1 INTRODUÇÃO
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Diretora do Núcleo Integrado de Bibliotecas, Universidade Federal do Maranhão, dbibrai@ufma.br
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Bibliotecária, Núcleo Integrado de Bibliotecas, UFMA, comutbc@ufma.br
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Bibliotecária, Núcleo Integrado de Bibliotecas, UFMA, bibliotecaccet@ufma.br
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Bibliotecária, Núcleo Integrado de Bibliotecas, UFMA, bibliotecaenfermagem@ufma.br
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Um dos fatores a direcionar a construção de Bibliotecas Digitais é a
definição da sua tipologia, que por sua vez determinará a clientela, a sua missão
bem como os seus objetivos. Poder-se-ia dizer ainda que tal definição resultaria
no planejamento dessa construção, pois o usuário, tanto na biblioteca física
quanto na virtual continua sendo a diretriz balizadora do conteúdo, dos serviços e
dos produtos existentes aos quais suprirão melhor as suas necessidades
informacionais.
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processo de gerenciamento de coleções em bibliotecas digitais, na perspectiva da
qualidade da coleção e no valor da informação.
Isso era algo relativamente fácil em bibliotecas, uma vez que se tinha o
contato imediato com o usuário, se interagia com ele e assim, tornava-se possível
identificar com mais facilidade tanto as necessidades atuais como as tendências
informacionais que ele poderia seguir.
Sobre tal assunto, Marchionini (2000 apud CHAVES, 2002, p.14) diz que as
bibliotecas digitais
[...] servem comunidades de pessoas e são criadas e mantidas por e
para essas pessoas. As pessoas e as informações de que as bibliotecas
digitais precisam são centrais para todas as bibliotecas, digitais ou não.
Todos os esforços no projeto, implementação e avaliação destas devem
ser consolidados nas necessidades de informações, características e
contextos das pessoas que usarão ou poderão usar essas bibliotecas.
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Essa reflexão permite questionar sobre quem é o usuário de biblioteca
digital, em relação ao desenvolvimento de um acervo específico. Indaga-se
também: quem é o usuário numa comunidade potencialmente virtual que se forma
ciberneticamente em torno destas bibliotecas?
Dentro desse contexto, convém ressaltar que ainda se abre uma nova
perspectiva de simultaneidade para o usuário, no ciclo informacional: nas
categorias de usuário-autor, aquele que deseja e disponibiliza a sua produção
intelectual na biblioteca digital; e de usuário final, considerado aquele que acessa
e usa os conteúdos.
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de profissionais bibliotecários (descrição das atividades em caso positivo); m)
usuários: definição de categorias de usuários.
No que tange ao conteúdo das coleções das BDs, a sua análise deve se
ater às características intrínsecas do documento, tal como se o conteúdo é ou não
superficial, de acordo com a missão e objetivos traçados; sua relevância no
cenário científico; adequação do idioma aos usuários; características tecnológicas
exigidas para leitura dos documentos, o custo com a implantação e a manutenção
dessa tecnologia; a diplomática do documento; e a perenidade da informação
(RONDINELLE, 2002; VERGUEIRO, 1995).
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Weitzel (2004) complementa ainda, que em se tratando de seleção de
documentos eletrônicos, devem-se observar os seguintes critérios: autoridade,
atualidade, cobertura/conteúdo, objetividade, precisão, acesso, aparência e
características especiais. Esses critérios já são descritos na literatura sobre
desenvolvimento de coleções em bibliotecas tradicionais, e se atém, basicamente,
ao documento propriamente dito (VERGUEIRO, 1996).
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multidisciplinares e de coordenação, existência de filtros e peer-review e o mérito
da organização e do editor responsável. Além disso, a gênese das BDs, em sua
maioria, se dá pelo desejo e necessidade de controle bibliográfico, preservação e
universalização dos conteúdos.
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processo e intervir se necessário. Ressalta-se que o processo avaliativo, além de
incidir sobre as rotinas e procedimentos adotados, deverá voltar-se para as
coleções e sua utilização de acordo com interesses previamente definidos no
estudo de usuário.
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Após a avaliação, por mais segura que tenha sido a seleção e por mais
completa que seja a coleção, os interesses mudam, o desbastamento é inevitável.
Essa ação possibilitará um desenvolvimento de coleção ordenado, permitindo
detectar o momento em que determinados documentos devem ser mantidos e/ou
retirados do acervo ativo, seja para o remanejamento, seja para recuperação ou
para descarte definitivo, como assevera Vergueiro (1989, p.74).
3 CONCLUSÃO
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é o usuário e em torno dele, os esforços devem ser concentrados, no sentido de
busca de conteúdos para alimentar a necessidade informacional que ele tem.
Por fim, seja qual for o formato (digital ou tradicional), não se pode
desvincular os serviços de bibliotecas do usuário que irá utilizar tais serviços da
missão a que se propõe a biblioteca. Afinal, a biblioteca digital continua com seu
papel de dirimir as incertezas por meio de seu principal produto/serviço: a
informação, principalmente no momento em que se ver o surgimento diário de
blogs de notícias, homepages, comunidades virtuais e de uma infinidade de
espaços com informação pronta para ser encontrada e conseqüentemente,
consumida. Então, surge a biblioteca digital como saída para esse labirinto
informacional emergido com a WEB.
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COLLECTIONS MANAGEMENT IN DIGITAL LIBRARIES
REFERÊNCIAS
KOEHLER, W. Digital libraries, digital containers, “library patrons” and visions for
the future. The Electronic Library, v. 22, n. 5, p. 401-407, 2004.
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REGISTRO.BR. Estatísticas. 2006. Disponível em:
<http://registro.br/estatisticas.html >. Acesso em: 18 jul. 2006
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