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Curso de Especialização

Geoprocessamento Aplicado ao Planejamento Urbano e Rural

Módulo: Metodologia Científica


Professora: Cilene Gomes

Ementa

A disciplina tem como objetivo abrir uma perspectiva global para o estudo da
metodologia científica, no sentido de atribuir significados à história da ciência, aos
seus objetivos, às suas dimensões de análise e síntese, aos seus métodos e aos
seus resultados no contexto da produção do conhecimento teórico, empírico ou de
natureza técnica. Além deste propósito, buscaremos retratar este estudo com a
finalidade de conceituar as diversas formas do trabalho científico - como projetos,
relatórios, artigos, monografia, dissertações e teses – aprendendo igualmente as
normas para a sua elaboração.

Introdução

O nosso objetivo é ser um especialista:

- Homem que é versado numa ciência específica ou especial, “fora do comum”,


ainda em processo de difusão: a ciência do espaço geográfico pelos recursos da
geoinformação, do geoprocessamento => a geoinformação é uma ciência?

- O curso de especialização é um curso de pós-graduação. Sendo assim, pressupõe


a formação e aperfeiçoamento de profissionais, em alguma medida, para o
desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica; para a elaboração de
trabalhos com um caráter científico.

- Daí, o trabalho de conclusão de curso ser uma monografia ou um artigo científico.

Indagações Fundamentais do módulo

1a) O que é ciência? De que ciência estamos falando? Quais são os objetivos da
ciência?

2a) Considerando o sentido etimológico da palavra metodologia:


Do grego: méthodos +logos ó caminho + estudo ó o estudo do método <=> O
Estudo do Método da Ciência: o estudo do caminho que a ciência percorre para
atingir os seus objetivos.

Em que consiste esse caminho - esse método da ciência para alcançar os seus
objetivos?

4ª) E em que consiste, afinal, o trabalho científico e quais as suas formas?

A proposta do curso: trazer um princípio de resposta para estas questões, na forma


de pressupostos ou considerações sobre:

* A natureza do conhecimento científico e a atitude do pesquisador ou cientista;


* O processo de conhecimento e pesquisa;
* A elaboração do conhecimento nas diversas formas do trabalho científico: projeto
de pesquisa, relatórios, monografias, artigos, dissertações, teses etc.

CIÊNCIA

1a) O que é ciência? De que ciência estamos falando? Quais são os objetivos da
ciência?

O que é ciência?

* O que é conhecer?

Uma relação entre o sujeito que conhece e o objeto do conhecimento. Pelo


conhecimento o homem penetra nas diversas áreas da realidade, que apresenta
níveis diferentes.

* São 4 as espécies de conhecimento:

- Conhecimento empírico: adquirido pela pessoa na sua relação com a natureza e


com o meio social, por meio de ensaios e tentativas resultando em erros e acertos
=> conhecimento a-metódico e assistemático. Conhecimento obtido por meio de
interações e experiências, por meio de investigações feitas ao sabor das
circunstâncias da vida. Conhecimento obtido pelo senso comum das pessoas, mas
também pode ser obtido pelo método científico.

- O científico: em geral, baseia-se no conhecimento empírico, mas vai além do


empírico, e procura compreender além do objeto, fato ou fenômeno, sua estrutura,
organização e funcionamento, suas causas e leis. É o saber por meio da
demonstração e da experimentação.

- O filosófico: distingue-se do científico pelo objeto e pelo método. “O objeto das


ciências são os dados próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos ou por
instrumentos, pois, sendo de ordem material e física, são suscetíveis de
experimentação. O objeto da filosofia é constituído de realidades mediatas,
imperceptíveis aos sentidos e que, por serem de ordem supra-sensíveis,
ultrapassam a experiência” (p. 8). Filosofar é interrogar, um contínuo questionar a
si mesmo e à realidade. A tarefa fundamental da filosofia consiste na reflexão. A
filosofia procura refletir sobre o saber, interroga-se sobre ele, problematiza-o.
Procura conhecer a realidade em seu contexto mais universal.

- O teológico: duas são as atitudes diante do mistério: uma, é tentar penetrar nele
com o esforço pessoal da inteligência, mediante a reflexão e o auxílio de
procedimentos científicos. A segunda, é uma atitude de fé diante de um
conhecimento revelado. (CERVO).

* Uma outra definição: "Ciência é um universo da atividade do espírito humano que


se organiza socialmente e que se desenvolve a partir da sociedade e para a
sociedade".

Ciência é uma atividade da razão e do espírito. (Castro)

Essa atividade do espírito humano se traduz como busca de conhecimento. É da


natureza do nosso espírito mover-se para desvendar o que há de desconhecido no
mundo real. Ou seja, a realidade que é dada ao homem e da qual ele é parte
integrante é sempre algo incompreensível para os homens, ou, ao menos, para
aqueles que têm o seu espírito investigador mais estimulado, exercitado ou em
exercício. Essa fonte inesgotável de mistério que é inerente ao que é real, à
natureza, à vida, ao mundo humano, torna-se uma incógnita permanente para o
homem em geral e, em particular, para o estudante e pesquisador.
Essa busca de conhecimento se organiza socialmente, segundo ramos de interesse
comum em conhecer certos aspectos da realidade. Assim, podemos falar, bem
genericamente, de uma ciência da natureza e de uma ciência da sociedade ou do
homem, que supõem, cada uma, diversas outras ramificações do conhecimento.

Essa busca de conhecimento que se organiza socialmente também se revela


segundo os contextos culturais e sociais distintos que integram a sociedade
humana no seu todo (a humanidade), ou de um dado país, uma região, cidade
enfim. Nesse sentido, essa busca de conhecimento organizada socialmente tende a
se desenvolver a partir dos condicionantes dessa sociedade particularizada por um
contexto cultural, político, econômico, ideológico etc. e por uma comunidade de
interesses intelectuais, ou seja, interesses específicos ao ramo do saber dessa
comunidade.

A história da ciência indica que os movimentos e escolas de pensamentos não


nascem no vácuo político e ideológico. Ciência e ideologia estão irremediavelmente
ligadas. Não se escolhe os problemas de forma aleatória. Há razões nesta escolha.
O cerne da separação entre ciência e ideologia é a isenção na observação dos
resultados. É a condução do processo científico que determina se a hipótese se
confirma, se há uma coerência lógica e de correspondência entre elaboração
conceitual e o resultado da observação. (Castro).

Essa busca de conhecimento organizada socialmente se desenvolve a partir dessa


realidade social e se destina a essa mesma realidade social ou humana, o que
remete diretamente à idéia das finalidades da ciência ou aos seus objetivos.

Mas, voltando à nossa definição, “um universo de atividade do espírito humano que
se organiza...e se desenvolve...”, pensemos um pouco a respeito dessa atividade
do espírito humano que se organiza e se desenvolve no âmbito da ciência: em que
consiste essa atividade?

Podemos considerar inicialmente que como outra forma de conhecimento qualquer,


essa atividade supõe a organização e o desenvolvimento de:

* Um olhar, uma visão, uma abordagem ou enfoque do Real sob um certo


ângulo e em um certo plano do Real (Exemplos: conhecimento científico,
filosófico, religioso, técnico, conhecimento pela arte etc.) e de:
* Uma formulação dessa visão.

=> Em outras palavras: ver e fazer ver (aos outros) a nossa compreensão da
realidade que é o nosso objeto de estudo.

“A questão não é para onde você olha, mas o que você consegue ver” (H.D.
Thoreau).

“A natureza é misteriosa, se esconde, se metamorfoseia. O investigador usa de


toda a sua argúcia para desvendar seus segredos” (p. 92). E o método: deve se
ajustar ao mistério que queremos desvendar... é preciso imaginação e criatividade
para desvendar o mundo real”. (Castro).

Posso definir a ciência como dotada de uma exterioridade e uma interioridade. Ou


seja, na sua exterioridade, a ciência se constitui como uma configuração de ramos
do conhecimento desenvolvendo-se em contextos culturais específicos, e na sua
interioridade, ela pode ser entendida como um “quantum” total de consciência que,
pelo poder de reflexão dos homens associados em sociedade, ou comunidades,
tende a ser continuadamente reorganizado e/ou desenvolvido enquanto sistema de
pensamento, constituindo os avanços da produção de conhecimento.

De que ciência estamos falando?

Estamos falando da ciência da natureza, da vida e do espaço humano, do espaço do


homem que é um ser social; estamos falando, portanto, das ciências que se
preocupam com o problema geral da organização do espaço humano, que se
preocupam em conhecer como ela se dá (em suas relações com a natureza e com
os objetos da engenharia humana) e como ela pode vir a se transformar.

Mas estamos falando desta ciência do espaço humano, que pode ser adquirida e
aperfeiçoada pelo uso de um outro conjunto de conhecimentos científico-técnicos -
que compreende ser a geoinformação, ou geotecnologias da informação, o
geoprocessamento, o sensoriamento remoto etc. - que contribuem na produção de
diferentes espécies de informação organizadas em bancos de dados, informações
estas que constituem a base de um processo de produção de conhecimentos a
respeito de uma dada realidade.
E quais os objetivos da ciência, das ciências do espaço?

* Conhecer a realidade de modo sistemático ou metódico, ou seja, produzir um


conhecimento ordenando-o segundo etapas e na forma de um sistema,
classificando os seus elementos e suas relações;

* Contribuir com esse conhecimento para o avanço geral do conhecimento


produzido em dado contexto de produção da ciência;

* Contribuir no processo de transformação consciente da sociedade, incluindo aqui


os propósitos de uma utopia científica e de uma plena cidadania, o que também
supõe a atividade do planejamento;

* Contribuir, enfim, com o desenvolvimento da sociedade, com a renovação do ser


humano, com a reorganização do espaço ou gênese do novo espaço.

* Enfim, entender ou conhecer para ajudar a transformar a sociedade e seu espaço,


fazendo com que se aprimore cada vez mais o caráter humano e social dos
homens.

Em síntese

* A ciência é busca de conhecimento, é conhecimento resultante da relação que se


estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto do conhecimento.

* A ciência é um dado eminentemente social, é produzida coletivamente e é objeto


de uma permanente reconstrução, sendo, portanto, objeto de uma história.

* A ciência é essencialmente estado de consciência, poder de reflexão e


pensamento em constante processo de reorganização.

* A ciência é processo de descoberta do novo, pelo qual passamos de um estado de


inquietação ou interrogação à busca de um sentido, de uma certeza, ainda que
provisoriamente válida.

* A ciência é fundada na incerteza e na busca da verdade, a verdade que constitui


também um objetivo da ciência, talvez o maior, ou talvez ainda, a razão maior do
conhecimento.
SUJEITO => VISÃO da Realidade (Verdade) => OBJETO (realidade estudada)

* Podemos dizer, então, que a ciência constitui uma visão da realidade estudada,
sendo a verdade o seu princípio ativo, o amor à verdade a sua energia
fundamental, o seu objetivo maior.

Mas o que é a verdade? Existe a verdade ou existe uma verdade absoluta?

* VERDADE: do dicionário => conformidade ou correspondência com o que é real;


representação fiel. No sentido filosófico do termo => fio condutor em relação ao
qual, em última instância, se definem, se aproximam e divergem as escolas
filosóficas.

“Numa busca sempre mais rigorosa, a ciência pretende aproximar-se mais da


verdade por meio de métodos que proporcionem maior controle, sistematização,
revisão e segurança do que outras formas de saber não científicas. (...) Ela é um
processo em construção” (p. 8). (CERVO).

* Em Milton Santos, Por uma geografia nova:

"A missão do homem de ciência é arriscada por definição. Nenhum risco, porém,
é tão grave quanto o de formular uma verdade científica como uma certeza
eterna" (p. 155).

Por que? De um lado, temos um processo de ampliação dos conhecimentos e


uma extensão das fontes de informação que se multiplicam em todas as
direções e, de outro lado, temos as mudanças do mundo alterando as verdades
científicas (p. 159).

"É da observação dos fatos concretos, na forma como eles se apresentam


concretamente, que se impõe aos diversos especialistas um novo elenco de
relações, dispostas sistematicamente e cuja força para deslocar as teorias
precedentemente vigentes vem do fato de que o novo sistema de idéias é tirado
da própria realidade e não de uma filosofia qualquer" (p. 157).

Daí: "As teorias são sempre, e por definição, incompletas e vulneráveis e não
podem ser apresentadas como se dispusessem de um valor absoluto". A teoria
precisa ser, em constante, re-fundada na realidade, e nos processos de
mudança (p. 156).

Todavia, "algumas categorias de análise são consideradas como permanentes e


outras como tendo uma duração mais ou menos longa" (p. 191).

* Em Pierre Teilhard de Chardin, O fenômeno humano: p. 23, nota 12 de José Luiz


Archanjo:

A verdade, segundo os critérios de coerência e fecundidade.

1. A coerência => A verdade como uma representação coerente e total do


fenômeno real estudado: Trata-se de "um vasto conjunto (todo o Real) a ser
harmonizado (descrito cientificamente pela ordenação coerente de seus
elementos". A verdade como como ligação ou harmonia entre situações,
fenômenos ou idéias, conexão e nexo que sustentam um processo ou
construção natural ou mental; a verdade como medida do êxito dessa
harmonização.

A marca específica da verdade "é poder ela se desenvolver, indefinidamente,


não só sem jamais desenvolver contradição interna, mas também formando um
conjunto positivamente construído, em que as partes mutuamente se suportam
e se complementam cada vez melhor".

2. A fecundidade => estaria implícita na coerência, viria como decorrência da


coerência: "todo esforço intelectual de ordenação do Real, sendo coerente, já é,
em si mesmo, operante de uma síntese desse mesmo real e, ademais,
precedendo a Ação que dele resulta, o Pensamento é nesse sentido fecundo,
fértil, ativante, despertando e conservando em nós a coragem e a alegria de
agir (...) na estruturação da realidade que somos e em que vivemos. A verdade
é sempre um ponto de partida carregado de possibilidades para a obra humana
co-criadora, que ela, mais cedo ou mais tarde, desencadeia".

Daí podemos concluir que a verdade é a motivação criadora por excelência.


Então, devemos buscá-la até as últimas consequências, devemos falar a
verdade, dar testemunho da verdade. A verdade é o nosso grande partido.
A faculdade da visão

* O que compreende essa visão a que somos chamados a ordenar?...como um


sistema de pensamento verdadeiro, coerente e fecundo, porque consciente das
mudanças históricas do mundo real e dos conceitos, e conscientes também
daquelas formulações científicas que, para além de um certo espaço de tempo
limitado, permanecem.

* Na sua forma científica podemos desde já considerá-la enquanto um sistema de


hipóteses, de pressupostos, noções, conceitos, teorias etc.

* Na sua natureza de ser, uma faculdade humana que se opera mediante o


exercício ou a ação de ver, a visão abrange uma ampla gama de operações. Se
consultarmos um bom dicionário notaremos que ver significa tanto que acaba
equivalendo a ser, estar, permanecer.

* Daí porque P. Teilhard de Chardin afirmar ser essa a nossa condição humana por
excelência, ou seja, nos diz ele, "essencialmente, toda a vida consiste em ver. A
história do mundo vivo se resume na elaboração de olhos cada vez mais perfeitos
no seio de um Cosmo, onde é possível discernir cada vez mais". Aqui Teilhard de
Chardin se refere, segundo nota de seu tradutor brasileiro, ao aperfeiçoamento
progressivo dos instrumentos de visão desde os órgãos sensoriais (ópticos ou não)
e suas extensões técnicas até a mais refinada consciência espiritual, consciência
esta onde reside, para Teilhard de Chardin, o poder humano de síntese ou de
união.

* Dessa forma, diz ainda o autor, "procurar ver mais e melhor não é portanto uma
fantasia, uma curiosidade ou um luxo". Ou seja, "Ver ou Perecer".

* Mas diz ele também que muitas vezes nada é tão difícil de se ver quanto aquilo
que nos deveria "saltar aos olhos". Na verdade, isso se dá porque precisamos
acomodar os nossos olhos para ver o Real na sua mais completa dimensão.

* Ou seja, podemos nos perguntar: o que vemos? O que não vemos? Se do mundo
real algo nos é visível e algo nos é invisível, e se ver abrange um amplo espectro
de ações, até que ponto podemos dizer que vemos o que não está diante de nossos
olhos?
* Para isso, continua Teilhard de Chardin, no prólogo de seu livro, é preciso uma
aquisição gradual de alguns sentidos que devem revestir o nosso olhar de
capacidades, o que supõe um mais ou menos longo percurso, preparações,
exercícios, disciplina, a busca de um aperfeiçoamento ininterrupto de nosso aparato
de visão do real.

Em síntese:

* Nessa busca de conhecimento: a verdade constitui o princípio ativo da união


entre sujeito e objeto, no sentido de que pode ser alcançada por uma
representação que estabeleça uma conformidade com o que é real ou, em outros
termos: por um sistema de pensamento coerente e fecundo do fenômeno estudado,
que seja consciente das suas mudanças históricas e das mudanças de suas
formulações científicas.

* A faculdade da visão: a que se opera pela ação de ver e que compreende ser um
dado essencial de nossa condição humana. Mas para vermos mais e melhor,
precisamos acomodar os nossos olhos à realidade: precisamos nos exercitar em
constante - mediante uma aquisição gradual de certos sentidos que vão revestir a
nossa visão de capacidades - para focalizarmos esse real na sua mais perfeita
nitidez.

* Para possibilitar uma visão do nosso objeto de conhecimento, precisamos


acomodar os nossos olhos a esse objeto. Como vamos fazer isso? O que significa
acomodar os nossos olhos?

* Entendendo o acomodar como o ato de dispor em ordem, de ajustar ao foco de


uma situação, então: a acomodação de nossos olhos supõe a ordenação dos nossos
olhares dirigidos para o objeto, ordenação esta que deverá ser traduzida na forma
de um caminho que nos oriente e conduza no exercício de ver o objeto.
METODOLOGIA

* Para que serve o método?

- Para lidarmos com a complexidade do real, ou mais especificamente, daquela


situação particular do mundo real que pessoalmente nos ocupará durante o nosso
processo de estudo e pesquisa. Serve para organizarmos, ordenarmos,
estruturarmos a nossa visão do real; serve como orientação para acomodarmos o
nosso olhar em direção ao objeto.

* Em que consiste esse caminho - esse método da ciência para alcançar os seus
objetivos?

=> Para produzir um conhecimento verdadeiro, através da construção de uma


visão ordenada, elaborada mediante um método...procedimentos...

=> Mas o que subentende organização, ordenação, estruturação? Disposição e


ordem das partes de um todo; disposição das partes para que cumpram as funções
para as quais se destinam.

=> O primeiro pressuposto: O real no seu todo: compreende ser a totalidade em


movimento, que é feita de totalidades e movimentos (partes): 1) Onde o todo não
é igual à soma das partes, mas, sim, maior do que a soma das partes:
precisamente em razão do movimento, dos processos do tempo, que se fundam na
idéia de progresso e de interações entre as partes. Ex: A humanidade é maior que
a soma de todos os homens. 2) Onde o todo explica as partes, e não o contrário.
Ex. A realidade de um país explica a realidade de um estado ou região.

In: CERVO: Os procedimentos básicos de investigação são: observação, descrição


(forma de registro), comparação, análise e síntese.

-Toda ciência antes de tudo é a descrição de uma realidade. “ Não obstante, essa
descrição pode ser conduzida em diferentes níveis de abstração ou generalização”
(p. 71). Na descrição, não se interpreta, não se faz pergunta, não se busca
estabelecer relações...

- Uma pesquisa explicativa buscaria buscar o nexo, a associação entre duas ou


mais variáveis. (Castro).
In: TEILHARD de C. Análise e síntese.

* A ciência tem podido evoluir graças à sua busca incessante de analisar o real
desmontando-o em elementos separados, em partes divisíveis ao extremo do
possível.

* Este autor nos mostra também - mediante o gesto instintivo da ciência em


colocar o seu objeto em peças para analisar - a que ponto a ciência chegou em
seus progressos no conhecimento da matéria inanimada, da matéria viva e no
domínio da energia. Chegou a uma pluralidade inacreditável de partículas que já
não era mais possível dizer o que as separava.

* Mas o nosso trabalho é o de reconstruirmos, incessantemente, a nossa realidade


de estudo, o que foi desmontado em partes, através de uma síntese científica ou
sínteses após sínteses...

* Essa síntese subentende a ordenação de tudo que observamos, das referências,


fatos e informações que reunimos sobre aquela realidade-objeto de estudo,
mediante a construção de um sentido lógico que se apresenta segundo uma
sequência que obedece a uma ordem de importância dos assuntos a serem
tratados, uma ordem de antecedentes e consequentes etc.

Em síntese: A necessidade do método: entre a intenção e a produção do


conhecimento: o método: para direcionar ou encaminhar a nossa aproximação da
verdade (ou, a acomodação da nossa visão); para lidar com a complexidade do
mundo real, como uma totalidade em movimento e mediante os procedimentos
fundamentais de análise (separação do que é diverso) e síntese (distinção de
unidades); para o exercício também fundamental da sistematização (ou ordenação,
ou unificação) de idéias, dados e informações; para o permanente trabalho de
reconstrução do processo de conhecimento e pesquisa.

A) O TRABALHO CIENTIFICO E SUAS FORMAS

- O trabalho científico subentende: uma dimensão histórica e de atualidade; um


processo de busca de conhecimento; um momento de produção e comunicação.
* Uma dimensão histórica e de atualidade

- O processo de produção do conhecimento deve ser visto no tempo e espaço,


como objeto de uma permanente reconstrução.

Somente na Idade Moderna adquiriu o caráter propriamente científico que tem


atualmente, mas desde sempre temos a produção de conhecimentos: descobertas
ocasionais e empíricas referentes ao universo, à natureza, ao homem: desde
babilônios, egípcios, gregos => preparo ao surgimento do método científico e o
caráter de objetividade que caracteriza a ciência a partir do XVI em diante. No
século XVI e XVII: a revolução científica com Copérnico, Bacon (método
experimental), Galileu e Descartes. O método experimental foi aperfeiçoado.
Desenvolveu-se o estudo da química e da biologia e, no século XVIII, um estudo
mais objetivo sobre a estrutura e funções dos organismos vivos. No século XIX:
uma modificação geral nas atividades intelectuais e industriais; novos dados sobre
a evolução, o átomo, a luz, a eletricidade,, ao magnetismo, à energia. No século
XX: pesquisas em todas as áreas do mundo físico e humano... navegações
espaciais, genomas, informática etc. Constituição de novos paradigmas na área dos
recursos naturais, problemas ambientais etc. (CERVO)

Estamos vivendo numa idade da ciência e da pesquisa?

Para P. T. de Chardin (O fenômeno humano): uma virada da História, com uma


grande mudança de rumo pode ser verificada: alguns sinais dessa guinada já se
apresentam com o Renascimento:

=> Desde o Renascimento: o início de uma mudança de rumo: com


fundamentos na Antiguidade Clássica, um movimento humanista de renovação
científica, artística e literária.

Mas é a partir do final do século XVIII que podemos falar de um mundo novo:
mudanças econômicas, mudanças industriais, mudanças sociais..."Terra fumegante
de fábricas. Terras trepidante de negócios. Terra vibrante de mil radiações novas",
sim, estes seriam alguns dos sinais exteriores de um mundo em processo de
mudança de idade, e por conseguinte, uma mudança de pensamento.

=> Desde o final do século XVIII: mudanças profundas: "Opondo ao clima de


ordem, equilíbrio e razão do século XVII um desejo de liberdade e de novidade, o
século XVIII desenvolveu um autêntico (...) espírito de crítica", conduzindo a um
"alargamento de horizontes, à descoberta de novos modos de pensar, à
relativização de valores até então considerados absolutos, a uma nova e mais
rigorosa concepção da História, a um progresso metodológico nas Ciências".

"Idade da Indústria. Idade do Petróleo. Idade da Eletricidade e do Átomo. Idade da


Máquina. Idade das grandes coletividades e da Ciência...O futuro decidirá qual o
melhor nome para qualificar essa era em que entramos".

Assim fala Teilhard: "parece-nos incrível que os homens tenham podido viver sem
suspeitar que as estrelas oscilam por cima de nós a séculos de luz, - e que os
contornos da Vida se delineiam a milhões de anos para trás, nos limites de nosso
horizonte".

=> chamando-nos a notar a estreiteza de nossa visão, ou seja, ao fato de os


homens demorarem tanto, coletivamente, a despertarem para as imensidades do
espaço e do tempo.

O que se passou então? Os homens despertaram para o sentido da imensidão


espacial, aqui importando sobretudo a ruptura do antigo geocentrismo, quando
então a Terra passara a ser concebida como "simples grão da poeira sideral" (O
fenômeno humano, p. 241). Os homens despertaram para o sentido da profundeza
do tempo quando, então, se deu a "ruptura com uma atitude paralisante do
pensamento na contemplação de um cosmos com engrenagens harmoniosas e
fixas" (Do cosmos à cosmogênese). Ao lado de uma astronomia de posição (o
universo concebido como um sistema estacionário), um abalo psíquico (mediante a
convergência de diversos núcleos de reconstrução mental) derrubaria a noção de
cosmos e introduziria a idéia de nascimento e evolução dos corpos siderais, a idéia
de uma cosmogênese.

Mas ainda aqui, tempo e espaço eram visto, por maiores que fossem, como dois
compartimentos separados ou independentes um do outro, com os objetos dentro
deles como que distribuídos ao acaso, como se "o Universo, do começo ao fim de
sua história, formasse, no Tempo e Espaço, uma espécie de vasto canteiro, cujas
flores fossem permutáveis entre si, ao gosto do jardineiro" (Nota 27, p. 256)

Foi somente em pleno século XIX que o homem se apercebeu do sentido da


organicidade do Todo, da "coerência irreversível de tudo o que existe" (p. 242). Ou
seja, "o Mundo deve ser comparado não a um feixe de elementos artificialmente
justapostos, mas antes a um certo sistema organizado, animado de um largo
movimento de crescimento que lhe é próprio. Ao longo dos séculos, um plano de
conjunto parece verdadeiramente em vias de se realizar ao nosso redor (...) Não,
não somos comparáveis aos elementos de um buquê, mas às folhas e às flores de
uma árvore imensa, na qual tudo aparece a seu tempo e em seu lugar exato, à
medida e por solicitação do Todo" (p. 256/257).

In: Fritjof Capra: O ponto de mutação: Na sua visão dessa revolução intelectual,
contrapõe a visão mecanicista (ou a idéia cartesiana) do mundo à visão da
totalidade desencadeada pelos avanços da nova física, desenvolvida a partir da
descoberta do espectro eletromagnético, em fins do século XIX e, sobretudo, nos
três primeiros decênios do século XX, com a teoria da relatividade e com a teoria
quântica (uma sondagem mais profunda da matéria com a exploração do nível
atômico e sub-atômico da mesma).

"O universo deixa de ser visto como uma máquina, composta de uma infinidade de
objetos, para ser descrito como um todo dinâmico, indivisível, cujas partes estão
essencialmente inter-relacionadas e só podem ser entendidas como modelos
dinâmicos de um processo cósmico" (p. 72). Dissipa-se a noção de partes
separadas ou independentes e, ao contrário, o que importa acima de tudo na
explicação das partes são as suas inter-conexões => um questionamento do
método analítico das ciências.

E nesse sentido, a divisão cartesiana entre mente e matéria não pode mais se
manter, já que a nova física conclui que "os modelos que os cientistas observam na
natureza estão intimamente relacionados com os modelos de sua mente - com seus
conceitos, pensamentos e valores" (p. 81).

O que nos importa: Capra nos sugere que a crise de nosso tempo revela uma
analogia com a crise que levou à revolução intelectual acima descrita. Ele nos diz
que há um descompasso entre a emergência de uma nova concepção do mundo e a
velha sociedade que, ainda que revestida de modernismos, revelaria tão somente
um modo cartesiano ou racionalista de ver ou pensar.

=> Uma revolução intelectual no campo das ciências da natureza, da vida e da


sociedade. Nas preocupações e ocupações humanas: a informação como uma
necessidade; a ascensão da pesquisa em todos os domínios do conhecimento, não
só enquanto fruto de uma curiosidade, mas como fruto de políticas e
investimentos: no esforço moderno para descobrir e inventar, o homem assumindo
o seu encargo frente à Evolução do mundo e da humanidade => A ciência e a
tecnologia como duas das forças produtivas em desenvolvimento no século XX.

* Um processo de busca de conhecimento, de estudo e pesquisa

Para fazer ciência: imbuir-se do espírito científico e conhecer os instrumentos. A


mola propulsora: os métodos e instrumentos de investigação aliados à postura
científica: perspicácia, rigor, objetividade.(CERVO).

A postura científica é a expressão de uma consciência crítica, objetiva, racional.


Senso de observação, gosto pela precisão e idéias claras, curiosidade,
discernimento etc. Imparcialidade.(CERVO).

Toda ciência começa por indagação despretensiosa, mas a ciência só lida com a
realidade empiricamente observável => Definir o objeto de forma que possa ser
verificada empiricamente. Questões que possam ser demonstradas pelo exame da
realidade => O problema da informação: de seu registro, sua organização e
arquivamento => a classificação => generalizações.(Castro).

- Em ciência, definimos o problema que queremos examinar, decidimos os métodos


e fontes de informação a serem usados. Decidimos os procedimentos. (Castro)

- O método científico: instruções de como proceder, como pesquisar, por onde


começar, qual a seqüência a seguir etc. A metodologia: um conjunto de regras de
como proceder no curso da investigação.(Castro).

“ método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para
atingir um certo fim ou resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o
conjunto de processos empregados na investigação e na demonstração da
verdade”.

O método depende do objeto da pesquisa...é a arte de descobrir a verdade...é um


conjunto ordenado de procedimentos.

O método é apenas um meio de acesso; só a inteligência e a reflexão descobrem o


que os fatos e os fenômenos realmente são. Método científico é a lógica geral
empregada em uma investigação. Por método entende-se o procedimento ordenado
e sistemático em plano geral. A técnica é a aplicação do plano metodológico e a
forma especial de executá-lo. (CERVO).

* Um momento de produção e de comunicação: O conhecimento nas diversas


formas do trabalho científico => Projeto de pesquisa e um artigo científico.

1) A produção do conhecimento. Um permanente processo de reconstrução do


método ou de reordenação das ações. O método como estratégia de ação.

* Reconstrução teórica: qual o referencial teórico do conhecimento?

O método da nossa ciência consiste, inicialmente, em princípios ou pressupostos


de natureza teórica, estes que sendo um sistema ordenado de pensamento
(idéias, conceitos, noções, formulações), constituem o que chamamos de
fundamentação de nossa ciência, do conhecimento que produziremos, a base a
partir da qual construiremos o nosso edifício.

- Uma preocupação com quem o antecedeu no tema e quem o sucederá => a


produção do conhecimento é coletiva.

- Na ciência não há fato sem teoria e teoria sem fato. As teorias organizam e dão
sentido aos fatos. Os fatos são a contraparte da teoria, são o que a teoria tenta
explicar. Mas podemos ver (dar significado aos fatos de maneiras diferentes,
dependendo do seu enfoque teórico. Essas diferenças são influenciadas por seus
valores pessoais, por sua maneira de ver o mundo.(Castro).

* O que é teoria?

TEORIA: 1. Conhecimento especulativo (exame, averiguação, reflexão),


meramente racional; 2. Conjunto de princípios fundamentais de uma arte ou
ciência; 3. Doutrina ou sistema fundado nessa ciência; 4. Hipótese, suposição.

* De certa forma é o resultado a que tendem as ciências. Enquanto doutrina:


propõe diretrizes para a ação. "Numa doutrina há idéias morais, posições
filosóficas e políticas e atitudes psicológicas. É um encadeamento de
pensamentos que não se limitam a constatar e a explicar os fenômenos, mas
apreciam-nos em função de certas concepções éticas..." (Tânia Sausen).
* Manoel Lemes: Teorias puras (que tratam das categorias de um campo do
conhecimento) e teorias técnicas contemporâneas. Quais as teorias que
interessa à construção do conhecimento no campo do planejamento urbano e
regional? e no campo do geoprocessamento?

* É central à ciência o esforço de entender e formular princípios, leis,


generalizações => proposições observáveis.(Castro).

* Ação de reconstrução empírica: baseada na realidade dos fatos, da


experiência e não no estudo.

Quais as evidências que temos de que as descobertas da ciência são verdades? A


evidência é manifestação clara, é desvelamento do objeto. A evidência, o critério da
verdade. (CERVO)

=> A mera coleta de dados e informações é uma fase do processo científico.

* Ação técnica: modo de fazer; não se preocupa em explicar, mas, sim, em fazer
algo, conseguir algum resultado.

- É a natureza do problema que determinará o tipo de técnica a ser utilizada; uso


de técnica sofisticada ou uso sofisticado da técnica? A elegância dos modelos e a
sofisticação técnica não devem comprometer nossa compreensão do problema.

- Pesquisas quantitativas: quando usar a estatística, como decidir qual a melhor


técnica, como decifrar os resultados... Muitas vezes o que dá sentido aos números
é uma análise qualitativa. De outro lado, as teorias geradas por pesquisas
qualitativas ganham nova envergadura quando são quantificadas.

- Na pesquisa qualitativa, por sua natureza, o processo é mais indutivo; “há menos
decisões irreversíveis, pois se trata de uma exploração permanente, em que as
dúvidas, as respostas, as pistas e os novos territórios de indagação permanecem
abertos até o fim”; mas não é um convite a vagar sem rumo, a esmo seguindo a
inspiração do momento;

- O método quantitativo pergunta como acontece, o que acontece e o qualitativo


pergunta por que acontece. O quantitativo descreve as manifestações exteriores do
fenômeno. O método quantitativo simplifica para ter as certezas que busca. O
qualitativo mergulha na complexidade; quer mergulhar no problema, indo tão fundo
quanto necessário. Para a pesquisa qualitativa melhor ver tudo e entender pouco
do que ver apenas um pedacinho e entender tudo sobre ele. A compreensão vem
do interior e não da observação dos aspectos externos.

* Métodos e técnicas da pesquisa qualitativa:

- Documentos (textos-escritos, jornais, livros, fotografias, vídeos);


- Observação passiva: o ouvir;
- Entrevistas;
- Grupos de discussão;
- Observação participante.
(Castro)

2) A construção de um campo de investigação: a formulação de um projeto


de pesquisa para a elaboração de um trabalho científico.

2.1 O que é um projeto de pesquisa?

* Previsão => Prever = Ver, examinar, estudar de antemão. Pressupor. Criar


suposição.

* Explicitação das ações de estudo e pesquisa.

* Quais os elementos de sua composição?

O ponto de partida

* A escolha e apresentação do tema: o que pesquisar? que realidade menor da


realidade total (o universo de referência) será o objeto da pesquisa? E qual a
problemática ou o problema que essa realidade suscita em nós o interesse ao
estudo e a pesquisa, ou que nos propomos a esclarecer, solucionar ou minimizar?
Quais as questões atuais de investigação em que o tema se insere? Qual o recorte
temporal e/ou espacial para o exame do problema?

* Critérios para a escolha de um tema: importância, originalidade e viabilidade;


- Um tema importante: ligado a uma questão que está na ordem do dia, que
polariza um segmento da sociedade, que vem merecendo atenção de estudiosos;
um tema novo com poucos trabalhos sobre o assunto.

- Um tema original: potencial para nos surpreender; quanto mais testada uma
teoria, menos os novos testes nos surpreenderão;

- Viabilidade: É possível completar a pesquisa considerando os prazos, os recursos


financeiros, a disponibilidade potencial das informações, o estado de teorização a
respeito e o apoio dos orientadores? (Castro).

* Justificativas ou Relevância do tema: por que pesquisar? Quais as razões de


ordem intelectual ou científico-tecnológica, de ordem social e, se for o caso, de
ordem projetual que nos levaram à delimitação do objeto de pesquisa? A
importância do tema se explica também por uma revisão da literatura pertinente ao
assunto da pesquisa ou ao seu tratamento teórico-metodológico ou projetual, que
deve ser organizada por um eixo bem definido de reflexão => um diálogo com as
principais referências bibliográficas selecionadas inicialmente.

* Objeto e problema da pesquisa: Delimitar e Problematizar o tema

* Hipóteses: Esclarecer e desenvolver o tema pela formulação coerente de


hipóteses ou suposições a serem trabalhadas em vista de sua possível confirmação.

* Objetivos da pesquisa: onde se pretende chegar?

O caminho

* O marco teórico: os conceitos: qual a posição teórica assumida no momento


da revisão bibliográfica, ou projetual, feita inicialmente? qual o quadro conceitual
mais apropriado à natureza do seu objeto de pesquisa?

* A metodologia: a forma pela qual o quadro teórico-conceitual será aplicado ao


objeto de estudo => a operacionalização dos conceitos => quais os principais
pontos de investigação e variáveis correspondentes a serem tratados para a
verificação empírica das hipóteses ou suposições.
* As técnicas: como vou dar tratamento a esses pontos de investigação, às fontes
ou ao universo empírico da pesquisa.

* O plano de trabalho:

* Qual a estruturação do trabalho, quais as partes e os passos planejados da


pesquisa?
* Quais as fontes e a bibliografia referenciada no trabalho.
* Que materiais (os dados, as informações, os equipamentos, e instrumentos
etc.) serão utilizados?
* O cronograma de execução do projeto.

O ponto de chegada

* As repercussões da pesquisa: quais os resultados esperados? Qual a possível


aplicação dos resultados? Qual o impacto potencial na sociedade e na economia.

2.2 Um artigo científico

- O que é um artigo? o que supõe seu caráter científico?

- Buscamos encontrar nos fatos e eventos alguma ordem, algum nexo interno que
possa dar lugar a uma construção lógica, dando a eles algum sentido.(Castro).

- Como antever a sua elaboração? Quais as normas devo seguir?

* A partir do tema inicialmente pensado para o artigo: justificar a escolha do


tema, apresentar os objetivos e a metodologia utilizada;

* Realizar um pequeno estudo de fundamentação teórica, conceituações e


contextualização histórica => realizar a consulta da bibliografia, fazendo
anotações sintéticas do que será considerado significativo para a elaboração do
texto;

* Paralelamente, empreender uma busca de dados e informações, de ordem


quantitativa e/ou qualitativa => fazer constatações, analisar;
* E por fim, conceber, individualmente, a estrutura do texto, ou seja, o
encadeamento lógico ou coerente das idéias e informações, principais e
secundárias, na forma de um plano de redação;

* Redigir, seguindo o roteiro ou plano de redação pré-estabelecido.

* Seguir as normas do trabalho científico fornecida.

3) Um processo de comunicação: na raiz da palavra comunicação, comunidade


=> o diálogo, o debate; tornar leve o conhecimento; realimentar o processo de
conhecimento e pesquisa; fecundar...Por mais importante que seja, a comunicação
todavia retrata apenas momentos do processo de construção do conhecimento e
nunca o processo em toda a sua dinâmica e dificuldade. É a mola propulsora do
progresso nas ciências.

=> Consultar CERVO e al. Capítulo 7 – Comunicação da pesquisa.

Bibliografia

CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. A ciência, a sociedade e a cultura


emergente. São Paulo, Cultrix, s.d.
CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2006.
CERVO, A.L; BERVIAN, P.A. SILVA, R. da. Metodologia científica. São Paulo,
Pearson Prentice Hall, 2007.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
1993.
GALLIANO, Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra,
1989
LAKATOS, Eva M.; MARCONI. Marina A. Técnicas de pesquisa. 2.ed. São Paulo:
Atlas, 1990.
MINAYO, Ma Cecilia de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec.
1993.
Vozes. 1994.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O pesquisador, o problema de pesquisa e a
escolha de técnicas: algumas reflexões. São Paulo: USP/Caderno CERU, 1993.
TEILHARD de C., P. Analyse et Synthèse.

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