com
Maricá
2008
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civil está no processo e não no resultado. Não está ligado, portanto, ao cidadão, do
qual, não por acaso, o governo e as secretarias estão hoje distanciados. Há uma
estrutura com organogramas, secretarias,coordenadorias ,superintendências e divisões
de sub cargos, equipes e um conjunto de leis que determina tudo o que se pode ou não
fazer. A partir dessas estruturas - e suas leis, instruções normativas, portarias,
regulamentos etc. -, elabora-se um programa ou projeto, uma ação concreta que tem
resultados para o cidadão. Mas não foi olhando para o cidadão que elabora-se um
resultado com determinado padrão de qualidade, nem a reflexão sobre a organização da
equipe que deveria implementá-la, tampouco se a ação poderia ser exclusivamente do
setor público ou em parceria com o setor privado.
O resultado da ação do órgão procura resolver um problema na sociedade ou
promover uma oportunidade de desenvolvimento. Isso deve estar subordinando as leis,
regras, estruturas, equipes, capacitação, concurso, remuneração, avaliação de
desempenho e assim por diante - quase o inverso, portanto, da necessidade que se tem.
Por isso, não há como falar em reforma. Esta ocorre quando se tem 80% da situação
resolvida e só 20% precisam ser modificados. A mudança necessária vai além - atinge
valores, paradigmas e patamares - e acima, porque conectar a ação do governo e dos
estados ao cidadão é qualitativamente superior ao modo de se trabalhar hoje,
demarcado por normas e regras.
A gestão tem como base de referência a liderança porém não é o poder, mas
sim a autoridade, conquistada com amor, dedicação e sacrifício.
· Ouvir o que as pessoas dizem é um sinal de atenção e respeito, se não ouvir não da para
saber o que o outro tem a acrescentar, “Ouvir é uma das habilidades mais importantes
que um líder pode escolher para desenvolver”;
· Ter um propósito;
· Honestidade, confiabilidade;
· Bom exemplo;
· Cuidado;
· Compromisso;
· Bom ouvinte;
liderança.
Para definir liderança existem duas palavras-chaves: habilidade e influência.
Habilidade é uma capacidade adquirida que pode ser aprendida e desenvolvida se
usada às ações adequadas. Para influenciar pessoas é necessário que haja confiança,
ninguém se relaciona com quem não se confia se não existe mais confiança é impossível
se conservar um bom relacionamento. A confiança é a principal característica que dá
suporte à liderança. Alguns denominam esta característica principal de credibilidade.
Não muda muito, só o nome.
A confiança representa uma condição, sem a qual, não floresce a liderança. Ou
seja, só é líder quem inspira confiança. Esta condição não garante a assunção da
liderança, mas garante a base onde ela pode ser construída.
Portanto, qualquer que seja a posição de um líder, em qualquer esfera ou
situação do sistema nacional de defesa civil, a principal característica desse líder - e de
quaisquer outros líderes - é a confiança. Para haver um líder, esse líder tem que inspirar
confiança em quem o segue.
A diferença entre a autoridade e o poder
As Parcerias
entendimento de fato, via de mão dupla, trabalho em rede. Pontos fortes e estratégicos
da gestão planejada, a transparência e o diálogo público pressupõem a informação. É
preciso informar e informar-se, saber o que está acontecendo, verificar se o resultado
está sendo atingido, se determinado padrão de qualidade está sendo observado, se está
havendo eficiência, eficácia etc. Obter a informação, saber usá-la, gerenciá-la e decidir
a partir dela são hoje habilidades estratégicas, que deve ser implementada em qualquer
aparelho público e de vital importância ao órgão de defesa civil.
Autonomia e responsabilização
Implementar no órgão de defesa civil a gestão estratégica, focada em
resultados e com avaliação baseada em um bom sistema de informações, pressupõe a
autonomia de decisão e a responsabilização - outra questão tão difícil quanto a
mudança de enfoque. Como se tem uma maneira de trabalhar toda regulamentada, isto
é, tudo o que se pode e não se pode fazer está previamente determinado por escrito, na
realidade, ninguém gerencia nada. Ou quase nada. Especialistas estimam que só se
gerenciam 2% do que seria a possibilidade de gestão propriamente dita. Além disso,
tomam-se pouquíssimas decisões. Tudo o que pode ser feito está na lei, no decreto, na
portaria, na instrução normativa, na orientação do secretário, nas normas internas da
organização ou na regulamentação do governo municipal. Corrobora-se como o
privilégio da burocracia, o primeiro procedimento de qualquer área é normatizar seu
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Simplificando os procedimentos
1 Experiência narrada pela Secretária de Gestão, Ceres Alves Prates,(revista Veja 04/02/2000) é eloqüente nesse sentido. “Lembro-me de
que, logo ao chegar ao governo federal, tive de juntar seis ministérios para discutir a questão do trabalho infantil. Na primeira reunião, todos
à mesa, eu disse:
- Bem, vamos trabalhar. - Quando é que vai sair o decreto do presidente instituindo este grupo? - alguém perguntou. - Nunca –
falei. - Não se trabalha sem decreto! A gente precisa de decreto, estatuto de funcionamento do grupo... - Para quê? Todo mundo aqui é
funcionário público. Você já trabalha mesmo e ganha para isso. Este é um assunto importante e nós já estamos trabalhando nele. Não
vai sair nunca um decreto; é só sentar e fazer.” Essa é a cultura reinante: só se faz o que está normatizado. E tudo o que não se pode
fazer também está normatizado. Ora, como a norma nunca é tão ampla e detalhada a ponto de prever todos os aspectos em jogo, ela
resolve tudo na média - que é a forma de normatizar o princípio. Assim, quase sempre, a norma atrapalha a todos, porque nunca se têm
situações médias concretas. As situações concretas são fatos; e não existe fato médio... Ademais, a norma nunca se encaixa perfeitamente
a situação alguma. Sempre é preciso forçar uma interpretação, que torne possível a aplicação da norma. Jamais se consegue, portanto,
fazer tudo o que deveria ser feito, porque as normas não permitem. Com um agravante: a existência da norma é diluidora da
responsabilidade pela decisão e exime seu executor. A cultura anglo-saxônica, menos afeita à burocracia e ao formalismo de normas e
regras, incorporou ao serviço público o conceito de accountability (responsabilização), que traz embutida a idéia de responsabilidade
com autonomia.
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que não existe a priori. Tem que ser praticada e construída. Isso não é fácil em um
ambiente de muita desconfiança, de competição e de receio do risco. A discussão da
questão confiança tem de sair do campo da psicologia e da sociologia e vir para o
contexto administrativo, como ferramenta gerencial que é. Estabelecer relações de
confiança é um instrumento gerencial, tanto quanto ter boa rede tecnológica,
conhecimento, trabalho em parceria e diálogo público. Na construção de boas relações
de confiança, é importante destacar que as partes envolvidas não precisam concordar
em tudo, obedecer à mesma ideologia ou partilhar integralmente os mesmos princípios.
Fundamental é o interesse comum. A informática ensina muito sob esse aspecto.
Conectam-se as mais diversas pessoas, levadas por interesse comum e em função dele
é que se formam as parcerias. Identificar o interesse comum em uma comunidade, para
definir as instituições ideais à implementação do propósito público, é indispensável ao
estabelecimento da relação de confiança como instrumento da gestão estratégica.
defesa civil.”
l
l Aprovar o regimento interno ou estatuto próprio da coordenadoria ou secretaria
municipal de defesa civil.”
l
l Delegar aos servidores da Defesa Civil, o poder para NOTIFICAR os
proprietários e/ou responsáveis por obras em andamento ou concluídas,
empresas administradoras de energia elétrica, de telecomunicações, entre
outras, que, após avaliação prévia possam trazer riscos à vida humana.
Delegar, ainda,a alguns servidores capacitados poderes para aplicarem
EMBARGOS e INTERDIÇÕES.
l
l Implementar PLANO DE EMERGÊNCIA MUNICIPAL – PEM.
l
l Criar a Gratificação de produção por Atividade Técnica – GAT .
l
l Estabelecer abono por produção para os ocupantes de funções extra .
(exemplo: A Defesa Civil em parceria com Secretaria de Saúde planejará convênio com o
SUS ações de combate à Dengue no Município)
l
CONCLUSÃO
Bibliografia consultada
BOBBIO, N. (1986) O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo, RJ, Paz
e Terra.
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