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 Características temáticas

 Epicurismo - procura do viver do prazer;


 Estoicismo - crença de que o Homem é insensível a todos os males
físicos e morais;
 Horacionismo - seguidor literário de Horácio;
 Paganismo - crença em vários deuses;
 Neoclacissismo - devido à educação clássica e estudos sobre Roma e
grécia antigas;

 Características estilísticas
 Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde
uma expressão perfeita;
 Forma métrica: ode;
 Estrofes regulares em verso decassílabo alternadas ou não com
hexassílabo;
 Verso branco;
 Recurso frequente à assonância, à rima interior e à aliteração;
 Predomínio da subordinação;
 Uso frequente do hipérbato;
 Uso frequente do gerúndio e do imperativo;
 Uso de latinismos ( atro, ínfero, insciente,...);
 Metáforas, eufemismos, comparações;
 Estilo construído com muito rigor e muito denso;

vive o drama da fugacidade da vida e da fatalidade da morte

Ricardo Reis

• Contemplativo (observa);
• Racional (conclui resignando-se);
• Clássico:
 equilibrio
 linguagem
 forma
• Horaciano
 “aurea mediocritas”
 “carpe diem”
 ode
• Pagão
 Crença nos deuses/Fado (destino)
 crença na presença divina das coisas
• Estoico-epicurista
 Estoicismo
○ supremacia nos Deuses e no Fado
○ aceitação voluntária das leis do universo (ilusão de liberdade)
○ ideal de apatia (indeferença)
 Epicurismo
○ procura a felicidade moderada (= ausência de sofrimento)
○ ideal de ataraxia (indiferença)
○ “carpe diem”

Ricardo Reis é o poeta da serenidade epicurista, que aceita, com calma,


lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas.

A filosofia de vida de Ricardo Reis é a de um epicurismo triste, pois defende o


prazer do momento, o carpe diem, como caminho da felicidade, mas sem ceder aos
impulsos dos instintos.

Apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera
que nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade, ou seja, a ataraxia
(tranquilidade). Sente que tem de viver em conformidade com as leis do destino,
indiferente à dor e ao desprazer, numa verdadeira ilusão da felicidade.

Ricardo Reis recorre à ode e a uma ordenação estética marcadamente


clássica.

Em Ricardo Reis há a apatia face ao mistério da vida mas também se encontra


o mundo das angústias que afecta Pessoa.

Análise do poema "Prefiro rosas, meu amor, à pátria"

"O poema "Prefiro rosas..." de Ricardo Reis, como outros deste heterónimo de Fernando Pessoa, é marcado por temas
fortes e constantes da sua obra. Nomeadamente observamos, quase de imediato, a atitude expectante perante a vida, a
resignação e a nobreza de espectador perante a realidade que se desenrola perante os seus olhos.
Heterónimo clássico por definição, Reis tem de Pessoa toda a sua disciplina mental, incorporando quase em ícone um
classicismo perfeito, quer na forma quer no conteúdo dos seus poemas. Terá surgido a Pessoa como contraposição ao
futurismo, representando em teoria uma perfeita imagem do passado no presente - um verdadeiro poeta neoclássico.
Por ser clássico Reis traz uma atitude contemplativa da vida, mas que já não é ingénua como a de Caeiro. Reis é um
homem perturbado e a sua aceitação, a sua ataraxia é uma aceitação muito menos pacífica. Por isso podemos dizer
que Reis vê na sua atitude perante a vida uma decisão nobre e não apenas uma necessidade, embora esta última
perspectiva seja também essencial para o compreender.
Reis sabe que é diferente da Natureza e está revoltado com isso, em vez de, como Caeiro, procurar a proximidade com
as coisas. Afasta-se para dentro e encontra nesse afastamento a razão de viver. Austero e contido, ele é - usando
palavras de Jacinto do Prado Coelho - civilizado, na beleza do artificio e na prática constante e perfeccionista da Ode.
Esta indiferença, aceitação da vida, recusa do esforço ou do compromisso - tudo isto encontramos nesta Ode que
analisamos agora.
"Prefiro rosas, meu amor, à pátria, / E antes magnólias amo / Que a glória e a virtude." - Reis demite-se da vida, e
prefere as flores à realidade. Não é em vão que Reis clama pelas rosas ao iniciar este poema. As rosas, para os Gregos
representam um ideal estético por excelência e opõe-se eficazmente à realidade crua e dolorosa da vida imposta. Estas
flores, sobretudo as rosas, são um símbolo da contraposição entre o ideal estético nobre do poeta face à obrigação de
viver. Efémeras e belas, as flores não prolongam a dor. Reis prefere as rosas (símbolo do amor), mas ama as
magnólias (símbolo da nobreza).
"Logo que a vida me não canse, deixo / Que a vida por mim passe / Logo que eu fique o mesmo." - marcada
indiferença pela vida, um leit motif de Reis ao longo de todas as suas odes. A vida ao passar, deixa-o na margem do
rio, do mesmo rio onde ele se senta com Lídia, apenas a observar. Ser alheio, ser estrangeiro é a forma de Reis se
proteger da dor, mesmo que assim tenha de se proteger da vida. De notar também aqui os traços clássicos ("Logo que
a vida" e "Que a vida").
"Que importa àquele a quem já nada importa / Que um perca e outro vença, /
Se a aurora raia sempre," - o ritmo morto do poema sugere isto mesmo, que Reis está indiferente à vida, às tribulações
e movimento, em favor de um "quietismo" assustador, mas ao mesmo tempo mágico e infinito. Para além do homem e
das suas preocupações, afinal está o destino e a natureza. Tudo se move e acontece mesmo sem as nossas acções e o
egoísmo (de quem vence ou perde) dilui-se no momento.
"Se cada ano com a primavera / As folhas aparecem / E com o Outono cessam?" - eis o reforço do que dizíamos antes.
Os ritmos incessantes da natureza. Da primavera (símbolo da renovação) e do Outono (símbolo da negatividade e do
fluir do tempo).
"E o resto, as outras coisas que os humanos / Acrescentam à vida, /
Que me aumentam na alma?" - o que os homens acrescentam à vida opõe-se ao que é natural, às flores de gosto
clássico. O passar pela vida sem a modificar opõe-se também à mudança, ao que os homens acrescentam à vida.
A interrogação retórica de Reis fica no ar e leva-nos de novo à pátria (em minúsculas, diminuída), à glória e à virtude
- "as outras coisas".
"Nada, salvo o desejo de indiferença / E a confiança mole / Na hora fugitiva." - responde Reis à sua própria
interrogação. As coisas da vida trazem-lhe apenas indiferença. Reis espera apenas pela "hora fugitiva", pelo passar do
tempo, e fica sereno, sempre igual.
Veja-se agora como é curioso todo o poema. Reis dirige-se a alguém (ao seu amor), mas fala como a um confidente,
de maneira calma e solitária. Como se quem o ouvisse não existisse, senão na sua concepção ideal. Até a maneira
como o vocativo está intercalado no verso 1 é clássica, fria, formal. Reis fala, mas é como se falasse consigo mesmo,
não conseguindo quebrar a barreira que o impede de se encarar o exterior. Esta contemplação, sinal do seu
epicurismo, não permite comunicação sincera, nem laços emocionais.
Estilisticamente o poema constitui-se por 6 estrofes isomórficas, com um verso decassílabico e dois hexassílabos
cada. Os versos são brancos, sem rima, uma marca também de Reis, que lhe advém da influência Horaciana."

Ricardo Reis propõe, pois, uma filosofia moral de acordo com os


princípios do epicurismo e uma filosofia estóica:
- “Carpe diem” (aproveitai o dia), ou seja, aproveitai a vida em cada dia,
como caminho da felicidade;
- Buscar a felicidade com tranquilidade (ataraxia);
- Não ceder aos impulsos dos instintos (estoicismo);
- Procurar a calma, ou pelo menos, a sua ilusão;
- Seguir o ideal ético da apatia que permite a ausência da paixão e a
liberdade (sobre esta apenas pesa o Fado).
A precisão verbal e o recurso à mitologia, associados aos princípios da
moral e da estética epicuristas e estóicas ou à tranquila resignação ao destino,
são marcas do classicismo erudito de Reis. Poeta clássico da serenidade,
Ricardo Reis privilegia a ode, o epigrama e a elegia. A frase concisa e a sintaxe
clássica latina, frequentemente com a inversão da ordem lógica (hipérbatos),
favorecem o ritmo das suas ideias lúcidas e disciplinadas.
A filosofia de Reis rege-se pelo ideal “Carpe Diem” – a sabedoria consiste em
saber-se aproveitar o presente, porque se sabe que a vida é breve. Há que nos
contentarmos com o que o destino nos trouxe. Há que viver com moderação,
sem nos apegarmos às coisas, e por isso as paixões devem ser comedidas,
para que a hora da morte não seja demasiado dolorosa.

• Epicurismo • Estoicismo : considera ser possível en


- busca da felicidade relativa a felicidade desde que se viva em conform
com as leis do destino que regem o m
- moderação nos prazeres permanecendo indiferente aos males
- fuga à dor paixões, que são perturbações da razão
- ataraxia (tranquilidade capaz de evitar a - aceitação das leis do destino (“... a vida/
perturbação) e não fica, nada deixa e nunca regressa.”)
- prazer do momento - indiferença face às paixões e à dor
- Carpe Diem (caminho da felicidade, alcançada - abdicação de lutar
pela indiferença à perturbação) - autodisciplina
- Não cede aos impulsos dos instintos
- calma, ou pelo menos, a sua ilusão
- ideal ético de apatia que permite a ausência da
paixão e a liberdade
• Horacianismo • Paganismo
- carpe diem: vive o momento - crença nos deuses
- aurea mediocritas: a felicidade possível no - crença na civilização da Grécia
sossego do campo (proximidade de Caeiro) - sente-se um “estrangeiro” fora da sua p
Grécia
• Culto do Belo, como forma de superar a • Neoclassicismo
efemeridade dos bens e a miséria da vida - poesia construída com base em
• Intelectualização das emoções elevada
• Medo da morte - Odes (forma métrica por excelência)

• Quase ausência de erotismo, em contraste com o


seu mestre Horácio
CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS
- Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde uma
expressão perfeita
- Estrofes regulares de verso decassílabo alternadas ou não com hexassílabo
- Verso branco
- Recurso frequente à assonância, à rima interior e à aliteração
- Predomínio da subordinação
- Uso frequente do hipérbato
- Uso frequente do gerúndio e do imperativo
- Uso de latinismos (astro, ínfero, insciente...)
- Metáforas, eufemismos, comparações, imagens
Estilo construído com muito rigor e muito denso
Na Linguagem:
*linguagem erudita alatinada, quer no vocabulário (latinismos), quer na
construção de frase (hipérbato);
*preferência pela Ode de estilo Horácio;
*irregularidade métrica;
*gosto pelo gerúndio;
*uso frequente do imperativo;
*estilo laboriosamente trabalhado; elegante; pesado;
*importância dada ao ritmo;
É um poeta clássico, da serenidade epicurista, que aceita com calma lucidez, a
relatividade e a fugacidade de todas as coisas. ”Vem te sentar comigo Lídia, à
beira do rio”
A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurista triste, pois defende o prazer do
momento carpem diem como caminho para a felicidade. Apesar deste prazer
que procura e a felicidade que deseja alcançar, considera que nunca se
consegue a verdadeira calma e tranquilidade, ou seja, a ataraxia sente que tem
de viver em conformidade com as leis do destino, indiferente à dor e ao
desprazer numa verdadeira ilusão da felicidade, conseguida pelo esforço
estóico lúcido e disciplinado.

• EPICURISMO
- Busca da felicidade
- Moderação dos prazeres
- Fuga à dor (aponia)
- Ataraxia (tranquilidade capaz de evitar a perturbação)
• ESTOICISMO (conformismo)
- Aceitação das leis do destino (apatia)
- Indiferença face às paixões e à dor
- Abdicação de lutar
- Auto disciplina
• HORACIANISMO
- Carpe diem: vive o momento
- Aure mediocritas: a felicidade possível está na natureza
• PAGANISMO
- Crença nos deuses
- Crenças na civilização da Grécia
- Intelectualização das emoções
- Medo da morte

• NEOCLASSICISMO
- Poesia construída com base em ideias elevadas
- Odes

Características estilísticas

• Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde


a uma expressão perfeita.
• Estrofes regulares e versos brancos
• Recusa frequente à assonância, à rima interior e à aliteração
• Predominância da subordinação
• Uso frequente do hipérbato
• Uso frequente do gerúndio e do imperativo

• O uso latinismo: atro, ledo, infero

A tentativa de iludir o sofrimento resultante da consciência aguda da


precariedade da vida, do fluir continuo do tempo e da fatalidade da morte,
através do sorriso, do vinho e das flores.
A intemporalidade das suas preocupações: a angustia do homem perante a
brevidade da vida e a inevitalidade da Morte e a interminável busca de
estratégias de limitação do sofrimento que caracteriza a vida humana.

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