APRESENTAÇÃO
Para a segunda fase, elaboramos este manual com base nas últimas provas da
OAB/SP, contendo peças profissionais, questões dissertativas e objetivas, suas
respectivas respostas, além de dicas importantes.
Alertamos que a peça prática consiste na parte mais importante da prova, porém o
aluno deverá atentar-se também para as questões objetivas, que somadas valem até 4
(quatro) pontos e que poderão ajudar na avaliação final. Importante lembrar que a nota
mínima para a aprovação do candidato é 6 (seis).
INSTRUÇÕES GERAIS
Importante:
O candidato deverá ter dedicação, disciplina e paciência durante este período,
lembrando-se sempre que apesar de penoso e sacrificante, é de curta duração. Deverá,
então, dedicar-se ao máximo, fazendo todas as peças indicadas na apostila, não
deixando qualquer tipo de dúvida, além de rever os exercícios objetivos do manual, para
assim conquistar o RESULTADO desejado.
PRIMEIRA
PARTE
PRÁTICA PENAL
ENDEREÇAMENTO
DELEGADO:
Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado de Polícia Titular do ____Distrito Policial da ____
TJ - TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo
SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL
TRIBUNAIS
SUPERIORES
STJ/TST/STM/TSE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA –
TRIBUNAL REG. FEDERAL
JUIZ SINGULAR
DELEGADO
GRÁFICO BÁSICO - AÇÃO PROCESSUAL PENAL
FASE
INÍCIO DA AÇÃO
RECURSAL
FASE
INQUÉRITO
POLICIAL
PRIMEIRA INSTÂNCIA
PEÇA CABIMENTO OBSERVAÇÃO
APELAÇÃO Depois de proferida a Interposição no prazo de 5
sentença -(artigo 593 CPP) dias
EMBARGOS DE Quando na sentença houver Conhecidos como
DECLARAÇÃO obscuridade, contradição, “embarguinhos”
omissão ou ambigüidade Prazo 2 dias
(art. 382 CPP).
PROTESTO POR NOVO Peça privativa da defesa. Este recurso poderá ser
JÚRI Ocorre na hipótese de usado apenas uma vez.
sentença proferida pelo Interposição em 5 dias.
Tribunal do Júri, cuja pena
seja igual ou superior a 20
anos. (art. 607 CPP)
SEGUNDA INSTÂNCIA
PEÇA CABIMENTO OBSERVAÇÃO
2a. INSTÂNCIA
EMBARGOS Caberá de acórdão proferido Poderão ser opostos dentro
INFRINGENTES em Apelação, RESE (art.. de 10 dias a contar da
609 CPP, parágrafo único) publicação do acórdão.
ou agravo de execução – TJ
- Regime Interno art.. 841, II,
"c”.
EMBARGOS DE Quando no acórdão houver Poderão ser opostos dentro
DECLARAÇÃO obscuridade, contradição, de 2 dias a contar da
omissão ou ambigüidade publicação do acórdão.
(art. 619 CPP) ou (art. 83 Lei
9099/05 – JECrim).
EMBARGOS DE Caberão quando a decisão Poderão ser opostos dentro
NULIDADE de segunda instância não for de 10 dias a contar da
unânime, sendo publicação do acórdão.
desfavorável ao réu e versar
sobre nulidade processual.
Caberão também de
acórdão proferido em RESE
e apelação (art. 609,
parágrafo único CPP) ou
agravo de execução –
Regime Interno art. 841, II,
“c” – Tribunal de Justiça.
RECURSO ESPECIAL Quando houver questão Competência STJ
federal de natureza
infraconstitucional, suscitada
e decidida perante os
Tribunais Regionais,
Estaduais, Federais ou do
Distrito Federal, em única ou
última instância (art. 105,
inciso III, “a”, “b” e ”c”. CF).
RECURSO ORDINÁRIO – Caberá nos casos em que Competência do STJ (art.
ROC houver denegação de 105, II).
“habeas corpus” ou Competência do STF (art.
Mandado de Segurança, em 102, II).
2a instância (artigos 102, II e
105, II CF).
RECURSO Quando houver questão Competência do STF
EXTRAORDINÁRIO federal de natureza
constitucional, suscitada e
decidida perante qualquer
tribunal do país. (art. 102,
III, “a”, “b” e ”c” CF).
EM FASE DE EXECUÇÃO DA PENA
Quando a sentença
condenatória se fundar em
depoimentos, documentos
ou exames falsos.
Após a sentença
sobrevierem novas provas
que o inocente ou diminua a
pena.
“habeas corpus” Remédio constitucional Não tem prazo definido
utilizado também após o
trânsito em julgado.
DEMAIS PEÇAS
PRIMEIRA INSTÂNCIA
PEÇAS CABIMENTO OBSERVAÇÃO
REPRESENTAÇÃO Art. 39 CPP
QUEIXA-CRIME E Cabe nos caos de ação A subsidiária será admitida
QUEIXA-CRIME penal privada ou subsidiária quando o Ministério Público
SUBSIDIÁRIA da pública. não intentar a ação pública
no prazo legal – (art.5o, LIX
CF).
ARRESTO Visa seqüestrar bens Medida assecuratória
móveis, quando o
responsável não possuir
bens imóveis.
SEQÜESTRO Visa seqüestrar bens Medida assecuratória.
adquiridos com o provento
da infração e que já tenham
sido transferidos para
terceiros. (art. 125/126
CPP).
HIPOTECA LEGAL Tendo certeza da autoria, o Medida assecuratória.
ofendido poderá requer a Poderá ser requerido em
hipoteca legal sobre os qualquer fase do processo
imóveis do indiciado. (art.
134 CPP)
DEFESA PRELIMINAR Manifestação escrita, Funcionários públicos ou
obrigatória, nos casos de Entorpecentes – Lei
crimes afiançáveis. 10409/02.
Momento: Antes do Prazo 15 dias
recebimento da queixa ou
denúncia, pelo juiz (art. 514
CPP).
EXCEÇÃO DE Após o interrogatório ou no (art. 95 cc 110) – No
LITISPENDÊNCIA prazo de 3 dias, poderá ser momento da defesa prévia
oposta a exceção de
litispendência, oferecendo
alegações verbais ou
escritas e arrolar
testemunhas.
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO Após o interrogatório ou no (art. 95 cc 395 CC) - No
prazo de 3 dias, poderá ser momento da defesa prévia
oposta a exceção de
suspeição, oferecendo
alegações escritas e arrolar
testemunhas.
EXCEÇÃO DE Após o interrogatório ou no (art. 95 cc 110) - No
ILEGITIMIDADE DE PARTE prazo de 3 dias, poderá ser momento da defesa prévia
oposta a exceção de
ilegitimidade de parte,
oferecendo alegações
escritas e arrolar
testemunhas.
EXCEÇÃO DE Após o interrogatório ou no (art. 108 cc 395 CPP) – No
INCOMPETÊNCIA DE prazo de 3 dias, poderá ser momento da defesa prévia
JUÍZO oposta a exceção de
incompetência de juízo,
oferecendo alegações
verbais ou escritas e arrolar
testemunhas.
EXCEÇÃO DE COISA Após o interrogatório ou no (art.110 CPP) - No momento
JULGADA prazo de 3 dias, poderá ser da defesa prévia
oposta a exceção de coisa
julgada, oferecendo
alegações escritas e arrolar
testemunhas.
CONTRARIEDADE AO
LIBELO
SEGUNDA INSTÂNCIA
CARTA TESTEMUNHÁVEL Meio adequado para
requerer em 48 horas que a
instância superior examine a
decisão que denegou o
recurso ou obstou a sua
expedição e seguimento
para o juízo ad quem. (At
639 CPP)
CORREIÇÃO PARCIAL Prazo 5 dias
MANDADO DE Remédio constitucional para
SEGURANÇA proteger direito líquido e
certo, não amparado pelo
“habeas corpus”, quando o
responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for
autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuição do
Poder Público.
REABILITAÇÃO Possibilidade de reabilitação Art. 743 CPP.
do condenado e sua
reintegração no meio social,
desde que cumpra os
requisitos do art. 94 CPP.
CRIMES DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES (LEI 10.409/02)
INQUÉRITO
POLICIAL IMPORTANTE
5 dias réu preso Audiência de
Instrução
30 dias réu solto e julgamento
Fase
Recursal
Responder a Interrogatório
Acusação em do acusado e oitiva
FATO 10 dias das testemunhas Sentença
CRIME Denúncia (MP) Citação Interrogatório Réplica p/ MP Se recebida
10 dias do receb. I.P. do réu em 24h 5 dias Designa dia/hora
Recebimento p/audiência de instrução e
(laudo de constatação) julgamento + intimação réu+MP
DELEGADO
CRIMES FUNCIONAIS – ARTIGOS 513 A 518
CPP
INQUÉRITO
POLICIAL IMPORTANTE
FATO
CRIME Denúncia (MP) Notificação p/ apresentar Se Recebida segue o rito
ordinário
10 dias do receb. I.P. defesa preliminar em 15 dias faz-se a Citação
Recebimento (art. 517)
(da justificação)
Poderá ser dispensada se houver IP
Defesa preliminar RECEBIMENTO (ou não)
DA DENÚNCIA
MP arrola
Testemunhas
Acusação
ou nomeia dativo
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
COMPETÊNCIAS SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
TRIBUNAL JUSTIÇA – TJ -
DELEGADO
PROCEDIMENTO NOS CRIMES FUNCIONAIS
O Código de Processo Penal, em seus artigos 513 a 518, prevê um
procedimento especial para os crimes de responsabilidade dos funcionários
públicos.
2 – Defesa Preliminar
Antes do recebimento da denúncia ou da queixa, o juiz mandará notificar o
acusado para que apresente a defesa preliminar, no prazo de 15 dias. A defesa
preliminar poderá ser dispensada, se a denúncia se apoiar em inquérito policial.
Se o acusado não puder, por algum motivo, ser intimado pessoalmente, o juiz
deverá nomear-lhe defensor dativo para que, este, apresente a defesa
preliminar (art. 514/CPP).
4 – Citação do acusado
Recebida a denúncia, o acusado deverá ser citado de acordo com a regra do
art. 517/CPP.
5 – Procedimento
Após a realização da citação, o processo seguirá o rito ordinário.
RITO SUMÁRIO
INÍCIO
DA
AÇÃO PENAL
INQUÉRITO IMPORTANTE
POLICIAL
3 dias
5 testemunhas
FASE RECURSAL
Interrogatório
FATO
CRIME Denúncia (MP) Citação Defesa Oitiva designada nova Sentença
Queixa (part.) do réu Prévia testemunhas audiência em na audiência ou
Recebimento art 395 8 dias em 5 dias
Pelo juiz
Recebida cabe: HC Despacho
Rejeitada cabe:RESE Saneador Não havendo recurso contra a
sentença
Ou sendo negado o recurso –
transita em
MP arrola julgado
Testemunhas
Acusação
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
COMPETÊNCIAS SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
TRIBUNAL JUSTIÇA – TJ -
DELEGADO
RITO ORDINÁRIO - COMUM
INÍCIO
AÇÃO PENAL 20 dias réu preso
40 dias réu solto
INQUÉRITO IMPORTANTE
POLICIAL
3 dias 20 dias réu preso
40 dias réu solto
FASE RECURSAL
Interrogatório
FATO
CRIME Denúncia (MP) Citação Defesa Oitiva Diligências Sentença
Queixa (part.) do réu Prévia testemunhas art. 499
Recebimento art 395 acusação
Pelo juiz Alegações
Recebida cabe: HC Oitiva finais
Rejeitada cabe:RESE Testemunhas art. 500
defesa
MP arrola
Testemunhas
Acusação
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
COMPETÊNCIAS SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
TRIBUNAL JUSTIÇA – TJ -
DELEGADO
RITO ORDINÁRIO
1 – Recebimento da denúncia ou queixa
Dá-se início à ação penal, como o recebimento da denúncia ou queixa, pelo juiz. A ação
penal constitui causa interruptiva do prazo prescricional (art. 117, I/CP). No caso de não
recebimento da denúncia ou queixa, cabe RESES - recurso em sentido estrito (art. 581,
I/CPP). Se for recebida, cabe habeas corpus (hipóteses de rejeição da denúncia e queixa
estão previstos no art. 43/CPP)
2 – Citação
Ato processual pelo qual é chamado em juízo a pessoa contra a qual é proposta a ação
penal. Tem por finalidade, portanto, dar conhecimento ao réu da existência da ação penal, do
teor da acusação, bem como cientificá-lo da data para interrogatório e possibilitar sua defesa.
Sua falta constitui nulidade absoluta do processo (art. 564, III, e/CPP).
3 – Interrogatório
Momento em que o juiz ouve o réu sobre os fatos descritos na denúncia ou queixa. Caso o
acusado não possua defensor e não tiver condições de constituir um, o juiz nomeará um
defensor dativo.
4 – Defesa prévia
Alegações escritas que o defensor apresenta, em 03 dias (tríduo), a contar do interrogatório
ou da ciência da nomeação do advogado. De acordo com 0 395 CPP, poderá o próprio réu
ou seu defensor apresentar a defesa prévia, suscitando qualquer matéria de fato ou de
direito, bem como requerer a produção de provas (art. 401). Peça não obrigatória.
9 – Sentença
Após as alegações finais, os autos vão conclusos para que o juiz profira a sentença, no
prazo de 10 dias (art. 800, I/CPP). O juiz pode pedir diligências para sanar eventuais
nulidades ou determinar provas. Após a efetivação de tal diligência, o juiz sentenciará.
TESES
2. NULIDADES;
3. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE;
4. ABUSO DE AUTORIDADE.
2. NULIDADES:
Ocorrerá a nulidade quando houver falta de alguma condição essencial de validade do
ato; quando ocorrer, por exemplo, a inobservância ou violação do rito processual,
ocasionando prejuízo, caso em que o interessado deverá argüir a nulidade do ato.
DICA: Nesta hipótese, ocorreu o crime, mas o que se discute é uma falha que vicia o
ato parcial ou integralmente. Desta forma, quando o problema apresentado versar
sobre incompetência, suspeição, ilegitimidade de parte, vício na denúncia,
queixa ou representação, falta de corpo de delito, a não nomeação de defensor
para réu ausente ou menor de 18 anos, falta de citação etc., estará diante da
tese de nulidade. As principais nulidades estão no art. 564. CPP.
3. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:
O Estado tem o poder de punir, porém este poder não é eterno nem inexpugnável,
podendo pelo decurso do tempo fixado em lei, ver-se definitivamente impedido de
exercer este poder.
A extinção da punibilidade são fatos ou atos que impedem o Estado de punir e as suas
causas extinguem a pena aplicável.
Hipóteses do artigo 107 do Código Penal:
A. morte do agente;
B. Anistia, graça e indulto;
C. Retroatividade da lei;
D. Perdão judicial;
E. Renúncia (do direito de queixa ou perdão do querelante);
F. Retratação do agente;
G. Casamento da Vítima com o agente (arts. 213 a 220 CP);
H. Casamento Vítima com terceiro (art. 107, VIII CP);
I. Decadência;
J. Perempção ;
H. Prescrição.
4. ABUSO DE AUTORIDADE
Ocorre abuso de autoridade sempre que um agente público (autoridade), no exercício de
suas funções, que pode ser de natureza civil ou militar, agir com exorbitância, violando
direitos e garantias, tais como: a liberdade de locomoção, a inviolabilidade de domicílio,
incolumidade física do indivíduo, etc.
DICA: Quando o problema apontar, por exemplo, que o juiz não relaxou a prisão
ilegal ou quando o preso preencheu todos os requisitos para obter o direito
responder em liberdade e lhe for negado, estará diante de um abuso de autoridade.
habeas corpus
Finalidade
O habeas corpus consiste em fazer cessar o constrangimento ilegal ou a ameaça do mesmo.
Nomenclatura:
Paciente: Pessoa que sofre ou está ameaçado de sofrer um constrangimento ilegal;
Impetrante: Pessoa que pede a ordem de habeas corpus;
Impetrada: Autoridade a quem é dirigido o pedido;
Coator: Pessoa que exerce ou ameaça exercer o constrangimento;
Detentor: Pessoa que detém o paciente.
Quando impetrar HC
Poderá ser impetrado em qualquer fase, seja no inquérito policial ou no processo-crime,
inclusive após o trânsito em julgado, desde haja um constrangimento ilegal; implicando,
neste caso, no trancamento do inquérito ou da Ação.
Legitimidade:
ativa – pode ser impetrado por qualquer pessoa (que tenha interesse de agir), em seu
favor ou de outrem, independentemente de representação de advogado – denominado de
impetrante. (O juiz poderá expedir de ofício, uma ordem de habeas corpus, quando
verificar, no curso do processo, que alguém está sofrendo ou ameaçado de sofrer uma
coação ilegal).
- passiva – aquele que exerce a violência, coação ou ameaça – denominado de coator (ou
autoridade coatora).
Possibilidade de Medida Liminar
O habeas corpus comporta pedido de medida liminar, assegurando de maneira mais eficaz o
direito de liberdade, desde que presentes os pressupostos: periculum in mora e fumus
boni júris.
Espécies:
- liberatório (corretivo ou repressivo) – quando se pretende a restituição da liberdade de
alguém que já se acha com esse direito violado;
- preventivo – quando se pretende evitar que a coação se efetive, desde que haja fundado
receio de que se consume.
Salvo-conduto.
Se o habeas corpus preventivo for concedido será expedido um salvo-conduto, assinado pela
autoridade competente. Este documento será emitido pela autoridade que conheceu do
habeas corpus preventivo, visando a conceder livre trânsito ao seu portador, de modo a
impedir-lhe a prisão ou detenção pelo mesmo motivo que ensejou o pedido de habeas
corpus.
Endereçamento
Deverá ser endereçado à autoridade hierarquicamente superior àquela tida como coatora.
Assim o coator:
Sendo o delegado: Deverá ser dirigido ao juiz (1ª instância)
Sendo o juiz de 1ª instância, quando este não relaxa prisão ilegal ou ameaça
de decretar prisão, a ordem deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal a que o
juiz estiver vinculado.
Sendo membro de tribunal, competente para conhecer o habeas corpus será o
Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Processamento em 1ª instância:
O juiz, após analisar o pedido liminar, determinará, caso entenda necessário e se estiver
preso o paciente, que seja ele apresentado;
Efeitos e recursos:
Se concedida a ordem de HC, determinar-se-á a imediata soltura do paciente, se preso
estiver. Caso seja HC preventivo, será expedido salvo-conduto. Na hipótese de o pedido
voltar-se parar anulação de processo ou trancamento de IP ou processo, será expedida
ordem nesse sentido, renovando-se os atos processuais no primeiro caso.
Quando não há concessão, diz-se que a ordem foi denegada. Caso se verificar que violência
ou ameaça à liberdade de locomoção já havia cessado por ocasião do julgamento, o pedido
será julgado prejudicado.
Da decisão de 1° grau que conceder ou denegar a ordem de HC cabe RESE. Se concedida a
ordem, a revisão pela superior instância é obrigatória.
Processamento no tribunal:
A petição será apresentada ao secretário, que a enviará imediatamente ao presidente
do tribunal, ou da câmara criminal, ou da turma que estiver reunida ou que primeiro tiver de
reunir-se;
Se a petição obedecer aos requisitos legais, o presidente, entendendo necessário,
requisitará da autoridade coatora informações por escrito (se ausentes os requisitos legais da
petição, o presidente mandará supri-los);
Poderá o presidente entender que é caso de indeferimento liminar do HC, então não
determinará o suprimento de eventuais irregularidades e levará a petição ao tribunal, câmara
ou turma, para que delibere a respeito;
Recebidas as informações, ou dispensadas, o HC será julgado na primeira sessão,
podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão seguinte;
A decisão será tomada por maioria de votos. caso haja empate, caberá ao presidente
decidir, desde que não tenha participado da votação. Caso contrário, prevalecerá a decisão
mais favorável ao paciente.
Se o juiz denegá-la, caberá recurso em sentido estrito - RESE (art.l 581, XV CPP)
Se o juiz julgá-la deserta, pela fuga do réu (art 595 CPP), caberá igualmente o recurso
em sentido estrito - RESE
Se o juiz recebê-la, os autos voltarão para o apelante para que apresente as razões
no prazo de 8 dias.
RAZÕES:
Recebida a interposição, o juiz remeterá as razões ao Tribunal competente para o
reexame da matéria decidida em primeira instância. O julgamento do recurso compete
necessariamente ao órgão diverso daquele que prolatou a sentença.
Cabimento:
Art. 581 - Caberá recurso, no sentido estrito (da decisão, despacho ou sentença):
I – da decisão que rejeitar a denúncia ou a queixa
Se recebida, caberá HC, porém se rejeitada em crime de imprensa, caberá apelação; se
rejeitada também em infração de competência do JEC será cabível apelação para a Turma
Recursal, quando não recebida em crimes de competência originária dos tribunais, caberá
agravo regimental;
II – da decisão que concluir pela incompetência do juízo
o juiz reconhece de ofício sua incompetência para julgar o feito, sem que tenha havido
oposição de exceção pelas partes - inc. III;
III – da decisão que julgar procedentes as exceções
Tais como: coisa julgada, ilegitimidade de parte, litispendência e incompetência, salvo a de
suspeição: quando rejeita, é irrecorrível, podendo ser objeto de HC ou alegada em
preliminar de apelação;
IV – da decisão que pronunciar ou impronunciar o réu;
V – da decisão que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança,
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade
provisória ou relaxar a prisão em flagrante
As decisões que decretam prisão preventiva, indefere pedido de relaxamento do flagrante
ou que não concede a liberdade provisória, são irrecorríveis, podendo ser objeto de
impugnação por meio de "habeas corpus”;
VI – da sentença que absolver sumariamente o réu
CPP art. 411 – no convencimento de inexistência de crime ou de exclusão de pena arts. 17,
18, 19, 22 e 24, § 1º, do CP. O juiz deve recorrer de ofício da sua decisão que absolveu
sumariamente o réu.
VII – da decisão que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII – da decisão que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a
punibilidade;
IX – da decisão que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra
causa extintiva da punibilidade;
X – da decisão que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XIII – da decisão que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV – da decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV – da decisão que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI – da decisão que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão
prejudicial;
XVII – da decisão que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII – da decisão que decidir o incidente de falsidade;
Procedimento:
A Interposição deverá ser feita em 5 dias, por petição escrita ou termo nos autos. O Cartório
juntará no processo e irá para o juízo monocrático da decisão. Este fará o juízo de
admissibilidade, verificando se estão presentes os pressupostos recursais.
Estando tudo de acordo, o juiz receberá e dará vista ao recorrente para oferecer, em 2 dias,
suas razões e, em seguida, à parte contrária, dará o mesmo prazo, para oferecer as contra-
razões.
Caso o juiz não receba, o recorrente poderá interpor carta testemunhável. Fazendo o juízo
de retratação, manterá ou reformará a decisão
Se o juiz mantiver a decisão ou reformá-la parcialmente, o recurso será remetido ao tribunal
competente para julgamento.
Caso seja a decisão reformada totalmente, a parte contrária poderá, por simples petição,
recorrer, porém desde que cabível a interposição do recurso, não sendo mais lícito ao juiz
modificá-la.
O Tribunal “ad quem” também fará o juízo de admissibilidade. Julgando o mérito do
recurso, dando ou negando provimento.
REVISÃO CRIMINAL
É um instrumento exclusivo da defesa e tem por finalidade rescindir uma sentença penal
condenatória transitada em julgado.
O Código Processual Penal trata a Revisão Criminal no título de recursos. Porém esta tem
natureza de ação penal de conhecimento de caráter desconstitutivo, pois trata-se de ação
contra sentença e perfaz nova relação jurídica processual.
Prazo:
Não há prazo, porém somente poderá interpor Revisão Criminal após a sentença
condenatória ou absolutória imprópria transitada em julgado.
Uma vez julgada improcedente, só poderá ser reinterposta se fundada em novos motivos.
Pressupostos:
Poderá interpor Revisão Criminal, desde que tenha:
• Legitimidade;
• interesse de agir:
legitimidade:
Efeitos:
Julgada procedente, poderá ocorrer:
absolvição do réu
modificação da pena (redução)
alteração da classificação da infração;
anulação do processo;
CARTA TESTEMUNHÁVEL
É remédio utilizado pelo interessado para que a instância superior conheça e examine
recurso interposto contra determinada decisão .
cabimento (art. 639, CPP):
1. da decisão que não receber o recurso na fase do juízo de admissibilidade;
2. da decisão que admitido o recurso, obstar à sua expedição e seguimento ao juízo “ad
quem”.
prazo
O prazo para a interposição é de: 48 horas.
processamento:
A interposição será efetuada por meio de petição que deverá ser dirigida ao escrivão e
deverá indicar quais as peças que serão extraídas dos autos, para formação da carta
Uma vez extraída e autuada a carta, seguirá, em 1° grau, o rito do RESE, abrindo-se
conclusão ao juiz para decisão de manutenção ou retratação.
No tribunal, a carta testemunhável ganhará o procedimento do recurso denegado.
Não tem efeito suspensivo; se for provido o pedido, o tribunal receberá o recurso denegado
pelo juiz, ou determinará o seguimento do recurso já recebido.
- MANDADO DE SEGURANÇA
efeitos:
opostos os embargos, não continuam a correr os prazos para interposição de outros
recursos; tratando-se de embargos meramente protelatórios, assim declarados pelo julgador,
o prazo para interposição de outro recurso não sofrerá interrupção.
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
São recursos exclusivos da defesa e oponíveis contra a decisão não unânime de órgão de 2ª
instância que causar algum gravame ao acusado,
Prazo:
10 dias, da publicação no DOE.
procedimento:
- oposição - 10 dias - Petição acompanhada pelas razões e dirigida ao relator do acórdão
embargado;
- presentes os pressupostos legais, o relator, determinará o processamento;
- serão definidos novo relator e revisor que não tenham tomado parte da decisão
embargada;
- para impugnação dos embargos, a secretaria do Tribunal abrirá vista dos autos ao
querelante e ao assistente, se houver manifestação do Procurador-Geral da Justiça;
- autos vão conclusos ao relator, que apresentará relatório e o passará ao revisor;
- julgamento (votarão do novo relator e o revisor, bem como os outros integrantes da
câmara - 3, em regra, que haviam tomado parte no julgamento anterior, os quais poderão
manter ou modificar seus votos);
- nova decisão (ainda que não unânime, não cabem novos embargos infringentes).
CORREIÇÃO PARCIAL
processamento:
- A Correição Parcial deverá ser interposta mediante petição escrita, dirigida ao Tribunal
competente, expondo os fatos, o direito e as razões do pedido de reforma.
- Será instruída com cópia da decisão impugnada, da certidão de intimação do recorrente e
das procurações outorgadas aos advogados
- O relator, a pedido do interessado, poderá conferir efeito suspensivo à correição, bem
como requisitar informações ao juiz e, após, determinará a intimação da parte adversa,
para que apresente resposta diretamente ao tribunal
- a correição será julgada, desde que não tenha havido reforma da decisão pelo juiz no
juízo de retratação, hipótese em que o recurso restará prejudicado.
PROTESTO POR NOVO JÚRI
pressupostos:
aplicada pena de reclusão igual ou superior a 20 anos referente a um único crime;
a pena deverá ter sido fixada em 1ª instância.
prazo:
5 dias.
procedimento:
Deverá ser interposto no prazo de 5 dias, após a sentença de primeiro grau, que condenou a
pena de reclusão igual ou superior a 20 anos. Poderá ser interposto por termo nos autos ou
por petição, sem necessidade de fundamentação das razões.
O juiz-presidente verificará os pressupostos recursais e proferirá decisão sobre a
admissibilidade do recurso:
1. Dando pela admissibilidade, o juiz designará data para o novo julgamento
2. Caso seja negado, caberá carta testemunhável.
SEGUNDA
PARTE
EXERCÍCIOS
PEÇAS
PRÁTICAS
1. APELAÇÃO
2. HABEAS CORPUS
3. ALEGAÇÕES FINAIS
5. REVISÃO CRIMINAL
7. AGRAVO EM EXECUÇÃO
8. EMBARGOS INFRINGENTES
9. MANDADO DE SEGURANÇA
10. SEQÜESTRO
11. QUEIXA-CRIME
SÉRIE 1
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 123o)
João Alves dos Santos foi condenado, no dia 05.01.2004, por apropriação indébita porque,
como marceneiro, recebera, no dia 06.02.2002, importância de seu cliente, Antonio
Aparecido Almeida, como pagamento adiantado pelos serviços que prestaria em sua
residência. Entendeu o Magistrado que João cometera o crime porque ficou com o valor
recebido, não executando os trabalhos pelos quais foi contratado. Ele e seu advogado foram
intimados da sentença condenatória, no dia 20.05.04.
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 1
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 121 o)
Xisto e Peter combinaram entre si a prática de furto qualificado, consistente na subtração,
mediante arrombamento, do toca-fitas de veículo estacionado na via pública. Ao iniciarem o
furto, aparece o dono do veículo. Xisto sai correndo, enquanto Peter enfrenta a vítima e,
usando de uma arma de fogo que portava, o que não era do conhecimento de Xisto, vem a
matar a vítima. A sentença condenatória do MM. Juiz de Direito da 5.ª Vara Criminal da
Capital aplicou a pena de 20 anos a cada um dos acusados. Os advogados foram intimados
da decisão há dois dias.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 1
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 118 o)
João de Deus foi condenado a pena de 1 (um) ano de reclusão e 10 (dez) dias-multa pelo
Juízo da 1 a Vara Criminal da Capital, que o considerou incurso no artigo 333, do Código
Penal. Não havia aceitado a aplicação da Lei Federal 9.099/95 e persiste no mesmo sentido,
daí ter o juiz concedido o "sursis". No qüinqüídio legal, o Ministério Público não recorreu e a
defesa de João, sim. Consta da sentença condenatória que "...embora o réu apenas tenha
aquiescido ao insistente pedido do funcionário público e lhe dado R$ 100,00 (cem reais) para
retardar ato de ofício, a condenação seria de rigor em razão da crescente onda de corrupção
que não é tolerada pela sociedade. Mesmo que o réu tenha se sentido coagido, o que ficou
bem demonstrado nos autos, o fato é que se viu favorecido, o que também justificava a
condenação."
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 1
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 116 o)
Onesto de Abreu, agente de polícia federal, foi denunciado pelo Ministério Público Federal
como incurso no
art. 317 do Código Penal, porque teria aceitado de Inocêncio da Silva, a quantia de R$
5.000,00 (cinco mil reais) a fim de não autuá-lo em flagrante delito por porte de substância
entorpecente. Inocêncio da Silva, por sua vez, também foi denunciado, nos mesmos autos,
como incurso no art. 333 do Código Penal, por ter pago a Onesto de Abreu a quantia já
referida. Desde a fase de inquérito policial, ambos os acusados negam a autoria que lhes foi
imputada pela acusação, mantendo a negativa no interrogatório judicial. Na instrução
criminal, duas testemunhas arroladas pela Promotoria, que se encontravam no dia dos fatos
no Departamento de Polícia, alegaram que ouviram os acusados conversando sobre um
possível
acordo, sem, contudo, presenciarem a efetiva transação. Nenhuma outra prova foi produzida
pelo Ministério Público. A defesa, por sua vez, provou que Onesto tem incólume vida
profissional. Concomitantemente à ação penal, Onesto de
Abreu respondeu a um procedimento administrativo que resultou em sua demissão do
serviço público. Encerrada a instrução, Onesto de Abreu foi absolvido com fundamento no
artigo 386, inciso VI do Código de Processo Penal.
QUESTÃO: Na condição de Advogado de Onesto de Abreu, tome a providência judicial
cabível.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 1
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 113 o)
O cidadão "A", em São Paulo, Capital, comprou do comerciante "B" um sofá de couro, no
valor de R$ 3.000,00. A compra foi efetuada no dia 10 de março de 1999, sendo que o
comprador pediu ao comerciante que apenas apresentasse o cheque no dia 30 do mesmo
mês. O pedido foi aceito e ficou consignado no verso da cártula. Porém, o acordo não foi
cumprido e o cheque referido voltou sem fundos, tanto na primeira vez em que foi
apresentado quanto na posterior. Por causa desses fatos, o cidadão "A" foi denunciado e
processado, pelo artigo 171, parágrafo 2º, inciso VI do Código Penal e restou condenado à
pena de 1 ano e 8 meses de reclusão com "sursis".
O réu recusou a suspensão do processo, prevista no artigo 89 da Lei 9.099/95, no momento
procedimental oportuno. A respeitável sentença foi prolatada hoje.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 1
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 114 o)
"A" foi condenado à pena de 1 (um) ano de reclusão e 10 (dez) dias-multa pelo Juízo da 1ª
Vara Criminal da Capital, que o considerou incurso no artigo 333, do Código Penal. Não
havia aceitado a aplicação da Lei Federal 9.099/95 e persiste no mesmo sentido, daí ter o
juiz concedido o "sursis". No qüinqüídio legal, o Ministério Púbico não recorreu e a defesa de
"A", sim. Consta da sentença condenatória que "...embora o réu apenas tenha aquiescido ao
insistente pedido do funcionário público e lhe dado R$ 100,00 (cem reais) para retardar ato
de ofício, a condenação seria de rigor em razão da crescente onda de corrupção que não é
tolerada pela sociedade. Mesmo que o réu tenha se sentido coagido, o que ficou bem
demonstrado nos autos, o fato é que se viu favorecido, o que também justificava a
condenação."
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 2
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 120 o)
O cidadão "A" viajava de avião de carreira do Rio de Janeiro para São Paulo no mês de
agosto de 2002 quando, na aproximação da Capital, passou a importunar a passageira "B",
chegando a praticar vias de fato. Em virtude destes fatos, "A", ao desembarcar, foi indiciado
em inquérito, como incurso no artigo 21 da Lei das Contravenções Penais – "vias de fato".
Os fatos ocorreram a bordo de aeronave, e assim entendeu-se de processar "A" perante a
Justiça Federal, tendo este sido condenado pela 1.ª Vara Criminal Federal da Seção
Judiciária da Capital, à pena de 15 dias de prisão simples, com concessão de sursis. O
acusado não aceitou nenhum benefício legal durante o processo. A r. sentença condenatória
já transitou em julgado.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 2
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 118 o)
Antônio é presidente de um grande clube local, com mais de três mil sócios, onde existem
piscinas, salão de festas, campo de futebol, etc. O clube é freqüentado por muitos jovens da
localidade. No mês de dezembro de 2001, o garoto Cipriano, sem perceber que o nível da
água de uma das piscinas estava baixo, lá jogou-se para brincar. Ao mergulhar, Cipriano
bateu a cabeça no fundo da piscina e veio a falecer. O presidente do clube, Antônio, agora,
está sendo processado criminalmente perante a 1 a Vara Criminal da Capital, em razão da
aceitação da denúncia formulada pelo Ministério Público, acusando-o da prática da figura
prevista no artigo 121, parágrafo 3 o , do Código Penal. Antônio não aceitou a suspensão
processual, que lhe foi proposta pelo Órgão Ministerial. A ação penal está tramitando.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 2
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 117 o)
Procópio está sendo processado pela prática do delito do artigo 184, "caput", do Código
Penal, por Maurício da Silva, autor da obra literária "Minha Vida, Meus Amores". Na inicial,
distribuída em 14 de março de 2002, o querelante acusa o querelado de ter-se utilizado de
trecho de obra intelectual de sua autoria, sem a devida autorização, em jornal da sociedade
de amigos de bairro da qual aquele faz parte, que circulou no mês de dezembro de 2001. A
vestibular, que veio acompanhada tão-somente da procuração que atende os requisitos do
artigo 44, do Código de Processo Penal, foi recebida pelo juízo da 25ª Vara Criminal da
Capital, que marcou, para interrogatório de Procópio, o dia 20 de junho próximo. A citação
operou-se em 13 de maio de 2002.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 2
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 116 o)
José da Silva foi condenado por violação do artigo 12, da Lei Federal no 6368/76, a pena de
4 (quatro) anos de reclusão. Tendo ocorrido o trânsito em julgado, eis que não apelou da
decisão de primeiro grau. Está recolhido na Casa de Detenção. Compulsando-se os autos,
verifica-se que a materialidade do delito está demonstrada pelo auto de constatação que
instruiu o auto de prisão em flagrante delito, conforme, aliás, frisado pelo MM. Juiz
sentenciante da 1 a Vara Criminal da Capital. A substância entorpecente já foi incinerada.
QUESTÃO: Como advogado de José da Silva, busque sua libertação.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 2
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 113 o)
"A" é titular da empresa ABC Produtos Veterinários, que atua na distribuição de
medicamentos na cidade de São Paulo. Seus vendedores "B" e "C", contrariando normas da
empresa e sem o conhecimento de "A", mediante o uso de notas fiscais falsas, efetuaram
vendas de produtos para "D", "E" e "F", recebendo os valores e não entregando as
mercadorias. Após regular inquérito policial, o Promotor de Justiça em exercício na 1ª Vara
Criminal da Capital denunciou somente "A" por estelionato na forma continuada, porque seria
o proprietário da empresa, requerendo o arquivamento em relação à "B" e "C". O Meritíssimo
Juiz recebeu a denúncia, estando designado o dia 03 de julho de 2000 para interrogatório.
"A" não preenche os requisitos para beneficiar-se da Lei Federal 9.099/95.
QUESTÃO: Adotar a medida judicial cabível em favor de "A",
justificando.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 2
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 112 o)
Protágoras encontra-se preso há 18 dias em virtude de auto da prisão em flagrante, lavrado
por infração ao artigo 250, parágrafo 1º, inciso I, do Código Penal. O laudo do instituto de
criminalística ainda não foi elaborado, estando o inquérito policial aguardando a sua feitura.
O juízo competente, que se encontra na posse da cópia do auto da prisão em flagrante,
indeferiu o pedido de relaxamento desta, por excesso de prazo, sob o fundamento de que a
gravidade do fato impõe a segregação de Protágoras.
QUESTÃO: Com o objetivo de conseguir a liberdade de Protágoras, elabore a peça
profissional condizente.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 3
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 118 o)
Agostinho registra grande número de condenações por crimes contra o patrimônio e já
cumpriu parte em regime fechado. Estava em gozo de livramento condicional, veio a ser
autuado em flagrante e foi denunciado por roubo simples. Encerrada a instrução probatória,
em fase oportuna, o Ministério Público pleiteia a condenação de Agostinho, sustentando que
a prova é suficiente para tanto, especialmente pelos maus antecedentes. Permanece preso.
Consta dos autos que tem trâmite na 1 a Vara Criminal da Capital, que Agostinho ingressou
na farmácia de Thomas, que desconfiou "daquele mal encarado" e avançou contra este
imobilizando-o até a chegada da polícia. Agostinho, sempre alegou que fora comprar
remédio.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 3
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 116 o)
João da Silva foi preso em flagrante delito, pois no dia 10 de janeiro do corrente ano, por
volta das 10:00 horas, fazendo uso de uma arma de fogo, tentou efetuar disparos contra seu
vizinho Antônio Miranda. Foi denunciado pelo representante do Ministério Público como
incurso nas sanções do artigo 121 caput, c.c. o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal,
porque teria agido com animus necandi. Segundo o apurado na instrução criminal, uma
semana antes dos fatos, o acusado, planejando matar Antônio, pediu emprestada a um
colega de trabalho, uma arma de fogo e quantidade de balas suficiente para abastecê-la
completamente, guardando-a eficazmente municiada. Seu filho, a quem confidenciara seu
plano, sem que o acusado percebesse, retirou todas as balas do tambor do revólver. No dia
seguinte, conforme já esperava, João encontrou Antônio em um ponto de ônibus e, sacando
da arma, acionou o gatilho diversas vezes, não atingindo a vítima, em face de ter sido a arma
desmuniciada anteriormente. Dos autos consta o laudo pericial da arma apreendida, a
confissão do acusado e as declarações da vítima e do filho do acusado. Por ser primário, o
Juiz de primeiro grau concedeu ao acusado o direito de defender-se solto. As alegações
finais de acusação foram oferecidas pelo representante do Ministério Público, requerendo a
condenação do acusado nos exatos termos da denúncia.
QUESTÃO: Como advogado de João da Silva, elabore a peça profissional pertinente.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 4
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 123 o)
João Alves dos Santos, vítima de estelionato, atuara no processo por seu advogado, como
assistente do Ministério Público e apelou de sentença condenatória que, em 05.01.2004,
condenara Antonio Aparecido Almeida às penas mínimas de 1 (um) ano de reclusão e dez
dias-multa, pleiteando aumento da pena porque o condenado era reincidente. O juiz não
admitiu a apelação porque, no seu entendimento, não pode o ofendido apelar de sentença
condenatória para pleitear aumento de pena. O advogado da vítima foi intimado dessa
decisão no dia 20.05.2004.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 4
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 117 o)
Os indivíduos Felício e Roberval, após uma partida de tênis, começaram a discutir. Felício
que estava com a raquete na mão, atingiu de lado e sem muita força a cabeça de Roberval,
de estrutura física inferior à do agressor e mãos desprovidas de qualquer objeto. Roberval
desequilibrou-se e, ao cair ao solo, bateu com a cabeça na guia, vindo a falecer. Felício foi
processado em liberdade perante a 1ª Vara do Júri, por homicídio simples – art. 121 "caput"
do C.P. e pronunciado pelo magistrado, ao entendimento de que houve dolo eventual, pois o
acusado teria assumido o risco de produzir o resultado, ao golpear Roberval com a raquete.
A sentença de pronúncia foi prolatada há dois dias.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 4
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 115 o)
"A" e "B" eram amigos de infância. Resolveram excursionar por lugar extremamente
perigoso, hostil, deserto e com algumas cavernas, localizado no município de São Paulo.
Ficaram perdidos durante 2 meses. Finalmente, os bombeiros alcançaram o lugar onde eles
estavam. "A" havia tirado a vida de "B" e os homens viram "A" sentado ao lado de uma
fogueira, tranqüilamente assando a coxa da perna esquerda de "B". Os bombeiros ficaram
horrorizados e "A" foi preso em flagrante. Processado no Juízo competente, por homicídio
doloso simples, alcançou a liberdade provisória. Acabou pronunciado pelo magistrado, por
sentença de pronúncia prolatada há 2 dias.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 4
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 113o)
João da Silva foi denunciado pelo Ministério Público porque teria causado em Antônio de
Souza, mediante uso de uma barra de ferro, as lesões corporais que o levaram à morte.
Durante a instrução criminal, o juiz, de ofício, determinou a instauração do Incidente de
Sanidade Mental do acusado. A perícia concluiu ser este portador de esquizofrenia grave.
Duas testemunhas presenciais arroladas pela defesa afirmaram, categoricamente, que no dia
dos fatos Antônio de Souza, após provocar o acusado, injustamente, com palavras de baixo
calão, passou a desferir-lhe socos e pontapés. Levantando-se com dificuldade, João
alcançou uma barra de ferro que se encontrava nas proximidades e golpeou Antônio por
várias vezes, até que cessasse a agressão que sofria. Encerrada a primeira fase processual,
o Magistrado, acatando o Laudo Pericial, absolveu sumariamente João da Silva, aplicando-
lhe Medida de Segurança, consistente em internação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico, pelo prazo mínimo de 02 (dois) anos. A decisão judicial foi publicada há dois
dias.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 4 B
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 112o)
Cleóbulo, soldado da Polícia Militar, após cumprir seu turno de trabalho, dirigindo-se para o
ponto de ônibus, deparou-se com um estranho grupo de pessoas em volta de um veículo,
percebendo que ali ocorria um roubo e que um dos elementos mantinha uma senhora sob a
mira de um revólver. Aproximando-se por trás do meliante, sem ser notado, desferiu-lhe
quatro tiros com sua arma particular, vindo este a falecer no local. Os outros dois elementos
que participavam do roubo, evadiram-se.
Cleóbulo foi processado e, a final, absolvido sumariamente em primeiro grau, pois a r.
decisão judicial reconheceu que o policial agira no cumprimento do dever de polícia (artigo
23, inciso III, 1ª parte, Código Penal).
Inconformado, o Ministério Público recorreu pleiteando a reforma da r. decisão. Para tanto
alega, em síntese, que o policial estava fora de serviço e que houve excesso no revide, eis
que Cleóbulo, disparando quatro tiros do seu revólver, praticamente descarregou-o, pois a
arma possuía, ao todo, seis balas.
QUESTÃO: Na condição de advogado de Cleóbulo, apresente a peça pertinente.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 5
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 121o)
José, funcionário público com 38 anos de idade, casado, pai de três filhos, estava
trabalhando em presídio da Capital, quando inesperadamente ocorreu uma rebelião. Alguns
detentos estavam muito agitados, e por ordem de um superior, José imobilizou dois deles,
com ataduras de pano, fazendo-o com o devido cuidado para não os machucar. Após hora e
meia, José soltou os detentos, pois estes se mostravam calmos, e foram levados para a
realização de exame de corpo de delito, que apurou lesões bem leves, causadas pela própria
movimentação dos presos. Mesmo assim, ambos os detentos disseram que foram torturados
por José. Diante desses fatos, José foi processado e acabou sendo condenado pelo crime de
tortura, previsto na Lei 9.455, de 7 de abril de 1997, artigo 1.º, inciso II, parágrafo 4.º, inciso I,
à pena de três anos de reclusão, mais a perda de função pública. José está preso e a r.
sentença já transitou em julgado. Agora, um dos condenados foi colocado em liberdade e
procurou a família de José, dizendo que foi obrigado pelo outro preso a dizer que tinha sido
torturado, mas a verdade é que José inclusive fez de tudo para não os ferir. Como o outro
detento não gostava de José, havia inventado toda a estória, obrigando-o a mentir. Esta
declaração foi colhida numa justificação criminal.
QUESTÃO: Como novo advogado de José, produzir a peça cabível que atenda o seu
interesse.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 5
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 115o)
João foi processado por infração ao art. 157, parágrafo segundo, I e II, do Código Penal,
recebendo pena de 21 anos de reclusão, sem fundamentação judicial no tocante à
majoração da pena. Apresentou Recurso de Apelação, sendo certo que o Tribunal
reconheceu a tese por ele apresentada por dois votos a um, diminuindo a pena para 7 anos
de reclusão. O Ministério Público aforou Recurso Extraordinário, baseado no voto divergente
desta decisão, o que culminou por exasperar a pena para 12 anos de reclusão. O STF
aduziu, apenas, que o Juiz sentenciante equivocou-se materialmente, e onde se lê 21 anos,
leia-se 12 anos, mantendo, no mais, a r. sentença de primeiro grau jurisdicional, verificando-
se o trânsito em julgado.
QUESTÃO: Como advogado de João, elabore a peça processual em
prol de seu interesse, fundamentando-a.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 6
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 121o)
João, investigador de polícia, está preso no Presídio Especial da Polícia Civil de São Paulo
por força de auto de prisão em flagrante delito e denunciado como violador do artigo 316, do
Código Penal, sendo certo que teve concedida a fase do artigo 514, do Código de Processo
Penal, e que os prazos legais estão sendo observados. É primário, tem residência fixa e
exerce atividade lícita. O Meritíssimo Juiz de primeira instância negou a liberdade provisória
com fiança, alegando apenas e tão somente "ser o crime muito grave", enquanto a Egrégia
1.ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, por maioria de votos, denegou a ordem de
habeas corpus que fora impetrada usando do mesmo argumento, conforme consta do v.
aresto hoje publicado.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 6
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 114o)
João, investigador de polícia, está preso no Presídio Especial da Polícia Civil de São Paulo,
por força de auto de prisão em flagrante delito, e denunciado por violação do artigo 316, do
Código Penal, sendo certo que teve concedida a fase do artigo 514, do Código de Processo
Penal, e os prazos legais estão sendo observados. É primário, tem residência fixa e exerce
atividade lícita. O Meritíssimo Juiz de primeira instância negou a liberdade provisória com
fiança, alegando apenas e tão-somente "ser o crime muito grave", enquanto a Egrégia 1a
Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, por maioria de votos, denegou a ordem de
habeas corpus que fora impetrada, usando do mesmo argumento, conforme consta do
Venerando Acórdão hoje publicado.
QUESTÃO: Como advogado de João, adotar a medida judicial cabível.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 7
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 120o)
"A" foi processado e finalmente condenado por violação do artigo 12, caput, da Lei 6368/76,
tendo o magistrado mensurado a pena em 3 anos de reclusão e 50 dias-multa, fixando o
regime fechado para o início do desconto do título executório penal. A decisão transitou em
julgado, estando "A" recolhido na Penitenciária do Estado de São Paulo. Tendo cumprido
mais de 1/6 da pena e contando com bom comportamento e aproveitamento carcerário,
postulou no juízo competente a progressão de regime, indeferida, ao argumento de se tratar
de delito equiparado a hediondo, portanto sujeito às vedações constantes da lei específica.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 7
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 119o)
Tertuliano da Silva foi definitivamente condenado à pena de 6 anos de reclusão, em regime
inicial fechado, por infração ao artigo 157 do Código Penal, praticada em 29 de janeiro de
2000. Acha-se condenado, também, em outros dois processos, com trânsito em julgado, às
penas de 5 anos e 4 meses e 6 anos e 2 meses de reclusão, de igual modo por infração ao
artigo 157 do Código Penal, cujos fatos ocorreram, respectivamente, em 10 de janeiro e 15
de fevereiro de 2000, no mesmo bairro. Requereu junto ao Juiz da Vara das Execuções a
unificação de penas, que foi indeferida, ao fundamento de que o sentenciado agiu
reiteradamente de forma criminosa. A decisão foi publicada no Diário Oficial há dois dias e o
condenado foi intimado ontem.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 7
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 115o)
"A", com 35 anos de idade, professor de natação, convidou uma de suas alunas de nome
"B", de 23 anos, moça de posses, para tomar um suco após a aula. Quando se dirigiam ao
barzinho, passaram por um bosque e "A", usando de violência, estuprou "B". Neste
momento, policiais militares que passavam por ali, ouviram os gritos de "B" e efetuaram a
prisão em flagrante de "A".
"A" foi processado pelo artigo 213 do Código Penal, sendo que "B" moveu uma ação privada
contra "A". Durante o processo, "A" não expressou humildade e até disse que "a vítima na
verdade gostou". "A" está cumprindo pena, já tendo descontado mais de 2/3 da reprimenda
carcerária. Agora, após tantos anos na cadeia, indenizou a vítima, tem ótimo comportamento
prisional, boa laborterapia e inclusive subsiste do seu trabalho, tendo recebido elogios do
Diretor da Unidade Prisional. Requereu o seu livramento condicional, sendo o exame
criminológico favorável, o mesmo ocorrendo com o parecer do Conselho Penitenciário.
Porém, o Juiz da Vara competente, impressionado com a gravidade do caso e ainda
influenciado pela frase que a vítima na verdade teria gostado, dita por "A" na época do
processo, entendeu prematuro o benefício e indeferiu a postulação. A r. decisão que indeferiu
o benefício foi prolatada hoje.
QUESTÃO: Produzir a peça cabível na espécie, em favor de "A", direcionada ao Órgão
Judiciário ad quem.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 7
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 114o)
Ernesto Manoel foi condenado por juízo criminal singular, a cumprir 6 (seis) anos de
reclusão, em regime prisional fechado, por ter sido incurso nas penas do artigo 213, caput,
do Código Penal. Houve recurso interposto pela defesa e o Tribunal confirmou a sentença do
juízo a quo. Contudo, o V. acórdão, expressamente, admitiu a progressão meritória do
regime prisional.
Já em fase de execução penal, transcorrido o lapso temporal do cumprimento da pena no
regime fechado, o condenado pleiteou transferência ao semi-aberto. O exame criminológico
concluiu favoravelmente à progressão e foi no mesmo sentido o parecer do Conselho
Penitenciário. Entretanto, apoiando-se naquele do Ministério Público, o Juiz das Execuções
indeferiu o benefício, fundamentando-se na Lei nº 8072/90.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 7
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 112o)
Quílon, por ter furtado um toca-fitas de um veículo que estava aberto e estacionado na via
pública, fato ocorrido no dia 17 de janeiro de 1999, no bairro da Penha, tendo agido sozinho,
foi condenado pelo Meritíssimo Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Capital à pena de 1
(um) ano de reclusão e multa de 10 (dez) dias-multa, em regime fechado, já transitada em
julgado. Também por furto de um toca-fitas, por delito perpetrado no dia 18 de janeiro de
1999, no mesmo bairro e mesmas condições que o delito anterior, foi condenado, de modo
irrecorrível, pelo Meritíssimo Juiz da 2ª Vara Criminal da Capital à pena de 1 (um) ano de
reclusão e multa de 10 (dez) dias-multa, em regime fechado. Quílon encontra-se recolhido na
Penitenciária do Estado de São Paulo em virtude de ostentar outras condenações por delitos
diversos. Em fase de execução de sentença, por intermédio de Advogado, Quílon requereu a
unificação de penas relativa aos delitos de furto ocorridos nos dias 17 e 18 de janeiro de
1999, indeferida pelo Meritíssimo Juiz sob o argumento de que os crimes são graves.
QUESTÃO: Como advogado de Quílon, hoje intimado, adote a medida judicial cabível.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 8
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 120o)
"A", com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São Paulo, Capital, quando parou para
abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas proximidades, começaram a
importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e desrespeitosas. "A", pegando no porta-luvas do
carro seu revólver devidamente registrado, com a concessão do porte inclusive, deu um tiro
para cima, com a intenção de assustar os adolescentes. Contudo, o projétil, chocando-se
com o poste, ricocheteou, e veio a atingir um dos menores, matando-o. "A" foi denunciado e
processado perante a 1.ª Vara do Júri da Capital, por homicídio simples – art. 121, caput, do
Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, decidindo que o homicídio
ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa. O Ministério Público
recorreu em sentido estrito, e a 1.ª Câmara do Tribunal competente reformou a decisão por
maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser capitulado conforme a denúncia,
devendo "A" ser enviado ao Tribunal do Povo. O voto vencido seguiu o entendimento da r.
sentença de 1.º grau, ou seja, homicídio culposo. O V. acórdão foi publicado há sete dias.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 9
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 123o)
João Alves dos Santos, por estar indiciado pela prática de crime de roubo, procurou
advogado para atuar em sua defesa. Este, no dia 20.05.2004, dirigiu-se à Delegacia de
Polícia e solicitou os autos de inquérito para exame. O Delegado de Polícia, todavia, não lhe
permitiu o acesso aos autos porque a investigação era sigilosa.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 119o)
Antenor teve seu veículo subtraído e posteriormente localizado e apreendido em auto
próprio, instaurando a autoridade policial regular inquérito, já que estabelecida a autoria.
Requereu a liberação do veículo, indiscutivelmente de sua propriedade, o que foi indeferido
pelo delegado de polícia civil local, a afirmação de que só será possível a restituição depois
do processo penal transitar em julgado, conforme despacho cuja cópia está em seu poder.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 10
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 119o)
Nos autos do inquérito policial, ainda vinculado ao juízo do Departamento de Inquéritos
Policiais da Capital – DIPO –, ficou evidenciado que Graciliano, o autor do furto, logo após a
sua prática, adquiriu imóvel cujo valor coincide com o do numerário subtraído conforme
escritura lavrada em Cartório e registrada no serviço imobiliário competente.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
SÉRIE 11
EXERCÍCIO PRÁTICO (OAB/SP 117o)
No dia 1 o de janeiro de 2002, por volta das 12 horas, na confluência das ruas Maria Paula e
Genebra, Maria da Luz teve seu relógio subtraído por João da Paz, que se utilizou de
violência e grave ameaça, exercida com uma faca. Descoberta a autoria e formalizado o
inquérito policial com prova robusta de materialidade e autoria, os autos permanecem com o
Ministério Público há mais de trinta dias, sem qualquer manifestação.
PEÇA:
TESE:
COMPETÊNCIA
FUNDAMENTAÇÃO:
PEDIDO
TERCEIRA
PARTE
QUESTÕES
OBJETIVAS
QUESTÕES PRÁTICAS
1. Explique, dando o dispositivo legal, o que são normas penais permissivas, também
conhecidas como autorizantes.
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4. O crime de roubo qualificado, art. 157, parágrafo 2.º, incisos I, II, III, IV e V do C.P., é
considerado crime hediondo?
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10. Anaximandro foi condenado por tráfico de entorpecentes e está iniciando o cumprimento
da pena, com fixação em regime fechado. Poderá futuramente ser beneficiado pela
progressão de pena ou ter qualquer outro benefício liberatório? Resposta fundamentada
e motivada. Poderia ser beneficiado pela remição de pena? Qual o seu conceito?
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12. Agente que, com mais de cinco pessoas, participa de reuniões periódicas, sob o
compromisso de ocultar das autoridades a existência, o objetivo e a finalidade da
organização ou administração da associação, poderá estar incorrendo em algum ilícito
penal previsto na legislação própria?
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13. Eliseu compareceu ao Fórum da Capital e notou afixado no local de costume o edital de
citação em seu nome, vindo a dilacerá-lo. Não satisfeito, foi até o cartório onde tramita a
ação penal e, tendo o serventuário se descuidado, arrancou do livro de registro de
distribuições a folha que continha os seus dados, destruindo-a. Cometeu algum delito?
Oferte resposta motivada e fundamentada.
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17. Maria das Dores, chefe das enfermeiras de hospital municipal, presenciou outra
funcionária, Madalena, enfermeira a ela subordinada, furtando comprimidos para dor de
cabeça do almoxarifado. Sabedora de que Madalena encontrava-se em precária situação
financeira, deixou de responsabilizá-la pelo fato. Estaria Maria das Dores incursa em
alguma figura típica? Responda e justifique.
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19. Cleóbulo, condenado por tráfico de entorpecentes, está iniciando o cumprimento da pena,
com fixação em regime fechado. Poderá futuramente ser beneficiado pela progressão de
pena ou ter qualquer outro benefício liberatório? Poderá ser beneficiado pela remição de
pena? Atenda às questões com a respectiva fundamentação.
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20. Pítaco, sentenciado por furto, teve extinta a punibilidade pela prescrição da pretensão
punitiva estatal. Dias após, cometeu novo furto. Deverá ser considerado reincidente?
Explicite e justifique.
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22. José participou como jurado no julgamento de Américo, acusado de crime de homicídio
simples. Proferida sentença absolutória, dias após constatou-se que José e outros três
jurados receberam, cada um, a importância de R$1.000,00 (um mil reais) para votarem
favoravelmente ao acusado. José e seus companheiros do Conselho de Sentença
cometeram crime? Justifique fundamentadamente a resposta.
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24. Ana induziu a gestante Maria a provocar aborto em si mesma, e ela o provocou. Em outra
hipótese, Geralda executou aborto em Clementina, gestante, com o seu consentimento.
Tipifique, juridicamente, as condutas de Ana, Maria, Geralda e Clementina.
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25. Carlos, menor de 21 anos e primário, é condenado por roubo à pena de 5 anos e 4 meses
em regime fechado, não lhe sendo facultado recorrer em liberdade. Arrole argumentos
hábeis à reforma de tal decisão.
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26. A causa especial de aumento de pena concernente ao repouso noturno aplica-se ao furto
qualificado? Explique.
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27. O artigo 14, em seu inciso II, aduz que "diz-se o crime: tentado, quando, iniciada a
execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente". Ainda, o
parágrafo único deste artigo afirma que "salvo disposição em contrário, pune-se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois
terços". Pergunta-se: Qual o critério adotado para a diminuição entre um a dois terços?
Justifique.
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28. Pecuarista que tem sua propriedade margeando leito de estrada de ferro e não coloca
cerca para que o gado não invada a linha férrea comete algum delito? Elabore resposta
motivada e fundamentada.
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31. João Antônio, casado e pai de uma criança de seis meses de idade, na véspera de
completar dezoito anos dispara dois tiros com arma de fogo contra José Pedro, com o
objetivo de matá-lo. José Pedro, ferido, é socorrido por populares, porém, morre três dias
depois, quando João Antônio completara dezoito anos. João Antônio é considerado
imputável e poderá ser processado criminalmente? Justifique.
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32. Antônio de Souza, durante a madrugada e mediante escalada, entra em uma fábrica de
cigarros com o fim de subtrair tantos pacotes quantos pudesse carregar. Quando se
encontrava já no interior do edifício, foi surpreendido por um segurança da empresa que,
armado de revólver, lhe deu voz de prisão. Antônio, então, envolveu-se em luta corporal
com o segurança e com uma barra de ferro desferiu-lhe vários golpes, produzindo-lhe
lesões que resultaram perigo de vida. Em seguida, fugiu do local, sem nada levar.
Classifique juridicamente a conduta pela qual Antônio deverá ser responsabilizado.
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34. Maria das Flores foi a uma clínica clandestina, acompanhada de seu namorado Ulisses
Gabriel, submetendo-se a intervenção de abortamento, pago por ele. Neste caso, se
Maria e Ulisses cometeram crime, classifique juridicamente suas condutas, justificando.
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37. Qual a infração penal praticada por um indivíduo que faz uso de seu revólver, legalmente
registrado, disparando duas vezes em um estádio de futebol com grande número de
pessoas?
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38. Quando da dosimetria da pena, por ocasião da prolação da sentença, o Magistrado fixou
a pena-base do acusado acima do mínimo legal em decorrência de maus antecedentes,
por existir condenação anterior (CP, art. 59). Após isso, aumentou a reprimenda fixada em
virtude da agravante da reincidência, por ostentar o réu aquela condenação anterior (CP,
art. 61, I). Está correto tal procedimento? Fundamente.
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39. Manoel chega em casa, após o dia de trabalho, e sua mãe diz que policiais estiveram à
sua procura, aduzindo ser ele a pessoa que roubou Maria. Imediatamente, Manoel dirige-
se à Delegacia, com vistas a elucidar não ser ele o verdadeiro autor do delito. Neste
momento, o Delegado de Polícia efetua sua prisão em flagrante delito para garantia da
ordem pública. Quais os argumentos que podem ser invocados a favor de Manoel?
Justifique.
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40. Em que crime estará incurso o agente que, propositalmente, interrompe fornecimento de
força e luz em escola pública, com o intento de não serem realizadas na data prevista os
exames finais do ano letivo?
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QUARTA PARTE
RESPOSTAS
DAS
QUESTÕES
OBJETIVAS
RESPOSTAS:
1. São aquelas que permitem a prática de um fato típico, excluindo-lhe a ilicitude. São,
portanto, as causas de exclusão da ilicitude, art. 23 do Código Penal.
2. Sim. "A" cometeu a contravenção penal de embriaguez (art. 62), e os indivíduos "B" e "C",
a contravenção penal de servir bebida alcoólica a quem já se encontre embriagado, art.
63, II, todos da L.C.P..
3. Sim, conforme o art. 30 do C.P., pois é circunstância elementar do delito, a condição de
servidor público, que se comunica ao particular, quando este conhecia a condição do
mencionado funcionário.
4. Não, em virtude da relação dos crimes hediondos, mencionados na Lei 8072 de 25/07/90,
não ter incluído o crime de roubo no elenco dos delitos considerados como tal.
5. A contradita deverá ser argüida após a qualificação e antes da oitiva da testemunha,
conforme artigo 214, do Código de Processo Penal.
6. Os direitos do internado estão previstos no artigo 99, do Código Penal, que estabelece o
recolhimento a estabelecimento dotado de características hospitalares e recebimento de
tratamento.
7. Não, pois o art. 4º da Lei das Contravenções Penais declara a impunibilidade da tentativa
dessa espécie de ato ilícito.
8. O artigo 654 do Código de Processo Penal confere ao Ministério Público legitimidade para
impetrar Habeas Corpus. Demais, a Constituição Federal, em seu artigo 127, caput,
atribui ao Ministério Público a incumbência da "defesa da ordem jurídica, no regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis". Porém, só estará apto a
agir em nome do Ministério Público o promotor que, em razão do exercício de suas
funções e nos limites de suas atribuições, tiver conhecimento da ocorrência do
constrangimento ou ameaça à liberdade. Assim, não pode o promotor atuante em
determinada comarca impetrar Habeas Corpus por fato ocorrido em outra comarca, onde
não atue.
9. Não. Hipótese que caracteriza "bis in idem".
"Dosimetria da pena. Maus antecedentes e reincidência considerados na fixação da pena-
base e, depois, para a aplicação da agravante da reincidência.
Nesta hipótese, as condenações anteriores foram explicitamente invocadas na fixação da
pena-base; não cabia, a seguir, tê-las em conta para a agravante da reincidência. Exclusão
da agravante".
(HC nº 76.285-6/SP, 2ª Turma, rel. min. Néri da Silveira, j. 05.05.98, v.u., DJU 19.11.99, nº
1.185).
10. Como se trata de crime equiparado a hediondo, nos termos da Lei 8.072/90, deverá
cumprir a pena integralmente no regime fechado. Poderá, no entanto, cumpridos mais de
2/3 da pena, vir a ser beneficiado pelo livramento condicional, conforme inciso V, do artigo
83, do Código Penal. No que diz respeito à remição de pena, que é a redução da pena na
proporção de um dia para cada três dias trabalhados, não há nenhum obstáculo legal.
11. Representação é um meio que visa provocar iniciativa do Ministério Público, a fim de que
este ofereça a denúncia, que é a peça inicial da ação penal pública. É considerada
condição de procedibilidade.
12. Sim, conforme artigo 39 da lei de Contravenções Penais.
13. O comportamento de "A" configura dois delitos, que estão previstos nos artigos 336
("Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de
funcionário público...") e 337 ("Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial...
confiado à custódia de funcionário..."), ambos do Código Penal.
14. Defesa prévia, art. 395 do CPP, até 8 testemunhas e contrariedade ao libelo, art. 421
parágrafo único, até 5 testemunhas.
15. Sim. Com a RC é instaurada uma nova relação processual, visando a desconstituir a
sentença e substituí-la por outra. Assim, a sentença na RC rescinde a sentença anterior e
determina uma das 3 primeiras hipóteses do 626, caput, do CPP. Conforme o 630, CPP, é
possível, ainda, cumular o pedido de indenização.
16. Não, pois exerceram um direito, haja vista que o artigo 201 do Código Penal foi, em tese,
revogado pelo artigo 9º da Constituição Federal, bem como, a Doutrina entende que é
uma infração atípica, ainda que os grevistas sejam funcionários públicos, pois o artigo 37,
inciso VII, da C. Federal, não foi até a presente data, objeto de Lei Complementar.
17. A conduta de Maria das Dores se acomoda ao tipo penal do artigo 320, ou seja, assim
descrita:- "deixar o funcionário por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo ou quando lhe falte competência, levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente".
18. Em princípio o Tribunal do Júri detém a competência para o julgamento dos crimes
dolosos contra a vida, tentados e consumados, enquanto que, se houver outro delito
conexo, esse fato atrairá a competência, fazendo a exceção, que é referida no Código de
Processo Penal em seu artigo 78, inciso I.
19. Como se trata de crime equiparado a hediondo, nos termos da Lei 8.072/90, deverá
cumprir a pena integralmente no regime fechado. Poderá, no entanto, cumprido mais de
2/3 da pena, vir a ser beneficiado pelo livramento condicional, conforme inciso V, do artigo
83, do Código Penal. No que diz respeito a remição de pena, que é a redução da pena na
proporção de um dia para cada três dias trabalhados, não há nenhum obstáculo legal.
20. O reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva, também chamada de retroativa
ou da ação penal, faz desaparecer a sentença condenatória e, portanto, seus efeitos.
Como conseqüência, não tem como influir para os fins de se reconhecer a reincidência.
21. O artigo 654 do Código de Processo Penal confere ao Ministério Público legitimidade para
impetrar Habeas Corpus. Demais, a Constituição Federal, em seu artigo 127, caput,
atribui-lhe a incumbência da "defesa da ordem jurídica, no regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis". Porém, só estará apto a agir em nome do
Ministério Público o promotor que, em razão do exercício de suas funções e nos limites
de suas atribuições, tiver conhecimento da ocorrência do constrangimento ou ameaça à
liberdade.
22. José e os demais jurados envolvidos cometeram Crime Contra a Administração Pública,
pois sendo considerados funcionários públicos para fins penais (art.327 caput do CP)
receberam vantagem indevida. Incorreram, assim, nas sanções do artigo 317 do Código
Penal - Corrupção Passiva.
23. De acordo com o E C A, João é considerado criança, pois tem 11 anos de idade e
Osvaldo é considerando adolescente, pois tem 16 anos de idade (artigo 2º, ECA); Alfredo
com 18 anos na data dos fatos, é excluído do ECA, sendo considerado penalmente
imputável e, portanto, incurso nas sanções cabíveis do Código Penal.
24. Ana: é partícipe no crime de auto-aborto (artigo 124, c.c. o artigo 29, ambos do Código
Penal);
Maria: responde por auto-aborto (artigo 124 caput do Código Penal);
Geralda: responde por crime de aborto praticado com o consentimento da gestante (artigo
126 do Código Penal);
Clementina: responde por aborto consentido (artigo 124 do Código Penal)
25. Cabível o recurso em liberdade ante a menoridade e primariedade do réu. Quanto ao
regime fechado, pode ser outorgado regime semi-aberto, eis que não vedado pela lei,
consoante art. 33, parágrafo 2º, "b" do C.P.P
26. "A causa especial de aumento do parágrafo 1º do art. 155 do CP (repouso noturno)
somente incide sobre o furto simples, sendo pois, descabida a sua aplicação na hipótese
de delito qualificado (art. 155, parágrafo 4º, IV do CP). - (HC nº 10.240/RS, 6ª turma, rel.
min. Fernando Gonçalves, j. 21.10.99, v.u., DJU 14.02.00, p. 79).
27. O Código Penal adotou a teoria objetiva, sendo certo que o quantum da redução da pena
deve ser encontrado em função das circunstâncias da própria tentativa. Vale dizer: quanto
mais o agente aproximou-se da consumação do crime, menor deve ser a redução da
pena; quanto mais distante ficou da consumação, maior deve ser a redução da pena.
28. O pecuarista que assim agir incide nas penas do artigo 260, inciso IV, do Código Penal,
cometendo o crime de perigo de desastre ferroviário ("Impedir ou perturbar serviço de
estrada de ferro: IV – praticando outro fato de que possa resultar desastre".)
29. Detração é o cômputo, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, do
tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à sua falta, a outro
estabelecimento adequado (Artigo 42, C.P.)
Remição: é instituto pelo qual o condenado que cumpre pena em regime fechado ou
semi-aberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo da execução da pena. A
contagem do tempo é feita a razão de um dia de pena por três de trabalho (artigo 126 e §
1º da LEP).
30. É possível desde que, havendo prova do crime e indício suficiente de autoria, seja
decretada a prisão preventiva pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou
mediante representação da autoridade policial.
31. João Antônio não poderá ser processado criminalmente pois era inimputável à época do
fato, ficando sujeito às normas estabelecidas na legislação especial (artigo 27 do C.P.). A
circunstância de ser casado não lhe confere maioridade penal, mas tão-somente a civil.
32. Antônio deverá ser responsabilizado por tentativa de furto qualificado (mediante escalada)
em concurso material com lesão corporal de natureza grave (Artigo 155, § 4º, inciso II e
artigo 129, § 1º, inciso II, c.c. o artigo 69, todos do Código Penal).
33. Resolveu-se desconsiderar a questão, com conseqüente atribuição positiva em prol do
candidato.
34. Maria das Flores comete o crime de auto-aborto (artigo 124 do Código Penal) e Ulisses
Gabriel também responde pelo mesmo crime, na condição de co-autor (artigo 29, caput,
do Código Penal).
35. São as contempladas no artigo 117, do Código Penal, ou seja, o recebimento da denúncia
ou queixa, a pronúncia, a decisão confirmatória da pronúncia, a sentença condenatória
recorrível, o início ou continuação do cumprimento da pena e a reincidência.
36. Arts. 93 a 95 CP.
1decurso de dois anos, a partir da data em que foi extinta, de qualquer modo, a pena
imposta;
2tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;
37. A infração está tipificada na lei nº 9437 de 20 de fevereiro de 1997 que regula o registro e
o porte de arma de fogo. O artigo 10 do diploma legal referido dispõe sobre os crimes e
as penas e o inciso III diz, expressamente: "disparar arma de fogo ou acionar munição em
lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção à ela, desde que o
fato não constitua crime mais grave".
38. O fato que serve para justificar a agravante da reincidência (CP, art. 61, I) não pode ser
levado à conta de maus antecedentes para fundamentar a fixação da pena-base acima
do mínimo legal (CP, art. 59). Reconhecendo a ocorrência de "bis in idem", deve-se
excluir da pena-base o aumento decorrente da circunstância judicial desfavorável.
39. A manutenção da prisão em flagrante só se justifica quando presentes os requisitos
ensejadores da prisão preventiva, nos termos do art. 310, parágrafo único do C.P.P.. O
fundamento invocado de garantia da ordem pública, sem qualquer outra demonstração de
real necessidade, nem tampouco da presença dos requisitos autorizadores da prisão
preventiva, não justifica a manutenção do flagrante.
40. Artigo 265 C.P..
BATERIA DE TESTES PARA MEMORIZAÇÃO
01 - B 02 - D 03 - A 04 - C 05 - C 06 - A 07 - D 08 - B 09 - B 10 - C
120 - DIREITO PENAL
01. No atinente aos prazos penais, é correto dizer que
(A) dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
(B) eles são improrrogáveis.
(C) que são desprezadas as frações de dia em seu cômputo.
(D) todas as alternativas estão corretas.
02. No tema atinente à relação de causalidade, com o intuito de verificar se uma ação
constitui causa do resultado, devemos, mentalmente, excluí-la da série causal. Caso, com
sua exclusão, o resultado deixasse de acontecer, é causa. Como se denomina
doutrinariamente este evento?
(A) Procedimento hipotético de eliminação.
(B) Teoria do efeito causal temporal.
(C) Relação omissiva exclusiva.
(D) Evento de exclusão temporal do fato típico.
03. A suspensão condicional da pena é providência que evita a prisão de condenados a
penas de duração curta, sendo certo que sua concessão depende do atendimento de certos
requisitos. Neste tema, o que se entende por sursis humanitário?
(A) É aquele concedido na execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos,
podendo ser suspensa por 2 a 4 anos, independentemente da situação pessoal do
condenado.
(B) Entende-se por sursis humanitário aquele que beneficia pessoa com mais de 70 anos de
idade, sendo aplicado a penas superiores a 2 anos, não ultrapassando 4 anos, no qual o
período de prova é fixado entre 4 e 6 anos.
(C) É aquele disciplinado no Código Penal, aplicável mesmo que a pena definida seja
superior a 2 anos, não superando 4 anos, se razões de saúde do condenado justificarem o
benefício.
(D) É aquele em que o agente é beneficiado com a suspensão condicional da pena em razão
de questões humanitárias, tais quais, luto familiar, doenças graves de membros da família,
etc.
04. A execução da pena privativa de liberdade pode ser suspensa mediante o preenchimento
de determinadas circunstâncias.
Qual das alternativas representa o denominado sursis etário?
(A) A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos, poderá ser suspensa,
por 2 a 4 anos, desde que o condenado comprove que tinha 60 anos à época da prática
criminosa.
(B) A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 4 anos, poderá ser suspensa,
por 4 a 6 anos, desde que o condenado seja maior de 70 anos de idade, ou que razões de
saúde justifiquem a suspensão.
(C) A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 6 anos, poderá ser suspensa,
por 2 a 4 anos, desde que o sentenciado demonstre que sua idade pode interferir no
cumprimento da reprimenda.
(D) O prazo da suspensão condicional da pena será reduzido de metade quando o criminoso
era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos.
05. João, estudante de Direito, está sendo reprovado por ter faltado a mais de 25% das
aulas de Direito Penal. Ao constatar isso, apresenta atestado médico falso ao professor, com
vistas a aboná-las. A atitude de João está inserida em que modalidade criminosa?
(A) Uso de documento falso.
(B) Falsidade de atestado médico.
(C) Falsa identidade.
(D) Atestado ideologicamente falso.
06. Caio, em razão de Múcio ter estuprado sua filha, momento antes, quer matá-lo, porém
confunde-o na escuridão com Mário e alveja fatalmente este. Caio responde por
(A) homicídio culposo contra Mário e tentativa de homicídio contra Múcio.
(B) homicídio culposo contra Mário.
(C) homicídio qualificado contra Mário (recurso que tornou impossível a defesa do ofendido).
(D) homicídio privilegiado contra Mário (violenta emoção logo após injusta provocação da
vítima).
07. João, proprietário de conceituada loja de eletrodomésticos, ignorando tratar-se de
produto de roubo, adquiriu e expôs à venda diversas geladeiras compradas com atraente
desconto, sem nota fiscal e de pessoa desconhecida, que se dizia atacadista na capital do
Estado. Pode-se afirmar que
(A) João praticou o delito de apropriação indébita.
(B) João praticou o delito de receptação culposa.
(C) João praticou o delito de receptação qualificada, por tratar-se de comerciante no
exercício de sua atividade.
(D) João não praticou qualquer delito, pois não sabia que a mercadoria era roubada.
08. Proposta a ação penal privada subsidiária, caso haja negligência do querelante,
(A) o Ministério Público deve oferecer denúncia substitutiva.
(B) a ação será julgada extinta pela ocorrência de perempção.
(C) o Ministério Público deve recobrar a ação penal como parte principal.
(D) o querelante será intimado pessoalmente para dar andamento à ação, já que não pode
dela desistir.
09. O semi-imputável é
(A) isento de pena.
(B) passível de imposição de pena, sem redução pela semi-imputabilidade, além de medida
de segurança.
(C) passível de imposição de pena, reduzida de um terço à metade.
(D) passível de medida de segurança, em substituição à pena, no caso de necessitar de
especial tratamento curativo.
10. Na dosimetria da pena, o juiz deverá fixar a pena base
(A) em seguida, considerar as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas
de diminuição e de aumento de pena.
(B) em seguida considerar as causas de diminuição e de aumento de pena; por último, as
circunstâncias atenuantes e agravantes.
(C) levando em consideração as causas de diminuição e de aumento de pena; em seguida,
considerar as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as circunstâncias especiais
de aumento e diminuição de pena.
(D) levando em consideração as circunstâncias atenuantes e agravantes; em seguida,
considerar as causas de diminuição e de aumento de pena; por último, considerar as causas
especiais de aumento e diminuição de pena.
01 - D 02 - A 03 - C 04 - B 05 - A 06 - D 07 - C 08 - C 09 - D 10 - A
01 - C 02 - B 03 - D 04 - D 05 - B 06 - A 07 - A 08 - B 09 - B 10 - D
118 - DIREITO PENAL
01. Com relação ao tema do livramento condicional, é correto afirmar:
(A) revoga-se o livramento se o liberado vem a ser condenado à pena privativa de liberdade
em sentença irrecorrível, por crime cometido durante a vigência do benefício.
(B) não se revoga o livramento se o liberado vem a ser condenado à pena privativa de
liberdade em sentença irrecorrível, por crime anterior à vigência do benefício.
(C) as penas que correspondem a infrações diversas não devem somar-se para efeito do
livramento.
(D) revogado o livramento, poderá o réu, a qualquer tempo, pleitear novamente o benefício.
02. Diz-se imputável o agente que tem capacidade de ser-lhe juridicamente atribuída a
prática de fato punível. Assim, ausente a imputabilidade, não se aplica pena ao autor de fato
típico e antijurídico, podendo sofrer medida de segurança. No caso concreto, Cristiano é
preso totalmente embriagado após a prática de crime previsto na legislação penal, e seu
defensor público sustenta a tese da inimputabilidade para isentá-lo de pena. Esta tese é
sustentável perante o sistema penal brasileiro?
(A) Não. No tocante à embriguez, o Código Penal dispõe que não excluirá a imputabilidade
quando tenha decorrido de ato voluntário do agente, ou tenha decorrido de sua imprudência
ou negligência no ato de ingerir em demasia bebida alcoólica.
(B) Sim. Esta tese é perfeitamente sustentável, levando-se em consideração que a
embriaguez foi completa, não tendo o agente capacidade de discernir acerca de seu ato
lesivo e de suas conseqüências.
(C) Neste caso, a tese que melhor se aplica é a de semi-imputabilidade, devendo o agente
responder perante o sistema penal de forma reduzida, ou seja, a pena poderá ser reduzida
de um a dois terços.
(D) Há que se considerar a tese acima referida diante da doutrina da embriaguez
preordenada, a qual se dá quando o agente embriaga-se propositadamente, visando
assegurar um álibi, ou criar coragem para a prática de um crime, o que afasta sua
imputabilidade.
03. Indique a alternativa incorreta perante o Código Penal.
(A) No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada
um, isoladamente.
(B) O curso da prescrição não se interrompe pelo recebimento da denúncia ou da queixa.
(C) A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos da
reincidência.
(D) As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
04. "A", silvícola de dezenove anos de idade, vive em Brasília, onde freqüenta escola de
ensino médio e aí praticou crime de estupro. O silvícola:
(A) deverá ser considerado inimputável por desenvolvimento mental incompleto.
(B) é inimputável.
(C) é imputável.
(D) é semi-imputável.
05. João registrou Pedro como seu filho, quando na realidade era filho de José. Cometeu ele
algum crime?
(A) Sim, o crime de "supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-
nascido".
(B) Não cometeu crime algum, eis que presente o motivo de reconhecida nobreza.
(C) Sim, cometeu o crime de "sonegação de estado de filiação".
(D) Não, o Direito Penal não contempla qualquer espécie de crime em relação à conduta de
João, que agiu no interesse do menor.
06. Assinale a alternativa em que são apontados os crimes contra a administração pública,
praticados por funcionário público.
01 - A 02 - A 03 - B 04 - C 05 - A 06 - B 07 - A 08 - D 09 - A 10 - A
117 - DIREITO PENAL
01. Dispõe o Código Penal, em seu artigo 6o. que "considera-se praticado o crime no lugar
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado." Trata-se da teoria
(A) da ubiqüidade.
(B) do resultado.
(C) da atividade.
(D) da territorialidade.
02. Considera-se tipificado o crime de quadrilha quando
(A) quatro pessoas associam-se para cometer um delito.
(B) três pessoas associam-se permanentemente para cometer crimes.
(C) quatro pessoas, sendo um adolescente, associam-se para cometer diversos crimes.
(D) cinco pessoas associam-se, de modo estável, para praticar contravenções penais.
03. A coação irresistível, de que trata o artigo 22 do Código Penal, é causa de
(A) atipicidade.
(B) exclusão de ilicitude.
(C) exclusão de antijuridicidade.
(D) exclusão da culpabilidade.
04. Márcio mata Camila, temendo que esta o pudesse reconhecer por crime de estupro
praticado anteriormente contra outra vítima. O homicídio é qualificado
(A) por motivo torpe.
(B) para assegurar a ocultação.
(C) para assegurar a imputabilidade.
(D) por motivo fútil.
05. Daniel, perante a autoridade policial competente, assume a responsabilidade por disparo
de arma de fogo em via pública realizado por sua namorada, com a finalidade de protegê-la.
Daniel praticou, em tese,
(A) nenhum crime, pois sua conduta é atípica.
(B) auto-acusação falsa.
(C) comunicação falsa de crime.
(D) favorecimento real.
06. Indique a disjuntiva verdadeira.
(A) A fonte imediata do Direito Penal é a jurisprudência.
(B) A fonte imediata do Direito Penal é a analogia.
(C) A fonte imediata do Direito Penal é o costume do povo.
(D) A fonte imediata do Direito Penal é a lei.
07. Assinale a alternativa correta: Na contagem dos prazos penais,
(A) inclui-se o dia do começo.
(B) não se conta o dia do começo.
(C) não se computam os feriados, sábados e domingos.
(D) apenas não se computam os feriados.
08. Considera-se concurso formal de crimes quando o agente pratica
(A) dois ou mais crimes mediante duas ou mais ações.
(B) dois ou mais crimes mediante uma só ação.
(C) um crime mediante uma ação que se prolonga no tempo.
(D) um crime complexo.
09. Marque a alternativa exata: As medidas de segurança são aplicadas ao agente
(A) condenado por crime doloso.
(B) condenado por crime culposo.
(C) condenado por crime doloso e culposo.
(D) inimputável.
10. Ocorre a figura do furto privilegiado quando o agente
(A) consegue furtar a vítima porque dispõe de sua confiança.
(B) pratica o furto utilizando-se de informações confidenciais sobre a vítima.
(C) é primário e a coisa furtada é de pequeno valor.
(D) emprega chave falsa.
01 - A 02 - C 03 - D 04 - C 05 - A 06 - B 07 - A 08 - B 09 - D 10 - C
116 - DIREITO PENAL
1. Qual é o conceito doutrinário de erro de proibição?
A. É o erro quanto à existência dos limites da excludente.
B. É o erro que recai sobre o elemento constitutivo do tipo penal.
C. É o que se denomina de erro incidente sobre os elementos objetivos do tipo
penal.
D. É o erro incidente sobre a ilicitude do fato.
2. No tocante ao tema "Eficácia das Leis Penais", considera-se Lei Penal Excepcional a
A. que possui vigência previamente determinada pelo legislador.
B. promulgada em casos de calamidade pública, guerras, revoluções, cataclismos,
epidemias etc.
C. outorgada pela Carta Magna para vigência por prazo determinado pelo
Congresso Nacional.
D. promulgada pelo Presidente da República, após determinação do Congresso
Nacional, com prazo de vigência até certa e determinada data.
9. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a
A. 30 (trinta) anos.
B. 25 (vinte e cinco) anos.
C. 20 (vinte) anos.
D. 35 (trinta e cinco) anos.
10. Antônio, com intuito de passar trote, telefonou para a Delegacia de Polícia de sua
cidade, notificando a ocorrência de um acidente de veículo na rodovia, que sabia
inexistente. Identificado, posteriormente, foi indiciado por denunciação caluniosa.
Pode-se afirmar que
A. a autoridade policial tipificou corretamente o delito praticado por Antônio .
B. o delito não foi tipificado corretamente, pois o crime cometido por Antônio foi o
de calúnia.
C. a autoridade não tipificou corretamente o crime, pois Antônio praticou o delito
de comunicação falsa de crime.
D. Antônio somente teria praticado crime se tivesse comunicado a ocorrência por
escrito ou verbalmente.
01 – D 02 - B 03 - D 04 - C 05 - A 06 - C 07 - B 08 - C 09 - A 10 - C
115 - DIREITO PENAL
2. João da Silva e Antônio de Souza foram autuados em flagrante delito por terem
subtraído de Maria da Silva uma bolsa contendo objetos de uso pessoal e pequena
quantia em dinheiro. Ainda em fase de inquérito policial, constatou-se que a vítima é
irmã de João da Silva. Diante do caso narrado, analise as afirmações a seguir:
I. O crime de furto cometido contra irmão depende de representação. Assim, Maria
deverá oferecê-la no prazo prescricional de 6 meses.
II. O crime de furto é de ação penal pública incondicionada, em qualquer hipótese.
III. O crime de furto cometido contra irmão depende de representação. Assim, Maria
deverá oferecer representação em face de João, no prazo decadencial de 6 meses.
IV. Antônio de Souza, sendo co-autor do furto, somente será processado se a vítima
representar.
V. A imunidade relativa é pessoal e não aproveita ao co-autor.
Estão corretas apenas as afirmações contidas em
A. I e IV.
B. II.
C. III e V.
D. I e V.
03. Alberto Roberto, com 19 anos de idade, dirigindo em velocidade incompatível com o local
dos fatos, atropelou um pedestre que, em razão dos ferimentos, veio a falecer. Seu pai, João
Roberto, movido por sentimento paternalista, assumiu a autoria do crime, dando início a
inquérito policial para a apuração dos fatos. João Roberto teria, em tese, praticado o crime
de
A. favorecimento pessoal.
B. comunicação falsa de crime.
C. denunciação caluniosa.
D. auto-acusação falsa.
07.O advogado Vivaldo da Silva foi constituído pelo proprietário de um imóvel para promover
ação de despejo por falta de pagamento em face do locatário. Após a distribuição da inicial o
locador, por razões particulares, revogou a procuração outorgada para o advogado. Vivaldo
foi, então, constituído pelo locatário para promover sua defesa e ofereceu a contestação.
Neste caso, Vivaldo da Silva.
A. não pratica crime, pois a defesa sucessiva é lícita.
B. pratica crime de advocacia administrativa.
C. pratica crime de tergiversação.
D. pratica crime de patrocínio infiel.
01 - B 02 - C 03 - D 04 - D 05 - A 06 - B 07 - C 08 - B 09 - A 10 - C
114- DIREITO PENAL
1. Roberta é empregada doméstica de Carla, a qual tranca todas as portas dos armários
ao sair de casa. Numa dessas ocasiões, Roberta abre os armários e foge com as jóias
da patroa. O Ministério Público processa Roberta por furto qualificado pelo abuso de
confiança. Como defensor de Roberta, alegar-se-ia que
A. a qualificadora não se caracterizou, pois a relação empregatícia existente entre
ambas exime o aumento de pena.
B. o furto é qualificado independentemente de qualquer circunstância, ante o fato
da empregada residir na casa da patroa.
C. o abuso de confiança não se caracterizou, eis que a patroa não confiava na
empregada, posto que trancava todos os armários.
D. inobstante a natureza do trabalho doméstico, o qual pressupõe a confiança da
patroa em relação à empregada, há necessidade da configuração de algum
meio enganoso apto a iludir a patroa.
2. João atira visando matar José, que já estava morto, em razão de ataque cardíaco. É
correto afirmar que esta situação
A. configura crime impossível ou de tentativa inidônea.
B. diz respeito a crime de homicídio tentado.
C. configura o que se denomina de "crime de ensaio".
D. é a chamada "tentativa branca".
5. Em relação aos crimes contra a honra, tipificados no Código Penal, é inexato afirmar
que
A. não se admite a exceção da verdade no crime de calúnia, quando o ofendido foi
absolvido por sentença irrecorrível.
B. não se admite, em nenhuma hipótese, a exceção da verdade no crime de
difamação.
C. não se admite a exceção da verdade, em nenhuma hipótese, se qualquer dos
crimes é cometido contra chefe de governo estrangeiro.
D. se qualquer dos crimes é cometido mediante promessa de recompensa, a pena
será aplicada em dobro.
7. "É fundamental que a lei penal incriminadora seja editada antes da ocorrência do fato
criminoso." Distinga os princípios que alicerçam essa afirmativa:
A. da legalidade e da anterioridade da lei penal.
B. da extra e da ultratividade condicional da lei penal.
C. da abolitio criminis e do in dubio pro reo.
D. da lei anterior e da lei posterior benignas.
8. A pena restritiva de direitos não pode substituir a privativa de liberdade quando o réu
for reincidente
A. em qualquer crime, doloso ou culposo.
B. exclusivamente em crime doloso.
C. em crime culposo e a pena privativa de liberdade ultrapassar quatro anos.
D. específico.
10. Eustáquio Silva foi condenado por sentença transitada em julgado a cumprir a pena de
08 (oito) anos de reclusão pela prática de estupro qualificado. Assim, pode-se dizer
que
A. o réu não terá direito à progressão do regime prisional nem ao livramento
condicional.
B. o réu terá direito à progressão de regime prisional, mas não ao livramento
condicional.
C. após cumprir 2/3 da pena, terá direito à progressão de regime prisional.
D. após cumprir 2/3 da pena, terá direito ao livramento condicional.
01 –
02 - A 03 - D 04 - C 05 - B 06 - A 07 - A 08 - D 09 - C 10 - D
C
113 - DIREITO PENAL
1. Guilherme, ao ser preso por estelionato, fornece à autoridade policial o documento de
identidade de seu irmão gêmeo falecido, Gustavo, com o fito de não caracterizar a
reincidência sobre si. Após ser descoberta tal farsa, Guilherme pode ser processado
por falsa identidade?
A. Em termos. Se Guilherme for condenado pelo estelionato, não há que se falar
em falsa identidade. Do contrário, é possível seu indiciamento e processamento
pela falsa identidade.
B. Sim, eis que se atribui falsa identidade para obter vantagem, em proveito
próprio.
C. Não. A conduta de agente que se atribui falsa identidade para escapar da ação
policial não caracteriza infração penal, pois se trata do direito de buscar a
liberdade almejada por todos os seres humanos.
D. Sim. A falsa identidade é crime que independe da situação em que ele é
cometido. Portanto, sempre que ele ocorrer, poderá seu autor ser processado.
3. Rodrigo pretende roubar transeuntes no centro da cidade, mas como não tem
coragem para isso, embriaga-se dolosamente, com o intuito de praticar tais atos
criminosos. Diante desta situação, a doutrina penal reconhece que
A. Rodrigo não responderá pelos crimes cometidos, ante sua semi-imputabilidade.
B. aplica-se a teoria da actio libera in causa.
C. a embriaguez voluntária dolosa é causa de diminuição de pena.
D. a consciência de Rodrigo viu-se abalada pela embriaguez, respondendo ele
parcialmente por seus atos.
4. O que se compreende por "sursis" etário e humanitário?
A. O "sursis" etário é o aplicado aos maiores de 70 anos na data da sentença, e o
humanitário é o concedido à pessoa enferma, desde que devidamente
justificado, podendo a pena atingir até 4 anos.
B. O "sursis" etário é o aplicado ao menor de 21 anos na data do fato e ao maior
de 70 anos na data da sentença, e o humanitário é aquele concedido às
mulheres grávidas.
C. O "sursis" etário é o concedido em virtude da idade do condenado, e o
humanitário é aquele aplicado aos homens que tiveram remidas suas penas.
D. O "sursis" etário é o aplicado aos menores de 21 anos e aos maiores de 60
anos, e o humanitário é o concedido especialmente aos portadores do vírus
HIV.
6. Maria de Lima, ao sair de um bar, onde trabalhava como garçonete, foi abordada em
um lugar ermo e constrangida a manter relações sexuais com Antonio de Souza e
Ermenegildo Flores. Os acusados foram devidamente denunciados, porém, no curso
da ação penal Maria de Lima casou-se civilmente com Antonio de Souza. Neste caso,
01 - C 02 - A 03 - B 04 - A 05 - D 06 - C 07 - A 08 - B 09 - D 10 - D
112 -DIREITO PENAL
A. territorialidade.
B. nacionalidade.
C. competência real.
D. competência universal.
A. passível de contra-argumentação.
B. incorreta.
C. correta.
A. 5 (cinco) anos, eis que a prescrição qüinqüenal adotada pelo Código Penal é
taxativa a respeito do assunto.
B. 4 (quatro) anos, contados do dia em que a pena for extinta, ou daquele em que
terminar a execução da mesma, ou do cumprimento do "sursis", ou do
cumprimento do livramento condicional.
C. 3 (três) anos após o cumprimento da pena, desde que não haja mais nenhuma
pena imposta e nenhum processo em julgamento.
D. 2 (dois) anos, contados do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena,
ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e
o do livramento condicional, se não sobrevier revogação.
4. De acordo com o art. 15 do Código Penal, o agente que, voluntariamente, desiste de
prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos
atos já praticados. Diante disto, é possível dizer que
5. Anaxágoras, com a intenção de seqüestrar o filho de seu patrão para obter vantagem
monetária como preço do resgate, compra cordas, furta um carro e arruma o local que
serviria como cativeiro. Dois dias antes de efetivar seu intento, seus planos são
descobertos. Diante destes fatos, Anaxágoras
6. O crime de rixa tem o tipo qualificado quando ocorre o resultado morte ou lesão
corporal de natureza grave. Assim, em relação ao participante que sofreu a lesão
corporal grave, pode-se afirmar que
C. é isento de pena.
B. concussão.
C. excesso de exação.
D. corrupção ativa.
A. o crime impossível.
B. o arrependimento posterior.
C. a desistência voluntária.
D. o arrependimento eficaz.
10. De acordo com a Lei nº 9099/95, pode-se afirmar que se consideram infrações penais
de menor potencial ofensivo
D. somente os crimes a que a lei comine pena máxima igual ou inferior a um ano,
excetuando-se os casos em que a lei preveja procedimento especial.
01 –
02 - C 03 - D 04 - A 05 - B 06 - D 07 - C 08 - B 09 - A 10 - B
A
111 -DIREITO PENAL
1. Aos 30 minutos do dia de seu 18º aniversário, Crasso comete crime de estupro, na
modalidade de violência presumida, ao manter conjunção carnal com sua namorada
menor de 14 anos. Diante desta situação, Crasso
A. é considerado imputável perante a lei penal, não importando a hora de seu
nascimento.
B. será considerado inimputável perante a lei penal, caso tenha nascido em
horário posterior ao ocorrido.
C. não pode ser considerado inimputável perante a lei penal, eis que houve
consenso da vítima.
D. pode ser considerado imputável perante a lei penal, desde que os pais de sua
namorada assim desejem.
5. Demócrito reage a fato típico previsto como roubo qualificado por emprego de arma.
Como Demócrito é policial militar, mas estava à paisana, dispara um tiro contra o
agente delitivo, vindo a causar sua morte por atingir o coração. Sabendo disto, mas
estando perturbado com a ação criminosa, descarrega os outros cinco projéteis contra
o ladrão. Demócrito
A. não será beneficiado pela legítima defesa, eis que, apesar de ser policial militar,
não está a serviço.
B. agiu em excludente de criminalidade em virtude da legítima defesa, não
respondendo por seu ato lesivo.
C. responderá por excesso doloso na legítima defesa.
D. não poderia, por ser policial militar, atingir o coração do ladrão, mas sim outras
áreas não vitais de seu corpo, respondendo por homicídio doloso, mas
beneficiando-se com a diminuição da pena de um a dois terços.
6. Os crimes de lesão corporal culposa praticados após o advento da lei 9.099/95 exigem
representação do ofendido, cujo prazo decadencial de
A. seis meses, começa a fluir a partir da data em que foi descoberta a autoria.
B. seis meses, começa a fluir a partir da data do fato.
C. um mês, começa a fluir a partir da data do fato.
D. um mês, começa a fluir a partir da intimação do ofendido.
9. Ulisses seqüestrou a adolescente Penélope com o fim de obter certa quantia como
resgate, levando-a para o Estado do Rio. Uma semana após, Ulisses descobriu que
seqüestrara a pessoa errada e que Penélope era moça pertencente a família muito
pobre. Diante disto, espontaneamente, libertou Penélope, ilesa, sem nada receber.
Ocorre que, enquanto Ulisses mantinha Penélope privada de sua liberdade, outra lei
entrou em vigor, dispondo de modo mais severo quanto à punição do crime.
Assinale a alternativa incorreta.
A. A lei posterior será aplicada no caso narrado, pois "extorsão mediante
seqüestro" é crime permanente.
B. O fato praticado por Ulisses tipifica-se como crime impossível.
C. No caso, não será aplicada a lei mais severa, pois a Constituição somente
admite a retroatividade de lei posterior mais benéfica.
D. De acordo com o Código Penal, Ulisses responderá por tentativa de "extorsão
mediante seqüestro".
3. João subtrai uma furadeira pertencente a seu vizinho José, sem que este saiba disto,
com o intuito de usá-la para pendurar um quadro na sala de sua casa, devolvendo-a
intacta, minutos depois, no mesmo lugar. José descobre tal fato. Na hipótese, ocorreu
A. apropriação indébita – art. 168, caput, do Código Penal.
B. furto simples – art. 155, caput, do Código Penal.
C. furto de uso, que é fato atípico.
D. roubo simples – art. 157, caput, do Código Penal.
6. "Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de
liberdade em que haja incorrido". Trata-se de
A. concurso material.
B. concurso formal.
C. crime continuado.
D. cúmulo material/formal.
7. Rogério, amigo íntimo de Rubens, comenta com este que vai assaltar o Banco "Y" na
manhã de segunda-feira, pedindo que guarde segredo. No dia do roubo, Rogério é
preso e diz à polícia que Rubens sabia disto. Portanto, diante desta hipótese, é correto
afirmar que
A. Rogério responde pelo crime de roubo e Rubens terá a pena diminuída de um a
dois terços por participação de menor importância.
B. Rubens é partícipe, eis que tinha ciência do crime a ser praticado por Rogério.
C. somente Rogério é autor do crime de roubo.
D. Rogério é autor e Rubens é co-autor.
01 - 02 - 03 - 04 - 05 - 06 - 07 - 08 - 09 -
10 - B
B A C D B A C A C
121 - DIREITO PROCESSUAL PENAL
1. Proferida sentença criminal condenatória em audiência numa sexta-feira, o dies ad quem
para a interposição do recurso terminará na
(A) segunda-feira seguinte.
(B) quarta-feira seguinte.
(C) sexta-feira seguinte.
(D) quinta-feira seguinte.
2. Caso o indiciado adquira bens imóveis com os proventos da infração, estarão estes
sujeitos a processo de
(A) busca e apreensão.
(B) seqüestro.
(C) arresto.
(D) especialização de hipoteca legal.
3. Havendo fundadas dúvidas à versão oferecida pelo acusado por ocasião de seu
interrogatório judicial, o juiz poderá reinterrogá-lo
(A) a todo tempo.
(B) antes de oferecida a defesa prévia.
(C) antes do oferecimento das alegações finais, pelas partes.
(D) até o término da instrução criminal.
4. Pelo princípio da instrumentalidade das formas,
(A) um recurso poderá ser recebido por outro, salvo hipótese de má-fé.
(B) não se declarará nulo o ato processual que não houver influído na apuração da verdade
substancial ou na decisão da causa.
(C) o Ministério Público não poderá desistir de ação por ele interposta.
(D) o juiz está obrigado a decidir em conformidade com a prova dos autos.
5. O habeas corpus
(A) destina-se a sanar qualquer coação ilegal, mesmo que para sua demonstração se torne
indispensável a dilação probatória.
(B) poderá ser impetrado de ofício pelo juiz sempre que o ato por ele praticado configurar
coação ilegal.
(C) poderá ser impetrado por qualquer pessoa – inclusive pelo Ministério Público em favor do
réu – mesmo sem procuração.
(D) não presta para se argüir nulidade processual, pois para esta finalidade o Código de
Processo Penal destinou as alegações finais e as razões recursais.
6. No processo penal, os embargos infringentes e de nulidade
(A) têm efeito devolutivo limitado à divergência do voto vencido.
(B) podem ser opostos contra qualquer acórdão, inclusive os proferidos em sede de habeas
corpus.
(C) podem ser opostos tanto pela acusação quanto pela defesa, bastando, apenas, que o
recorrente tenha sido vencido por maioria de votos na apelação ou no recurso em sentido
estrito.
(D) buscam a declaração ou correção do ponto omisso, obscuro, ambíguo ou contraditório.
7. Estando o acusado no estrangeiro, será ele citado por
(A) edital, ainda que esteja em lugar sabido.
(B) carta rogatória, se estiver em lugar sabido.
(C) carta de ordem, se estiver em lugar sabido.
(D) carta precatória, se estiver em lugar sabido.
8. Incabível o recurso em sentido estrito contra decisão que
(A) rejeitar a denúncia ou queixa.
(B) pronunciar ou impronunciar o réu.
(C) anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte.
(D) receber a denúncia ou queixa.
9. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz
(A) não poderá ser arrolada pelas partes.
(B) será trazida à sede da jurisdição do juiz com as custas pagas pela parte que a arrolou.
(C) dispõe da faculdade de escolher o local onde quer ser ouvida.
(D) será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, mediante carta precatória.
10. Se a autoridade policial concluir que o fato apurado no inquérito não constitui crime,
deverá
(A) abrir inquérito policial contra a pessoa que deu início à investigação policial.
(B) arquivar os autos e, posteriormente, no prazo de 24 horas, comunicar à autoridade
judiciária.
(C) encaminhar os autos à autoridade judiciária, que determinará o seu arquivamento, se
assim o entender.
(D) informar a Corregedoria de Polícia para que esta tome as providências cabíveis.
(A) deverá remeter os autos ao Procurador Geral da Justiça, caso discorde da manifestação
do Promotor de Justiça, para que outro ofereça alegações finais.
(B) deverá proferir sentença absolutória, porque o Ministério Público é o titular da ação penal.
(C) poderá proferir sentença condenatória, porque não está vinculado à manifestação do
Promotor de Justiça.
(D) poderá proferir sentença absolutória somente se o fato for manifestamente atípico.
8. A decisão que decreta a prisão preventiva do acusado é considerada
(A) terminativa.
(B) interlocutória mista terminativa.
(C) interlocutória mista não terminativa.
(D) interlocutória simples.
9. Terminada a primeira fase do procedimento de crime da competência do júri, o juiz
(A) pronunciará o acusado, se estiver convencido da existência do crime e de indícios de sua
autoria.
(B) absolverá sumariamente o acusado, se não estiver convencido da existência do crime ou
de indícios suficientes de que o réu seja o seu autor.
(C) impronunciará o acusado, se estiver convencido da existência de crime diverso da
competência do júri.
(D) declinará da competência, se estiver convencido da existência de circunstância que
exclua o crime ou isente de pena o réu.
10. Se durante o trâmite da ação penal pública, houver dúvida em relação à sanidade mental
do acusado, o incidente de insanidade mental poderá ser instaurado pelo juiz
(A) de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do
ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado.
(B) apenas a requerimento do defensor, do curador, descendente, irmão ou cônjuge do
acusado.
(C) só a requerimento do Ministério Público ou do defensor.
(D) exclusivamente de ofício, quando o juiz entender que, para a formação de seu
convencimento, o exame médico-legal é imprescindível
1-D 2-C 3-D 4-A 5-C 6-A 7-C 8-D 9-A 10 - A
118 - DIREITO PROCESSUAL PENAL
1. O Magistrado, ao analisar a denúncia proposta pelo Ministério Público, poderá rejeitá-la?
(A) Sim, se for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o
exercício da ação penal.
(B) Sim, caso o fato narrado evidentemente não constitua crime.
(C) Sim, se já estiver extinta a punibilidade pela prescrição ou outra causa.
(D) Todas as alternativas são corretas.
2. Frederico confessa, perante o Juiz de Direito, a prática de crime contra os costumes,
aduzindo que o réu Marcos é inocente. Após o transcurso da instrução probatória, o
Magistrado condena o réu Marcos, absolvendo Frederico da prática que confessara. Agiu
corretamente o órgão julgador?
(A) Não, a confissão é a prova suprema, a qual se reveste de maior relevância diante do
confronto com outras provas, devendo prevalecer no caso de dúvida.
(B) Sim, eis que a confissão deverá ser confrontada com as demais provas do processo,
verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
(C) Não, posto que o Juiz não pode condenar quem foi inocentado por confissão alheia.
(D) Sim, mas neste caso deverá o Juiz mandar processar Frederico por falsidade ideológica.
3. No tocante ao tema concernente à ação penal pública condicionada à representação,
pode-se dizer que esta
(A) é passível de retratação a qualquer tempo.
(B) será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
(C) é plausível apenas nos processos contravencionais.
(D) é imprescindível, seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou
interesse da União, Estado e Município.
4. Joaquim, com 07 anos de idade, testemunha crime de homicídio em rua do bairro onde
reside. Pode ele ser testemunha em processo penal?
(A) Sim, toda pessoa poderá testemunhar.
(B) Não, o Código de Processo Penal veda o depoimento infantil, por ser fantasioso, em
razão da pouca idade da testemunha.
(C) Como à criança não se pode exigir o compromisso de dizer a verdade, seu depoimento
não será considerado para qualquer fim.
(D) A criança pode ser testemunha em processo penal, desde que tenha mais de 14 anos
completos.
5. Manoel está preso em presídio do mesmo Estado Federado, mas distante 500 quilômetros
da sede do juízo condenatório. Diante disto, pode-se afirmar que:
(A) a intimação da sentença pode ser feita ao réu, ou ao seu defensor, não havendo
necessidade de cumulação de intimações.
(B) a intimação da sentença deverá ser feita na pessoa do defensor do réu, em razão da
distância do presídio onde ele se encontra preso.
(C) a intimação da sentença deverá ser feita pessoalmente ao réu.
(D) em razão do princípio da celeridade processual, o réu pode optar por não ser intimado da
sentença. Neste caso, apenas seu defensor será dela intimado.
6. Carlos está sendo interrogado pelo Juiz de Direito acerca de possível receptação de
carros furtados e não responde corretamente às perguntas formuladas pelo Magistrado,
demonstrando perturbação das idéias. Qual providência deve o Juiz adotar?
(A) O Juiz deverá anotar as respostas do réu em termo circunstanciado, decretando a
suspensão do processo, em virtude da insanidade mental do acusado.
(B) Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o Juiz ordenará a
realização de exame médico-legal.
(C) Em se verificando que o réu é portador de doença mental, não podendo responder sobre
as perguntas formuladas pelo Magistrado, deve este nomear curador ao réu, sem
necessidade de perícia médica.
(D) Havendo dúvida acerca da insanidade mental do acusado, o Juiz aguardará pedido do
Ministério Público para nomeação de advogado público ao réu, o qual tomará as
providências para dirimir tal situação.
7. Tratando-se de infração continuada, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência será determinada
(A) após o trânsito em julgado da sentença, pelo acusado condenado ou absolvido, para ver
alterado o mérito da decisão ou o seu fundamento.
(B) pelo condenado, após o trânsito em julgado da sentença, mas antes da extinção da
pena.
(C) pelo condenado, após o trânsito em julgado da sentença, antes ou depois da extinção da
pena.
(D) pelo condenado, mas somente após a extinção da pena.
I. doença mental;
II. desenvolvimento mental incompleto;
III. embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior;
IV. desenvolvimento mental retardado;
V. embriaguez completa culposa.
É exato dizer que são causas biológicas que excluem a imputabilidade, desde que o agente,
em virtude destas, ao tempo da ação ou omissão, fosse inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, os estados
nomeados
(A) apenas nos itens I, II, III e IV.
(B) apenas nos itens I, II e IV.
(C) apenas nos itens III e IV.
(D) em todos os itens.
4. "O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso
noturno. O trabalho será em comum, dentro do estabelecimento, na conformidade das
aptidões ou ocupações anteriores do condenado. Será possível o trabalho externo em
serviços ou obras públicas."(Fernando da Costa Tourinho Filho. Processo Penal, vol. 3., 19ª
ed., Ed. Saraiva, pg. 376).
O autor refere-se, no trecho acima,
(A) ao regime aberto.
(B) ao regime semi-aberto.
(C) ao regime fechado.
(D) às limitações de fim-de-semana.
5. "Cabe ao ofendido, ou ao seu representante legal, deliberar sobre o oferecimento da ação
penal." A asserção decorre de um dos princípios das ações penais privadas. Nomine o
princípio invocável
(A) da disponibilidade.
(B) da oportunidade.
(C) da iniciativa de parte.
(D) da oficialidade.
6. Aponte a variante válida.
(A) O Delegado de Polícia é o titular da ação penal.
(B) Toda ação penal deve ser proposta pelo Ministério Público.
(C) O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
(D) A representação da vítima é requisito necessário a toda ação penal pública.
7. Quanto ao recurso de apelação, é lícito asseverar que
(A) é recurso privativo da defesa.
(B) só pode ser interposto contra sentenças condenatórias.
(C) tem o prazo de quinze dias para ser interposto.
(D) será julgado deserto se o condenado fugir depois de haver apelado.
8. Os prazos processuais são computados
(A) excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento do prazo.
(B) incluindo-se o dia do começo do prazo.
(C) incluindo-se o dia do começo e o do final do prazo.
(D) excluindo-se o dia do começo e o do final do prazo.
9. A denegação do envio de recurso em sentido estrito ao Tribunal competente enseja a
interposição de
(A) Embargos de declaração.
(B) Habeas Corpus.
(C) Mandado de Segurança.
(D) Carta Testemunhável.
10. Não se conformando com a r. sentença de pronúncia, poderá o acusado
(A) interpor apelação.
(B) impetrar Habeas Corpus.
(C) manipular recurso em sentido estrito.
(D) opor agravo.
02. João da Silva foi detido por policiais militares, eis que havia contra ele firme suspeita
de ter cometido crime de roubo seguido de morte. Na delegacia, constatou-se possuir o
indiciado longa folha de antecedentes criminais. Assim, o Delegado de Polícia
representou ao Magistrado requerendo sua prisão temporária. Neste caso, acatando o
pedido, o despacho judicial deverá ser
A. fundamentado e prolatado em 10 (dez) dias.
B. prolatado em 5 (cinco) dias.
C. fundamentado e prolatado em 24 (vinte e quatro) horas.
D. prolatado em 24 (vinte e quatro) horas, dispensada a fundamentação.
03. João da Silva constrangeu Maria das Flores, mediante violência, a praticar com ele
ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Antônio da Silva, com treze anos de idade e
vizinho de João, presenciou o crime. Ao oferecer a denúncia, o representante do
Ministério Público arrolou Antônio como testemunha. Sendo intimado para a audiência de
oitiva das testemunhas de acusação, Antônio da Silva poderá
A. alegar que está legalmente proibido de depor por ser menor.
B. recusar-se a depor, por ser vizinho de João.
C. mesmo sendo menor inimputável, prestar compromisso de dizer a verdade.
D. ser ouvido como informante.
05. Se em procedimento criminal o acusado for citado por edital, poderá ocorrer a
seguinte hipótese:
A. este não comparece e constitui advogado.
B. este comparece, e não tendo condições de constituir um advogado, o juiz
suspenderá o processo e o curso do prazo prescricional.
C. este não comparece e não constitui advogado, ficando suspensos o processo e
o curso do prazo decadencial.
D. este não comparece e constitui advogado, ficando suspensos o processo e o
curso do prazo prescricional.
06. João foi denunciado e processado por crime de homicídio em concurso material com
o crime de estupro. O Tribunal do Júri absolveu-o do homicídio. Neste caso,
A. o Tribunal do Júri deve julgar também o crime de estupro, pois são crimes
conexos.
B. o juiz deve remeter os autos aos juízo singular para o processamento e
julgamento do crime de estupro.
C. o juiz deve julgar o crime de estupro, aproveitando as provas colhidas na
instrução.
D. o Tribunal do Júri tem competência exclusiva para julgamento dos crimes
dolosos contra a vida.
07. Em matéria recursal, entende-se por efeito extensivo aquele que beneficia
A. o co-réu que não apelou, salvo se o recurso foi fundamentado em razões de
natureza exclusivamente pessoal.
B. todos os co-réus que figuram no mesmo processo.
C. o réu relativamente maior.
D. o réu em outros processos nos quais também figura como autor ou partícipe.
08. Assinale a alternativa correta, na hipótese de a testemunha morar fora da jurisdição
do Magistrado.
A. Será inquirida pelo juiz processante, impreterivelmente, em dia e hora
designados para esse fim.
B. Será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim,
carta rogatória.
C. A carta precatória expedida para a oitiva de testemunha não suspenderá a
instrução criminal.
D. A carta precatória expedida para a oitiva de testemunha suspenderá a instrução
criminal.
10. João da Silva, nascido em 10 de outubro de 1987, praticou ato infringente. Foi
apreendido em flagrante, permanecendo internado provisoriamente. Segundo o Estatuto
da Criança e do Adolescente, o prazo máximo para a conclusão do procedimento de
apuração dos fatos é de
A. 81 (oitenta e um) dias, de acordo com a jurisprudência dos Tribunais.
B. 38 (trinta e oito) dias, pois o rito que apura ato infringente é sumário.
C. 45 (quarenta e cinco) dias, conforme dispõe o ECA.
D. 65 (sessenta e cinco) dias, segundo regula o ECA.
1. Com relação às infrações penais que deixam vestígios, quantos peritos devem efetuar
o exame de corpo de delito?
a. Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por 2 peritos
oficiais.
b. O exame de corpo de delito deve ser efetuado por 1 perito oficial, sendo
facultado às partes a indicação de peritos auxiliares.
c. Necessariamente, intervirão 3 peritos nos exames de corpo de delito.
d. Nos exames de corpo de delito serão necessários 2 peritos oficiais, acrescidos,
obrigatoriamente, de 2 auxiliares técnicos indicados pelas partes.
2. Antônio Soares foi denunciado por crime de bigamia. Seu advogado, no interesse de
sua defesa, requereu ao juiz a suspensão do processo para apurar no juízo cível a
questão prejudicial. O magistrado, contudo, indeferiu o pedido. Assinale a alternativa
correta.
a. Interposição de recurso de apelação.
b. Formação de recurso em sentido estrito.
c. Oposição de recurso de agravo.
d. A situação não enseja recurso.
8. João foi denunciado por crime de homicídio qualificado, sendo que a mulher da vítima
habilitou-se, por meio de advogado, como assistente de acusação. Após regular
instrução criminal, João foi pronunciado pelo Juiz da Vara do Júri por homicídio
simples, não havendo recurso do Ministério Público. O assistente de acusação, neste
caso,
a. poderá recorrer em sentido estrito.
b. poderá apelar da decisão de pronúncia.
c. não poderá recorrer da decisão de pronúncia.
d. poderá impetrar mandado de segurança.
9. Percebendo que o réu se oculta para evitar a citação em ação penal, deverá o MM.
Juiz
a. decretar a prisão preventiva do acusado.
b. determinar a citação por edital, com prazo de 5 dias.
c. anotar tal circunstância e julgar prejudicada a citação por este motivo.
d. ordenar a citação por hora certa.
10. Em relação aos efeitos dos recursos no processo penal, aquele que beneficia acusado
não recorrente denomina-se
a. suspensivo.
b. devolutivo.
c. resolutivo.
d. extensivo.
01. A fiança
A. é cabível em relação a todo crime, inclusive aos que tenham sido cometidos
com o emprego de violência ou grave ameaça.
B. poderá ser concedida pela autoridade policial somente com autorização judicial.
C. é cabível aos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada
não for superior a 2 (dois) anos.
D. é cabível aos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada
não for superior a 1 (um) ano.
02. Ao indeferir o pedido de liberdade provisória, o Juiz justifica que o réu praticou crime
grave ao qual é cominada a pena de reclusão. Qual a disjuntiva válida?
A. Tal argumento, por si só, é inservível para indeferir o pedido de liberdade
provisória.
B. Agiu o Magistrado de acordo com o prescrito no Código de Processo Penal.
C. Cabe ao Magistrado ponderar os argumentos pelos quais indeferiu a liberdade
provisória, sendo certo que crimes apenados com reclusão encontram óbice
constitucional legal para tal.
D. O indeferimento do pedido de liberdade provisória não precisa ser motivado
pelo Magistrado, ficando ao seu livre convencimento diante do caso sub judice.
04. Quando da dosimetria da pena, o Juiz opta pelo regime fechado para o cumprimento
desta. Assim,
A. sempre que houver possibilidade de o Juiz aplicar regime de cumprimento de
pena mais severo, deve ele motivar esta opção.
B. toda vez que isso acontecer, deve o réu, ante a gravidade do regime, recorrer
de tal decisão.
C. sistematicamente, deve o Juiz motivar a sentença, excetuando-se em relação
ao regime imposto.
D. se a pena for fixada no mínimo legal, não caberá modificação de tal decisão.
05. "Havendo dúvida sobre a integridade mental do acusado, o Juiz ordenará, de ofício ou
a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, do
descendente, do irmão ou do cônjuge do acusado, seja aquele submetido a exame
médico-legal." Qual o rito específico?
A. O incidente da insanidade mental processar-se-á em autos apartados, que só
depois da apresentação do laudo, serão apensos ao processo principal.
B. Tal incidente de insanidade mental realizar-se-á nos autos do processo principal,
o qual ficará suspenso temporariamente.
C. Tal medida processar-se-á tão-somente me- diante presidência do Ministério
Público, em autos separados.
D. O incidente em referência processar-se-á antes de oferecida a denúncia do
Ministério Público.
07. Túlio, com 20 anos de idade, tendo sido citado pessoalmente, foi processado à revelia
e condenado por ter roubado de Miguel a quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais),
apesar de tê-la devolvido à vítima antes de recebida a denúncia. Pode-se afirmar que
A. a condenação teve como fundamento a revelia de Túlio, tendo-se em vista que,
ao ser considerado revel, presumem-se verdadeiros os fatos alegados contra o
réu.
B. a pena aplicada a Túlio deverá ser reduzida de um a dois terços em virtude da
ocorrência do instituto do arrependimento posterior.
C. o processo e o prazo prescricional deveriam ter sido suspensos em virtude de
ter sido decretada a revelia de Túlio.
D. o prazo prescricional será reduzido de metade em virtude da idade do réu.
01 –
02 - A 03 - B 04 - A 05 - A 06 - C 07 - D 08 - D 09 - A 10 - C
C
113 - DIREITO PROCESSUAL PENAL
02. Nos crimes em que se processa mediante ação penal pública condicionada à
representação, com a morte do ofendido, é correto dizer que
A. o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão do ofendido.
B. o direito de representação é intransferível, devendo ser arquivado o inquérito
policial.
C. a requerimento dos parentes do ofendido, por escritura pública, poderá ser
nomeado advogado para promover a ação penal.
D. o Ministério Público, dominus litis, poderá promover a ação penal.
03. Após a colheita de provas pelo Delegado de Polícia, ao findar o inquérito policial, é
elaborado relatório de tudo que tiver sido apurado durante este procedimento. Na
hipótese de a autoridade policial concluir pela inocência do réu, deverá ela
A. fazer minucioso relatório e determinar o arquivamento dos autos inquisitoriais.
B. elaborar minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviar os autos ao juiz
competente.
C. produzir minucioso relatório e encaminhar os autos ao Ministério Público para
que ele promova o arquivamento do feito.
D. arquivar os autos inquisitoriais, dando ciência ao Ministério Público e ao
Magistrado.
04. Negídio é interrogado pelo Juiz Criminal na presença de seu advogado Agério, o qual
deixa de apresentar procuração para tal defesa. Após isso, com a ausência deste
advogado na fase processual seguinte, é alegada a nulidade do ato do interrogatório, por
falta de instrumento de mandato. Procede tal alegação?
A. Não. A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, se o
acusado o indicar por ocasião do interrogatório.
B. Sim. A nulidade é procedente, eis que inexistiu instrumento de mandato válido.
C. Sim, desde que a nulidade seja alegada apenas pela acusação.
D. Sim, desde que Negídio a invocasse, na primeira oportunidade em que
comparecesse perante o juiz.
06. Por decisão do Juízo da 1a Vara Auxiliar do Júri do Foro da Penha, Cícero foi
pronunciado porque, na instrução criminal, ficou demonstrada a materialidade e os
indícios de autoria do crime de "induzimento ao suicídio" que este teria praticado contra
sua esposa. O advogado de Cícero apelou da decisão no prazo legal. Sendo tal recurso
incabível na hipótese, o Tribunal ad quem
A. deverá devolvê-lo ao juízo a quo para que outro recurso seja interposto.
B. conhecerá do recurso face ao princípio da fungibilidade.
C. conhecerá do recurso face ao princípio do in dubio pro reo.
D. não conhecerá do recurso face ao princípio da unirrecorribilidade.
07. Em relação aos efeitos dos recursos no processo penal, aquele que beneficia
acusado não recorrente denomina-se
A. devolutivo.
B. suspensivo.
C. resolutivo.
D. extensivo.
08. Ulisses e Penélope foram denunciados pelo Ministério Público como incursos nas
penas do artigo 121, § 2o, inciso IV do Código Penal porque, com emprego de veneno,
mataram seu colega de escola. Encerrada a primeira fase processual, para que o juiz
decida pela pronúncia, é (são) requisito(s) mínimo(s)
A. certeza da autoria e prova da materialidade.
B. confissão dos acusados.
C. indícios de autoria e prova da existência do crime.
D. indícios de autoria e indícios de materialidade.
09. O condenado que tiver seu pedido de livramento condicional indeferido pelo Juízo das
Execuções deverá interpor
A. habeas corpus, pois cumpridos todos os requisitos para a obtenção do
livramento condicional, o indeferimento configura constrangimento ilegal.
B. mandado de segurança, pois cumpridos todos os requisitos para a obtenção do
livramento condicional, o condenado tem o direito líquido e certo ao benefício.
C. recurso em sentido estrito, pois há previsão legal.
D. agravo, pois há previsão legal.
10. João, testemunha de crime contra os costumes, por ser tímido e envergonhado, traz
seu depoimento por escrito e entrega ao juiz no momento de sua oitiva. Na hipótese,
A. desde que a testemunha assine embaixo do subscrito por ela, declarando
solenemente em audiência que aquilo corresponde à verdade, é aceitável tal
depoimento.
B. o depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha
trazê-lo por escrito, não sendo vedada a breve consulta a apontamentos.
C. o juiz somente poderá aceitar tal depoimento se notar realmente ser impossível
deduzi-lo verbalmente.
D. levando-se em consideração o princípio da celeridade processual, é possível tal
procedimento sempre que o juiz autorizar.
1-C 2-A 3-B 4-A 5-C 6-B 7-D 8-C 9-D 10 - B
112 - DIREITO PROCESSUAL PENAL
01. Júlio César ajuizou queixa-crime em face de Marco Túlio, narrando na inicial que o
querelado lhe atribuiu, falsamente, o cometimento de crime de estelionato. O querelado
ofereceu a exceção da verdade, consoante lhe faculta o Código Penal. Neste caso, o
querelante
C. indispensável.
03. A liberdade provisória pode ser requerida em crimes graves, como o de roubo
qualificado com o emprego de arma?
A. Sim, não existe óbice para tal, desde que preenchidos os requisitos legais.
B. Não, a sociedade não pode tolerar que réus perigosos possam ser beneficiados
com a liberdade provisória.
A. alegar que está legalmente proibido de depor por ser filho do acusado.
05. Maxêncio cumpre pena em regime fechado por ter sido condenado nas sanções do
artigo 157, parágrafo 3o, do Código Penal (roubo seguido de morte). Decorrido o prazo
legal determinado na lei penal para a obtenção do Livramento Condicional, seu advogado
ingressa com o pedido do benefício, junto à Vara das Execuções Criminais. Após as
formalidades legais, o Juiz, entendendo que o sentenciado praticou crime de extrema
gravidade, nega o requerido. Diante desta hipótese, assinale a alternativa correta.
05. O representante do Ministério Público denuncia Horácio Jovem pela prática de crime
de furto. Ocorre que, após a realização da instrução criminal e em decorrência da prova
contida nos autos do processo, o juiz constata a possibilidade de nova definição jurídica
do fato, posto que restou demonstrado que o acusado não havia subtraído a res, mas
tinha precedentemente sua posse lícita. Após tal constatação, o magistrado profere, de
imediato, a decisão definitiva, condenando o acusado pela prática de crime de
apropriação indébita, cuja pena cominada é a mesma do delito de furto. Diante do
exposto, o juiz
A. procedeu corretamente ao proferir, de imediato, o decreto condenatório, por ser
hipótese de mutatio libelli.
06. Pompeu foi autuado em flagrante delito no dia 01 de novembro próximo passado, por
estar traficando entorpecentes próximo a uma escola pública. O inquérito policial deveria
estar encerrado com o competente relatório do Delegado de Polícia no dia
A. 06 (seis) de novembro, porque a Lei de Tóxicos determina o encerramento do
inquérito policial em 5 (cinco) dias.
B. 05 (cinco) de novembro, por tratar-se de crime regido pela Lei de Tóxicos que
determina o encerramento do inquérito policial em 5 (cinco) dias.
07. Por ter praticado crime de extorsão mediante seqüestro, Oto foi condenado a cumprir
a pena de 08 (oito) anos de reclusão em regime fechado. A sentença transitou em julgado
e, após 03 (três) anos de cumprimento, Oto demonstrou inequivocamente estar
acometido de doença mental. Levantado o incidente de insanidade mental, os peritos
concluíram que o condenado deveria ser transferido para o Manicômio Judiciário para
submeter-se a tratamento. Sabendo-se que a doença mental sobreveio à infração penal,
pode-se afirmar que
09. Vitélio, traficante que domina as ruas de um bairro na periferia da Capital, foi preso na
Comarca de Taubaté, mediante mandado de prisão preventiva, por policiais civis que há
vários meses estavam em sua perseguição. Após as formalidades policiais, Vitélio foi
trazido para São Paulo. Com o indiciado foram encontrados dez pacotinhos de cocaína e
um revólver calibre 38 com a numeração raspada. Em juízo, no interrogatório, Vitélio
alegou ser para seu uso o entorpecente apreendido, afirmando que por ser dependente
da droga, encontrava-se em tratamento com médico especialista.
I. o crime tipificado na Lei de Tóxicos e o crime de "porte ilegal de arma" serão julgados
em um único processo, pois são conexos;
II. o médico que trata a doença de Vitélio foi arrolado como testemunha pela defesa,
porém, poderá recusar-se a depor;
III. a ação penal deveria ter sido proposta em Taubaté onde Vitélio foi preso;
IV. o médico que trata a doença de Vitélio está proibido de depor, porém poderá ser
desobrigado pelo acusado.
A. I está correta.
B. I e IV estão corretas.
C. I e II estão corretas.
02. Pedro comete crime de roubo qualificado com o resultado morte no Estado de São
Paulo, bem próximo da divisa com o Estado do Rio de Janeiro. Será competente para
processar e julgar a ação penal que for deflagrada,
A. a Justiça Estadual Paulista.
B. a Justiça Estadual Carioca.
C. a Justiça Federal.
D. o Tribunal do Júri do Estado de São Paulo.
03. Os exames de corpo de delito e outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais.
Diante disto, é possível afirmar que
A. os peritos devem ser sempre assistidos por profissionais técnicos escolhidos
pelas partes (assistentes-técnicos).
B. não havendo peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior, escolhidas, de preferência, entre as que
tiverem habilitação técnica relacionada à natureza do exame.
C. os peritos oficiais devem desempenhar seus cargos sob a supervisão do
Ministério Público, instituição esta que exerce a Corregedoria Permanente.
D. a prova produzida por eles não pode ser contestada em hipótese alguma, diante
do compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
04. Ricardo, Juiz de Direito, após o encerramento da fase probatória, decide converter o
julgamento em diligência, com o intuito de ouvir mais uma testemunha que julga
importante ao desvendar da trama criminosa. Assim, o Defensor Público contesta tal ato,
aludindo que isto não é possível diante do disposto na lei processual penal. Assiste-lhe
razão?
A. Não, pois o Juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas
além das indicadas pelas partes.
B. Sim, pois após o encerramento da fase probatória opera-se a perempção.
C. Sim, em virtude disto não ter sido requerido pelas partes.
D. Não, pois o Juiz é soberano para inverter os atos processuais, desde que não
cause prejuízo às partes.
05. Ribas, estagiário de escritório de advocacia, é nomeado pelo Juiz, para exercer a
defesa de réu em processo penal, em comarca de difícil acesso, onde só existem dois
advogados. Diante disto, é possível asseverar que
A. diante da falta de advogados na comarca, é possível a nomeação de estagiários
para a defesa dativa.
B. os atos praticados pelo estagiário têm plena validade, desde que o réu seja
absolvido.
C. o processo não padece de nulidade, desde que o estagiário tenha registro na
OAB local.
D. o processo padece de nulidade absoluta, eis que estagiários não possuem
capacidade postulatória.
06. O Oficial de Justiça, munido de mandado de prisão, pode realizar a detenção do réu,
condenado definitivamente por sentença transitada em julgado, a qualquer hora do dia e
da noite?
A. Depende do tipo de crime que o réu cometeu, se apenado com reclusão ou com
detenção.
B. Não. A detenção do réu só poderá se efetivar com a presença de seu defensor.
C. Sim. A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
D. Sim. A prisão poderá ser efetuada a qualquer hora do dia ou da noite e, caso
necessário, com o emprego de força física.
07. Em notícia veiculada em telejornal, transmitido para todo o Brasil por conceituada
emissora de televisão, Júlio César foi taxado de "estelionatário contumaz". Sentindo-se
ofendido, formulou queixa-crime contra o editor responsável, com fundamento na Lei nº
5.250/67 (Lei de Imprensa). O Juiz, entendendo não haver justa causa para a ação penal,
rejeitou a inicial.
Contra tal decisão judicial, caberá
A.recurso em sentido estrito, no prazo de cinco dias, pois não decorreu o prazo
decadencial que é de 6 meses.
B. recurso de apelação no prazo de cinco dias contados da publicação.
C. agravo.
D. "habeas corpus", sendo o Juiz a autoridade coatora.
08. Oto e Vitélio, com unidade de propósitos, mediante violência exercida com arma de
fogo, subtraíram o veículo Vectra, ano 1999, da vítima Constantino. Ao oferecer a
denúncia por crime de roubo, duplamente qualificado pelo uso de arma e concurso de
pessoas, o representante do Ministério Público poderá arrolar até
A. oito testemunhas para cada denunciado, pois trata-se de infração que segue o
procedimento comum.
B. cinco testemunhas para cada denunciado, pois trata-se de infração que segue o
rito sumário.
C. oito testemunhas, pois trata-se de um único crime que segue o procedimento
comum.
D. cinco testemunhas, pois trata-se de um único crime.
09. Júlio César, primário e sem qualquer antecedente criminal, foi preso preventivamente
por ter, supostamente, praticado crime de homicídio contra Brutus. Após o encerramento
na instrução criminal, apesar da existência da materialidade do crime e de indícios de
autoria, o Magistrado convenceu-se de que Júlio César agira em legítima defesa. Neste
caso, o Magistrado poderá
A. pronunciar o acusado, facultando-lhe o direito de aguardar o julgamento pelo
Tribunal do Júri em liberdade.
B. impronunciar o acusado, pois dos autos constam apenas indícios de autoria.
C. despronunciar o acusado.
D. absolver sumariamente o acusado, recorrendo de ofício.
10. Na ação penal privada subsidiária da pública, o Ministério Público que funciona como
interveniente adesivo
A. obrigatório, está impedido de interpor recursos.
B. facultativo, decaiu do direito de ação.
C. obrigatório, retoma a ação como parte principal em caso de negligência do
querelante.
D. facultativo, pode interpor recurso.
1 - C 2 - A 3 - B 4 - A 5 - D 6 - C 7 - B 8 - C 9 - D 10 - C
110 - DIREITO PROCESSUAL PENAL
01. Roberto confessa o crime de homicídio em relação ao seu colega de trabalho
Joaquim, praticado mediante emprego de arma de fogo. Neste caso, há necessidade da
realização do exame de corpo de delito?
A. Tudo dependerá do caso concreto, devendo o Delegado de Polícia sopesar
todas as hipóteses, podendo dispensar a realização desta prova, posto que
desnecessária à elucidação do caso, diante da confissão do réu.
B. Não. O exame de corpo de delito é dispensável quando há confissão
espontânea do réu.
C. Se houver testemunhas presenciais ao homicídio, conjuntamente com a
confissão do réu, o Delegado de Polícia poderá dispensar a realização de tal prova
processual.
D. Sim. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
02. Carlos, Juiz de Direito da 7ª Vara Criminal, é amigo íntimo de Fernando, advogado de
réu que responde a processo nesta Vara. É correto dizer que
A. o Magistrado dar-se-á por suspeito e, se não o fizer, poderá ser recusado por
qualquer das partes.
B. o Magistrado dar-se-á por impedido, devendo manifestar-se ex officio.
C. o Magistrado só estará impedido de judicar neste processo, se não revelar a
amizade íntima para a parte ex adversa.
D. a amizade íntima entre Magistrado e advogado não induz à suspeição ou
impedimento.
03. Tarso, por insuficiência probatória, foi inocentado da acusação de crime contra a
honra. Ser-lhe-á possível interpor recurso de apelação à sentença terminativa de mérito?
A. Poderá opor recurso àquela decisão, com o fito de ver alterado o fundamento da
absolvição.
B. Não poderá interpor recurso diante da sentença absolutória, por falta de
interesse processual.
C. Será cabível apenas o recurso de embargos de declaração, objetivando a
modificação da fundamentação da sentença.
d. Incabível o recurso de apelação, por ser hipótese de recurso no sentido estrito.
04. A recusa do acusado em se manifestar quando de seu interrogatório judicial pode ser
recebida pelo Juiz como prova capaz de gerar o reconhecimento do crime a ele imputado
ou
A. o direito ao silêncio só é admitido na fase policial, e não na judicial.
B. o direito ao silêncio é prerrogativa constitucional, e jamais poderá ser utilizado
contra o réu.
C. o Juiz deve consignar as perguntas a ele destinadas, aplicando-lhe a pena de
confissão tácita.
D. o réu pode calar-se diante do Juiz, fato que será utilizado contra ele.
05. João José foi pronunciado como incurso nas penas do artigo 121, § 2º, inciso I do
Código Penal, por ter matado Osnei Alves, por motivo torpe. A decisão passou em julgado
e o representante do Ministério Público ofereceu o libelo acusatório. O Magistrado,
rejeitando o libelo por falta de requisitos legais, deverá
A. devolvê-lo ao órgão do Ministério Público para oferecimento de outro libelo, no
prazo de 24 horas.
B. impronunciar o réu.
C. absolver sumariamente o réu.
D. devolvê-lo ao órgão do Ministério Público para apresentação de outro libelo, no
prazo de 48 horas.
06. José de Souza produziu lesões corporais culposas em Marcondes José em razão de
uma colisão de veículos. O laudo pericial anexo aos autos demonstrou que a vítima
sofreu amputação de membro superior direito. De acordo com o Código de Trânsito
Brasileiro,
A. a vítima deverá representar no prazo decadencial de seis meses por tratar-se de
crime de ação penal pública condicionada a representação.
B. o Ministério Público poderá oferecer denúncia, independentemente de
representação, pois a lesão produzida é tipificada como de "natureza gravíssima".
C. o crime de lesões corporais produzidas em razão de acidente de trânsito, por
força da lei, independe de representação por ser de ação penal pública
incondicionada.
D. a vítima deverá oferecer queixa-crime no prazo decadencial de seis meses por
tratar-se de crime de ação penal privada.
07.Um indivíduo brasileiro, residente no Canadá, com endereço completo constante dos
autos, foi denunciado pela prática de "tráfico ilícito de entorpecentes". Citado por edital,
com prazo de trinta dias, não atendeu ao chamamento, porém constituiu defensor. Em
alegações finais, o Ministério Público pediu a sua condenação e, por força dela, a
expedição de mandado de prisão. A defesa, por sua vez, alegou, em preliminar, a
nulidade processual a partir da citação, argumentando que esta deveria ter sido feita por
carta rogatória. Ao prolatar a sentença, o Magistrado deverá
A. rejeitar a preliminar argüida pela defesa, pois o acusado foi citado conforme
determina a lei processual.
B. rejeitar a preliminar argüida pela defesa, como pretendido pelo Ministério
Público.
C. acatar a preliminar e anular os autos a partir da citação, pois o acusado deveria
ter sido citado mediante carta precatória.
D. acatar a preliminar e anular os autos a partir da citação, pois o acusado deveria
ter sido citado mediante carta rogatória.
09. O Juiz da Vara Auxiliar do Júri do Foro do Jabaquara, em São Paulo, pronunciou
Jorge Fonseca como incurso nas penas do artigo 121, § 2º, inciso II, do Código Penal,
por ter matado seu vizinho Osvaldo de Souza, por motivo torpe, determinando a
expedição do mandado de prisão. Tão logo soube da decisão de pronúncia, o acusado
evadiu-se, tendo se refugiado na Comarca de Taubaté. Para o efetivo cumprimento do
mandado de prisão, o Juiz poderá
A. determinar que o oficial de justiça cumpra o mandado na Comarca de Taubaté.
B. determinar que a polícia de Taubaté efetue a prisão do acusado.
C. deprecar a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.
D. aguardar o retorno do acusado a São Paulo para cumprimento do Mandado.
10. Jacinto Guerreiro foi condenado, pelo juízo de primeiro grau, a cumprir a pena de seis
anos e dois meses de reclusão em regime prisional fechado, por ter cometido roubo
duplamente majorado. Respondeu o processo preso e, por ser reincidente, o Magistrado
determinou que, em tal situação, aguardasse eventual recurso. Seu advogado
tempestivamente apelou e, antes que o recurso fosse julgado, o acusado evadiu-se do
presídio onde se encontrava. Neste caso, o Tribunal competente
A. deverá aguardar a recaptura de Jacinto para julgar o recurso.
B. julgará normalmente o recurso e, se for negado provimento, determinará a
expedição do mandado de prisão.
C. deverá declarar deserta a apelação.
D. se acolher o recurso, descontará da pena o tempo em que permaneceu preso
( 10 linhas)
"____.", Advogado(a), inscrito(a) na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de SP sob o número____,
com escritório na Rua____, número____, nesta Capital, vem, com fundamento no artigo 5o., LXVIII, da
Constituição Federal, impetrar
"habeas corpus"
em favor de____,nacionalidade, estado civil, profissão, residente e domiciliado nesta capital, contra ato do
(Ilustríssimo Delegado de Polícia do Distrito de____ (ou) Meritíssimo Juiz de Direito da Vara____ Criminal da
Comarca de____), pelos motivos a seguir aduzidos:
(02 linhas)
I – Histórico
O paciente encontra-se____ (transcrever o problema)
(02 linhas)
II -Argumentação
Entretanto, a referida (prisão/ação penal ou condenação) constitui uma coação ilegal contra o paciente...
...eis que eivada de nulidade, senão vejamos: - (NULIDADE – lembre-se: há uma falha em algum ato)
ou
... em vista da ausência de justa causa para a ação penal/prisão/condenação (FALTA DE JUSTA CAUSA –
lembre-se: normalmente, não houve motivo para aquela prisão/ação ou condenação)
ou
não escrever mais nada neste parágrafo, seguir para a argumentação (EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE –
lembre-se das causas de extinção: Prescrição, legítima defesa, estado de necessidade etc.)
ou
não escrever mais nada neste parágrafo, seguir para a argumentação (ABUSO DE AUTORIDADE – lembre-
se: houve um abuso de poder por parte da autoridade).
(02 linhas)
Desta forma,...
...não foi cumprido o disposto no artigo___do Código Penal ou Código de Processo Penal, ocorrendo assim, a
nulidade prevista no artigo 564, Inciso____do Código de Processo Penal. NULIDADE
ou
...não há falar-se na imputação do crime do artigo____do Código Penal ao paciente.... FALTA DE JUSTA
CAUSA
ou
...extinta se acha a punibilidade do paciente, conforme disposto no art 107, inciso____do Código Penal.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
ou
...evidencia-se verdadeiro abuso de autoridade a ser sanado pelo remédio heróico do “hábeas corpus”.
ABUSO AUTORIDADE
(02 linhas)
III -Jurisprudência
Conforme entendimento predominante na jurisprudência: “____”.(citar a fonte. Obs. no “habeas corpus”
para relaxar a prisão não precisa de jurisprudência).
(02 linhas)
IV -Pedido
Diante do exposto, vem requerer que, após solicitadas as informações à autoridade coatora, seja
concedida a ordem impetrada, conforme artigos 647 e 648, inciso____ do Código de Processo Penal,
decretando-se...
...a anulação (ab initio até denúncia da ação penal ou a partir de _____), por medida de Justiça!
Obs. Se a prova foi incinerada, pedir a NULIDADE da sentença, pois o ato não poderá ser refeito. -
NULIDADE
ou
...o trancamento da ação penal (se não tiver sentença) ou a cassação da sentença (se tiver sentença), por
medida de Justiça! FALTA DE JUSTA CAUSA:
ou
...a extinção da punibilidade do fato imputado ao paciente na ação penal, por medida de Justiça! EXTINÇÃO
DA PUNIBILIDADE:
ou
(ABUSO DE AUTORIDADE) ????????????
(02 linhas)
complemento do pedido:
1. Preso preventivamente ou na eminência de sê-lo, pede-se: "..... a revogação da prisão preventiva decretada
contra o paciente..."
2. Preso em flagrante, pede-se: ".... o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao paciente..."
Mais,
1) Se estiver preso, pedir ".... a expedição do alvará de soltura..."
2) Se estiver na eminência de sê-lo, pedir: "...a expedição de contramandado de prisão..."
3) Se for “habeas corpus” preventivo, pedir: "... a expedição de salvo conduto..."
(02 linhas)
Nestes termos,
pede deferimento
(02 linhas)
Local e Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil - Secção de São Paulo número____
MODELO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da____ Vara Criminal da Capital de São Paulo.( ou da Comarca
de ...São Paulo)
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Departamento de Inquéritos Policiais – D.I.P.O –
(excepcionalmente para a Capital de São Paulo em alguns casos)
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara do Júri da Capital de São Paulo ( ou da Comarca de
..../ São Paulo) – para crimes dolosos contra a vida.
(10 linhas)
“____” já qualificado no auto de prisão em flagrante ou (ou nos autos da ação penal) sob o número____,
lavrado pelo Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado do____ Departamento de Polícia, por pretensa infração ao
artigo____ do Código Penal, por seu (sua) advogado (a) (documento 1), vem, respeitosamente perante de
Vossa Excelência, requerer
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
(2 linhas)
I. Histórico
com fulcro no art 5o, incisos LXI e LXV Constituição Federal, pelos motivos a seguir expostos:
I. O requerente encontra-se preso no ____Distrito Policial, desde ____, data em que foi detido
por____, em flagrante delito, por suposta infração ao artigo ____ do Código Penal
(02 linhas)
III – Argumentação.
Ocorre que o requerente foi preso em estado de flagrância...
IV – Pedido.
Diante do exposto, vem requerer a Vossa Excelência, que após a certificação do alegado, seja relaxada
a prisão em flagrante imposta ao requerente, expedindo-se o competente alvará de soltura em seu favor, como
medida de Justiça!
(02 linhas)
Nestes termos,
Pede deferimento.
(02 linhas)
Local Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil - Secção de São Paulo número____
MODELO DE REPRESENTAÇÃO
(10 linhas)
Qualificação completa do representante ____por seu(sua) advogado(a), (documento 1), vem oferecer
REPRESENTAÇÃO
contra ____ ,nacionalidade, estado civil, profissão, residente na rua____, número____, cidade, com base no
artigo 39 do Código de Processo Penal, pelos motivos a seguir aduzidos:
(02 linhas)
I – Histórico
Descrever os fatos do problema
( 02 linhas)
II. Argumentação
Em conformidade com o exposto, o representado praticou o crime tipificado no artigo____ do Código
Penal.
(02 linhas)
II. Pedido
Diante disso, requer instauração do competente Inquérito Policial parar apurar a responsabilidade
criminal do representado, para que o Ministério Publico, possa oferecer a denúncia. (fim = HC)
(02 linhas)
Nestes termos,
pede deferimento
(02 linhas)
Local e Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil - Secção de São Paulo número____
MODELO DE QUEIXA-CRIME
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da____ Vara Criminal da Capital de São Paulo ( ou Comarca de
São Paulo)
(10 linhas)
(02 linhas)
I. Histórico (requisitos 41CPP)
Narrativa dos fatos, verificando os requisitos do artigo citado do Código de Processo Penal, para a elaboração
da peça.
II. Argumentação.
III- Pedido.
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que, recebida e autuada esta, seja o querelado citado
para perante este r. juízo, responder aos termos da presente Ação Penal, para ao final ser condenado nos
termos do artigo ____ do Código Penal, sob pena de revelia
IV – Oitiva de Testemunhas
Requer, também, intimação das testemunhas, conforme rol abaixo para prestar depoimento em juízo,
em dia e hora a serem designados, sob as penas da lei.
(02 linhas)
Nestes termos,
pede deferimento
(02 linhas)
Local e Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil - Secção de São Paulo número____
Rol de testemunhas :
1- Nome____ Residência.
2- Nome____ Residência.
3- Nome____ Residência.
(10 linhas)
".."já qualificado no(s) autos da ação penal (ou) auto de prisão em flagrante delito, sob número__, lavrado pelo
Ilustríssimo Doutor Delegado do____ Distrito Policial, por pretensa violação ao disposto no artigo ___Código
Penal, por seu(sua) advogado(a) (documento 1), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
requerer
LIBERDADE PROVISÓRIA (com ou sem fiança)
com fundamento no artigo 5o, inciso LXVI da Constituição Federal, pelos motivos a seguir aduzidos:
(02 linhas)
I. Histórico.
Descrever um breve histórico do ocorrido
(02 linhas)
II. Argumentação.
(Trazer os dados do problema que tratam da primariedade, bons antecedentes, ocupação lícita e residência
fixa, apontando os documentos necessários, etc.)
( 02 linhas)
III. Jurisprudência.
Conforme entendimento predominante na jurisprudência:____(descrever, apontando a fonte).
(02 linhas)
IV – Pedido.
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, digne-se a acolher o presente pedido de liberdade
provisória (com ou sem fiança, de acordo com o problema). Após a manifestação do Ministério Público (se for
sem fiança), com expedição do competente alvará de soltura em favor do requerente, como medida de Justiça!
(02 linhas)
Nestes termos,
pede deferimento.
(02 linhas)
Local e Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil - Secção de São Paulo número____
ALEGAÇÕES FINAIS (CRIME COMUM)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Capital/ SP ( ou da Comarca de____ são
Paulo.
(Sempre endereçado ao Juiz de 1o grau)
(10 linhas)
Processo número____
(02 linhas)
“____” já qualificado(a) nos autos do processo-crime que lhe move a Justiça Pública, ou setor privado
( quando se tratar de ação penal privada), por pretensa violação ao artigo____ do Código Penal, por seu(sua)
advogado(a), vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS
tempestivamente, ou no prazo de 03 dias, com base no art 500 do Código de Processo Penal, pela razões a
seguir expostas:
(02 linhas)
I.– Histórico.
II - Argumentação.
III. – Jurisprudência
IV – Pedido
Diante do exposto, requer seja julgada improcedente a presente ação penal, decretando-se a
ABSOLVIÇÃO do acusado com base no artigo 386, inciso (verificar anotações abaixo) do Código de Processo
Penal (ou salvo melhor juízo____), como medida de Justiça!
Termos em que,
pede deferimento.
(02 linhas)
Local Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo - número ____
Atenção:
FALTA DE JUSTA CAUSA: pedir absolvição conforme 386 (ver inciso correspondente ao problema)
NULIDADE: pedir absolvição ou SMJ, a anulação AB INITIO da ação penal ou desde tal ato.
ALEGAÇÕES FINAIS DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da____ Vara Criminal da Capital São Paulo (ou da Comarca de
____São Paulo)
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara do Júri da Capital São Paulo (ou da Comarca de
____São Paulo)
( 10 linhas)
Processo número____
(02 linhas)
"(vítima)", neste ato representado por seu(sua) advogado(a), na qualidade de Assistente de Acusação,
vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos do processo-crime movido pela JUSTIÇA
PÚBLICA contra____, por violação ao art. ____Código Penal, oferecer
ALEGAÇÕES FINAIS
Código de Processo Penal, pela razoes a seguir expostas.
I – Histórico
O acusado____ ( transcrever os dados do problema)
(02 linhas)
II – Argumentação
Desenvolver a argumentação
(02 linhas)
III- Jurisprudência.
Conforme entendimento predominante na jurisprudência: “____” (citar a fonte)
( 02 linhas)
IV- Pedido
Diante do exposto, requer seja julgada procedente a presente ação penal, decretando-se
CONDENAÇÃO do acusado (ou PRONÚNCIA, com base 408 do Código de Processo Penal - caso de júri),
como medida de Justiça!
Termos em que,
Pede deferimento.
(02 linhas)
Local e Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo – número____
ALEGAÇÕES FINAIS (JÚRI)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da____Vara do Júri da Capital de São Paulo ( ou da Comarca
de____ São Paulo – nos casos de crimes dolosos contra a vida) Sempre endereçado ao juiz de 1ograu.
(10 linhas)
Processo número____
(02 linhas)
"____"já qualificado(a) nos autos do processo-crime que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA (ou "____"
quando se tratar de ação penal privada) por pretensa violação ao artigo ___do Código Penal, por seu(sua)
advogado(a), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS
tempestivamente ou no prazo de 5 dias, com base no artigo 406 do Código de Processo Penal, pela razões a
seguir expostas:
(02 linhas)
I – Histórico.
O acusado____(transcrever dados do problema)
(02 linhas)
II - Argumentação
Desenvolver argumentação
(02 linhas)
III- Jurisprudência
Conforme entendimento predominante na jurisprudência: “____”. (citar a fonte)
(02 linhas)
IV- Pedido
Diante do exposto, requer seja julgada improcedente a presente ação penal, decretando-se a
ABSOLVIÇÃO sumária do acusado, com base no artigo 411 do Código de Processo Penal;
ou
DESCLASSIFICAÇÃO do crime____, com base no artigo 410 do Código de Processo Penal para o crime ____
(apontar o crime novo);
Ou
IMPRONÚNCIA do acusado, com base 409 do Código de Processual Penal
como medida de Justiça!
(02 linhas)
Termos em que,
pede deferimento.
(02 linhas)
Local Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo número____
Atenção:
NULIDADE: Pedir a impronúncia, salvo melhor juízo, a nulidade da ação penal.
CRIME IMPOSSÍVEL: pedir a impronuncia conforme artigo 409.
INTERPOSIÇÃO DE APELAÇÃO - crime comum ou Júri
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____Vara Criminal da Capital de São Paulo ( ou da Comarca
de ____ São Paulo )
(10 linhas)
(Endereçamento para juízo aquo: Se júri: endereçar para o Juiz Presidente) (ou se Juizado Especial: endereçar
para o Juiz de Direito do juizado Especial Criminal da Comarca de São Paulo)
Processo número____
(02 linhas)
"____" já qualificado nos autos do processo-crime em epígrafe que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA (ou "____"
se privada), não se conformando com a respeitável sentença que o CONDENOU à pena de____anos de
(reclusão/detenção), como incurso no artigo ____do Código Penal, vem, por seu (sua) advogado(a), perante
Vossa Excelência, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
(COMUM OU JÚRI) dentro do prazo legal de * 05 dias, com fundamento no artigo 593, inciso____do Código de
Processo Penal, ao Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo. * (JECRIM) dentro do prazo legal de 10 dias,
com fundamento no artigo 82 Da Lei 9099/95, ao Egrégio____
(02 linhas)
Termos em que, requerendo seja ordenado o processamento do presente recurso com as inclusas
razões.
(02 linhas)
Termos em que,
pede deferimento.
(02 linhas)
Local e data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo número____
RAZÕES DA APELAÇÃO (COMUM/JÚRI/JECRIM)
(05linhas)
Apelante: ____
Apelado: Justiça Pública (ou Querelante)
Origem: ____Vara Criminal da ____ ou Tribunal do Júri da Capital de São Paulo
(05 Linhas)
Egrégio Tribunal____
Colenda Câmara
(05 Linhas)
(02 linhas)
I – Histórico.
O apelante (transcrever dados do problema)
(02 linhas)
II –Argumentação.
Desenvolver a argumentação.
(02 linhas)
III– Jurisprudência.
Conforme entendimento predominante. Na jurisprudência/súmula/doutrina (citar a fonte)
(02 linhas)
V- Pedido.
COMUM e JEcrim:
Diante do exposto, requer seja conhecido o provido recurso interposto, decretando-se a ABSOLVIÇÃO
do Apelante, com base no artigo 386, inciso____, Código de Processo Penal, (ou salvo melhor juízo____(se
nulidade), como medida de Justiça!
JÚRI
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido recurso interposto,
(02 linhas)
Não colocar: nestes termos
Local e Data
(02 linhas)
Advogado/a
Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo – número____
CONTRA-RAZÕS DE APELAÇÃO
(02 linhas)
Local e Data
(02 linhas)
Ordem dos Advogados do Brasil - Secção São Paulo número...
RAZÕES DE APELAÇÃO
(05 linhas)
Apelante:
Apelado: Justiça Pública (ou nome do querelante)
Origem:... Vara Criminal da ...
Processo número:...
(05 linhas)
I- Endereçamento: para juízo aquo.
Egrégio Tribunal...
Colenda Câmara
(05 linhas)
(02 linhas)
II – Histórico
(02 linhas)
III –Argumentação
Desenvolver argumentação
(02 linhas)
IV- Jurisprudência
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso interposto, mantendo-a a Absolvição do Apelante,
devendo, contudo, ser modificado seu fundamento legal para o inciso... do 386 do Código de Processo Penal,
como medida de Justiça!
(02 linhas)
Local e Data
(02 linhas)
Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo número...
I-Endereçamento.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Capital/SP(ou da Comarca de.../SP)
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz – Presidente do Tribunal do Júri da Capital/SP.( ou da Comarca de .../SP-
para crime doloso contra a vida)
(10 linhas)
REVISÃO CRIMINAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
......................
10 linhas
.... (Qualificação do preso)...., atualmente recolhido à Casa de Detenção, à disposição da Justiça Pública,por
sua advogada (doc 1), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 621, ___, e
626 do Código de Processo Penal, requerer a revisão do Processo-crime nº....da.... Vara Criminal desta
comarca, pelos seguintes fundamentos fáticos e de direito:
I - O Revisionando, em virtude de sentença proferida nos autos mencionados, já transitada em julgado
(documento incluso), viu-se condenado à pena de 1 (um) ano e 6 (seis) meses de reclusão, além da multa
pecuniária de $...., como incurso nas sanções do Art. 155 do Código Penal.....
II - Entretanto,
III - Em face do exposto, impõe-se a ....
IV. Jurisprudência
Diante do exposto, vem requerer seja acolhido o presente pedido REVISIONAL, decretando-se......com base
626CPP, CMJ!
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local/Data OAB
RAZÕES DO RESE