model Space
Ex.: (1m = 100cm = 1000mm fazendo a proporção em escala de 1:50, 1000/50 = 20mm) isso nos
passa que 1 metro era representado em 20 mm ou 2cm...
Mas com o advento CAD, devemos sempre escolher uma unidade que nos favoreça nos
trabalhos, estudaremos um pouco elas...
Desenhar em metros – As paredes e outros detalhes são em centímetros, para desenhar uma
parede de 15cm de espessura, se a unidade for em metros, teremos de digitar (.15)... Gasta-se
um monte de pontos desnecessariamente.
Desenhar em milímetros – Muitas vezes as medidas são extensas (por exemplo, 20 metros –
teremos nesse caso de digitar 20000... gasta-se monte de zeros desnecessariamente).
Não pretendo aqui direcionar para adotar essa ou aquela unidade... mas preciso tomar
alguma como referência e a escolhida foi... centímetros
Sua Pré-visualização:
Paper Space
Uma alternativa do CAD é desenhar em Model e imprimir no Paper Space, para tanto, a
base continua sendo o mesmo desenho, única coisa que muda, é que o formato será impresso
em escala de 1:1.
Então, utilizando o mesmo desenho da configuração anterior que era:
A seguir inserimos uma viewport. Nessa viewport aparece todo o nosso desenho, mas
estará fora de escala. O contorno da view estará fraco, o que significa que estamos trabalhando
com todo o espaço do papel,
Para ajustar a escala, devemos trabalhar dentro da View, podemos fazer isso através do
comando MS ou clicando na orelha em baixo... devemos também ajustar a escala para .20 (1:5).
Bom. Esses desenhos estão na escala de 1:5 (Que resultará em 1:50). Temos a
necessidade de ajustar as outras escalas... A cobertura para 1:125 e Implantação para 1:250.
Podemos inserir novas views ou copiar a que temos quantas vezes quisermos e ajustar os
outros desenhos dentro delas... Há que se preocupar com uma questão: podemos dentro da view
ajustar o zoom por escala, mas o CAD não aceita o ponto, então devemos “enganar” o CAD. Na
escala de 1:125 (que pela proporção será de 1:12.5) podemos configurar que ao invés de 1:12.5
(que não será aceito), colocar que será de 2:25 (que surtirá o mesmo efeito). Se fizermos pela
barra das viewports as escalas serão de 0.08 e 0.04 (1:125 e 1:250 respectivamente).
Podemos notar que as views ficam visíveis, e dependendo da Layer escolhida elas
também serão impressas. Uma opção seria colocá-las em uma layer que não houvesse a
possibilidade de imprimir... existe a Layer defpoints que por default tem essa atribuição.
Considerações Finais
A seguir passamos uma pequena tabela de zoom XP, lembrando que os valores de XP não
podem ser decimais, somente inteiros e fracionários...
Ex.: Minha escala de referência é 1:50, uma parte reduzi no model aplicando os fatores e será
impresso na escala de 1:250.
Solução: crio um novo estilo de dimensionamento (pode ser uma cópia do existente) e altero o
Scale Factor para 5...
Isto é, o CAD irá multiplicar todas as medidas feitas nesse novo estilo por cinco, mas
manterá tamanho de fontes, encabeçamentos, etc.
Sistema Misto
Podemos utilizar um sistema misto, dimensionar parte em Model e parte em Paper... isso
fica a critério de cada um...
(* - Opinião do Autor)
Para quem trabalha com projetos de diversos tamanhos, com grande variação de escala,
sem dúvidas o Paper Space pode ser a melhor opção... já que nesse conceito, a impressão será
sempre na escala de 1:1. Sua desvantagem é a necessidade de ajustar várias Viewports,
havendo a necessidade de ter uma sincronia com o que esta no Model.
Para quem trabalha com projetos com escalas de redução ou ampliação padrão (sempre
as mesmas), o Model Space pode ser a melhor opção.
Sua desvantagem é que há a necessidade de informar alguns itens a quem irá imprimi-lo
(Escala e Formato). Porém, o CAD abre isso... Quem está certo??? Quem está errado????
A princípio estamos todos certos... até que alguém nos prove o contrário... Nesse caso,
não serei eu a fazer isso.... Então desde que o modo como estamos trabalhando, satisfaça
nossas necessidades......nos aperfeiçoemos a ele....e bom trabalho....
Valdemar Morais
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