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Comunicado 266

Técnico ISSN 0103-9458


Fevereiro, 2003
Porto Velho, RO

Utilização de Bancos-de-Proteína na
Alimentação de Vacas Leiteiras em Rondônia
1
Newton de Lucena Costa
2
João Avelar Magalhães
3
Claudio Ramalho Townsend
3
Ricardo Gomes de Araújo Pereira

Introdução Brachiaria brizantha cv. Marandu + 1 kg de ração


(70% de milho desintegrado com palha e sabugo) +
30% farelo de soja) para cada 3 kg de leite
Em Rondônia, a exploração pecuária tem nas
produzidos acima de 6 kg de leite; Trat. 2 e Trat. 3
pastagens cultivadas a fonte mais econômica para
= manejo idêntico ao Trat. 1, com as vacas
alimentação dos rebanhos. Na época chuvosa há
mantidas por duas horas, três vezes por semana,
maior disponibilidade de forragem de boa qualidade,
nos bancos de proteína (0,17 ha) de P.
o que assegura a obtenção de índices zootécnicos
phaseoloides e D. ovalifolium, respectivamente. A
satisfatórios. No entanto, na época seca ocorre o
carga animal foi variável em função da
oposto e, como conseqüência, há perda de peso dos
disponibilidade forragem. Na média, foram utilizadas
animais ou redução acentuada da produção leiteira. A
lotações de 2,0 e 1,5 UA/ha para a pastagem da
utilização de leguminosas forrageiras surge como a
gramínea e 12 e 8 UA/ha, para os bancos-de-
alternativa mais viável para manter um bom padrão
proteína, respectivamente para os períodos chuvoso
alimentar dos animais, notadamente no período seco,
e seco.
já que essas em relação às gramíneas apresentam
alto conteúdo protéico, melhor digestibilidade e maior
resistência ao período seco. Resultados e Discussão

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos A análise de variância revelou que as vacas que
bancos de proteína de Pueraria phaseoloides e tiveram acesso aos bancos de proteína de P.
Desmodium ovalifolium sobre a produção de leite de phaseoloides (Trat. 2) e D. ovalifolium (Trat. 3)
vacas Girolandas. apresentaram produções semelhantes (P>0,05)
entre si, mas superiores (P<0,05) as do Trat. 1, com
produções médias diárias de 8,15; 7,97 e 7,33 no
Material e Métodos
período das chuvas, e de 7,25; 7,43; 6,50, no
período seco, respectivamente para Trat. 2, Trat. 3
O ensaio foi conduzido no Campo Experimental da
e Trat. 1. Esses resultados evidenciam a viabilidade
Embrapa Rondônia, localizado em Porto Velho,
do uso dos bancos-de-proteína de P. phaseoloides
durante o período de junho de 1997 a maio de 1998.
ou D. ovalifolium como suplementação alimentar de
O clima da região é tropical úmido do tipo Am, com
vacas leiteiras no trópico úmido. As produções
precipitação anual de 2.000 a 2.500mm; temperatura
registradas são superiores às relatadas por
média anual de 24,9ºC e umidade relativa do ar de
Mosquera & Lascano (1992) e Vera et al. (1996)
83%.
para vacas mestiças mantidas em pastagens de
Brachiaria decumbens com acesso a bancos-de-
O solo da área experimental é um Latossolo Amarelo,
proteína com Centrosema acutifolium (7,0 kg/vaca/
textura argilosa, com as seguintes características
3 dia) ou consorciadas com uma mistura de
químicas: pH = 5,2; Al = 1,8 cmol/dm ; Ca + Mg = 1,3
3 leguminosas – C. acutifolium, C. brasilianum, C.
cmol/dm ; P = 2 mg/kg e K = 55 mg/kg.
macrocarpum, Desmodium ovalifolium e Arachis
pintoi – (5,35 kg/vaca/dia), porém inferiores ás
O delineamento experimental foi inteiramente obtidas por Lascano & Ávila (1991) para pastagens
casualizado, com três tratamentos e seis repetições: de B. dictioneura, associadas à bancos-de-proteína
Trat. 1 = vacas mantidas em pastagem de

1
Eng. Agrôn., M.Sc., Embrapa Rondônia, Caixa Postal 406, CEP 78900-970, Porto Velho, Rondônia
2
Med. Vet., M.Sc., Embrapa Meio Norte, Caixa Postal 341, CEP 64200-000, Parnaíba, Piauí
3
Zootec., M.Sc., Embrapa Rondônia
2 Utilização de Bancos-de-Proteína na Alimentação de Vacas Leiteiras em Rondônia

com C. macrocarpum (8,2 kg/vaca/dia). Em Porto


Velho, Oliveira et al. (1994) para vacas Girolandas, COSTA, N. de L.; TOWNSEND, C.R.; PEREIRA,
durante o período seco, pastejando Brachiaria R.G. de A.P.; MAGALHÃES, J.A.; SILVA NETTO,
humidicola e suplementadas com 10 kg/vaca/dia de F.G. da; TAVARES, A.C. Tecnologias para a
P. phaseoloides, obtiveram uma produção média de produção animal em Rondônia – 1975/2001. Porto
6,80 kg de leite/vaca/dia. Velho: Embrapa Rondônia, 2003. 26p. (Documentos,
70)
As maiores disponibilidades de forragem, tanto no
período chuvoso quanto no seco, foram registradas COSTA, N. de L.; TOWNSEND, C.R.; MAGALHÃES,
na pastagem da gramínea pura e no banco-de- J.A.; PEREIRA, R.G de A. Formação e manejo de
preteína com D. ovalifolium. Da mesma forma, Costa pastagens de desmódio em Rondônia. Porto
(1996), em diversas localidades de Rondônia, Velho: Embrapa Rondônia, 2001. 3p.
constatou o maior potencial produtivo de D. (Recomendações Técnicas, 24)
ovalifolium, comparativamente à P. phaseoloides. Os
maiores teores de PB foram fornecidos por P. OLIVEIRA, J.R. da C.; COSTA, N. de L.;
phaseoloides, independentemente das épocas do MAGALHÃES, J.A. Suplementação volumosa de
ano. Resultados semelhantes foram relatados por vacas leiteiras holando-zebu durante o período de
Costa et al. (2003) avaliando diversos genótipos das estiagem em Rondônia. Lavoura Arrozeira, Porto
duas leguminosas em diferentes localidades de Alegre, v.47, n.414, p.19-20, 1994.
Rondônia. Segundo Costa et al. (2001), os teores de
tanino do desmódio são relativamente elevados, MOSQUERA, P.; LASCANO, C. Producción de leche
quando comparados com os de outras leguminosas de vacas en pasturas de Brachiaria decumbens solo
forrageiras tropicais, o que pode resultar em menor y com acceso controlado a bancos de proteína.
consumo, notadamente durante o período chuvoso, Pasturas Tropicales, Cali, v.14, n.1, p.2-10, 1992.
além de contribuir para a redução de seus teores de
proteína bruta. LASCANO, C.; ÁVILA, P. Potencial de producción de
leche en pasturas solas y asociados con
Conclusões leguminosas adaptadas a suelos ácidos. Pasturas
Tropicales, Cali, v.13, n.3, p.2-10, 1991.
A utilização de bancos-de-proteína formados com D.
ovalifolium ou P. phaseoloides é uma prática VERA, R.R.; GARCIA, O.; BOTERO, R.; ULLRICH,
tecnicamente viável para aumentar a produção de C. Producción de leche y reproducción en sistemas
leite (kg/vaca/dia), proporcionando incrementos de de doble propósito: algunas implicaciones para el
13,4 e 21,8% e, 15,9 e 18,8%, respectivamente para enfoque experimental. Pasturas Tropicales, Cali,
os períodos chuvoso e seco. v.18, n.3, p.2-10, 1996.

Referências Bibliográficas

COSTA, N. de L. Programa de pesquisa com


pastagens em Rondônia – 1975/1995. Porto Velho:
Embrapa Rondônia, 1996. 46p. (Documentos, 32)

Tabela 1. Produção de leite, disponibilidade de forragem e teores de PB de pastagens de B. brizantha cv.


Marandu, associadas à bancos-de-proteínas com P. phaseoloides e D. ovalifolium.

Tratamentos Produção de Leite Disponibilidade de Forragem Proteína Bruta


(kg/vaca/dia) (kg de MS/ha) (%)
Chuva Seca Chuva Seca Chuva Seca

B. brizantha (BB) 7,03 b 6,10 b 4.971 a 2.978 a 7,21 c 6,35 c


BB + P. phaseoloides 8,15 a 7,25 a 2.567 b 1.857 b 17,43 a 18,25 a
BB + D. ovalifolium 7,97 a 7,43 a 4.023 a 3.105 a 14,82 b 15,87 b

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adquiridos na: Costa
Técnico, 266 Publicações Secretária: Marly Medeiros
Normalização: Alexandre Marinho
Embrapa Rondônia Membros: Claudio R. Townsend,
Endereço: BR 364, km 5,5 Marilia Locatelli, Maria Geralda de
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Porto Velho, RO César F. Santos, Vanda Gorete
Fone: (69) 222-0014 Rodrigues,
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
Fax: (69) 222-0409
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO E-mail: sac@cpafro.embrapa.br Supervisor Editorial: Newton de
Lucena Costa
Expediente Revisão de texto: Ademilde
Andrade Costa
1ª Edição Editoração Eletrônica: Marly
1ª Impressão 2003 Medeiros
Tiragem 100 exemplares

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