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UNESP – Universidade Estadual

Paulista
Faculdade de Ciências e Letras
Campus Araraquara

Participação da Comunidade na Gestão da


Escola Pública no município de São Carlos:
Estudo de Caso das Escolas Municipais de
Ensino Fundamental

RUTH MERY CÓRDOVA MARTINEZ

Projeto de pesquisa apresentado ao


Programa de Pós - Graduação em
Educação Escolar, como parte das
exigências para o ingresso no curso de
Mestrado.
Linha de Pesquisa: Política e Gestão
Educacional.

ARARAQUARA
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2007
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1. Justificativa
Este trabalho consiste em aprofundar o tema da descentralização na educação, no
tocante à participação da comunidade na gestão das escolas municipais, considerada um
dos elementos fundamentais das políticas públicas do processo de descentralização. A
participação popular, conduz a um verdadeiro processo educacional ao desenvolver a
consciência da cidadania; tendo como fim um processo verdadeiramente democrático
direcionado à satisfação dos benefícios da participação coletiva nas tomadas de decisão e
igualdade de oportunidade para todos.

De la misma manera que lo que ocurre con el proceso de descentralización,


la forma, el grado, el tipo de participación que existe em uma sociedad -
dentro y fuera de la educación -, tiene que ver com el modelo de sociedad y
com la manera en que legitimamente, en un lugar y en un espacio, se
considera que debe estructurarse el poder y la autoridad. Por eso,
participación y democracia aparecen como dos conceptos estrechamente
relacionados.
La tendencia a avanzar desde la democracia representativa, supone en el
campo de la educación, que las políticas educativas deben incorporar la
convocatória a la participación de todos los actores. Esto com um doble fin:
por um lado para avanzar en la democratización de la toma de decisiones,
y por el otro para agregar viavilidad a los cambios que se propagan.
(AGUERRONDO, 2000, p. 26).

A descentralização do sistema de ensino, no contexto da democratização, leva a uma


reorganização dos espaços de atuação e das atribuições das diferentes instâncias decisórias -
Governo, Secretarias, Diretorias Regionais de Ensino e Escolas.
Não é qualquer processo de descentralização que pode levar a uma
mudança eficaz na gestão pública. É preciso ter clara a função do
Estado, de coordenação geral da política educacional, de garantia da
melhoria da qualidade de ensino, de manutenção do sistema etc., e do
papel da escola nesse processo. Somente uma gestão democrática,
em diferentes instâncias, poderá levar a descentralização da
administração da educação à construção da autonomia da escola.
Gestão democrática implica participação intensa e constante dos
diferentes segmentos sociais nos processos decisórios, no
compartilhar as responsabilidades, na articulação de interesse, na
transparência das ações, em mobilização e compromisso social, em
controle coletivo.
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Quando se pensa a respeito e se faz gestão democrática, realizam-se


processos participativos. E processo participativo pressupõe criação e
ação em órgãos colegiados; planejamentos conjuntos e
participativos; decisões compartilhadas entre os diferentes
segmentos; pensar e fazer com parcerias; passagem do âmbito
burocrático da administração para o âmbito pedagógico da ação;
participação interativa da comunidade escolar entre outros.
Cada escola precisa construir sua gestão democrática. Não há
fórmulas ou receitas mágicas; mas deve haver vontade, capacidade,
criatividade, perseverança e certeza de que esse é o caminho para se
alcançar uma escola pública de qualidade. (JORNAL DO
PROJETO PEDAGÓGICO, 2002, p. 12).

No nosso estudo primeiramente será abordado o processo de descentralização dos


sistemas educacionais na America Latina; em seguida serão tratadas as políticas públicas de
descentralização e da municipalização da educação básica no Brasil e de forma específica,
o processo de descentralização no município de São Carlos - SP.
A descentralização na America latina teve início na Argentina (1976), México
(1978), Chile (1981) e Colômbia 1986). Depois outros países latino - americanos,
aproveitam a experiência e tomam como exemplo as reformas de descentralização da
educação, intensificando esta tendência na década de 90 .

La tendencia a la descentralización de los sistemas educativos em America


Latina se encuentran presente desde hace décadas em el continente, como
uma fuerza que pugna por vencer a la expresión instituída de la
centralización. Prácticamente em todos los países de la region los
municípios, como expresión del gobierno local autónomo, han tenido desde
la época colonial responsabilidad sobre la formación inicial.
Sin embargo, a medida que los países entraban em fase de mayor
crecimiento se les fue expropiando a los gobiernos locales su facultad para
administrar la educación. Los gobiernos centrales fueron quitandoles a las
províncias y municípios sus atribuciones de gobierno, al tiempo que les
recortaban los presupuestos generados localmente. Esto sucedia
independientemente del carácter unitário o federal de las repúblicas
latinoamericanas. (RIVAS, 1991, p. 37).

A descentralização fomenta as mais diversas esperanças representando, para alguns,


a possibilidade de outorgar maior legitimidade ao Estado desde o nível local para que
possa formular e gerir políticas sociais que tenham alcance social. Se o objetivo dos
processos de descentralização é democratizar, isto implica então fomentar a participação
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popular, incentivando a criatividade na resolução de problemas, melhorando a eficiência


através das capacitações profissionais.

No Brasil, as políticas educacionais, sobretudo a partir dos anos 90, têm prestado
um papel significativo às instancias municipais, quando princípios como os da
descentralização, da democratização e da participação têm justificado novas relações entre
as estruturas de ensino e também uma nova forma de funcionamento dos sistemas
educacionais.

Estudar as políticas educacionais a partir deste período significa também


estudar os processos de redistribuição das responsabilidades das esferas de
poder no que concerne à oferta dos serviços educacionais; significa analisar
as formas como estão sendo operacionalizados as garantias de
oportunidade de oferta para todos; significa, também,atentar para as
tendências do poder público no sentido de cumprir os direitos de cidadania
do homem brasileiro no que se refere à educação. (CUNHA, 2000, p. 1).

O interessante é que parece haver um relativo consenso quanto á


necessidade de descentralizar, mas as razões e os procedimentos variam
bastante. O movimento de descentralização desponta como iniciativa do
governo federal no sentido de apresentar, e implantar, o que ele entenda o
que seja uma das soluções para a crise fiscal do estado. Mas, se
observamos melhor – mesmo que restritos ao contexto das políticas sociais,
e mais especificamente na questão educacional -, veremos que a
descentralização atende também as recomendações de organismos
internacionais como Banco Mundial e Banco Interamericano de
Desenvolvimento no sentido de responder á cri sis dos sistemas de ensino
de vários países. (DÓRIA, 2002, p. 2).

A municipalização do ensino vem ocorrendo no Brasil em diferentes graus de


amplitude e em diferentes setores, pela constituição de redes, sistemas de ensino e pela
participação dos municípios em programas e projetos comuns com outras redes ou
sistemas. O governo federal intensificou, a partir da década de 90, o processo de
municipalização do ensino fundamental. Tornar o ensino fundamental uma
responsabilidade das prefeituras, e não mais do governo estadual, tem como objetivo
aumentar a participação dos cidadãos na elaboração, implementação e avaliação do
processo de ensino aprendizagem.
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O processo de municipalização no estado de São Paulo teve inicio em 1995 com um


amplo levantamento junto às prefeituras municipais sobre o trabalho educacional que
vinham realizando na educação infantil e abrindo debate para a questão da Municipalização
do Ensino Fundamental.

Dentre as principais medidas que operacionalizaram esse processo de


mudanças institucionais no Estado de São Paulo, está a transferência de
escolas, professores e alunos de 1as às 4as séries aos municípios.
Historicamente, a cobertura do ensino fundamental tem sido feita pelo setor
público, com especial destaque para a maciça participação da Secretaria
Estadual da Educação, responsável por 79% das matrículas nesse nível de
ensino, por exemplo, em 1995. Com a redefinição de competências entre as
esferas de governo a partir de 1996, intensificada nos anos seguintes, os
municípios passaram a assumir a responsabilidade pelas matrículas de 1ª a
4ª série, saltando de 12% para 44% sua participação no conjunto da oferta
no período de 1996 a 2001, enquanto a rede estadual caía de 77% para
44%.
Fonte: Centro de Informações Educacionais – CIE/Secretaria de Estado de
São Paulo – SEESP.(MARTINS, 2003, p. 27-28).

Tomando como cenário o contexto político–administrativo se pretende analisar os


aspectos da implementação do convênio estado-município referente à participação da
comunidade na gestão escolar pública.

Os governos municipais democráticos e populares que surgiram nos


últimos anos, criaram inúmeras formas de participação como as diversas
comissões, conselhos, fóruns, audiências publicas e plenárias. A
participação popular, contudo, deve constituir se numa estratégia explicita
da administração e de longo prazo e mais: à participação popular é preciso
dar todas as condições e conforto. Popular não significa pobre. Não deve
se de qualquer jeito: horários inadequados, locais desconfortáveis,
dificuldades de aceso,etc. O povo precisa sentir prazer em exercer seus
direitos.
Um sistema municipal de educação, dentro de uma concepção popular
democrática, necessita de um plano estratégico de participação. O exercício
do mandato popular pressupõe a abertura de canais efetivos de
participação nas esferas de poder para que este possa estabelecer suas
prioridades a partir das reivindicações da população.(GADOTTI, 1994,
p.6).

Na atualidade a rede de ensino da Prefeitura Municipal de São Carlos possui oito


unidades de ensino denominadas Escolas Municipais de Educação Básica, das quais seis
escolas têm da 1ª à 4ª séries e duas da 1ª Série até 8ª séries.
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A Lei Nº 13.889 (de 18 de outubro de 2006) Capitulo III da Gestão Democrática do


Ensino Municipal Art. 9° diz:

A concretização da gestão democrática do ensino municipal dar-se com a


viabilização de espaços de participação da comunidade, pleno
funcionamento dos conselhos de escola, assembléias e outras instâncias
colegiadas e representativas, investindo-se na descentralização das
decisões, notadamente no que se refere à elaboração, acompanhamento e
avaliação do projeto político-pedagógico da unidade escolar.

O problema proposto neste trabalho é analisar até que ponto a política de


descentralização adotada pelo município de São Carlos considera a participação da
comunidade na gestão da escola pública.

Dentre os fins que perseguem a descentralização trataremos da importância: da


participação da comunidade na esfera educacional e do melhoramento na qualidade nos
sistemas educacionais.

A participação da comunidade na esfera educacional - A participação dos atores


educacionais gera um ambiente democrático que procura alcançar maior autonomia na
elaboração da gestão escolar; além disso procura a participação, propicia maior autonomia
de decisão, poder e recursos nas instâncias locais. Diante dos fatos cabe a pergunta sobre os
processos de descentralização no Brasil: as características de descentralização aqui
desenvolvidas buscam realmente incentivar a mudança da participação popular através do
processo de municipalização educacional?

O melhoramento na qualidade dos sistemas educacionais – Poder-se-ia pensar que a


democracia, do ponto de vista participativo, traria como conseqüência o aumento da
qualidade dos sistemas educacionais? O que propõem as políticas de descentralização
educacional com relação ao melhoramento da qualidade e como o município de São Carlos
vem trabalhando com esta questão?
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2. Objetivos

• Tomando como cenário o contexto político-administrativo, pretende-se analisar as


políticas de descentralização do convênio estado-município referente à participação
das comunidades na gestão da escola pública.

• Analisar a participação da comunidade do município de São Carlos na elaboração


da gestão da escola pública; seus aspectos positivos, obstáculos e dificuldades
enfrentados.

• Verificar se as condições socioeconômicas em que se situam as escolas, alteram, de


alguma forma, o grau de participação da comunidade em estudo.

• Analisar como a participação da comunidade na gestão escolar está relacionada aos


objetivos das políticas de descentralização, mais especificamente à qualidade do
sistema educacional.

3. Metodologia

Inicialmente serão realizados Estudos de Casos; que permitirão conhecer as


características especifica de cada uma das realidades. Para tanto serão cumpridas as etapas:
Elaboração do instrumento de coleta de dados, e análise dos coletados.
Com os dados pretende-se, inicialmente, fazer uma comparação baseada nas
características de cada uma das escolas estudadas.
Subseqüentemente será utilizado o Método Comparativo Causal com a qual se pretende
explicar as relações de causalidade comparando os grupos em estudo.
Finalmente será elaborada a dissertação.
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4. Bibliografia

AGUERRONDO, I.; Curso Regional sobre Planificación y Formulación de


Políticas Educativas. UNESCO, 1997/ 2000.
CUNHA, M.; A Descentralização da Gestão da Educação e a Municipalização
do Ensino, como temas de estudo recentemente produzidos no Brasil. FABESB,
2000.
DI GROPELLO, E.; Los modelos de descentralización educativa em America
Latina. Revista de La CEPAL 68, 1999.
DORIA, M.; Uma Perspectiva Histórica da Descentralização da Educação.
UNICAMP, 2002,. Dissertação de Mestrado.
GADOTTI, M.; Sistema Municipal de Educação, Estratégias para a sua
Implementação. Instituto Paulo Freire, Universidade de São Paulo,1994.
GANHEM, E.; Participação Popular na Gestão Escolar: Três Casos de Políticas
de Democratização. São Paulo; Ação Educativa, 1996.
Da Lei Municipal de São Carlos Nº 13.889 de 20 De Outubro de 2006 Capitulo III
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO MUNICIPAL.
HEVIA, R.; Políticas de descentralización em la Educación Básica y Media em
America Latina. UNESCO/ REDUC; Santiago, Chile, 1991.
Jornal do projeto pedagógico, 2002.
MARTINS, A.; Uma analise da municipalização do Ensino no Estado de São
Paulo. Fundação Carlos Chagas , Programa de Pós graduação da Universidade
Católica de Santos, 2003
MC GINN, N.; STREET, S.; La Descentralización Educacional en America
Latina : Política Nacional o Lucha de Facciones?, OEA- Nº 9, 1986.
ROCHA, L.; A Educação na Primeira República. Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia – UESB.
SANTOS,B. ; Democratizar a Democracia . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2002.
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5. Cronograma

Semestre/Ano Realização Levantament Pesquisa Análise dos Qualificação Redação final


de o empírica e resultados e defesa da
Disciplinas Bibliográfico coleta de obtidos e dissertação
e Créditos dados primeira
versão da
dissertação
1° Semestre de
2008
2°Semestre de
2008
1°Semestre de
2009
2°Semestre de
2009

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