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178 – JUSTIÇA – Sinto vergonha de mim!

"Por ter sido educadora de parte


desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a
honestidade, por primar pela verdade por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por ter feito
parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que
entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das
virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a
negligência com a família, célula mater da sociedade, a demasiada
preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho
vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a
tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos
criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre
"contestar", voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim, pois
faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que
não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta
de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir,
pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha
Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa
manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta
pena de ti, povo brasileiro! – Cleide Canton.

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de


tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas
mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto". Rui Barbosa.

Existe uma cripta finamente delicada e serena, no subsolo do Fórum Rui


Barbosa em Salvador, que repousa os restos mortais do saudoso e
impecável jurista que emprestou o nome ao fórum baiano, que há esta hora,
deve estar se revirando de tanta tristeza.

Imaginem e acreditem, pois é tudo verdade, que esta semana, aqui nas
Minas Gerais, lugar de tantos famosos e graúdos juristas, um rapaz tentou
assaltar uma padaria num bairro distante da Capital mineira; até aí, nada
demais; milhares de jovens criminosos fazem isso todos os dias no mundo
inteiro. Mas aquele jovem, que atende pelo nome de Wanderson Rodrigues
de Freitas, 22 anos, não tinha nenhuma arma de fogo em posse e simulou
que havia uma dentro de sua roupa; intimidou a atendente da padaria para
ROUBAR R$ 45,00, foi quando o dono do estabelecimento notou, reagiu e
perseguiu Wanderson. Instante depois conseguiu apanhá-lo, dominá-lo e foi
então que iniciou uma “surra” pública.
O dono da padaria e outros fregueses que viram a ação criminosa
dominaram Wanderson e mandaram-lhe um corretivo; o nariz do jovem
deve ter colidido com alguma das dezenas mãos envolvidas na lição e
quebrou-se; Wanderson teve outras partes do corpo com hematomas e
ficou, digamos com o nariz do tipo “tucano”; insatisfeito, o jovem procurou
um, digamos, ADEVOGADU; desta vez, a segunda “persona”,
importantíssima no cancioneiro jurídico mineiro, atende pelo nome de DOTÔ
JOSÉ LUIZ OLIVA SILVEIRA CAMPOS; Dr. Campos, provavelmente, sem nada
pra fazer, leu alguma bula de remédio (provavelmente Gardenal) e foi então
que teve a BRILHANTE IDÉIA de PROCESSAR O DONO DA PADARIA; isso
mesmo, senhoras e senhores, o patrono das causas de âmbito nacional,
acreditou que algum magistrado tivesse teor de intelecto similar ao seu,
para aceitar tal denúncia peticionada, mas não foi o que aconteceu; desta
vez, o preclaro Dr. Jayme Silvestre Corrêa Camargo, da 2ª Vara Crime da
Capital, rejeitou de plano as alegações do advogado do ladrão.

O Dr. Campos alegou em sua peça jurídica que seu “CRIENTE” (brincadeira
minha) sofreu EXCESSO DE LEGÍTIMA DEFESA; alegou que A CONFISSÃO
FORA OBTIDA POR MEIO DE COAÇÃO (esqueceu-se do FLAGRANTE que
pouco importa se o paciente afirma atestado de culpa); alegou também que
a suposta arma utilizada no assalto era na verdade um pedaço de madeira
(que estava encoberta pelo tecido da camisa e, portanto, não dando visão
da vítima); cita o Artigo 129 do CP para inocentar o ladrão; tenta sensibilizar
o juízo quando informou que o rapaz era cliente assíduo da padaria e que
eles (os agressores), deveriam deixá-lo ir embora e acionar a polícia, que
tomaria as medidas cabíveis; afirma que Wanderson precisará de CIRURGIA
PLÁSTICA PARA RECOMPOR O NARIZ e por fim, para encerrar o besteirol
jurídico descabido, informa na peça que NÃO DEFENDE BANDIDO e que só
questiona o EXCESSO DE LEGÍTIMA DEFESA.

Não sei mais o que dizer; dizer que é um absurdo é pouco; asneira, besteira,
aberração, palavras como estas já foram utilizadas no despacho do
magistrado, então eu qualifico como BURRICE, disparate, loucura,
devaneio, psicose, insanidade, ou como se diz no Nordeste: demência; ou
este advogado quis de fato aparecer ou deveria ser mais bem analisado
pela OAB mineira, pois eu questiono a veracidade da carteira que ele porta
no paletó.

O operante do direito deve no mínimo distinguir os preceitos basilares de


seu alicerce constitucional; acastelar um ladrão pooooode, mas querer
afirmar que o ladrão foi vítima porque foi preso em flagrante, isso não
poooooode; ao invés de tentar amainar a consternação de seu freguês, o
causídico, que rasgou o certificado, quis inocentá-lo; não achando pouco,
tentou transferir a culpabilidade para sua vítima. O mundo virou de pernas
pro ar; como disse o Jornal Estado de Minas, é uma verdadeira inversão de
valores, o ladrão querer pôr na cadeira aquele que ele assaltou; se a moda
pega, o mundo estará no pau da goiaba.

Utilizar o Artigo 129 do Código Penal foi desespero de causa para se apegar
a qualquer ramo jurídico; excesso de legítima defesa é patético, se o
causídico admite a própria LEGÍTIMA DEFESA, o que seria seu excesso? Para
se defender, inclusive da pressuposição de alguém armado, que foi o caso,
a vítima poderia matá-lo e dificilmente seria condenada a alguma coisa,
principalmente porque a ação foi diante de dezenas de testemunhas.

O tremendo cara-de-pau do advogado lhe rendeu o título de MESTRE DOS


ASNOS por estudantes de Direito que publicaram alguns artigos e o moço
delinqüente, este estará em maus lençóis por vários anos; na cadeia que ele
albergar, será alvo de chacota. O juiz classificou como sendo a pior
aberração postulatória que ele já viu em anos de atividade como julgador;
afirma ainda o magistrado, que o ladrão mostrou deboche e afronta ao
judiciário.

O pior de tudo é que o advogado, afirmou também que APELARÁ DA


DECISÃO, ou seja, jogará este bolo de fezes para um Desembargador
apreciar. Eu, que nasci feio, pobre, estou gordo, careca e barrigudo, tenho
medo da burrice; a burrice se for contagiosa e crônica poderá “pegar” em
mim e neste caso, eu estarei no fim da vida. Quero distância desta gente;
sai pra lá coisa ruim, sai deste corpo que não te pertence; pé de pato
mangalô três vezes...!

Ô Cride! Fala pra mãe que a estupidez da latinidade retrograda acabou de


aportar em Minas Gerais! Como já disse Seu Moreira: Dr. Adevogadu! Passa
em sua faculdade e pede seu dinheiro de volta; aproveita e devolve seu
diploma, Pelo Amor de Deus!

Carlos Henrique Mascarenhas Pires

Site do autor: www.irregular.com.br

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