Anda di halaman 1dari 21

CENTRO DE ESINO ATENAS MARANHENSE

FACULDADE ATENAS MARANHENSE


CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

Luzia Arcanja da Cruz Soares dos Santos


Maria do Nascimento Mondego de Oliveira

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO:


estudo de caso do Programa de Ação Integrada ao Aposentado, em São Luís – MA

São Luís
2007
0

Luzia Arcanja da Cruz Soares dos Santos


Maria do Nascimento Mondego de Oliveira

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO:


estudo de caso do Programa de Ação Integrada ao Aposentado, em São Luís – MA

Orientador
Prof. Gerisval Pessoa

São Luís
2007
1

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO:


estudo de caso do Programa de Ação Integrada ao Aposentado, em São Luís – MA

Luzia Arcanja da Cruz Soares dos Santos ∗


Maria do Nascimento Mondego de Oliveira ∗

RESUMO

O estudo objetivou análise da influência da atividade física na promoção da


qualidade de vida do idoso, comprovando que a prática assídua dessa atividade
constitui fator importante no processo de resgate da auto-estima, sociabilidade e
valorização da pessoa da Terceira Idade. Assim, o processo metodológico da
pesquisa recorreu à técnica de coleta de dados, através de questionário com 62
(sessenta e dois) aposentados do Serviço Público Estadual, participantes das
oficinas de atividade física do Programa de Ação Integrada Para o Aposentado
(PAI), em São Luís – Maranhão.

Palavras-chaves: Atividade Física. Qualidade de Vida. Aposentado.

1 INTRODUÇÃO

A prática regular de atividade física sempre esteve relacionada à imagem


de pessoas saudáveis, ativas e de vigor. Antigamente, existia a idéia de que alguns
indivíduos apresentavam uma predisposição genética à prática da atividade física,
pois possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental, assim como também,
havia quem defendesse que a atividade física representava um estímulo ambiental
responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje,
entende-se que os dois conceitos se relacionam.


Alunas do Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica de Pessoas da Faculdade Atenas
Maranhense.
2

Na associação entre o exercício e a saúde, sabe-se que a adoção de um


estilo de vida não-sedentário, calcado na prática regular de atividade física reduz o
risco para o desenvolvimento da maioria das doenças crônicas degenerativas, além
de servir como elemento promotor da auto-estima e do convívio social.
O objetivo principal deste artigo foi, portanto, analisar a influência da
atividade física na promoção da qualidade de vida do idoso integrante do Programa
de Ação Integrada para o Aposentado (PAI), desenvolvido pelo Governo Estadual do
Maranhão (MA). Especificamente, o estudo identificou os fatores que favorecem a
promoção da qualidade de vida por meio da atividade física, as contribuições para o
idoso após a execução das mesmas, além de verificar o grau de satisfação pessoal
do idoso praticante da atividade física oferecida pelo Programa PAI.
A metodologia utilizada neste artigo foi desenvolvida em seis meses, por
meio de pesquisa bibliográfica, tendo um caráter descritivo e explicativo, e por meio
do levantamento de informações qualitativas e quantitativas, recorrendo à técnica de
coleta de dados, que incluiu a aplicação de questionário aberto e fechado, para
verificação do nível de satisfação do idoso durante a prática da atividade física. A
pesquisa de campo teve como universo, o aposentado do Serviço Público Estadual
cadastrado no Programa PAI, com idade entre 47 à 79 anos, participantes de
atividade física, que totalizam 423 aposentados, distribuídos em seis modalidades:
natação, ginástica localizada, tai-chi-chuan, dança, musculação e futsal. A amostra
da pesquisa foi composta por 62 (sessenta e dois) aposentados, correspondendo a
14,65 % do total, com um erro amostral de 12%.
No primeiro tópico do estudo, trata-se da importância das atividades
físicas sobre o organismo das pessoas, elencando algumas contribuições que os
dos exercícios trazem a vida de cada indivíduo.
No segundo tópico aborda-se sobre a qualidade de vida, em que se
realiza uma análise conceitual, dentro de uma abordagem dos aspectos sociais.
Analisa-se a qualidade de vida no trabalho e reflete-se sobre a qualidade de vida do
idoso, destacando as funções necessárias para que ele viva de forma independente.
No terceiro tópico apresenta-se o resultado da pesquisa de campo,
contextualizando o Programa PAI, como ambiente da pesquisa, analisando os dados
coletados junto aos idosos participantes do referido Programa, e discutindo sobre os
resultados da pesquisa.
3

2 A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A SAÚDE DAS PESSOAS

Na concepção de Marcello Montti (2007, p. 1), atividade física é definida


como:

Um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica


envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de
exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou
mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá
como resultados os benefícios à saúde.

Entende-se que atividade física é todo e qualquer movimento corporal


produzido pela musculatura esquelética (voluntária) que resulta em gasto energético
acima dos níveis de repouso (ALMEIDA, 2007).
A prática regular de exercícios físicos é fundamental para manter a saúde,
porque beneficia variáveis fisiológicas, psicológicas e sociais. Portanto, uma vida
ativa, não-sedentária, é um fator que contribui significativamente para o bem-estar
das pessoas.

No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande


importância, porque afetaria aproximadamente 70% da população brasileira,
mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o Diabetes Mellitus e
o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54%
do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame
cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, vemos como
a atividade física é assunto de saúde pública (MONTTI, 2007, p. 1).

Em grande parte dos países em desenvolvimento, mais de 60% dos


adultos não praticam um nível adequado de exercício físico, sendo que a pessoa
mais sujeita ao sedentarismo é: o idoso, a pessoa de nível sócio-econômico mais
baixo e o indivíduo incapacitado (MONTTI, 2007).
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se
manifestam sob todos os aspectos do organismo, e que auxiliam na prevenção e no
controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a
elas, além de exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de
trabalho quanto no familiar.
A escolha da atividade física adequada deve, no entanto, levar em conta,
alguns fatores, como idade, por exemplo. Assim, a atividade física promove
4

benefícios, desde que respeitados algumas variáveis como, em alguns casos, a


própria avaliação médica para a prática do exercício.
Entre as contribuições que a atividade física regular traz ao indivíduo
encontra-se: redução substancial do risco de doenças cardiovasculares, do câncer
de cólon, do Diabetes Mellitus e da hipertensão; controle do peso corporal;
fortalecimento dos ossos, articulações e músculos; alívio da dor oriunda da artrite;
diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão; e diminuição do número de
hospitalizações, visitas médicas e medicação.
Especificamente, a atividade física regular entre idosos está associada à
redução do índice de quedas, e diminuição do risco de doenças cardiovasculares, do
Diabetes Mellitus, da depressão, da obesidade, das fraturas relacionadas à
osteoporose e déficit cognitivo, além da promoção da sensação de bem-estar
(ALMEIDA, 2007).
A prática regular de exercícios físicos também aumenta a força muscular,
aprimora a flexibilidade e a amplitude de movimento, além de diminuir o percentual
de gordura, do risco de osteoporose, da ansiedade e depressão, e melhorar a
estética corporal, a auto-estima, a auto-imagem, a integração e a socialização.
Assim, fica fácil entender a importância da atividade física para a saúde e
a qualidade de vida, de todas as pessoas. Com o crescente desejo de se viver mais
e melhor, todas as formas de atividade física, desde as mais simples até as mais
sofisticadas estão em evidência, ações que envolvem exercícios físicos ganham
destaque, principalmente pela sua ação preventiva (VIANA, 2007).
Deve-se ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre
indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos,
fisioterapeutas e profissionais de Educação Física, pois a atividade física consiste
em exercícios bem planejados e bem estruturados. Eles conferem benefícios aos
praticantes, como o aumento da longevidade, a disposição e a saúde. Ou seja, com
atividade física há uma melhora significativa da qualidade de vida.
A saúde é uma conquista que deve ser permanentemente conquistada.
Portanto, manter a saúde é uma tarefa que precisa ser realizada diariamente. Nesse
contexto, a preocupação com qualidade de vida é uma forma de valorizar a saúde e
diminuir os fatores que conduzem à mortalidade, importante na atua dinâmica
vivenciada pelo indivíduo contemporâneo.
5

3 QUALIDADE DE VIDA

Segundo Cardoso (2006 apud DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004),


qualidade “é uma expressão do nível de auto-realização e por isso se reflete no
trabalho bem feito”. Como sinônimo de perfeição, a qualidade refletirá a realidade de
se ter atingido um valor máximo.
Nas últimas décadas, a qualidade de vida tem sido um dos grandes focos
de atenção de autoridades e também da população. Tornou-se um grande foco de
atenção para negócios, desde vendas e comércio das mais variadas formas e tipos
de produtos, podendo ser encontrada em propagandas de condomínios residenciais,
comidas, remédios, treinamentos e capacitação dos trabalhadores etc.
Minayo, Hartz e Buss (2000) reforçam que o termo qualidade de vida tem
servido para designar diversos tipos de acontecimentos como Congressos,
seminários, classificações de trabalho, entre outros.
Para esses autores, de acordo com o que foi apresentado na abertura do
2º Congresso de Epidemiologia em 1994, qualidade de vida:

[...] é aquela que ofereça um mínimo de condições para que os indivíduos


nela inseridos possam desenvolver o máximo de suas potencialidades,
sejam estas: viver, sentir ou amar, trabalhar, produzindo bens e serviços,
fazendo ciências ou artes (MINAYO, HARTZ; BUSS, 2000, p. 8).

A qualidade de vida é um conceito ligado ao próprio desenvolvimento


humano. Não significa apenas que o indivíduo tenha apenas saúde física ou mental,
mas que ele viva bem consigo mesmo, com a vida, com as pessoas que os rodeiam.
Isso significa que ter qualidade de vida é estar em equilíbrio pessoal e grupal, tendo
o controle sobre tudo que acontece a sua volta.
Ainda no seu sentido geral, qualidade de vida, de acordo com Silva (1999,
p. 261):

Aplica-se ao indivíduo aparentemente saudável e diz respeito ao seu grau


de satisfação com a vida nos seus múltiplos aspectos que a integram:
moradia, transporte, alimentação, lazer, satisfação/realização profissional,
vida sexual e amorosa, relacionamentos com outras pessoas, liberdade,
autonomia e segurança financeira.
6

Quando qualidade de vida é analisada no seu sentido específico


apresenta em cada área, uma definição característica, sendo que na área ligada à
saúde qualidade de vida “aplica-se a pessoas sabidamente doentes e diz respeito ao
grau de limitação e desconforto que a doença e /ou a sua terapêutica acarretam ao
paciente e a sua vida” (SILVA, 1999, p. 261).
Também para garantir uma boa qualidade de vida, o indivíduo deve ter
hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para lazer e vários outros hábitos
que o façam se sentir bem, que tragam boas conseqüências, como usar o humor pra
lidar com situações de stress, definir objetivos de vida e, o principal, sentir que tem
controle sobre a própria vida.
Mas, não se deve esquecer que a visão da qualidade de vida encontra-se
expressa segundo alguns indicadores determinantes tais como: situação sócio-
econômica geral e políticas públicas voltadas para o bem-estar social. Portanto, os
governos têm também sua responsabilidade sobre a questão da qualidade de vida.

3.1 Qualidade de vida no trabalho

Na visão de Rosa (2003), a qualidade começa e termina no ser humano,


pois é ele que percebe a qualidade desejada. Portanto, se a qualidade é
característica da necessidade humana, o trabalho, por sua vez, abrange todas as
dimensões humanas, desde as necessidades básicas do homem até as condições
materiais.
Só que as satisfações do indivíduo no trabalho devem está de acordo
com as metas organizacionais verificando-se algumas variáveis, tais quais: a
autonomia para o trabalhador, o empenho e a motivação para obter resultados
positivos.
Já França (2001 apud DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004) considera como
indicadores determinantes da qualidade de vida no trabalho: o salário compatível, a
estabilidade no emprego, o lazer e a credibilidade da empresa na comunidade.
Segundo Alonso (2000 apud COSTA; GERMANO, 2004, p. 512), a
satisfação no trabalho não é determinada somente pela empresa, “pois fatores como
saúde, educação e moradia são responsabilidades que pertencem a um projeto
7

social de cunho político que escapa às obrigações da empresa”. Mas, o papel da


empresa é fundamental na questão em foco, pois o feedback 1 fornecido pela
empresa ao trabalhador é base para a obtenção de satisfação de necessidades
psicológicas e individuais do mesmo.
Assim, a qualidade de vida no trabalho está relacionada com a satisfação
dentro e fora da empresa, relacionando-se ainda, com a importância dos programas
de preparação para a aposentadoria existente dentro das mesmas.

3.2 Qualidade de vida do idoso

Conforme dita a Organização Mundial de Saúde (OMS), a idade de 60


anos é o marco do início da Terceira Idade, ou seja, a pessoa idosa é aquela que
possuem a idade acima de60 anos (COSTA; GERMANO, 2004).
Qualidade de vida para o idoso pode ser interpretada como o fato dele
cumprir com as funções diárias básicas de maneira adequada e conseguir viver de
forma independente, melhorando a auto-estima e facilitando o bem-estar, conforme
mencionam Spirduso e Cronin (2001 apud DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).
Assim, são várias as atividades que podem propiciar a qualidade de vida ao idoso:
convívio familiar e social, atividades laborais, atividades físicas etc.
Referente ao convívio familiar e social entende-se que é fundamental para
a saúde psicológica do idoso, a permanência do mesmo junto à família e a
comunidade no qual ele é inserido. Nesse sentido, não se pode negar que a família
tem um papel primordial na construção e na vida do indivíduo, pois interfere no
processo de saúde-doença de seus membros, individual e coletivamente.
Com relação às atividades laborais, sabe-se que algumas empresas já
aceitam funcionários da Terceira Idade em seu corpo funcional, inclusive mulheres,
contratando idosos para exercerem funções compatíveis, conforme suas
habilidades, desenvolvendo, assim, a boa qualidade de vida do mesmo, a partir da
sua reintegração às atividades de trabalho (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

1
É o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a melhorar seu desempenho no
sentido de atingir seus objetivos. ATTENDER. Feedback. Disponível em:
http://www.attender.com.br/publico/dicas/comun-feedback.htm>. Acesso em: 14 nov. 2007.
8

Com relação às atividades físicas, sabe-se também que a falta de aptidão


física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa
qualidade de vida nos idosos. Com o avanço da idade, há uma redução da
capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares,
sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício (MONTTI, 2007).
Está mais do que comprovado que os idosos obtêm benefícios da prática
de atividade física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais,
melhora a auto-estima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização.
Papaléo Neto (2002) referencia que o envelhecimento pode ser
conceituado como um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações
morfológicas e funcionais, que vão alterando progressivamente o organismo.
Por essa razão, Montti (2007, p. 1) adverte que, a prática de exercícios
pelo idoso exige uma avaliação médica cuidadosa e a realização de determinados
exames, dependendo de cada caso, pois “isso permitirá ao médico indicar a melhor
atividade, que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação,
hidroginástica e musculação”. As vantagens da prática de exercícios para idosos
dependem de como se processa o envelhecimento e da rotina de exercício físico
praticada. De acordo com Caromano, Ide e Kerbauy (2007, p. 2):

O conhecimento dos fatores envolvidos com a manutenção ou abandono da


prática de exercícios é essencial para o planejamento de estratégias a
serem aplicadas durante e após o período de treinamento, visando à
continuidade de sua prática, fazendo-se necessários esses estudos junto a
programas básicos de exercícios.

Nesse sentido, preocupados com a qualidade de vida de seus idosos,


vários governos já incluem em suas políticas públicas, ações voltadas para a
atenção mais específica à pessoa da Terceira Idade. Entre essas ações estão, as
atividades físicas, que objetivam a qualidade de vida, incluindo a auto-estima, a
sensação de bem-estar e a socialização. Essas atividades têm também, o objetivo
de promover a ocupação saudável através da realização de atividades de desporto,
minimizando assim, o isolamento dos idosos. Dessa forma, os governos pretendem
garantir melhores condições de vida à população idosa, priorizando as ações que
favoreçam a qualidade de vida. Uma dessas ações diz respeito ao Programa Pai,
que já é desenvolvido em vários Estados brasileiros, inclusive, no Maranhão.
9

4 ESTUDO DE CASO

4.1 Histórico do PAI

A Supervisão de Apoio ao Aposentado é uma instituição estadual que tem


por órgão gestor, a Secretaria de Estado de Administração e Previdência Social –
SEAPS, em São Luís – MA. Criada em 29 de julho de 1992, apenas como o
Programa PAI, definiu-se como uma proposta de modernizar e humanizar a política
de atendimento ao servidor aposentado estadual, bem como atender às suas
demandas. A Supervisão de Apoio ao Aposentado desenvolve hoje, dois programas
básicos: o Programa PAI e a Universidade Integrada para o Aposentado (UNITI).
As ações desenvolvidas pela Supervisão de Apoio ao Aposentado são
baseadas em seu objetivo principal, que é prestar ao aposentado, plena assistência
nas áreas médica, jurídica e social, dando oportunidade ao mesmo, para participar
de atividades sócio-culturais, educativas e de lazer. Sua estrutura metodológica
compõe-se de atendimentos individuais, grupais, médicos e jurídicos, e da promoção
de eventos, além das atividades físicas e produtivas.
O atendimento individual tem por finalidade, o aconselhamento e
satisfação de suas expectativas, envolvendo entrevistas, visitas domiciliares e
encaminhamentos diversos. O atendimento grupal tem por finalidade discutir, avaliar
e obter sugestões dos aposentados, sendo realizado através de reuniões, palestras,
oficinas temáticas e cursos. O atendimento médico tem por finalidade o
acompanhamento do estado de saúde dos aposentados. O atendimento jurídico tem
por finalidade orientar e acompanhar causas jurídicas de interesse dos aposentados.
A promoção de eventos, por sua vez, tem a finalidade de incentivar o
processo de socialização e participação do aposentado, visando à ocupação do
tempo livre, bem como o resgate e reconhecimento de seus direitos.
As atividades físicas e produtivas são um das ações que proporcionam
benefícios para este grupo etário e social, e que conta com um percentual
significativo de participação, conforme se verificou na introdução deste trabalho.
10

4.2 Análise e discussão dos dados

Para efetivar este estudo de caso foram distribuídos questionários para 10


aposentados de cada oficina de atividade física. Objetivando delinear o perfil dos
aposentados participantes deste questionário, analisaram-se os dados de
identificação deles, conforme discussões e resultados a seguir.

11,3% 1,6%

35,5%
40-49
50-59
60-69
70-79

51,6%

Figura 1 – Faixa etária dos aposentados

O maior índice de aposentados que freqüentam o Programa PAI


encontra-se na faixa etária entre 60 a 69 anos, conforme mostra o Gráfico 1. Esta é
uma faixa etária considerada idosa, pois conforme a Organização Mundial de Saúde
(OMS), a idade de 60 anos é o início da Terceira Idade (COSTA; GERMANO, 2004).

1 1 ,3 % 1 ,6 %

3 5 ,5 %
4 0 -4 9
5 0 -5 9
6 0 -6 9
7 0 -7 9

5 1 ,6 %

Figura 2 – Sexo dos aposentados


11

Os dados do Gráfico 2 demonstram a grande presença feminina nas


atividades, bem como pela maior e melhor adaptação da mulher na vida associativa,
considerando que muitas mulheres participam de outros grupos como: social,
recreativo e religioso. Quanto aos aposentados do sexo masculino, os resultados
apontam um percentual de 17,7%, em relação ao do sexo feminino, considerando
que eles são mais acomodados (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

12,9%

CASADOS
VIÚVOS
14,5%
DESQUITADOS
SOLTEIROS
48,4%

22,6%

Gráfico 3 – Estado civil dos aposentados.

Quanto ao estado civil, o Gráfico 3 revela que a maioria dos aposentados


é casada ou viúva, o que confirma a realidade presente na maioria dos grupos de
convivência, relatados em pesquisa existentes, justificando a participação em grupos
como ocupação do tempo livre na tentativa de fugir da solidão (MOTTIN, 2007).

17,8%

37,1%

45,2%

ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR

Gráfico 4 – Nível de escolaridade


12

Com relação ao nível de escolaridade, 50% dos aposentados concluíram


o Ensino Médio, 37,1% terminaram o Ensino Superior, e 11,3% concluíram o Ensino
Fundamental. Conforme informações adquiridas, o baixo nível de escolaridade
justifica aposentado ocupando cargos de auxiliares operacionais, motoristas e
auxiliares de Enfermagem (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

1,47%
5,89%
8,82%
29,41% OSTEOPOROSE
COLUNA
2,94% DIABETES
HIPERTENSÃO
4,41% ARTROSE
DIGESTIVA
5,89% REUMATISMO/OSTEOPENIA
CARDIACA/HIPERTENSÃO
RENAL/TIREOIDE

11,76%
19,12%

Gráfico 5 – Doenças mais freqüentes nos últimos anos.

Constataram-se, pelo Gráfico 5, que doenças crônicas como osteoporose,


coluna, Diabetes Mellitus, hipertensão, artrose e digestivas, estão presentes na
maioria dos idosos. Conforme relato dos idosos, 8,82% dos entrevistados possuem
reumatismo e osteoporose, 5,89% são acometidos de doença cardíaca e
hipertensão, 1,47% de doença renal e tireóide (ALMEIDA, 2007).

14,3%
G IN Á S T IC A
LO C A LIZA D A
10,5% NATAÇÃO
21,9%

T A I-C H I-C H U A N

DANÇA

FU T S A L
14,9%
20,0%
M U S C U LA Ç Ã O

19,4%

Gráfico 6 – Atividade física praticada no Programa PAI.


13

Das 62 pessoas respondentes do questionário, observa-se pelo Gráfico 6,


que 45 delas (72%) praticam uma modalidade de atividade física no Programa PAI,
sendo elas: a natação, a dança, a musculação, o tai-chi-chuan, a ginástica
localizada e o futsal. Isso reafirma Viana (2007), que diz que todas as formas de
atividade física, estão em evidência.

TAI-CHI-CHUAN/DANÇA E
TAI-CHI-
3,23% CHUAN/NATAÇÃO

MUSCULAÇÃO/NATAÇÃO
; MUSCULAÇÃO/DANÇA E
MUSCULAÇÃO/TAI-CHI-
CHUAN

8,06%
GINÁSTICA
4,84% LOCALIZADA/NATAÇÃO;
GINÁSTICA
LOCALIZADA/TAI-CHI-
CHUAN E GINÁSTICA
LOCALIZADA/DANÇA

Gráfico 7 – Mais de uma atividade física praticada no Programa PAI.

Conforme se observa no Gráfico 7, do total pesquisado, 20,97% praticam


duas modalidades de atividade física, 6,45% participam da atividade, e
6,46%praticam três modalidades.

0%

Sim
Não

100%

Gráfico 8 – Contribuição para a melhoria da qualidade de vida através do Programa PAI.

Todos os entrevistados foram unânimes em afirmar que depois da


participação nas atividades físicas houve melhoria na qualidade de vida, de acordo
14

com o que demonstra o Gráfico 8. Qualidade de vida é o cumprimento das funções


básicas de maneira adequada (SPIRDUSO; CRONIN, 2001).

Melhoria da
saúde
25% Alívio das dores

Mais
50%
disposição
10%
Melhoria da
5% auto-estima
10% Relação com
outras pessoas

Gráfico 9 – Benefícios proporcionados pela atividade física praticada.

Conforme revela o Gráfico 9, quanto aos benefícios advindos da atividade


física, foi detectada melhoria na saúde (50%), havendo aumento na socialização
(25%), e melhoria significativa nas dores (10%), além da elevação da auto-estima
(10%). O desenvolvimento do idoso é afetado positivamente quando ele participa de
atividades físicas (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

5 CONCLUSÃO

Verificou-se que a prática regular da atividade física deveria ser uma das
principais intervenções para a melhoria da saúde pública. Na Terceira Idade, o
objetivo da atividade física é o retardamento do processo do envelhecimento,
através da manutenção de um estado saudável que possibilite a normalização da
vida e minimize os fatores de riscos.
O ponto central desta pesquisa referiu-se, especificamente, à questão da
atividade física como promotor da qualidade de vida, incluindo a auto-estima, a
sensação de bem-estar e a socialização. Os resultados comprovaram que 100% dos
15

entrevistados consideram a sua qualidade de vida elevada, com uma boa sensação
de bem-estar e oportunidade de vida grupal ativa.
Portanto, o Programa PAI está atingindo seu objetivo, que é a elevação
da auto-estima do idoso e a melhora significativa nas dores, no equilíbrio físico,
emocional, com o aumento de socialização entre as pessoas da Terceira Idade, ou
seja, favorecendo a qualidade de vida das mesmas. Conclui-se que a implantação
de programas como este, tem chance de obter resultados positivos, tanto para a
gestão pública quanto para seu público-alvo.

ABSTRACT

The study it objectified analysis of the influence of the physical activity in the
promotion of the quality of life of the aged one, proving that practical assiduity of this
activity constitutes important factor in the process of rescue of auto-esteem,
sociability and valuation of the person of the Third Age. Thus, the methodological
process of the research appealed to the technique of collection of data, through
questionnaire with 62 (sixty and two) pensioners of the State Public Service,
participant of the workshops of physical activity of the Program of Action Integrated
For the Pensioner (PAI), in São Luís - Maranhão.

Keywords: Physical Activity. Quality of Life. Pensioners

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Elisabete Fernandes. A importância da atividade física para manter a


saúde. Disponível em: <http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=4403>.
Acesso em: 14 nov. 2007.

ATTENDER. Feedback. Disponível em:


http://www.attender.com.br/publico/dicas/comun-feedback.htm>. Acesso em: 14 nov.
2007.
16

CAROMANO, Fátima A.; IDE, Maiza Ritomy; KERBAUY, Rachel Rodrigues.


Manutenção na prática de exercícios por idosos. Rev. Dep. Psicol., UFF, v. 18, n.
2, Niterói, jul./dez. 2006.

COSTA, Lauriana Medeiros, GERMANO, Raimunda Medeiros. Insônia em idosos


hospitalizados: fatores relacionados e cuidado de enfermagem. Ed Revi. René,
Fortaleza CE, 2004.

COSTA, Maria José D’Élboux; GERMANO, Anita Liberalesso; CACHIONI, Meire.


Saúde e qualidade de vida na velhice. Campinas, SP: Ed. Alínea, 2004.

PAPALÉO NETO, Matheus. Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 2002, p. 60.

MINAYO, M. C. de S.; HARTZ, Z. M. de A.; BUSS, P. M. Qualidade de vida e saúde:


um debate necessário, Revista Ciência e Saúde Coletiva, p. 7-18, 2000.

MONTTI, Marcello. Importância da atividade física. Disponível em:


<http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4772&ReturnCatID=1774>.
Acesso em: 14 nov. 2007.

ROLIM, Flávia Sattolo, FORTI, Vera APARECIDA Madruga. Envelhecimento e


atividade física: auxiliando na melhoria e manutenção da qualidade devida. In:
DIOGO, Maria José D’Elboux; NERI, Anita Liberalesso; CACHIONI, Meire. Saúde e
qualidade de vida na velhice. Campinas: São Paulo: Alínea, 2004, p.64 – 71.

ROSA,T. E. Da C. et al. Fatores determinantes da capacidade funcional entre


idosos. Revista de Saúde Pública, vol. 37, n. 1, 2003.

SILVA, M. A. D. da. Exercício e qualidade de vida. In: GHORAYEB, N.; BARROS, T.


O exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e
preventivos. São Paulo: Atheneu, 1999.

VIANA, Soloni. Atividade física produz saúde, orienta Liga de Postura.


Disponível em: <http://www.huav.com.br/ligaposturanot.htm>. Acesso em: 14 nov.
2007.
17

APÊNDICES
18

Apêndice A - Questionário destinado ao levantamento das características sócio-


demográficas, das atividades físicas desenvolvidas e da sociabilidade.

Por favor, responda às questões aqui apresentadas.


Sua participação é voluntária.
Agradecemos sua colaboração.

1. Idade: _______________

2. Sexo: Masculino ( )
Feminino ( )

3. Estado Civil: Casado (a) ( )


Solteiro (a) ( )
Viúvo (a) ( )
Desquitado (a)/Separado (a) ( )

4. Escolaridade: Ensino Fundamental (1ª a 4ª série) ( )


Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) ( )
Ensino Médio (Colegial) ( )
Ensino Superior ( )

5. Teve alguma doença nos últimos anos? Cardíaca, Renal, Digestiva, Respiratória,
Reumatismo, Ossos (Osteoporose, Osteopenia)/Coluna, Diabetes, Depressão,
(Cérebro)?
Sim ( ) Não ( ) Qual ? ____________________

6. Pratica alguma atividade física pelo Programa PAI (natação, ginástica localizada,
dança, tai-chi-chuan, futsal, musculação)?
Sim ( ) Não ( ) Qual? ____________________

7. Você pratica mais de uma atividade física pelo Programa PAI?


Sim ( ) Não ( ) Qual? ____________________
19

8. Quais os benefícios que a atividade física que você pratica lhe proporciona?
( ) Melhoria da saúde
( ) Alívio das dores
( ) Mais disposição
( ) Melhoria da auto-estima
( ) Relação com outras pessoas
( ) Outras _________________________________

9. Sua participação no Programa PAI contribui para a melhoria em sua qualidade de


vida?
( ) Sim ( ) Não

Anda mungkin juga menyukai