Resumo
O excesso de peso corporal constitui um dos maiores problemas de saúde pública tanto nos países ricos quanto nos
pobres. O excesso de gordura corporal constitui um fator de risco para diversas doenças e prejudica o desempenho
físico. O exercício físico tem sido indicado como um mecanismo para a redução da gordura corporal e o controle de peso.
O presente trabalho tem por objetivo, verificar na literatura as tendências com relação ao tipo de exercício em programas
para o controle do peso corporal. De maneira geral considera-se como sendo valores de risco para a saúde, a quantidade
de 25 e 32% de gordura corporal para homens e mulheres respectivamente. A prevenção da obesidade consiste em
equilibrar a ingestão calórica dos indivíduos com o gasto energético. Quando um indivíduo é obeso precisa além de um
programa de exercícios uma orientação dietética adequada. Dependendo das limitações e do nível de aptidão dos
indivíduos, deve-se preferir exercícios de intensidade moderada para alta para que o trabalho não seja muito prolongado.
As recentes recomendações sugerem que o exercício aeróbio apresenta-se como a melhor escolha em programas de para
a redução da gordura corporal e principalmente na manutenção do peso.
Unitermos: Obesidade. Exercício físico. Controle do peso. Emagrecimento.
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Introdução
O excesso de peso e a obesidade constituem um dos problemas mais sérios tanto dos países
ricos quanto dos países emergentes. Os problemas derivados direta ou indiretamente da
obesidade são responsáveis por uma significativa percentagem de mortes. Segundo o National
Health and Nutrition Survey (NHANES III) indicam que cerca de 33% da população adulta dos
Estados Unidos apresentam excesso de peso e as evidências indicam um aumento na
prevalência desta (Pollock e Wilmore, 1993; Heyward e Stolarczyk, 2000).
Na última década o quadro crescente de obesidade também passou a preocupar países como
o Brasil. Dados do IBGE mostram que um em cada dez adultos é considerado obeso e há
tendência em aumentar esta proporção. Inúmeras pesquisas indicam que muitas doenças da
“era moderna” estão associadas ao excesso de gordura corporal, como por exemplo, as doenças
cardiovasculares, renais, digestivas, diabetes, problemas hepáticos e ortopédicos. A incidência
dessas doenças é duas vezes maior entre os homens obesos e quatro vezes maior entre as
entre as mulheres obesas, quando comparados à população não obesa (Nahas, 2001; Pollock e
Wilmore, 1993; Paffenbarger et al, 1986; Heyward e Stolarczyk, 2000; Nieman, 1999).
Sabe-se que o excesso de gordura corporal além de ser fator de risco para diversas doenças
prejudica o desempenho físico, pois limita os movimentos e induz à fadiga precoce devido à
sobrecarga que impõe ao organismo. A obesidade deve ser considerada como um objetivo para
intervenção independente, pois seus efeitos são exercidos através de outros fatores de risco
como a hipertensão, a hiperlipidemias e o diabete (ACSM, 2000).
Sobrepeso e obesidade
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O sobrepeso é definido como o peso corporal que excede o peso normal ou padrão de uma
determinada pessoa, baseando-se na sua altura e constituição física. Os padrões começaram a
ser estabelecidos em 1959 com a proposição de tabelas de peso e estatura, que ainda hoje são
amplamente utilizadas. Embora novas tabelas tenham sido introduzidas em 1983, as suas faixas
de variação são muito amplas e muitos profissionais recusam-se a aceitá-las. As tabelas de peso
padrão baseiam-se em médias populacionais, por isso uma pessoa pode apresentar sobrepeso
segundo esses padrões e ainda apresentar um conteúdo de gordura corporal abaixo do normal
ou vice-versa.
Heyward e Stolarczky (2000), sugerem que o valor médio de gordura relativa para homens e
mulheres é de 15% e 23%, considerando valores de 25% para os homens e 32% para as
mulheres como sendo valores de risco para doenças associadas à obesidade.
George et. al. (1996), apresentam uma outra classificação por faixa etária em 5 categorias
que são: ideal, bom, médio, gordo e obeso.
Tabela 2 - Classificação da obesidade segundo o Painel sobre Energia, Obesidade e Padrões de Peso Corporal.
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quando comparados com indivíduos magros. Por outro lado, indivíduos gordos ficam em
desvantagem para dissipar calor em ambientes quentes, precisando recorrer à
transpiração para manter a temperatura interna. A maior desvantagem ocorre quando o
indivíduo gordo realiza exercícios, além de carregar um peso maior a produção de calor
pode chegar a 20 vezes o valor de repouso;
Fonte de energia. Esta é uma das principais funções da gordura já que a capacidade de
armazenamento de carboidratos é limitado e o armazenamento das proteínas está
condicionado a alguma função fisiológica. Em exercícios de intensidade moderada e longa
duração as gorduras são utilizadas preferencialmente como fonte de energia. As gorduras
podem fornecer até 90% da energia total requerida pelo exercício quando a duração
deste for superior a uma hora.
Prevenção da obesidade
O gasto calórico durante as atividades físicas varia com a dosagem (intensidade e duração)
do esforço e do peso do indivíduo, entre outros fatores. Pessoas mais pesadas gastam mais
calorias do que as pessoas leves para realizar um mesmo trabalho que envolva deslocamento
corporal. A recomendação atual para o controle do peso corporal é de três sessões por semana
que represente pelo menos 1000 Kcal/semana com atividades moderadas. Isto pode ser
conseguido, por exemplo, com 6 ou 7 caminhadas de 30 minutos durante a semana. O ideal é
que um adulto jovem acumule um gasto semanal em atividades físicas de moderada intensidade
da ordem de 2000 Kcal/semana, podendo chegar até 3500 kcal/semana. A partir deste ponto os
ricos de lesão são maiores do que os benefícios (Nahas, 2001; CPAFLA, 1998; ACSM, 2000).
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Conclusão
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Tipo de atividade. Qualquer atividade que utilize grandes grupos musculares que seja
mantida constante, rítmica e aeróbica por natureza.
Referências bibliográficas
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George, James D.; Fisher, A. Garth; Vehrs, Pat R. (1996). Tests y pruebas físicas:
colección fitness. Barcelona: Paidotribo.
Paffenbarger, R. S. et al. (1986). Physical activity, all cause mortality, and longevity of
college alumni. New England Journal of Medicine, 314, 605-613.
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Paulo: Manole.
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revista digital · Año 8 · N° 52 | Buenos Aires, Septiembre 2002
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