WWW.ROCHABERGAMIM.COM.BR DIREITO DO TRABALHO
Carolina Rocha de Araujo | Professora de Direito
Direito do Trabalho 2
Princípios
1. CONCEITO ‐ Sérgio Pinto Martins afirma que “princípios são proposições básicas que
fundamentam as ciências. Para o Direito, o principio é seu fundamento, a base que irá
informar e inspirar normas jurídicas”.
2. Para Júlio Fabrinne Mirabete os Princípios Gerais do Direito são “premissas éticas extraídas da
legislação e do ordenamento jurídico em geral. São eles estabelecidos com a consciência ética
do povo em determinada civilização, e podem suprir lacunas e omissões da lei , adaptados as
circunstanciais do caso concreto.”
3. Assim, os princípios completam o ordenamento jurídico em suas lacunas como define o art. 4º
da LICC.
3.1. ”Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.”
3.2. Art. 8º da CLT ‐ As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por
analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do
direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas
sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o
interesse público. (grifo nosso).
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
1. Principio da Proteção: proteção jurídica do empregado em face da superioridade econômica
do empregador, buscando equilibrar esta diferença. Este princípio ainda se desdobra em
outros três que veremos a seguir:
¾ “in dúbio pro operário”: Significa que nos casos de dúvida o aplicador da lei devera
aplicá‐la de maneira mais favorável ao empregado.
OBS: Este princípio não devera ser aplicado nos casos em que a sua utilização afrontar
claramente a vontade do legislador, ou versar sobre matéria da qual será necessário
apreciação de provas.
1.2. Princípio da condição mais benéfica: Este princípio e uma aplicação do principio
constitucional do direito adquirido:
¾ Art. 5ª , XXXVI CF/88 – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada.
Assim o trabalhador que já conquistou um direito não poderá ter seu direito atingido
mesmo que sobrevenha uma norma nova que não lhe e favorável.
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¾ Súmula‐51 ‐ Norma Regulamentar. Vantagens e opção pelo novo regulamento. Art.
468 da CLT. (RA 41/1973, DJ 14.06.1973). Nova redação em decorrência da
incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 163 da SDI‐1 ‐ Res. 129/2005, DJ
20.04.2005)
6 – Principio da Primazia da Realidade: Este princípio faz referência ao principio da verdade real
que está no direito processual penal. Sua aplicação no direito do trabalho vem demonstrar a maior
valoração que possui o fato real do que aquilo que consta em documentos formais.
7‐ Principio da continuidade da relação de emprego: Este princípio determina que salvo prova
em contrário, presume‐se que o trabalho terá validade por tempo indeterminado. As exceções
serão os contratos por prazo determinado e os trabalhos temporários.
¾ Súmula 212 TST: Despedimento. Ônus da prova ‐ O ônus de provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois
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o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao
empregado. (Res. 14/1985, DJ 19.09.1985).
7.1. princípio da proibição da despedida arbitrária ou sem causa: Como conseqüência deste
principio temos o principio da proibição da despedida arbitrária ou sem causa o conforme
dispõe art. 7º , I da CF/ 88:
¾ Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
¾ I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos;
8‐ Outros Princípios:
a) Principio da razoabilidade – o aplicador da lei deverá se basear pelo bom senso,
ponderando todos os fatos para ser razoável na aplicação do texto legal.
b) Principio da boa‐fé – este princípio dita que as partes devem pactuar sempre de forma
honesta, sem que haja qualquer tipo de malícia nesta relação.
c) Principio da não ‐ discriminação ‐ é um desdobramento do princípio da isonomia, mas é
garantido pela carta magna em seu art. 7º , XXX e XXXI.
d) Principio da irredutibilidade do salário – é um desdobramento do principio da
irrenunciabilidade de diretos, e baseia‐se no que esta disposto no art. 7º, VI da CF.
e) Principio da autonomia da vontade – segundo este princípio a vontade entre as partes
que firmam uma relação empregatícia é livre, salvo quando há ofensa à ordem jurídica ou ao
interesse publico.
f) Principio da forca obrigatória dos contratos – este principio reforça a idéia do Pacta sunt
servanda, assim o contrato empregatício se torna lei entre as partes.
Fontes
• Constituição: Os direitos dos trabalhadores foram resguardados pela primeira vez em
diplomas constitucionais na carta magna de 1934, a partir daí todas as outras versaram sobre
o tema. Na atual constituição se encontra dispostos nos art. 7º a 11.
¾ Competência: A competência para legislar sobre tal matéria é privativa da União conforme
art.22 da CF/88.
2. Leis:
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¾ Exemplos
a) Decreto‐lei 5452/43 (Consolidação das Leis do Trabalho‐ CLT): Não se trata de
um código, mas sim de uma reunião sistematizada de varias leis esparsas sobre
direito do trabalho;
b) Lei 5889/73: dispõe sobre trabalhador rural;
c) Lei 5859/72: dispõe sobre os empregados domésticos.
3. Atos do Poder Executivo
¾ Exemplos:
a) Medidas Provisórias (MPs): poder usado pelo Presidente da Republica (art.62
CF/88);
b) Portarias e ordens de serviço: Atos expedidos pelo Ministério do Trabalho
(art.87, parágrafo único, II, CF/88).
4. Sentenças Normativas:
¾ Conceito: Decisões proferidas pelos Tribunais do Trabalho (TRTs ou TST) que tem o
escopo de dirimir os dissídios coletivos (no art. 114, parágrafo 2o, da CF/88).
¾ Efeito: tem efeito erga omnes, atinge a toda categoria econômica patronal envolvida e
seus respectivos trabalhadores.
5. Convenções e acordos coletivos: (art. 7º da CF/88)
¾ Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
¾ XXVI ‐ reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
¾ Convenção – são pactos entre dois ou mais sindicatos ‐> Sindicato Patronal X Sindicato
profissional dos Trabalhadores a respeito de condições de trabalho para a categoria
(art. 611 da CLT)
¾ Acordos – são aqueles pactos firmados entre uma ou mais de uma empresa e o
sindicato da categoria profissional a respeito de condições de trabalho (parágrafo 1o do
art. 661 da CLT).
6. Regulamentos das empresas
¾ Conceito: São em geral normas internas da empresa, que vem determinar e regulamentar
tópico como promoções, disciplina, gratificações.
¾ Estas normas são aplicadas para os atuais funcionários, bem como aqueles que porventura
forem admitidos no quadro da empresa.
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¾ Normalmente estas normas são formuladas pelo empregador, mas não existe nenhuma
restrição sobre a participação de empregados.
7. Disposições contratuais (art.444 da CLT)
¾ Conceito: São clausulas incluído no acordo bilateral de trabalho as quais dão origem aos
direitos e deveres do empregado e empregador.
¾ Estas disposições não poderão contrapor a proteção do trabalho, as convenções, os
acordos coletivos e as decisões das autoridades competentes (art.444 da CLT).
8. Usos e Costumes
¾ Conceito: Estão entre as fontes mais importantes, pois acabam se fortalecendo pela
reiterada aplicação pela sociedade de certa conduta, e assim dando origem a norma legal.
¾ No campo do direito do trabalho esta pode estar sendo aplicada em certa empresa, certa
categoria ou ate mesmo no sistema trabalhista.
¾ Exemplo: gratificação natalina que acabou se tornando tão comum que foi transformado
no atual 13o salário pela lei 4090/62.
9. Normas internacionais
¾ Exemplos:
¾ OBS: O Brasil é um signatário da OIT, e a ratificação das convenções e de competência
do Congresso Nacional, conforme esta disposto nos art. 49, I e 50 , parágrafo 30 da CF/
88.
10. HIERARQUIA
¾ No campo do direito do Trabalho a norma que ocupa o ápice da pirâmide de hierarquia
é aquela a qual beneficie mais o trabalhador (Principio da hierarquia das normas
jurídicas).
¾ Art. 619 da CLT: Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie
normas da Convenção ou Acordo coletivo de Trabalho poderá prevalecer na execução
do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito.
¾ Art. 623 da CLT: Será nula de pleno direito disposição de Convenção ou Acordo que,
direta ou indiretamente, contrarie proibição ou norma disciplinadora da política
econômica financeira do governo ou concernente a política salarial vigente, não
produzindo quaisquer efeitos perante autoridades e repartições publicas, inclusive para
fins de revisão de preços e tarifas de mercadorias e serviços.
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Direitos Constitucionais (art.7º, CF/88)
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I ‐ relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
II ‐ seguro‐desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III ‐ fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS);
IV ‐ salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V ‐ piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI ‐ irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII ‐ garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII ‐ décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX ‐ remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X ‐ proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI ‐ participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII ‐ salário‐família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei;
XIII ‐ duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
XIV ‐ jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV ‐ repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI ‐ remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento
à do normal;
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XVII ‐ gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XVIII ‐ licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX ‐ licença‐paternidade, nos termos fixados em lei;
XX ‐ proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
XXI ‐ aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII ‐ redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII ‐ adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
XXIV ‐ aposentadoria;
XXV ‐ assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de
idade em creches e pré‐escolas;
XXVI ‐ reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII ‐ proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII ‐ seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX ‐ ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX ‐ proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI ‐ proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXIII ‐ proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
XXXIV ‐ igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e
o trabalhador avulso.
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y Direitos dos Trabalhadores domésticos: (incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV)
¾ salário mínimo;
¾ irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
¾ décimo terceiro salário;
¾ repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos
¾ gozo de férias;
¾ licença à gestante;
¾ licença‐paternidade;
¾ aviso prévio;
¾ Aposentadoria.
Relação de Trabalho e relação de emprego
Requisitos
¾ Relação de Trabalho: Corresponde a qualquer vínculo jurídico por meio do qual
uma pessoa natural executa obra ou serviço para outrem, mediante o pagamento
de uma contraprestação.
¾ Podemos afirmar que a relação de trabalho é o gênero da qual a relação de
emprego é a espécie.
¾ Premissa: Toda relação de emprego corresponde a uma relação de trabalho,
mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego.
¾ Relação de emprego:
¾ Requisitos:
a) Trabalho prestado por pessoa físico;
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d) Onerosidade: remuneração;
e) Subordinação: o trabalhador recebe ordens do empregador. Trata‐se
de subordinação jurídica, e não econômica e financeira. Possibilidade
do empregador aplicar penalidade.
¾ Tipos de Relação de Trabalho:
¾ Tomador de serviço: pessoa jurídica de Direito Privado, órgão
público, direto ou indireto, pessoa física, instituição sem fins
lucrativos, cooperativas, etc.
c) Trabalho eventual: trabalho realizado de forma esporádica, de curta
duração e, em regra, não relacionado com a atividade fim da
empresa. Não há a continuidade na prestação de serviços, sendo
realizado em caráter precário.
¾ Ex: trabalhador que não exerce seu labor permanentemente,
mas em caráter eventual, fazendo “bico”, atua hoje como
pintor, hoje como ajudante de pedreiro, depois com
eletricista.
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Contrato Individual de Trabalho (Arts. 442/456 da CLT)
• Conceito (art. 442/456): Haverá contrato de trabalho sempre que uma pessoa física se obriga
a realizar atos, executar obras ou prestar serviços para outra e sob dependência desta, durante
um período determinado ou indeterminado de tempo, mediante o pagamento de uma
remuneração.
¾ É contrato de direito privado, consensual, sinalagmático (perfeito), comutativo, de trato
sucessivo, oneroso e , regra geral, do tipo dos contratos de adesão.
¾ Elementos Essenciais:
a) agente capaz;
b) Objeto lícito;
c) Forma prescrita e não defesa em lei.
¾ Requisitos Essenciais:
a) Continuidade;
b) Subordinação;
c) Pessoalidade;
d) Imparcialidade: o empregado não participa dos riscos da atividade da
empresa, mas pode participar dos lucros (art.2º‐ Alteralidade).
¾ Requisito Não Essencial: EXCLUSIVIDADE.
• Classificação
¾ Quanto à forma:
a) Tácito;
b) Expresso;
c) Verbal;
d) Escrito (art.442 da CLT).
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¾ Quanto à duração (art.443 da CLT):
1. Por prazo determinado (§1º): Contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo
prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada.
¾ Só será válido em se tratando (§2º):
¾ Transitoriedade da atividade econômica da empresa.
c) Contrato de experiência: Tem duração máxima de 90 (noventa) dias,
podendo também ser fracionado em dois períodos, desde que a
soma deles não ultrapasse o limite máximo de duração.
2. Por prazo Indeterminado (Regra): Tem data de início certa, porém, sem prazo fixo para
o término.
¾ Considera‐se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6
(seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração
deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de
certos acontecimentos (art. 452 da CLT).
¾ Ao término do prazo pactuado e permanecendo o empregado no desempenho
de suas atribuições, transformar‐se‐á em contrato por prazo indeterminado,
com plena vigência de todas as demais disposições contratuais.
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• Características:
a) Bilateral: É a participação do sujeito ativo (empregador), podendo ser
pessoa física ou jurídica e do sujeito passivo (empregado),
necessariamente pessoa física.É necessário haver duas partes,´podendo
o empregador ser coletivo, mas o empregado somente individual.
e) Não solene: não é revestido de solenidade ou forma específica, podendo
ser tácito ou expresso (escrito ou verbal) .
Alteração do Contrato de Trabalho (Arts.468/470 da CLT)
• Alteração unilateral e bilateral:
¾ Alteração bilateral (Regra): Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a
alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim
desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado,
sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia (art. 468 da CLT).
¾ Retorno ao cargo efetivo: Não se considera alteração unilateral a determinação
do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo,
anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
9 Exceções:
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¾ Despesas (art.470 da CLT): As despesas resultantes da transferência correrão
por conta do empregador.
• O jus variandi: é o poder que o empregador tem de praticar alterações nas condições ou no
conteúdo do pacto laboral, sem que disto resulte prejuízo ou direito do trabalhador a posterior
reclamação.
Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho (Art.471/476‐A)
• Caracterização e Distinção
1. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
1. É a sustação temporária dos principais efeitos do contrato de trabalho em
relação às partes, em virtude de um fato relevante juridicamente, preservando
assim, o contrato de trabalho.
2. Características:
o sustação da execução do contrato de trabalho permanecendo o vínculo
entre as partes;
o Durante a sustação, as cláusulas contratuais não se aplicam, pois não se
paga salários, não se presta serviços, não se computa tempo de serviço,
não produz recolhimento e outros;
3. Hipóteses de Suspensão:
a) Suspensão por Motivo Estranho a Vontade do Empregado:
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9 por motivo de força maior;
b) Suspensão por Motivo Lícito Atribuível ao Empregado
9 participação pacifica em greve – art. 7º, Lei n. 7.783/89;
9 afastamento para qualificação profissional do empregado
– MP n. 1.709‐4, de 27.11.1998;
c) Suspensão por Motivo Ilícito atribuível ao Empregado
9 suspensão disciplinar‐ art. 474, CLT;
9 suspensão de empregado estável ou garantia especial de
emprego, para instauração de inquérito para apuração de
falta grave, sendo julgada improcedente‐ art. 494, CLT;
Súmula n. 197, STF.
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4. Garantias:
5. dispensa injusta ou desmotivada no período da suspensão do contrato.
6. Prazo para Retorno após a Suspensão do Contrato de Trabalho
9 Com a sustação da causa suspensiva do contrato, deve o
empregado retornar ao serviço e dar continuidade ao
contrato de trabalho imediatamente, mas havendo
inexistência de qualquer convocação empresarial
expressa, pode‐se considerar o prazo para retornar de 30
(trinta) dias, após a sustação da causa suspensiva (art.
472, parágrafo 1º, CLT).
2. INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
¾ Característica: A principal característica é a continuidade de vigência
de todas as obrigações contratuais.
¾ Hipóteses de Interrupção do Contrato de Trabalho
9 afastamento do trabalho por motivo de doença ou acidente do
trabalho, até 15 dias;
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9 licença‐maternidade da empregada gestante;
9 aborto, durante afastamento até duas semanas (art. 395, CLT);
9 licença remunerada concedida pelo empregador;
9 interrupção dos serviços na empresa, resultante de causas acidentais
de força maior (art. 61, parágrafo 3º, CLT);
9 hipóteses de afastamento remunerado (art. 473, CLT):
¾ por dois dias consecutivos, em caso de falecimento de cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que viva sob sua
dependência econômica (declarada na CTPS da empregado),
sendo que a CLT, concede nove dias para o empregado professor,
no caso de falecimento do cônjuge, pai, mãe ou filho (art. 320,
CLT);
¾ até três dias consecutivos, em virtude de casamento; já no caso
de empregado professor será de nove dias (art. 320 parágrafo 3º,
CLT);
¾ por cinco dias, m face da licença‐paternidade (art. 7º, XIX,
combinado com art. 10, parágrafo 1º ADCT, CF/88);
¾ por um dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação
de sangue devidamente comprovada;
¾ no período de apresentação ao serviço militar;
¾ nos dias em que o empregado estiver prestando vestibular,
devidamente comprovado (art. 473,VII, CLT);
¾ Quando tiver que comparecer a juízo (art. 473, VII,CLT).
¾ Efeitos: O principal efeito da interrupção é a sustação restrita das
obrigações contratuais (prestar serviço e disponibilidade perante o
empregador).
¾ Garantias:
9 retorno do empregado ao cargo ocupado após o fim da causa
interruptiva (art. 471,CLT),
¾ Prazo para Retorno após a Suspensão do Contrato de Trabalho
¾ As causas de dispensa por justa causa:
¾ Pedido de demissão:
9 Existe também o pedido de demissão no período suspensivo do
contrato, no qual este pedido terá que ter a assistência sindical
ou administrativa ou de jurisdição voluntária. É um ato nítido de
pura e simples renúncia (art. 500, CLT).
Rescisão do Contrato de Trabalho (art. 477 à 486 da CLT)
• Justas causas (art. 482:
¾ Requisitos:
¾ Gravidade: A falta deve ser grave.
¾ Causalidade: trata‐se de nexo causal entre a falta e dispensa.
• Justas causas (art. 482:
¾ Requisitos:
¾ Gravidade: A falta deve ser grave.
¾ Causalidade: trata‐se de nexo causal entre a falta e dispensa.
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
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i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas
contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar
• Despedida indireta: (art. 483 da CLT)
¾ Caso em que o empregador é quem comete falta grave, podendo o
empregado entrar com ação de rescisão indireta do contrato.
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por
peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários.
¾ Morte do empregador:
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¾ Indenizações: (multa de 40 %, aviso prévio, férias mais 1/3, 13º
salário, levantamento do FGTS).
• Culpa recíproca:
¾ Ocorre quando empregador e empregado contribuem para a
rescisão do contrato de trabalho. Ex: ambos se agridem
fisicamente.
¾ Art. 484 da CLT: da Havendo culpa recíproca no ato que
determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de
trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de
culpa exclusiva do empregador, por metade.
• Indenização
¾ Aviso Prévio: A parte que der causa a rescisão do contrato fica
sujeita à obrigação de pagar ou conceder, à outra parte, aviso‐
prévio.
¾ Despedida sem justa causa: Se a iniciativa de extinguir o contrato
de trabalho for do empregador, este terá de pagar ao empregado
também uma indenização compensatória, além das parcelas
rescisórias, conforme previsto no art. 7º, I, da CF.
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Aviso Prévio (art. 487/491, da CLT)
¾ Art. 487. Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo,
quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a
antecedência mínima de:
I. 8 (oito) dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo
inferior;
II. 30 (trinta) dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que
tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa;
¾ Art. 7º, XXI, da CF ‐ aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo
no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
¾ A falta do aviso prévio por parte do empregador: dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a
integração desse período no seu tempo de serviço (§1º).
¾ A falta de aviso prévio por parte do empregado: dá ao empregador o
direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
¾ Despedida indireta: É devido o aviso prévio na despedida indireta.
¾ Horas extras habituais: O valor das horas extraordinárias habituais integra
o aviso prévio indenizado.
¾ Horário de trabalho durante o prazo do aviso prévio:
¾ Reconsideração do ato (art.489):
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9 se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo,
à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
¾ Justa causa pelo empregador (art.490): O empregador que, durante o prazo
do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão
imediata do contrato, sujeita‐se ao pagamento da remuneração
correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que
for devida.
¾ Justa causa pelo empregado (art. 491): O empregado que, durante o prazo
do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como
justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo
Duração do Trabalho (Art.57 à 75 da CLT)
• Jornada de Trabalho (arts.58 à 65 da CLT)
¾ a duração normal do trabalho é de 8 horas diárias ou 44 horas semanais (art. 7º,
inciso XIII, da CF/88).
¾ Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
¾ art. 7º, XIII, da CF: sua duração deverá ser de até 8 horas diárias, e
44 semanais;
¾ Redução legal da jornada: poderá ser feita pelas partes, de comum
acordo, por convenção coletiva e pela lei.
¾ Redução da jornada com diminuição do salário: é
inquestionavelmente lícita, uma vez que a CF/88 permite, pela
negociação, a redução da jornada.
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• Períodos de descanso (arts. 66 à 72 da CLT).
¾ Intervalo Interjornada: Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um
período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso (art.66 da
CLT)
¾ a jurisprudência assegura o direito à remuneração como extraordinárias das
horas decorrentes da inobservância desse intervalo pela absorção do
descanso semanal.
y Intervalo para repouso e alimentação
¾ Intervalo Intrajornada:
¾ a lei obriga o intervalo de 15 minutos quando o trabalho é prestado
por mais de 4 horas e até 6 horas;
¾ será de 1 a 2 horas nas jornadas excedentes de 6 horas;
¾ Estes intervalos não são computados na duração da jornada, salvo
alguns especiais (vigia).
¾ Não concessão do intervalo Intrajornada: Quando o intervalo para
repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo
empregador, este ficará obrigado a remunerar o período
correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho.
• Descanso semanal Remunerado (art.67 da CLT)
¾ Conceito: é a folga a que tem direito o empregado, após
determinado número de dias ou horas de trabalho por semana,
medida de caráter social, higiênico e recreativo, visando a
recuperação física e mental do trabalhador; é folga paga pelo
empregador.
¾ O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67,
será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade
competente em matéria de trabalho.
¾ A permissão será concedida a título permanente nas atividades que,
por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas
aos domingos.
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Direito do Trabalho 24
• Trabalho Noturno (arts. 73 da CLT)
¾ A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que são
direitos dos trabalhadores, além de outros, remuneração do
trabalho noturno superior à do diurno.
¾ HORÁRIO NOTURNO:
¾ HORA NOTURNA
¾ TRABALHO NOTURNO DO MENOR (art. 7º, XXXIII)
y O trabalho noturno dos menores de 18 (dezoito) anos, de ambos os
sexos, é expressamente proibido pela Constituição Federal.
¾ ADICIONAL NOTURNO (art.73 da CLT)
y 25%, tratando‐se de empregados rurais.
¾ Trabalho extraordinário
¾ horas extras: horas extras são aquelas que ultrapassam a jornada normal
fixada por lei, convenção coletiva, sentença normativa ou contrato
individual de trabalho.
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Direito do Trabalho 25
¾ Art. 59, da CLT: a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante convenção coletiva de
trabalho.
¾ Efeitos: pagamento de adicional de horas extras de pelo menos 50% (CF, art.
7º).
¾ Compensação: a CF, art. 7º, XIII, admite compensação de horas através de
acordo ou convenção coletiva; a inobservância da forma escrita prejudicará
a eficácia do acordo (Enunciado 85 do TST).
¾ significa que durante o quadrimestre que servirá de parâmetro as horas
além das normais, serão remuneradas sem adicional de horas extras;
¾ completados os 120 dias o empregador terá que fazer o levantamento do
número de horas nas quais o empregado trabalhou durante esse período;
¾ se esse número não ultrapassar o limite normal do quadrimestre, não
haverá nenhum pagamento adicional a ser efetuado;
¾ Se ultrapassar, o empregador terá que pagar as horas excedentes com
adicional.
¾ Horas extras nos casos de força maior: força maior é o acontecimento
imprevisível, inevitável, para o qual o empregador não concorreu (art. 501
da CLT); nesses casos a lei permite horas extras (art. 61 da CLT).
¾ Horas extras para conclusão de serviços inadiáveis: serviços inadiáveis são
os que devem ser concluídos na mesma jornada de trabalho; não podem ser
terminados na jornada seguinte sem prejuízos, em número máximo de até 4
por dia, remuneradas com adicional de pelo menos 50%.
¾ Excluídos da proteção legal da jornada de trabalho: nem todo o empregado
é protegido pelas normas sobre a jornada diária de trabalho; as exclusões
operam‐se em razão da função; são os casos do gerente (art. 62 da CLT) e
do empregado doméstico (Lei 5859/72).
Salário Mínimo (arts. 76 à 116 da CLT)
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Direito do Trabalho 26
• Irredutibilidade e garantia
¾ Conceito (art. 76 da CLT): Salário mínimo é a contraprestação mínima
devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive
ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e
capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas
necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e
transporte.
¾ Garantia: Art. 7º, IV, da CF/88: salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente
unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer
fim;
¾ Irredutibilidade Salarial : é garantia de ordem Constitucional (art. 7º, VI).
Férias
• Direito a férias e sua duração (art. 129 à 133 da CLT)
¾ Direito à férias (Art. 129) ‐ Todo empregado terá direito anualmente ao
gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração
¾ Garantia Constitucional:
¾ Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
¾ Período aquisitivo: Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção:
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Direito do Trabalho 27
¾ 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6
(seis) a 14 (quatorze) faltas;
¾ 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
¾ Cômputo como tempo de serviço: O período das férias será computado,
para todos os efeitos, como tempo de serviço.
¾ Trabalho em regime de tempo parcial (art.130‐A): após cada período de
doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá
direito a férias, na seguinte proporção:
¾ doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a
dez (10) horas, até quinze (15) horas;
¾ Redução do período de férias em razão de faltas injustificadas:
O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver
mais de sete (7) faltas injustificadas ao longo do período
aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.
¾ Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos de concessão de
férias (art.131):
¾ nos casos referidos no art. 473;
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¾ Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período
aquisitivo (art.133):
• Concessão e época das férias (arts. 134 à 138 da CLT)
¾ Período Concessivo (art.134): As férias serão concedidas por ato do
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à
data em que o empregado tiver adquirido o direito.
¾ Concessão aos menores de 18 e aos maiores de 50: Aos
menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta)
anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.
¾ Época da concessão das férias (art.136): será a que melhor consulte os
interesses do empregador.
¾ Membros de uma mesma família: Os membros de uma família, que
trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a
gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não
resultar prejuízo para o serviço.
¾ Época da concessão das férias do menor de 18 anos: O empregado
estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas
férias com as férias escolares.
¾ Concessão das férias fora do prazo (art.137): Sempre que as férias
forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador
pagará em dobro a respectiva remuneração.
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¾ Fixação por sentença da época de gozo das férias: Vencido o
mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o
empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença,
da época de gozo das mesmas.
• Remuneração e abono de férias (arts.142 à 145 da CLT).
¾ Remuneração:
¾ Salário pago por tarefa: tomar‐se‐á por base a media da produção no
período aquisitivo do direito a férias, aplicando‐se o valor da
remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
¾ Abono de férias: É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da
remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
¾ Prazo para requerimento do abono: O abono de férias deverá ser
requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo.
¾ Trabalho em tempo parcial: as regras sobre o abono não se aplica aos
empregados sob o regime de tempo parcial.
¾ Pagamento: O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o
do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do
início do respectivo período.
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¾ O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do
termo das férias.
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