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Vidália

Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 28 • 2007

• Promoção Ambiental e Promoção Social


• Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Santa Maria
• Biologia no Verão - Percurso Pedestre ao Pico da Vara
• O Modo de Produção Biológico - Um Depoimento
• Alimentos Transgénicos: as Provas Existem
• Viagem ao Centro da Terra
• Projecto Eco-Escola/ Escola Ecológica
• Semana Europeia da Mobilidade
Sumário

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Órgãos sociais da Associação Vidália


para o biénio 2007-2008
Promoção Ambiental e Promoção Boletim dos Amigos dos Açores
Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 DIRECCCAO – Associação Ecológica
Presidente
Plano de Ordenamento da Orla Teófilo Soares de Braga
Costeira de Santa Maria . . . . 5 Secretário
Sérgio Diogo Caetano
Biologia no Verão - Percurso Tesoureiro Distribuição gratuita
Pedestre ao Pico da Vara . . . . 9 Mário José Furtado entre os sócios
Vogais
O Modo de Produção Biológico Maria Manuela Livro
- Um Depoimento . . . . . . . . 12 Lúcia Ventura
Suplentes
Alimentos Transgénicos: as Gilda Pontes
Provas Existem . . . . . . . . . . 14 Paula Cristina Tavares

Viagem ao Centro da Terra . . .18


CONSELHO FISCAL
Projecto Eco-Escola/ Escola Presidente
Ecológica . . . . . . . . . . . . . . .19 Paula Santos
Secretário
Semana Europeia da Mobilidade Eduardo Santos Os artigos são da responsabilida-
- Dia Europeu sem Carros . .21 Vogal de dos autores e não representam
George Hayes obrigatoriamente a posição ofi-
Publicações e Materiais para Suplentes cial da Associação.
Venda . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 Emanuel Machado
Pedro Teves É permitida a reprodução e
Novos Sócios . . . . . . . . . . . . . .23 transcrição, desde que citada a
fonte e o autor
Boletim de Inscrição . . . . . . . .23 ASSEMBLEIA GERAL
Presidente
A Terra que não queremos . . . .24 João Carlos Nunes
Vice-Presidente
Luís Guimarães
Secretário
Eva Almeida Lima
Suplentes
Eduardo Almeida
Pedro Nunes

Sede Social
www.amigosdosacores.pt.vu Está instalada no edifício da Junta de Apoio
e-mail: Freguesia do Pico da Pedra, Avenida Secretaria Regional do
amigosdosacores@gmail.com da Paz, 14. Ali se encontram todas as Ambiente e do Mar
publicações editadas e uma bi-blio-
Tel. 296 498 004 teca especializada na temática
Fax 296 498 006 ambiental. Os interessados poderão
visitá-la todos os dias úteis das 9h
às 12h e das 13h às 17h. Aconselha-
-se a marcação da visita. Contacto: Execução Gráfica e Impressão
Carla Oliveira, EGA
Tel. 296 498 004 Empresa Gráfica Açoreana, Lda.

Vidália 28 2
Editorial
Neste segundo número do Boletim Vidá- mar que a Gruta do Carvão (Paim) está aberta
lia de 2008, para além de apresentarmos um ao público, sendo as visitas gratuitas para asso-
texto da autoria do Director da Ecoteca da ciados, bem como para escolas, associações
Ribeira Grande que descreve algumas das acti- juvenis e outras entidades sem fins lucrativos.
vidades realizadas por aquela entidade e que
têm como objectivos a Defesa do Ambiente e a No que diz respeito ao pedestrianismo, na
Inserção Social de Jovens, dois sobre o pro- sequência de acções de informação/formação
grama Ciência Viva no Verão e um sobre o para alunos universitários do curso de ecoturis-
Plano de Ordenamento da Orla Costeira de mo e para agentes de turismo foi recentemente
Santa Maria, destacamos um depoimento do editado o livro “Pedestrianismo e Percursos
nosso associado Pedro Pacheco sobre o modo Pedestres” que se encontra à disposição de
de produção biológico. Por último, numa altura todos os interessados.
em que nos Açores, sobretudo através de um
dirigente de uma associação de lavradores, se Por último, tal como tem acontecido em
admite a utilização de “milhos transgénicos anos anteriores, está em curso mais uma cam-
para serem cultivados nas terras açorianas”, panha do Projecto “Coastwach Europe” que
não quisemos ficar à margem da discussão tem como objectivo principal a monitorização
sobre o assunto, inserindo neste número um da orla costeira. Este projecto, implementado
texto, da autoria da bióloga Margarida Silva, em algumas ilhas dos Açores e coordenado em
intitulado “Alimentos Transgénicos: as provas São Miguel pelos Amigos dos Açores, só con-
existem”. seguirá ser um sucesso se conseguir o envolvi-
mento do maior número possível de associados
Aproveitamos a oportunidade para infor- e amigos. Participe!

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Promoção Ambiental e Promoção Social

Tem vindo a aprofundar-se o número de dos 500 anos do Foral da Ribeira Grande, pro-
iniciativas comuns promovidas pelo Centro movidas pela Câmara Municipal.
de Apoio Social e Acolhimento – C.A.S.A. – Deram apoio na divulgação e na organi-
da Ribeira Grande e os “Amigos dos Açores – zação do Concurso Construções na Areia,
Associação Ecológica”. promovendo acções de sensibilização
Depois das Eco-Olimpíadas, organiza- ambiental junto das crianças e jovens partici-
das pelo Centro de Desenvolvimento e Inclu- pantes. Têm produzido materiais para promo-
são Juvenil (CDIJ) do C.A.S.A., com o apoio verem a separação dos resíduos e para incen-
dos Amigos dos Açores, através da Ecoteca da tivarem a redução do consumo da energia e da
Ribeira Grande, nas quais participaram todas água.
as Escolas do 1º Ciclo da Ribeira Grande, Têm acompanhado grupos de crianças e
estas duas Associações têm vindo a executar jovens na realização de percursos pedestres,
um Programa de Ocupação de Tempos Livres nomeadamente na cidade da Ribeira Grande e
da Juventude em conjunto. nos trilhos que recentemente foram abertos.
O OTL-J é uma iniciativa da Direcção Por outro lado têm adquirido novos
Regional da Juventude e o CDIJ e a Ecoteca conhecimentos, através das visitas a locais
da Ribeira Grande organizaram programas para reconhecerem a fauna e flora local e a
com o objectivo dos jovens participarem em geologia, com visitas à Gruta do Carvão.
acções concretas de defesa do Ambiente. Com finalidades dirigidas para a Defesa
Cerca de 20 jovens têm dado apoio a do Ambiente ou para a Inserção Social, as
crianças ou jovens que frequentam o Centro duas Associações, através da Ecoteca e do
de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil, parti- CDIJ procuram atingir os mesmos objectivos
ciparam no reconhecimento de percursos em conjunto, porque a promoção cultural e
pedestres, têm feito acções de esclarecimento social das crianças e jovens são indissociáveis
nas praias em defesa da limpeza da orla marí- da promoção de um melhor ambiente.
tima e em concreto das zonas balneares. As iniciativas conjuntas têm decorrido
Participaram na realização do Dia com sucesso e estão programadas novas acti-
Nacional da Conservação da Natureza, que vidades que prevêem integração de jovens e
foi incluído no programa das comemorações crianças de todas as proveniências sociais.
*Luis Noronha Botelho
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Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Santa Maria

Nesta altura está em plena elaboração o tão capacidade de carga infra-estrutural e urbana
necessário POOC-SMA (Plano de Ordena- do litoral, bem como a gestão adequada dos
mento da Orla Costeira de Santa Maria, recursos naturais e ambientais de forma
tendo já sido aprovada a II Fase do mesmo, estratégica e sustentável.
na reunião da CMC (Comissão Mista de Em Santa Maria e nos Açores em geral, em
Coordenação), realizada na Graciosa, no pas- virtude da nossa especificidade insular, com
sado dia 28 de Março, na qual estivemos pre- ecossistemas sensíveis e recortes paisagísti-
sentes em representação dos Amigos dos co/ambientais singulares torna-se imperiosa
Açores. e urgente um leque de acções de salvaguarda
pró-activas em relação ao litoral.
No arquipélago dos Açores, a orla costeira
desempenha um papel estratégico no proces- No caso concreto de Santa Maria, é sobeja-
so de desenvolvimento e na organização das mente reconhecida a necessidade urgente de
actividades económicas e sociais, assumindo travar alguma anarquia na ocupação de
uma função decisiva para as economias solos, a degradação paisagística e atentados
locais e da Região. ambientais que ocorrem na faixa costeira,
A maioria da população e das actividades através de instrumentos de ordenamento e
económicas concentram-se na orla costeira, regulamentação apropriada que o impeçam,
devido, sobretudo, às condicionantes físicas pondo fim a desnortes e livres arbítrios.
do território. É, também, nesta zona que se
encontram algumas das áreas de maior valor De entre os PMOT´s (Planos Municipais de
natural e paisagístico e ambiental, que urge Ordenamento do Território), o PDM (Plano
preservar. Director Municipal) de Santa Maria, pela sua
As estratégias de desenvolvimento actuais natureza lata de enquadramento de espaços,
têm, por vezes, revelado não ter em conta a
Continua

5 Vidália 28
não foi costurado de modo a proteger eficaz- volumetrias e localizações desregradas e
mente a nossa zona litoral, cabendo mais incondizentes, algumas construções de pro-
esse papel aos PP (Planos de Pormenor) e tecção da costa dissonantes com o contexto
especificamente aos POOC´s, este último da paisagístico e sem terem em conta os com-
competência do Governo Regional. portamentos das dinâmicas marinhas, assim
como infra-estruturas de apoio e fruição bal-
Até à elaboração do POOC-SMA, estávamos near patenteando demasiada agressividade
esperançados nos famigerados PP´s que esta- de betão, que mereciam maior ponderação
vam a ser elaborados para as zonas balneares configurativa e funcional.
da Ilha, os quais, sem quaisquer medidas pre-
ventivas apensas e arrastando-se por mais de No âmbito da nossa participação no processo
seis anos, com final abortivo, deixou a zona de elaboração do POOC-SMA, temos vindo
costeira de Santa Maria praticamente despro- a pugnar e continuaremos a fazê-lo, para que
tegida em termos de ordenamento, nos seus as situações apontadas sejam minimizadas
espaços mais nobres, nomeadamente Praia no existente e travadas no futuro.
Formosa, S.Lourenço, Maia e Anjos.
Mas o que é um POOC?
Assim, nos últimos anos, mesmo apesar de
muitas denúncias e lamentos nossos, se per- Um POOC é um instrumento de gestão ter-
mitiu nas baías de Santa Maria a um aumen- ritorial de natureza especial que concretiza
to da carga urbana, desajustada à capacidade por excelência o planeamento e gestão inte-
dos espaços, com edificações de tipologias, grada do litoral.

Vidália 28 6
Globalmente, visa ordenar o uso, ocupação do PDM, determinando a lei a respectiva
e transformação dos solos, numa linha de revisão. Tal situação não será problema no
sustentabilidade e de protecção da integrida- caso de Santa Maria, sendo facilitada em ter-
de biofísica do espaço mos de temporalidade e de oportunidade,
O POOC confere especial atenção às ques- uma vez que a conclusão do POOC, está pre-
tões da conservação dos recursos naturais e vista para o final do próximo Verão, altura a
da requalificação ambiental, enquanto facto- partir da qual também se aponta a primeira
res de particular importância para a promo- revisão do PDM da Ilha.
ção da qualidade de vida da população.
Considera a orla marítima essencialmente Elaboração e acompanhamento do POOC-
uma zona de fruição pública, em que a cria- SMA
ção de novas frentes urbanas deve ser limita-
da, seja por razões de protecção civil, seja A elaboração dos POOC´s nos Açores decor-
por razões de salvaguarda ambiental daquele re da iniciativa da Secretaria Regional do
espaço, devendo ser sempre equacionado a Ambiente e do Mar, através da Direcção
prevalência do interesse público sobre o pri- Regional do Ordenamento do Território e
vado. dos Recursos Hídricos (DROTRH).
Sendo o litoral um espaço de articulação e
de junção do interface terra-mar, a acção do A elaboração do POOC está acometida a uma
POOC, engloba uma zona de protecção ter- vasta equipa técnico/científica de mais de
restre com largura de 500 m e uma faixa de vinte elementos oriundos de várias universi-
protecção marítima que tem como limite dades, coordenada pela Doutora Helena
inferior máximo a batimétrica dos 30 m. Calado da Universidade dos Açores, com
Para a elaboração de um POOC, foram ela- forte feição multidisciplinar, englobando
borados um conjunto de objectivos gerais, áreas como a Biologia, Ecologia, Geologia,
que os leitores interessados poderão tomar Economia, Dinâmica e Defesa Costeira,
conhecimento na íntegra, através do Decre- Geografia e Planeamento, Arquitectura e
to-lei nº 380/99, de 22 de Setembro e na Urbanismo e Jurisprudência.
Resolução nº138/2000, de 17 de Agosto, a Temos vindo a discordar da não existência de
partir dos quais e tendo-se em conta o estudo um oceanógrafo, nesta equipa do POOC,
decorrente da I Fase (Caracterização e Diag- uma vez que tratando-se de planear acções
nóstico), foram definidos os objectivos espe- numa zona de interface terra-mar, tal se exi-
cíficos do POOC-SMA. giria.

Finalmente, o POOC é um instrumento de O acompanhamento da elaboração dos


gestão territorial de natureza especial, não só POOC é feito por uma Comissão Executiva
porque incide sobre um espaço, por si só, (CE) e pela Comissão Mista de Coordenação
muito especial, mas também porque hierar- (CMC), da qual faço parte como vogal efec-
quicamente, prevalecem sobre todos os tivo, em representação da ONGA “Amigos
PMOT´s, devendo estes incorporarem as dos Açores”.
suas regulamentações e orientações no Destas representações só três são marienses,
decorrer das suas elaborações e/ou revisões. um dos quais a presidente da Câmara, o que
Deste modo, se o POOC-SMA consagrar ao tem merecido a minha discordância.
nível do respectivo regulamento soluções e Compete à CMC proceder ao acompanha-
opções de ordenamento contrárias àquelas mento da elaboração do POOC, bem como
que estão consagradas no PDM, as disposi- deliberar sobre os relatórios relativos a cada
ções previstas prevalecem sobre as normas
Continua

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fase de elaboração do Plano, estabelecendo elaboradas, discutidas e aprovadas as Fases I
orientações para as fases seguintes. Compe- e II, estando em andamento a Fase III,
te-lhe, ainda, definir e suprir aspectos que tomando em conta alguns dos nossos parece-
tenham ficado insuficientemente explicita- res e pontos defendidos no âmbito das fases
dos nas propostas técnicas. anteriores. Esses pareceres, reparos, suges-
tões e emendas, têm vindo a merecer, prati-
Faseamento e prazos camente na totalidade, a concordância da
Câmara Municipal de Vila do Porto, o que
O prazo apontado para a elaboração do para nós é motivo de grande satisfação e
POOC-SMA é de cerca de 12 meses, estando revelador da preocupação, sensibilidade,
a sua conclusão apontada para o fim do pró- vontade e responsabilidade que a autarquia
ximo Verão. Assim, para as quatro fases de mostra em querer disciplinar o uso e ocupa-
elaboração do Plano, foram propostas as ção dos solos e defender os valores naturais
seguintes durações: e paisagísticos das zonas litorais da ilha.

Fase I – Caracterização e Diagnóstico: 4 Ainda não queremos deitar foguetes,


meses quanto a essa sintonia de desideratos, por-
Fase II – Estudo Prévio de Ordenamento: 3 quanto ainda estarmos a trabalhar na Fase
meses III, quanto a nós garantimos a nossa coerên-
Fase III – Proposta de Plano: 4 meses cia na defesa incisiva dos valores patrimo-
Fase IV – Versão Final do Plano: 1 mês niais e paisagístico/ambientais do litoral de
Santa Maria, assentes sempre na sua salva-
guarda, sustentabilidade e relevância do inte-
Situação actual do POOC-SMA resse público sobre o privado.

O POOC de Santa Maria, nesta altura já tem * José de Andrade Melo

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Biologia no Verão - Percurso Pedestre ao Pico da Vara

Daniela Silva

No Mês de Agosto, foram realizados dois (Cryptomeria japonica), a Leycesteria for-


percursos pedestres ao Pico da Vara no âmbi- mosa, a Clethra arborea, o gigante (Gunnera
to do Ciência Viva – Biologia no Verão. O chilensis), etc.. Relativamente à fauna,
primeiro percurso – Salto do Cavalo – Pico salientou-se o facto de neste local se encon-
da Vara, realizado no dia 11, contou com a trar o priôlo, uma espécie endémica da ilha
participação de 45 pessoas. No segundo per- de São Miguel, raramente vista, que se
curso, realizado a 18 de Agosto, participaram encontra em vias de extinção.
42 pessoas. O dia estava limpo, o que facilitou a realiza-
O percurso do dia 18 de Agosto iniciou-se ção do percurso. Ordenadamente, os partici-
pelas 11h, a cerca de 4,3 km do centro da fre- pantes caminharam sob as instruções do
guesia da Algarvia. Neste local, além de uma guia, Dr. Teófilo Braga – Presidente dos
menção aos objectivos da “caminhada”, foi Amigos dos Açores – Associação Ecológica,
feita uma chamada de atenção a alguns ele- até chegarem ao segundo posto. Pelo cami-
mentos da flora que aí se podia observar, nho foi possível observar algumas espécies
nomeadamente, o canicão (Holcus rigidus), endémicas como o folhado (Viburnum
o Sphagnum, o patalugo (Leontodon filii), o tinus), o azevinho (Ilex perado), a malfura-
queiró (Calluna vulgaris), as criptomérias Continua

9 Vidália 28
da (Hypericum foliosum), a uva da serra dente, ao verem grandes quantidades de arti-
(Vaccinium cylindraceum) e o cedro do gos de valor espalhados pelo chão, os reco-
mato (Juniperus brevifolia). lheram para si.
No segundo posto encontra-se um marco, em Um pouco antes de chegar ao segundo posto

forma de cruz, a assinalar a queda de um e até ao terceiro posto, a caminhada tornou-


avião. Este desastre ocorreu a 27 de Outubro se mais fácil uma vez que a inclinação, neste
de 1949 e vitimou 37 passageiros e 11 tripu- troço, é consideravelmente mais suave, o que
lantes de um avião da Air France, que ia de acabou por permitir, aos caminhantes, des-
França para a América, conforme se pode ler cansar da subida efectuada no início do per-
no jornal Açoriano Oriental, de 29 de Outu- curso. No entanto, é neste troço que o cami-
bro de 1949, que relata na 1ª página a queda nho se apresenta mais enlameado e com
deste avião francês da seguinte forma: curvas mais sinuosas e apertadas.
“…que, da uma da madrugada, fôra avistado Ao chegar ao terceiro posto, é possível
sobrevoando a freguesia Algarvia; vindo a observar outro marco, em forma de cruz, que
despenhar-se no pico Redondo, nas faldas do assinala a queda de mais um avião. Este aci-
Pico da Vara, do que resultou a morte de 11 dente ocorreu a 13 de Maio de 1943.
tripulantes e 37 passageiros, entre os quais Após caminharmos durante alguns minutos
Marcel Cerdan, campeão francês de boxe, alcançámos o Pico da Vara que, a uma cota
que iria para a América, afim de ali disputar de 1103 metros, é o ponto mais alto da Ilha
o campeonato mundial, no dia 1 do próximo de São Miguel. Por forma a combater o can-
mês.” saço e a fome que já se faziam sentir por esta
Diz-se, ainda, que naquela altura algumas altura, aproveitou-se este local para efectuar
pessoas que foram chegando ao local do aci- Continua

Vidália 28 10
uma breve paragem para almoçar.
Para alguns o facto de se atingir o ponto mais 25 anos, 12 entre os 26 e os 45 anos e 9
alto da ilha, foi pretexto para se registar foto- entre os 46 e os 65 anos de idade.
graficamente o momento, provando, assim, o
alcançar desta meta. Para outros, o belo dia No que diz respeito às habilitações literá-
de Verão aliado à
vista panorâmica
do local foi mais do
que suficiente para
merecer, também,
alguns registos.
Durante o almoço,
algumas nuvens
ameaçaram, por
breves instantes,
tapar a paisagem,
ainda assim, conse-
guiu-se avistar,
além da Serra da
Tronqueira e
Povoação, a Lagoa
das Furnas.
Terminado o almo-
ço, deu-se início à
descida, a qual se
processou a um
ritmo lento, que,
ainda assim, não foi suficiente para evitar rias, 5 possuíam o 9º ano de escolaridade, 9
algumas “escorregadelas” sem grandes con- o 12º ano, 14 Bacharelato/Licenciatura e 2
sequências. uma Pós-graduação.
Volvidas cerca de 4 horas desde o início do
percurso, ou seja por volta das 15h, finali- Quanto aos conselhos de residência, a
zou-se a caminhada. maioria era de Ponta Delgada (12), da
Embora satisfeita pelo passeio, pelo bom Ribeira Grande (5) e depois de Angra do
tempo e pela paisagem, não pude deixar de Heroísmo (4). Como curiosidade é que
ficar um pouco “desconsolada” pelo facto de todos os participantes, 6 residiam em con-
não ter visto a emblemática ave endémica – celhos de Portugal Continental.
priolo.
A maioria tomou conhecimento da iniciati-
Quem Participou na Actividade? va através de amigos (21), e outros 6 atra-
vés de Internet e 2 pela televisão.
Na actividade realizada no dia 18 de Agos-
to estiveram presentes 42 pessoas. Destas No que toca à apreciação global da acção,
30 responderam ao questionário, apresen- 22 participantes consideraram muito boa, 7
tando-se de seguida os resultados. boa e 1 razoável.

Das pessoas que responderam os questio- Por último, todos os respondentes, afirma-
nários, 1 possuía uma idade compreendida ram que recomendariam a acção aos seus
entre os 13 e os 17 anos, 8 entre os 18 e os amigos.

11 Vidália 28
O Modo de Produção Biológico - Um Depoimento
I Association”!
Um solo produtivo não é um solo acépti-
co. Um solo produtivo não é um solo envene- Um solo vivo é geralmente um solo are-
nado. Um solo produtivo não é um solo inerte. jado, é um solo com boa estrutura, é um solo
Só um solo com vida suporta sobre si que retém melhor a humidade e que mais difi-
vida. cilmente encharca, é um solo que mais facil-
A micro fauna e a meso fauna do solo mente garante uma temperatura regular aos
assim como a macro, a meso e a micro fauna organismos que nele vivem.
sobre o solo, são decisivas para a pujança e E não há solo vivo se nele quebrarmos as
diversidade da vida vegetal nesse solo - vida cadeias vitais dos seus organismos, se lhes
vegetal por seu lado vital para toda essa fauna. desestruturarmos permanentemente os eco-sis-
temas, se lhes reduzirmos em cada intervenção
Enquanto que a macro fauna que se ali- no solo as suas condições de vida. Muito há
menta de plantas vivas pode ser concorrente para estudar neste aspecto entre nós, quer entre
connosco no consumo dos vegetais, a micro e aqueles que trabalham a terra, quer entre aque-
meso faunas, exceptuando as espécies que pela les que se dedicam à investigação científica.
sua proliferação se tornam pragas, ao encontra-
rem alimento na vegetação seca ou podre, tor- O processo de conversão e de desenvol-
nam-se factores preciosos para a fertilidade do vimento produtivo no modo de produção bioló-
solo. gico não pode ou pelo menos não deve contra-
riar aquele acerto
ecológico, aquele uni-
verso orgânico de inte-
racções, determinantes
para a conservação da
vida. Creio mesmo que
a questão da conserva-
ção da vida é a questão
central e que tudo o
mais em geral não
passa de regras cir-
cunstanciais decorren-
tes da rede de compro-
missos tecida e da
denominação diferen-
ciada no mercado
mundial.
Os decomponedores, os que reciclam os No nosso caso tem sido muito interessan-
animais e vegetais mortos, e todos aqueles que te a descoberta dessa vida tão desatendida e
fazem simbioses, são decisivos para a arquitec- mesmo desprezada pelo processo produtivo
tura das árvores que se elevam aos nossos olhos dominante, e com alguns tão maus frutos, cha-
ou para o tapede vivo que calcamos aos nossos mado de convencional. É maravilhoso ver sur-
pés. gir espontaneamente o agrião, a borragem, a
chicória, a bonina, a salsa, o aipo, a abóbora, a
Não é por acaso que a mais antiga e acelga, o tomatinho, o espinafre, toda uma série
influente associação inglesa de agricultura em
modo de produção biológico se chama de “Soil Continua

Vidália 28 12
de aromáticas e medicinais,
toda uma série de árvores e
arbustos lado a lado com as
plantas de cultura intencio-
nal. É maravilhoso assistir
ao remoçar de velhas plan-
tas fruteiras. É maravilhoso
reencontrar sabores de
infância que me diziam
meras fantasias de criança.
É maravilhoso reencontrar
variedades rústicas já quase
desaparecidas surpreen-
dentemente produtoras e
apuradas.
No bananal já não há
“tripes”. Ou melhor, há,
mas já não estragam os fru- As rotações adequadas vão permitindo
tos, pois preferem a folha da erva cidreira, uma gestão equilibrada das produções e os ter-
plantada ou espontânea em crescente profusão! renos estão em cada ano que passa mais macios
O “charuto” quase desapareceu com a remoção e fáceis de trabalhar.
atempada dos pistilos. O “caroucho manhoso”
deixou de constituir um problema a que não A pastagem tem recuperado melhor a
será alheia a passagem regular das galinhas nos seguir a cada passagem do gado. As limpezas
quartéis. regulares do mentrasto e do feto que ainda per-
sistem têm-se revelado um factor importante de
Os citrinos com a prática continuada das enriquecimento do solo em matéria orgânica
“palhadas” nunca mais sofreram com afídeos, e com benefícios evidentes e sob alguns aspectos
quando as condições são especialmente favorá- surpreendentes para a exuberância do restante
veis para a sua proliferação, a maior parte rapi- coberto vegetal, cada vez mais rico em diversi-
damente fica parasitada. Temos ainda alguns dade (plantas benéficas como a malva nalgu-
problemas com a “cochonilha vírgula”, mas mas zonas mais fracas ou o funcho) e equili-
mesmo essa tem vindo a diminuir significativa- brado quanto à relação de gramíneas e
mente em número e cada vez são menores os leguminosas, o que permite a conservação
prejuízos na produção. constante da cobertura do solo e a pujança das
A batata é excelente e a aplicação de tisa- espécies mais próprias em cada diferente esta-
na de cavalinha (Equisetum sp.) permite-lhe ção do ano. É o que acontece agora no Verão
boa resistência aos fungos. com o trevo amarelo, que garante uma impor-
tante massa forrageira numa altura em que nas
A alcachofra deixou praticamente de ser zonas baixas tudo o mais começa a secar, ou
afectada por afídeos. Tem-se vindo a multipli- com as exuberantes produções de azevém aze-
car cada vez melhor e as produções encantam- vim e de trevo branco na Primavera, em parte
nos. aproveitadas para feno-silagem.
A prática das consociações vai dando
resultados interessantes. É o caso da soja com a Obrigado,
batata-doce e do cebolinho com a cenoura ou
do tradicional milho, abóbora/mogango e fei- * Pedro Albergaria Leite Pacheco
jão.
Capelas, 23/27 de Agosto de 2007

13 Vidália 28
Alimentos Transgénicos: As Provas Existem
No seu editorial de 25 de Agosto do corrente thuringiensis, uma bactéria do solo que produz
ano o semanário Expresso afirmava, taxativa- insecticidas há muito empregues, por pulveri-
mente: “Não há qualquer – uma só – prova zação, em agricultura convencional e biológica.
científica de que o milho transgénico (da quali-
dade que é autorizado em Portugal e na Euro- As proteínas Bt originais, isto é, produzidas
pa) seja pernicioso para a saúde.” A segurança directamente pelas bactérias, não são inócuas,
alimentar e ambiental dos organismos genetica- sendo particularmente afectados os trabalhado-
mente modificados (OGM, transgénicos) em res que as aplicam.i Os sintomas típicos inclu-
circulação no espaço europeu é certamente uma em rinite alérgica, dermatite, prurido, inchaço,
ii
das questões centrais na contestação que lhes é eritema, angiodema e um acentuar da asma.
movida e a posição do editorialista, a estar cor- Num estudo laboratorial com ratos verificou-se
recta, desarmaria muitas das críticas que se têm que a exposição por injecção à toxina Bt desen-
ouvido ao longo da última década. Vale pois a cadeou uma reacção imunitária sistémica e
pena verificar a (in)existência de provas cientí- local “tão potente como a da toxina da cóle-
iii
ficas. Claro que a ausência de prova, por si só, ra.” Num outro estudo, a exposição nasal e
iv
não prova a ausência de riscos. Mas sem qual- rectal induziu igualmente resposta imunitária.
quer prova documentada de impacto negativo De notar que existem receptores para Bt à
v
dificilmente se justifica accionar medidas res- superfície do intestino de primatas (foram tes-
tritivas contra os OGM, mesmo ao abrigo do tados tecidos de macacos Rhesus) o que pode
Princípio da Precaução. ajudar a explicar o eventual impacto humano
numa exposição via ingestão.
Deixem-se de lado todas as provas relativas aos
restantes OGM aprovados actualmente para ali- As aplicações de Bt convencional são externas
mentação humana na União Europeia (soja, e eficazes apenas durante poucos dias, devido à
colza e algodão) e olhe-se para o que a ciência biodegradação a que a toxina está sujeita. Após
já permite dizer quanto ao milho transgénico a colheita o produto final – o grão – apresenta
referido pelo jornal. Ficam igualmente para assim uma concentração de Bt que pode ser
outra oportunidade quaisquer considerações centenas ou milhares de vezes menor que a
vi
sobre eventuais impactos ambientais. A análise encontrada em milho transgénico. Neste caso
de risco, note-se, não é uma forma de democra- dos OGM a toxina é produzida em elevada
cia. Se, em cem estudos, noventa e nove não quantidade nos tecidos da própria planta e,
detectam consequências negativas e apenas um como está contida no interior da semente, não
único revela determinado impacto, não se faz a está sujeita a degradação rápida, pelo que o Bt
média nem ganha a maioria. Tal estudo singu- chega intacto aos consumidores. Para além
lar, depois de cientificamente validado, faz deste aspecto há a referir o facto de que o gene
prova suficiente e demonstra impacto para o empregue em engenharia genética conduz
aspecto específico em análise. directamente à forma activa da proteína Bt, ao
contrário da pulverização convencional onde se
Na União Europeia já foram aprovadas diver- aplica uma protoxina que é activada pelo pH
sas variedades de milho transgénico para con- elevado dos estômagos de alguns dos insectos
vii
sumo humano: Bt 176, MON 810 (também que se alimentam dessas plantas. Sendo pré-
autorizado para cultivo), T-25, Bt-11, MON activada, a versão geneticamente modificada
809, NK 603, MON 863, 1507, GA 21 e ainda (GM) pode portanto interagir com um leque
o híbrido MON 863 x MON 810. Todas elas mais vasto de seres vivos uma vez que não tem
são do tipo Bt, ou seja, são transgénicas devido de passar pelo momento – que lhe confere ele-
à introdução de genes originários do Bacillus vada especificidade no alvo – que é a cliva-
Continua

Vidália 28 14
gem em ambiente alcalino. facto de ter sido realizado sob controlo da
A legislação europeia prevê que a demonstra- empresa mas analisado por uma equipa inde-
ção de segurança dos OGM seja realizada atra- pendente e publicado de acordo com as regras
vés de estudos químicos, bioquímicos e bioló- científicas – permite atribuir aos resultados
gicos, incluindo a realização de testes em uma importância e credibilidade invulgares.
animais de laboratório (mas não em pessoas). Esta é precisamente a prova que o editor do
Assume-se que, se forem detectados impactos Expresso não sabia que existia. Ao contrário
no metabolismo animal devido ao consumo de do que as empresas afirmam, consumir milho
OGM, tais produtos não poderão ser comercia- convencional e consumir milho transgénico
lizados para consumo humano. não é a mesma coisa e nestes casos a lei não
permite aprovação comercial. Ainda assim
Quando uma empresa empenhada na comer- trata-se de um único estudo, que deveria ser
cialização de determinado transgéni-
co faz um estudo que aponta para a
total segurança e inocuidade dessa
planta, sobretudo se tal trabalho não
passa pelos trâmites da publicação
científica convencional sujeita a revi-
são pelos pares, pode ou não acredi-
tar-se em tais resultados. Mas quando
os dados empresariais demonstram
um impacto negativo significativo, é
de crer que tais dados estejam correc-
tos. Isso mesmo aconteceu com o
milho MON 863, da Monsanto. Esta
empresa realizou um estudo de 90
dias que, de acordo com um artigo
viii
científico recentemente publicado
onde é realizada uma análise estatísti-
ca independente (só possível após
acção legal que forçou o acesso aos
dados originais mantidos secretos
pela empresa até então), revela um
aumento de até 40% dos triglicerí-
deos do sangue em ratos fêmea e uma
redução de até 30% do fósforo e
sódio na urina de ratos macho. Tam-
bém se detectaram alterações no peso
dos animais: os machos cresceram
menos que os animais de controlo, e as fêmeas replicado por diferentes laboratórios e países,
cresceram mais. Estes valores são estatistica- até porque muitas questões continuam por res-
mente significativos e estão directamente rela- ponder. Deveria igualmente ser aplicado às
cionados com o consumo do milho transgéni- restantes variedades de milho transgénico em
co. Detectaram-se mais impactos negativos circulação. E, necessariamente, a circulação do
mas, dado o pequeno tamanho dos grupos de MON 863 deveria ser suspensa, ao abrigo do
teste, não foi possível retirar conclusões defi- Princípio da Precaução, até a informação cien-
nitivas sobre estes últimos. tífica acumulada confirmar uma decisão defi-
nitiva.
As circunstâncias peculiares deste estudo – o Continua

15 Vidália 28
Embora tal falha não prove impacto, prova cla-
Com o milho T-25 da Bayer foi realizado um ramente a incapacidade do sistema regulador
ix
outro trabalho que, embora não obedecendo em garantir a priori a segurança dos consumi-
às regras da ciência acima mencionadas, não dores.
deixa de ser sugestivo visto ter sido igualmente
xi
desenhado e conduzido sob controlo da empre- Um outro trabalho científico merece referên-
sa. Trata-se de uma experiência de 42 dias com cia devido às implicações que acarreta para
galinhas em que o grupo de teste alimentado todos os OGM em circulação. A experiência
com o milho GM apresentou o dobro da morta- analisou histologicamente o intestino delgado
lidade do grupo de controlo, ganhou menos de ratos, mas de uma forma inovadora: para
peso e sofreu de maior variabilidade no peso além do grupo de teste e do controlo negativo
corporal. Devido ao pequeno número de ani- (o primeiro alimentado com batatas transgéni-
mais envolvidos e elevada variação dos pesos cas produtoras de uma determinada lectina e o
corporais logo à partida estas diferenças não segundo com batatas isogénicas convencio-
puderam ser demonstradas estatisticamente. nais), foi mantido um terceiro grupo exposto a
Lamentavelmente o estudo não foi ampliado, uma dieta de batatas convencionais suplemen-
repetido ou publicado numa revista científica. tadas com essa mesma lectina.

Existem numerosos trabalhos científicos que, De acordo com o dogma vigente no mundo da
não demonstrando directamente impacto nega- engenharia genética uma planta transgénica é
tivo dos OGM na saúde, apontam para proble- igual à soma da planta original com a proteína
mas cujas implicações, actualmente por des- introduzida, pelo que não podem existir dife-
vendar, poderão vir a revelar-se significativas. renças entre o primeiro e o terceiro grupos. Ou
Uma das questões em causa prende-se com a seja, quaisquer resultados que simultaneamente
instabilidade genética das construções transgé- sejam encontrados no primeiro grupo e estejam
nicas. Dois grupos franceses e um belga estu- ausentes do terceiro grupo serão devidos ao
daram as sequências do DNA de alguns OGM processo de manipulação genética da batata e
em circulação e encontraram numerosas dife- não à ingestão da proteína introduzida. A mani-
renças em relação à construção original descri- pulação genética é precisamente o passo
ta anos atrás pelas respectivas empresas. Traa- comum a todas as plantas obtidas por transgé-
x
vik e Heinemann sistematizaram os dados nese.
disponíveis da seguinte forma: delecções foram
encontradas em MON 810, GA 21 e Bt 176, Mas foram encontradas diferenças no estudo
repetições invertidas ou em tandem apareceram referido. Os ratos que consumiram batatas
em T-25, Bt 176 e GA 21, recombinações transgénicas apresentaram um espessamento da
foram detectadas em T-25 e Bt 176 e finalmen- parede do jejuno (devido a proliferação celular)
te o MON 810 apresentou fragmentos transgé- e, no ceco, um decréscimo do espessamento
nicos rearranjados e dispersos pelo genoma. normal da respectiva mucosa. Os animais do
terceiro grupo, alimentados com batatas nor-
De notar que a demonstração de estabilidade mais mais o suplemento de lectina em causa,
genética é um dos requisitos para aprovação não apresentaram tais sintomas mesmo quando
legal na União Europeia. Os rearranjos encon- a concentração de lectina era 1000 vezes supe-
trados colocam em cheque a validade de quais- rior à existente nas batatas transgénicas (situa-
xii
quer conclusões de segurança obtidas com as ção essa testada num outro estudo ).
variedades transgénicas na sua sequência origi-
nal. Na prática isso implica que as versões do A conclusão mais razoável destes dados é que a
milho GM actualmente em circulação são dife- introdução de um gene num ecossistema mole-
rentes das iniciais e, como tal, não foram estu- cular pode conduzir a alterações funcionais em
dadas nem sujeitas a qualquer avaliação. Continua

Vidália 28 16
diferentes pontos desse ambiente genético para apresentada, caberá ao leitor(a) retirar as suas
além da mera adição de um gene. São sobeja- próprias conclusões.
mente conhecidas (ver, por exemplo, Latham et * Margarida Silva, bióloga
xiii
al ) alterações inesperadas do genoma origi-
nal aquando da inserção de transgenes, com i Noble, M; P Riben; G Cook (1992) Microbiological and epi-
milhares de mutações por evento, translocações demiological surveillance program to monitor the health effects
of Foray BTK spray. Ministry of Forests, Vancouver, B.C.
de dezenas de milhar de bases, delecções de iiBernstein, I et al (1999) Immune responses in farm workers
genes inteiros, alteração dos padrões de expres- after exposure to Bacillus thuringiensis pesticides. Environ-
mental Health Perspectives 107(7):575-582.
são de múltiplos genes, activação directa e per- iii Vázquez, R et al (1999) Bacillus thuringiensis Cry1Ac Pro-

manente de genes (devido à presença do pro- toxin is a Potent Systemic and Mucosal Adjuvant. Scandina-
vian Journal of Immunology 49(6):578-584.
motor transgénico), activação de transposões, iv Moreno-Fierros, L et al (2000) Intranasal, rectal and intrape-
ritoneal immunization with protoxin Cry1Ac from Bacillus
etc. Tais alterações podem passar completa- thuringiensis induces compartmentalized serum, intestinal,
mente despercebidas durante o processo de vaginal and pulmonary immune responses in Balb/c mice.
Microbes and Infection 2(8):885-90.
aprovação europeu, eventualmente revelando v Noteborn, H et al. (1995) Safety assessment of the Bacillus

as suas possíveis consequências negativas thuringiensis insecticidal crystal protein CryIA(b) expressed in
transgenic tomatoes. In: Engel, K-H; G Takeoka; R Teranishi;
numa fase de comercialização em que a relação eds. Genetically modified foods: safety issues. ACS Sympo-
sium Series 605:134-47. Washington, DC.
causa-efeito pode demorar décadas a ser detec- vi Szekacs, A et al (2005) Levels of expressed Cry1Ab toxin in

tada. genetically modified corn DK-440-BTY (YIELDGARD) and


stubble. FEBS Journal 272 (s1) L3-005.
vii Smith, J (2007) Genetic Roulette: The documented health
risks of genetically engineered foods. Yes Books, Fairfield, IA.
No presente texto pretendeu-se mostrar resumi- viii Séralini, G-E; D Cellier; J Vendomois (2007) New Analysis
damente que a ciência já começa a ter dados of a Rat Feeding Study with a Genetically Modified Maize
Reveals Signs of Hepatorenal Toxicity. Archives of Environ-
sólidos para apresentar à sociedade em geral e mental Contamination and Toxicology 52:596–602.
ix Leeson, S (1996) The effect of Glufosinate Resistant Corn on
à classe política em particular sobre os contor- Growth of Male Broiler Chickens. Department of Animal and
nos sanitários das variedades aprovadas de Poultry Sciences, University of Guelph. Report No. A56379.
xTraavik, T; J Heinemann (2007) Genetic Engineering and
milho GM. Não foram considerados outros Omitted Health Research: Still No Answers to Ageing Ques-
aspectos igualmente relevantes, como os tions. TWN Biotechnology & Biosafety Series 7, Penang,
Malásia.
impactos ambientais, o sistema de aprovações e xi Ewen, S; A Pusztai (1999) Effect of diets containing geneti-

fiscalização propriamente dito, a falta de inves- cally modified potatoes expressing Galanthus nivalis lectin on
rat small intestine. The Lancet 354(9187):1353-4.
tigação científica independente e ainda todo o xii Pusztai, A et al (1990) Relationship between survival and
binding of plant lectins during small intestinal passage and
trabalho disponível sobre os restantes OGM em their effectiveness as growth factors. Digestion 46 Suppl
circulação. Sobre as vastas repercussões sociais 2:308-16.
xiii Latham, J; A Wilson; R Steinbrecher (2006) The Mutational
e alimentares – e médicas – da realidade aqui Consequences of Plant Transformation. Journal of Biomedici-
ne and Biotechnology 2006(2):25376.

17 Vidália 28
Viagem ao Centro da Terra
Considerando a riqueza espeleológica e geológi- visitar a gruta: houve pessoas que chegaram
ca da Gruta do Carvão, classificada como Monu- muito antes da hora marcada para a primeira
mento Natural Regional, os Amigos dos Açores visita do dia, tamanha era a ansiedade em conhe-
- Associação Ecológica integraram, pelo segun- cer tão belo e invulgar património, que existe um
do ano consecutivo, o programa Geologia no pouco por todos as ilhas do arquipélago dos Aço-
Verão, organizado pela Agência Ciência Viva, res.
realizando visitas organizadas à Gruta do Carvão
(troço do Paim) nas manhãs dos dias 2, 8, 22 e 31 Cumpridas as formalidades na recepção dos visi-
de Agosto. tantes e o visionamento do filme introdutório
“Cavidades Vulcânicas dos Açores”, chegava a
A Gruta do Carvão é o maior túnel lávico de S. tão aguardada visita ao interior da terra. Uma vez
Miguel, dos 27 que se conhecem actualmente na no interior do túnel vulcânico a expressão inicial
ilha de S. Miguel. Documentos antigos e obser- dos visitantes era a mesma – perplexidade –
vações nas proximidades da gruta, indiciam que perante a sumptuosidade e rara beleza desta
provavelmente esta cavidade terá uma dimensão estrutura. A admiração e curiosidade dos visitan-
total superior a 5 quilómetros. Actualmente, tes era visível: observavam atentos cada porme-
estão cartografados cerca de 1650 m da gruta, nor da gruta, com o intuito de captar mentalmen-
divididos em três troços: Paim, Rua de Lisboa e te, ou com a máquina fotográfica, cada recanto e
Rua João do Rego, sendo o primeiro o único foi grande a quantidade de perguntas que fize-
visitável actualmente. ram, sendo as mais frequentes: “como se formou
a gruta?”, “qual é a idade da gruta?”, ”pode-se
A adesão à iniciativa foi, como tem sido hábito, visitar as outras secções da Gruta do Carvão?”,
muito grande, como provam os números: 40 visi- “qual o vulcão que originou a gruta?”....
tantes no dia 2 de Agosto, 41 no segundo dia da
iniciativa (8 de Agosto) e 29 e 41 visitantes nos No final da visita, todos os participantes parti-
dias 22 e 31 de Agosto, respectivamente, totali- lhavam a mesma opinião (a visita é muito inte-
zando 151 visitantes. ressante e permite a aquisição de novos conheci-
Não deixa de ser curioso verificar que a activi- mentos), enalteceram o trabalho e dedicação dos
dade reuniu visitantes de uma faixa etária bas- Amigos dos Açores na abertura da gruta ao
tante vasta e provenientes de diferentes localida- público e, mais importante, recomendam viva-
des: a maioria dos participantes pertence ao mente a visita ao Monumento Natural Regional
concelho de Ponta Delgada seguidos, em menor da Gruta do Carvão.
número, pelos dos concelhos vizinhos da Ribei- * João Fontiela
ra Grande e Lagoa.
Visitantes de Norte a
Sul de Portugal Con-
tinental, Franceses e
Espanhóis que se
encontravam de
férias, aproveitaram
também a oportunida-
de para conhecer um
pouco mais do patri-
mónio natural de S.
Miguel.
Era notória entre os
visitantes a ânsia em

Vidália 28 18
Projecto Eco-Escola/ Escola Ecológica
Mais do que nunca, hoje em dia, todos temos quer de sala de aula, recreio e/ou Comunidade
consciência de que é urgente cuidarmos do local:
nosso AMBIENTE, tendo uma consciência e - Acções de sensibilização referentes aos temas
prática ecológica. Pois o futuro da humanidade em estudo nas diferentes turmas;
depende daquilo que ainda se pode fazer para - Esquematização e organização de um espaço
preservar o meio ambiente! para a criação de uma Horta Biológica;
- Replantação de algumas
árvores e manutenção do jar-
dim da escola;
- Separação do lixo em todas
as salas de aula;
- Construção de um Maio
Ecológico (com ma-terial
reciclável);
- Realização de presépio,
árvore e arranjos de Natal
com material reutilizável e
reciclável;
- Organização de uma exposi-
ção alusiva ao te-ma “Resí-
duos” incentivando os alunos
Como tal, e tendo consciência da necessidade e Comunidade em geral, para a necessidade de
referenciada, a EB1/JI de Ribeirinha, no ano reciclar alguns materiais;
lectivo 2006/2007 aliou-se, mais uma vez, ao - Participação nas Eco-Olimpíadas, actividade
programa Eco-Escola cujo objectivo principal é proposta pelo Centro de Apoio Social e Acolhi-
incentivar e motivar as escolas para a impor- mento (mais conhecido por C.A.S.A) em par-
tância da conservação do Ambiente. ceria com a Ecoteca da Ribeira Grande, e que
O projecto desenvolvido ao longo do ano teve consistia numa competição com jogos relacio-
a adesão e o apoio de toda a comunidade esco- nados com a separação e reutilização de vários
lar. Todos os alunos, desde os grupos do Jar- materiais recicláveis e reutilizáveis, sendo que
dim-de-infância às turmas do 1º ciclo se envol- a 1ª fase realizou-se no dia 21 de Março no
veram; alguns pais e/ou Encarregados de Núcleo da Ribeirinha. (Há a realçar que uma
Educação, assim como a autarquia local tam- turma do 4º ano da nossa escola ficou em 2º
bém prestaram a sua colaboração;
Assim sendo, o projecto obedecia ao desenvol-
vimento dos seguintes temas:
 Resíduos Sólidos;
 Água;
 Energia;
 Espaços Exteriores;
 Agricultura Biológica;
 Compostagem;
 Alterações Climatéricas.
Para cumprir com os objectivos propostos no
projecto, foram delineadas e executadas as
seguintes actividades, em diversos contextos,
Continua

19 Vidália 28
lugar na fase final destes jogos,
que foi disputada ao nível da
Básica Integrada da Ribeira
Grande);
- Confecção de uma sopa, com
os produtos agrícolas retirados
da nossa horta, no final do ano
lectivo, para todos os alunos
(com a ajuda dos pais);
- Participação no Concurso de
Sopas Saudáveis, desenvolvido
pelo Departamento de Ciências
da EBI , em que mais uma vez
foram utilizados produtos da
horta;
- Visita de estudo por uma
turma a uma quinta de Agricultura Biológica; da com os temas “Resíduos” e a “Água”.
- Elaboração do eco – código que foi elaborado Nunca é demais salientar todo o apoio que
pelos alunos do 4º ano com o apoio dos profes- recebemos, nomeadamente da Câmara Munici-
sores e teve com fio condutor as Alterações Cli- pal da Ribeira Grande, da Junta de Freguesia da
máticas, criando os alunos, a partir deste tema, Ribeirinha, da C.A.S.A, da Ecoteca, dos Pais e
várias quadras que apelavam para a necessida- dos Órgãos de Comunicação Social, nomeada-
de de modificar os hábitos do dia a dia. mente a televisão que se deslocou à nossa esco-
Relativamente ao “Dia Eco-escolas” (e em la, com o intuito de divulgar à Comunidade
paralelo com o fluir do desenvolvimento do extra escolar algumas das nossas actividades .
projecto) o mesmo decorreu no dia 21 de A todos o nosso muito obrigado!
Março, dia da Floresta, em que foram desen- Ao finalizarmos e tendo a certeza que este é um
volvidas várias actividades. Em primeiro lugar projecto a continuar, gostaríamos de salientar
tivemos a honra de ter na nossa escola a pre- os enormes benefícios que a sua aplicação trou-
sença do Senhor Presidente da Câmara Munici- xe para a nossa Comunidade Escolar! Sentimos
pal da Ribeira Grande que veio oferecer algu- que motivámos os nossos alunos para a neces-
mas árvores, assim como também ajudou aos sidade de preservar o Ambiente e que alertámos
meninos a plantá-las no jardim, incutindo a os Pais e Encarregados de Educação no respei-
todos os presentes uma filosofia de preservação tante à mudança de atitude ecológica no dia-a-
ecológica. Em seguida procedeu-se aos jogos dia!
das Eco-Olimpíadas. Em simultâneo decorria,
no interior da escola, uma exposição relaciona- EB1/JI de Ribeirinha, Setembro de 2007

Vidália 28 20
Semana Europeia da Mobilidade
Dia Europeu sem Carros
Fogo recentemente alvo de manutenção,
apresenta um aspecto magnífico.
A Exposição esteve presente no Teatro
Ribeiragrandense toda a semana e no
Sábado foi feita a distribuição do Itinerá-
rio Ambiental “Um Passeio na Cida-
de”, que foi feito sobretudo por turistas
estrangeiros.
No mesmo “Dia Europeu Sem Carros”,
de tarde, houve a “I Corrida de Carri-
nhos de Esferas”, em que participaram
13 concorrentes de várias instituições
das Capelas, Rabo de Peixe e Ribeira
Grande. Foi seguida com muito entusias-
mo e acompanhada de demonstração do
Entre 16 e 22 de Setembro comemorou-se a V carro 100% eléctrico e pelo Segway
Edição da Semana Europeia da Mobilidade. comercializados pela Copipélago. Foi feito o
A Semana Europeia da Mobilidade foi lançada convite, correspondido, para realização de pas-
há cinco anos, na sequência do sucesso do Dia seios de bicicleta.
Europeu sem Carros. A organização da Semana coube ao CDIJ –
O objectivo desta iniciativa é promover uma Escolha Certa, da Ribeira Grande e aos Amigos
mobilidade urbana mais sustentável e sensibili- dos Açores, através da Ecoteca da Ribeira
zar o público para os impactos ambientais Grande, Teve o apoio da Câmara Municipal da
decorrentes da actual tendência da mobilidade Ribeira Grande e pretendeu alertar para a
urbana. Além disso também pretende transmitir necessidade de maior racionalidade no uso do
aos seus cidadãos a redescoberta do valor da transporte pessoal, responsável por uma grande
sua cidade e do seu património num ambiente percentagem na emissão de gases poluentes e
mais saudável. que provocam o efeito de estufa.
Os “Amigos dos Açores” tinham incluído no O tema pedestrianismo foi incluído como
seu Plano de Actividades a realização do per- forma de definir regras para o uso dos trilhos
curso Lombadas – Lagoa do Fogo para o dia que atravessam espaços naturais que devem ser
15. preservados.
Antes da realização do percurso foi * Luis Noronha Botelho
aberta a Exposição sobre Pedes-
trianismo e o lançamento do livro
“Pedestrianismo e Percursos
Pedestres”, da autoria de Teófilo
Braga.
Foi uma tripla actividade muito
participada. A maior parte (56) dos
presentes no lançamento do livro
fizeram o percurso desde o cruza-
mento da estrada do Monte Escu-
ro. Descendo até às Lombadas o
trilho das Lombadas à Lagoa do

21 Vidália 28
Publicações e Materiais para Venda

LIVROS Associados Não Assoc. Nº Valor


Pedestrianismo e Percursos Pedestres 3,00 € 6,00 €
Lagoas e Lagoeiros da Ilha de São Miguel 7,50 € 12,50 €
Paisagens Vulcânicas dos Açores 5,00 € 8,00 €
Borboletas Nocturnas dos Açores Grátis 2,50 €
Parque Natural Reg. Plataforma Costeira das Lajes do Pico Grátis 2,50 €
Cavidades Vulcânicas dos Açores Grátis 2,50 €
Orientação Grátis 1,00 €
Percursos Pedestres em São Miguel Grátis 5,00 €
Plantas dos Açores Grátis 5,00 €
Plantas Usadas na Medicina Popular Grátis 5,00 €
BROCHURAS
Percurso Pedestre do Salto do Cabrito Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre da Serra Devassa Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre do Pico da Vela Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre Algarvia – Pico da Vara Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre Praia – Lagoa do Fogo Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre do Sanguinho Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre das Sete Cidades Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre Ponta Garça – Ribeira Quente Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre da Ponta da Madrugada Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre das Furnas Grátis 1,50 €
Percurso Pedestre da Caloura Grátis 1,50 €
OUTROS MATERIAIS
Bonés "Amigos dos Açores" 2,00 € 3,00 €
T-Shirt "Salvemos o Pombo Torcaz" 3,00 € 4,00 €
T-Shirt "Golfinhos" 4,00 € 5,00 €
T-Shirt "Amigos dos Açores" 5,00 € 6,00 €
Casacos para Protecção da Chuva 10,00 € 11,00 €
Sweat-Shirt "Amigos dos Açores" 12,50 € 13,00 €

Formulário de Encomenda
Por favor envie as quantidades acima assinaladas para o endereço:
Nome
Rua e nº
Código Postal

Nota: todos os pedidos deverão ser acompanhados do respectivo pagamento em cheque ou vale postal.
Para o estrangeiro ao valor total deverá acrescentado 2 €
AMIGOS DOS AÇORES- Avenida da Paz,14 9600-053 PICO DA PEDRA
Telefones - 296 498 004 Fax - 296 498 006 E-mail - amigosdosacores@gmail.com

Vidália 28 22
Novos Sócios
Os AMIGOS DOS AÇORES são uma asso- Porque é fundamental contribuir para a garan-
ciação regional de defesa do ambiente, inde- tia da existência de uma voz independente e
pendente do poder político-económico e aparti- firme na defesa do ambiente nos Açores, vimos
dária, que vem, desde 1984, trabalhando convidá-lo(a) a aderir aos Amigos dos Açores,
ininterruptamente a favor da conservação da para tal basta preencher a ficha que junto envia-
maior riqueza dos Açores: o seu património mos e devolvê-la para:
natural.
No entanto, uma associação como esta, para AMIGOS DOS AÇORES
desempenhar ainda melhor o seu papel, tem de Avenida da Paz, 14
continuar a aumentar a sua principal base de 9600-053 PICO DA PEDRA
apoio: os seus associados.

BOLETIM DE INSCRIÇÃO
SÓCIO N.º _______Quota anual (mínimo 10 €)_________,____ € Donativo anual ________,____ €
(quota anual + donativo)
NOME _____________________________________________________________________________
MORADA ___________________________________________________________________________
LOCALIDADE______________________________CÓDIGO POSTAL ________________________
TELEFONE_____________________ E-MAIL ____________________________________________
PROFISSÃO ____________________________________ DATA DE NASCIMENTO ____/____/____
N.º DO B. IDENTIDADE____________________ N.º DE CONTRIBUINTE ___________________
TIPO DE COLABORAÇÃO____________________________________________________________
PARTICIPAÇÃO NOS PASSEIOS PEDESTRES: SIM________ NÃ0________
DATA____/____/____ ASSINATURA____________________________________________________
• A associação passará recibo dos donativos, os quais poderão ser deduzidos à colecta do ano para efeitos de IRS ou IRC.

AO BANCO _________________________________
Agência de _______________________________

_________________, ___ de ___________ de ______


Exmos.Senhores,
Por débito na minha conta com o NIB _______________________________ nesse Banco,
solicito que transfiram para crédito da conta dos AMIGOS DOS AÇORES com o NIB
001200009399438830116 (Agência de Ponta Delgada do BANCO COMERCIAL DOS
AÇORES), a importância de ___________ , ____ €, no primeiro dia útil de _________________
de cada ano, até instruções minhas em contrário. Agradeço ainda que, ao efectuarem as
transferências, indiquem sempre o nome completo e morada do ordenante. Esta ordem anula
todas as eventuais anteriores.

De V.Exas.
Muito Atentamente
_________________________________ _________________________________
(nome completo) (assinatura idêntica à existente no Banco)

23 Vidália 28
A TERRA QUE NÃO QUEREMOS

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