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HOMEOPATIA

Individualização e globalidade

François Choffat,
É clínico geral, ensina homeopatia na Suiça

A lei da individualização é expressa da seguinte maneira: o


medicamento não é escolhido a partir do nome da doença, mas em
função dos sintomas pessoais do paciente. Na homeopatia, a
beladona é o tratamento de um tipo particular de doença aguda
definida não pela causa da moléstia, mas pelas reações
sintomáticas do paciente, seu estilo relacional. A quina é indicada
para outros sintomas febris consecutivos ou não ao impaludismo, e
a crise de malária só pode ser tratada pela quina se não reproduz
os sinais da intoxicação experimental.
Ao princípio da individualidade corresponde, como um gêmeo, o
princípio da globalidade, que se enuncia deste modo: o remédio
indicado pelo conjunto dos sintomas do paciente, é não em função
de um ou outro sinal considerado isoladamente. Para aplicar o
princípio da semelhança, é preciso, portanto, ter em conta o maior
número possível de sintomas do paciente, que deve coincidir com o
maior número possível de sintomas experimentais do remédio.
Prescreve-se com base na reação global do paciente, e não no
rótulo de sua doença. O diagnóstico causal é secundário (gripe,
escarlatina, impaludismo etc.). Quem é tratado é o paciente, não a
doença.
Quanto mais individualizada e global for a prescrição, tanto maior
será a sua eficácia; atribui-se, pois, maior importância aos sintomas
mais originais e mais pessoais. Isto é, às manifestações psíquicas.
O que o paciente sente é mais importante do que aquilo que se
observa. Uma forte angústia num estado febril tem maior peso na
escolha do tratamento do que os graus marcados pelo termômetro
e, sobretudo, do que o germe em questão. Procuramos também
sinais individuais que não sejam patológicos, como os gostos
alimentares, as reações ao clima, as atitudes mentais etc.
O princípio do tratamento individual é indissociável do princípio da
globalidade, pois quando se considera, como o faz a medicina, cada
sintoma separadamente, o indivíduo desaparece em benefício de
sua patologia. Por conseguinte, na homeopatia, a dada doença não
corresponde um medicamento específico e, inversamente, um
medicamento não corresponde a uma doença. A tintura de beladona
poderá ser usada no tratamento do sarampo, mas também de uma
crise de enxaqueca ou de uma coqueluche, desde que o paciente
tenha ume estilo racional que requeira esse remédio. De igual
modo, entre dez pacientes que apresentam uma crise de
enxaqueca, é possível que apenas um receba belladonna4,
enquanto os outros nove receberão remédios diferentes.
Em termos homeopáticos, poder-se-ia dizer a propósito de um
paciente não que ele tem sarampo ou gripe, mas que reage como
numa intoxicação por beladona, que ele “é belladonna” no momento
de sua doença. Há identidade entre o diagnóstico de seu estado
patológico e o nome do medicamento que lhe pode ser
administrado. Não se faz,
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4. A farmacopéia homeopática permanece fiel, em sua nomenclatura, ao latim dos
antigos médicos, o que poupa os problemas de tradução. Nas obras de referência, a
beladona é denominada belladonna.

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portanto, o diagnóstico da doença, mas o do paciente. Esse
diagnóstico, segundo um procedimento característico da
homeopatia, é ao mesmo tempo o nome do medicamento indicado.
Dessa forma, são evitadas as especulações teóricas, sendo a
doença, o paciente e o tratamento confundidos sob o rótulo de uma
mesma entidade conceitual.
O princípio da individualidade situa o procedimento homeopático
nos antípodas da concepção científica, já que supõe que o paciente
seja considerado em sua globalidade e que se renuncie a priori a
reduzi-lo a funções separadas e a dissociar seus sintomas. Por
outro lado, de acordo com a prioridade dos sintomas subjetivos, os
exames físicos são relegados ao segundo plano, e o modelo animal
se torna inaplicável.

Fonte: trecho, pág 45 a 47, “Homeopatia e Medicina, Um Novo


Debate”, François Choffat, 326 páginas, Edições Loyola, São
Paulo, SP, 1996.

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