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SUPLEMENTO CIENTíFICO

Considerações sobre o
manejo de pastagens na
Amazônia Ocidental
• Newton de Lucena Costa
RESUMO Engenheiro Agrônomo, M.Se. Pes-
quisador da Embrapa Amapá, Che-
Na Amazônia do Brasil, as pastagens cultivadas constituem a principal
fonte de alimentação dos rebanhos, o que torna necessário um bom co- fe Geral Amapá, Maeapá, AP.
nhecimento sobre os diferentes sistemas de manejo e utilização, de modo
a obter-se uma maior produtividade animal. O manejo das pastagens tem Endereço para correspondência:
como principal objetivo a obtenção de uma maior produção e produtivida- Rodovia Juscelino Kubitsehek, km
de animal, mediante a utilização racional das pastagens, com rendimen- 5, s/n,Caixa Postal, 10. Maeapá,
tos adequados de forragem de bom valor nutritivo, sem afetar sua persis- AP. CEP 68903-000.
tência. O manejo requer o conhecimento das características morfológicas E-mail:
e hábitos de crescimento das plantas forrageiras. Neste trabalho são revi-
newton@cpafap.embrapa.br
sados os principais aspectos sobre a formação e manejo de pastagens
tropicais, tais como consorciação, calagem e fertilização, duração dos
períodos de ocupação e descanso, carga animal e seleção de germoplasma .João Avelar Magalhães.
forrageiro adaptado às condições edafoclimáticas regionais e que apre- Médico Veterinário, CRMV-PI nO
sentem características agronômicas desejáveis como persistência, 0531, M.Se.Pesquisador da
palatabilidade, bom valor nutritivo e digestibilidade, rendimento de forra- Embrapa Meio-Norte, UEP de
gem, alta relação folha/colmo, tolerância ao pastejo e alta capacidade de Pamaíba, Pamaíba, PI. Doutorando
recuperação após o corte ou pasejo. em ZooteenialUFC, Fortaleza, CE.
E-mail:
Unitermos: germoplasma forrageiro, pastagens tropicais, manejo, siste-
avelar@cpamn.embrapa.br
mas de produção animal.

• Ricardo Gomes Araújo Pereira


ABSTRACT Zooteenista. CRMV-RO n° 0044/Z.
D.Se.Pesquisador da Embrapa
Considerations 01 pasture management in Rondônia, Porto Velho, RO.
Brazilian's Western Amazonia E-mail:
In the Amazonia of Brazil, the pastures cultivated constitute to main spring rieardo@cpafro.embrapa.br
of food of the flocks, what becomes necessary a good knowledge about the
different systems of management and utilization, of way it obtain itself a .Cláudio Ramalho Townsend
bigger animal productivity. The management of the pastures has as main CRMV-RO n° 0046/Z. D.Se. Pesqui-
objective the obtaining of a higher production and animal productivity by
sador da Embrapa Rondônia, Porto
means of the rational utilization of the pastures, with adequate performances
Velho, RO. Doutorando em
of fodder of good nutritive value, without affect its persistence. The
ZooteenialUFRGS
management needs the knowledge of the characteristics morphological
and habits of growth of the forage plants. In this work are overhauled the E-mail:
main aspects about the formation and management of tropical pastures, claudio@cpafro.embrapa.br
such as grass-Iegume mixtures, Iiming and fertilization, duration of the
periods of occupation and rest of the pastures, stocking rates and selection .José Ribamar da Cruz Oliveira
of forage germoplasm adapted to the soil and climate regional conditions Engenheiro Agrônomo, M.Se. Pes-
and that present desirable agronomic characteristics Iike persistence, for quisador da Embrapa Rondônia,
age intake, good nutritive value and forage digestibility, dry matter production, Porto Velho, RO.
high leaf/stem ratio, grazing tolerance and high capacity of regrowth afier E-mail:
grazing or cutting
oliveira@cpafro.embrapa.br
Keywords: forage germoplasm, tropical pastures, management, systems of
animal production.

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intensidade de pastejo influi na utiliza- rotativo as áreas são subdivididas em
Introdução ção da forragem produzida, estabele- dois ou mais piquetes, proporcionando
cendo uma forte interação com a dis- descansos periódicos às plantas
As pastagens representam a ponibilidade de forragem como conse- forrageiras, cuja duração depende do
principal e mais barata fonte de alimen- qüência do crescimento das plantas, da número de divisões e extensão do pe-
tos para os ruminantes mas, nem sem- defoliação e do consumo pelos animais. ríodo de ocupação de cada piquete.
pre, são manejadas de forma adequa- Já, o sistema de pastejo está relaciona- Caracteriza-se por maior investimento
da, muitas vezes devido à falta de co- do com os períodos de ocupação e em instalações e equipamentos; menor
nhecimento das suas condições fisioló- descanso da pastagem e tem por fina- seletividade animal; manejo mais sofisti-
gicas de crescimento e composição lidade básica manter uma alta produ- cado e distribuição mais regular do
nutricional. Manejar uma pastagem de ção de forragem com bom valor nutriti- pastejo, fezes e urina. A divisão das
forma adequada significa produzir alimen- vo, durante a maior parte do ano, de pastagens é uma prática de grande im-
tos em grandes quantidades com o modo a maximizar a produção por ani- portância tanto para o manejo do re-
máximo de qualidade da forragem. A mal e/ou por área. banho quanto das pastagens. O núme-
produção de matéria seca afeta signifi- O manejo de pastagens pode ser ro de divisões varia de acordo com as
cativamente a capacidade de suporte caracterizado como o controle das rela- categorias animais existentes no reba-
das pastagens (número de animais por ções do sistema solo-planta-animal visan- nho e no sistema de pastejo adotado
área) e está influenciada pela fertilida- do maior produção e melhor utilização e (contínuo, alternado ou rotativo). O
de do solo, manejo e condições climáti- persistência das pastagens. Em termos tamanho das divisões depende de cada
cas, enquanto que o valor nutritivo afe- práticos, um animal em pastejo represen- rebanho (número de animais por cate-
ta a produção por animal (kg de carne/ ta a forma mais simples do sistema solo- goria animal) e da capacidade de su-
animal, produção de leite/vaca etc.) e planta-animal. O solo é a base do sistema porte das pastagens. A distribuição ea
depende principalmente da composição e atua como fonte de nutrientes para a forma das divisões devem ser compatí-
química, da digestibilidade e do consu- pastagem. A planta é a fonte de nutrien- veis com a disponibilidade das aguadas
mo de forragem, que são afetadas prin- tes para o animal e atua como modificador naturais da propriedade, sempre visan-
cipalmente pela idade da planta. Asso- das condições físicas e químicas do solo. O do a economia de cercas.
ciando-se a capacidade de suporte e a animal atua como modificador das condi- No manejo de uma pastagem
produção por animal, tem-se a produ- ções do solo e da planta. deve-se procurar: a) manter a popula-
ção por área de pastagem, que via de Um manejo satisfatório é aquele ção e a produtividade das espécies
regra é o principal fator que determina em que: 1. Controla-se a pressão de forrageiras existentes na pastagem, vi-
a eficiência no manejo de pastagens. pastejo, que pode ser expressa em ter- sando a utilização uniforme durante o
No manejo de pastagens o prin- mos de carga animal (número de ani- ano; b) adequar o máximo rendimento
cipal objetivo é assegurar a produtivi- mais por unidade de área), da forragem e a qualidade da forragem produzida,
dade animal, a longo prazo, mantendo disponível por animal, ou da altura da com base no pastejo controlado, visan-
sua estabilidade e persistência. Para que pastagem após um período de utiliza- do à produção econômica por animal e
se possa alcançar alta produção animal ção (pastejo rotativo) ou em utilização por área; c) suprir as exigências
em pastagens, três condições básicas (pastejo contínuo); 2. Controlam-se os nutricionais segundo as diferentes ca-
devem ser atendidas: a) alta produtivi- períodos de ocupação e descanso, tegorias de animal e ciclo de produção;
dade de forragem com bom valor nutri- constatando a perfeita recuperação da e, d) manejar adequadamente o com-
tivo, se possível, com distribuição pastagem. Os descansos periódicos da plexo solo - planta - animal para produ-
estaciona I concomitante com a curva pastagem dependem do sistema de ção econômica, tanto para o produtor
anual dos requerimentos nutricionais dos pastejo adotado, podendo ser contínuo como para o consumidor, de produtos
animais; b) propiciar aos animais eleva- e/ou rotativo. O contínuo é caracteri- de origem animal.
do consumo voluntário, e c) a eficiên- zado pela permanência dos animais na Dentre os fatores relacionados
cia de conversão alimentar dos animais pastagem durante toda a estação de ao manejo de pastagem, os mais su-
deve ser alta. pastejo. Apresenta reduzido investimen- jeitos a intervenção direta do homem
Dentre os fatores de manejo to em instalações e equipamentos; são: a) a produção e a qualidade da
que mais afetam a utilização das pasta- maior seletividade dos animais na cole- forragem produzida na pastagem; b) o
gens, destacam-se a carga animal e o ta de forragem e distribuição irregular consumo animal; c) sistema de pastejo
sistema de pastejo. A carga animal ou do pastejo, fezes e urina. No pastejo adotado; d) equilíbrio da composição

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botânica da pastagem e, e) correção e a utilização da energia solar, através da forrageiras, em certos períodos, nos
fertilização do solo na formação e ma- fotossíntese. Com o aumento da órgãos mais permanentes (raízes, base
nutenção da pastagem. interceptação, ocorre simultaneamen- dos caules, estolões, rizomas etc.), para
a corte ou pastejo de uma plan- te incrementos no rendimento de for- serem utilizadas, em momento oportu-
ta forrageira acarreta uma série de al- ragem, até ser atingido um platô, quan- no (rebrota após pastejo, períodos crí-
terações em sua morfologia e fisiologia, do as folhas mais velhas entram em ticos, dormência), como fonte de ener-
sendo as principais: diminuição na absor- senescência e são sombreadas pelas gia ou como precursores de tecido es-
ção de água e, conseqüentemente de mais novas, acarretando na diminuição trutural. Após o pastejo ou corte que
nutrientes; paralisação temporária no da eficiência fotossintética com meno- reduza drasticamente a área foliar, ob-
crescimento de raízes; e menor eficiên- res taxas de crescimento. serva-se uma queda acentuada na con-
cia fotossintética. Com base nestas al- a IAF ótimo de uma forrageira é centração de carboidratos de reservas,
terações foram postulados os princípios aquele associado com altos rendimen- já que com a interrupção do processo
básicos do manejo de pastagens, con- tos bem distribuídos ao longo da esta- de fotossíntese, estes são utilizados
siderando os aspectos morfológicos e ção de crescimento, normalmente se como fonte de energia para a respira-
fisiológicos das plantas forrageiras. dá quando as folhas interceptam cerca ção e constituição de novos tecidos
Quanto ao habito de crescimen- de 90% da energia radiante incidente. (rebrota). Com o progressivo restabe-
to as plantas forrageiras são agrupadas A arquitetura e o arranjo foliar é um lecimento da área foliar, com aumento
em dois grupos: as cespitosas de cres- dos fatores que causa influência na efi- da capacidade fotossintética da planta,
cimento ereto, formando touceiras; e ciência de uso da radiação incidente.' o acumulo de carboidratos de reserva
as estoloníferas/rizomatosas de cresci- No caso das leguminosas, por apresen- será crescente, enquanto o processo
mento rasteiro ou prostrado. As primei- tarem as folhas em posição horizontal, de fotossíntese se equivaler ou superar
ras por exporem mais facilmente os seus com uma área folia r menor, intercep- o de respiração.
meristemas apicais à decapitação, ne- tam mais luz, porém são menos eficien- Diante do exposto, pode-se in-
cessariamente devem ser manejadas sob tes que as gramíneas, produzindo 2 a 3 ferir que tanto o super como o subpas-
pastejo menos intenso (manter resídu- vezes menos, enquanto as gramíneas tejo são prejudiciais à pastagem. En-
os de maior porte), e ou sob pastejo necessitam de uma área foliar maior, o quanto que no superpastejo, as desfo-
rotativo; enquanto que as de crescimen- que faz com que elas produzam mais Ihações intensas e freqüentes eliminam
to rasteiro toleram pastejo mais inten- do que as leguminosas. a IAF remanes- drasticamente a área folia r e conseqüen-
so, pois seus meristemas apicais ficam cente, ou seja, a quantidade de tecido temente esgotam as reservas orgâni-
menos expostos a decapitação pelos fotossinteticamente ativo que perma- cas das plantas, além de exporem os
animais. Já que os meristemas apicais nece na planta após o pastejo ou cor- pontos de crescimento a decapitação,
(gemas apicais), são os tecidos respon- te, é de fundamental importância no redundando em menor produção de
sáveis pela produção das novas folhas, manejo de uma pastagem. Quando este forragem (vigor de rebrota) e persis-
alongamento dos caules e inflores- deixar a planta em situação de equilí- tência das plantas forrageiras. Já no
cências, determinantes na intensidade brio entre a fotossíntese (absorção de subpastejo, se dá o acumulo de tecidos
de rebrota logo após o corte ou pastejo. Ca2) e a respiração (liberação de Ca2), com baixa capacidade fotossintética e
As gemas axilares e basilares, a rebrota subseqüente, se dará às senescente, resultando em menor área
também são tecidos que promovem a expensas do produto da fotossíntese foliar ativa, com diminuição das reservas
rebrota das plantas, sendo a presença de IAF remanescente, no entanto orgânicas, além de produzir forragem de
das axilares fator determinante no ma- deve-se considerar que a eficiência baixo valor nutritivo.
nejo do pastejo em espécies forrageiras fotossintética diminui à medida que as No Acre, observou-se que a ele-
de crescimento cespitoso, como o ca- folhas vão ficando mais velhas. Pôr ou- vação da taxa de lotação (0,5; 1,0 e
pim-elefante. Quanto aos aspectos fisi- tro lado, se as forrageiras forem ma- 1,5 animais/ha), em pastagens de
ológicos, o índice de área foliar (IAF) e nejadas sob desfolha intensa, o cresci- Panicum maximum 01. Colonião refle-
as reservas orgânicas são os mais im- mento do sistema radicular e o acu- tiu em reduções lineares na disponibi-
portantes. a IAF representa a relação mulo de carboidratos de reservas, se- lidade de forragem e ganhos de pesol
entre a área de folhas e a superfície de rão prejudicados. animal, contudo implicou nos maiores
solo coberta por elas (m2 de folha/m2 As reservas orgânicas são subs- ganhos/ha. Da mesma forma, avalian-
de solo). Expressa o potencial de ren- tâncias (açúcares, sacarose, amido e do-se a produtividade animal de quatro
dimento de forragem, relacionado com frutosanas) armazenadas pelas plantas gramíneas forrageiras tropicais (Brachiaria

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SUPLEMENTO CIENTIFICO
decumbens, P.maximum cvs. Colonião continuo. Da mesma forma, em pasta- ca na produção de leite. A diversifica-
e Guiné, Hyparrhenia rufa), verificou-se gens de H. rufa, durante um período ção de espécies forrageiras nas pasta-
um efeito linear e negativo da taxa de de avaliação de três anos, verificaram gens não aumenta os custos de pro-
lotação (0,8; 1,2; 1,6 e 2,0 UNha) so- que o pastejo rotativo, independente- dução, apenas proporciona maior racio-
bre o ganho de peso/animal. Apesar das mente da carga animal (3,0 ou 3,6 an/ nalização no processo de produção de
excelentes condições climáticas ocorri- ha), forneceu maiores ganhos de peso forragem. Ademais, os riscos de ocor-
das quando da condução do experimen- por animal e por área, além de forra- rência de pragas e doenças que po-
to, além da adubação química efetua- gem mais rica em proteína bruta, fósfo- dem atacar uma espécie são diluídos
da (300 kg/ha de superfosfato sim- ro e cálcio, em comparação com o ou até eliminados. A exploração do po-
ples e 200 kg/ha de c1oreto de po- pastejo contínuo. No entanto, não fo- tencial de produção das diferentes es-
tássio), a utilização de cargas de 1,6 ram detectados efeitos significativos, pécies e de suas características agro-
ou 2,0 UA/ha foram consideradas entre sistemas de pastejo (contínuo ou nômicas específicas elimina a necessi-
muito altas para a região. rotativo), na produtividade animal de dade de adoção do fogo como prática
A utilização de práticas ade- bovinos de corte pastejando Digitaria de manejo das pastagens cultivadas.
quadas no manejo de pastagens de alta setivalva, manejados sob diferentes ta- A seleção de plantas forrageiras adap-
produção é uma necessidade para se xas de lotação (4,0; 5,3 e 6,7 an/ha). tadas às diversas condições eda-
evitar a degradação. O pastejo rotativo Contudo, a disponibilidade final de for- foclimáticas da região é a alternativa
pode se constituir num sistema adequa- ragem, após um período de quatro mais viável para a melhoria da alimen-
do para se atingir tal objetivo e propor- anos, foi maior com a utilização do tação dos rebanhos, principalmente
cionar aumentos significativos na pro- pastejo rotativo (2,3 t/ha de matéria durante o período de estiagem, pro-
dutividade animal, embora asvantagens seca) em relação ao continuo (1,2 t/ha porcionando incrementos significativos
do sistema rotativo sobre o continuo de matéria seca). Em Rondônia, para na produção de carne e leite, além de
sejam contestadas. Entretanto, reco- pastagens de P.maximum cv. Tanzânia, aumentar a capacidade de suporte das
nhece-se que no caso de espécies submetidas a pastejo rotativo (7 dias pastagens. Dentre as plantas forra-
cespitosas, que apresentam rápida de ocupação por 21 dias de descanso), geiras introduzidas e avaliadas, nos úl-
elevação dos meristemas apicais, a considerando-se a disponibilidade, dis- timos vinte anos, as que se destaca-
adoção do pastejo rotativo, facilita o tribuição e a qualidade da forragem, re- ram como as maispromissoras,por apre-
manejo destas pastagens. Não obs- comendou-se a utilizaçãode cargasani- sentarem altas produções de forragem,
tante, considera-se viável que à lon- mal de 2,0 e 1,0 UNha, respectivamen- persistência, competitividade com as
go prazo, faz-se necessário a adoção te para os períodos chuvoso e seco. plantas invasoras, tolerância às pragas
de algum sistema de pastejo intermi- Já, para pastagens de Paspalum e doenças foram:
tente, principalmente quando se uti- atratum cv. Pojuca, devido a suas ele-
lizam taxas de lotação relativamente vadas taxas de crescimento, as car- 1-Solos de média a alta fer-
altas, de modo a favorecer a persis- gas animal sugeridas foram 3,0 e 2,0 tilidades: a) Gramíneas: Andropogon
tência aa pastagem e assegurar uma UA/ha, respectivamente para os perí- gayanus cv. Planaltina, B. brizantha cv.
produção animal mais estável. odos chuvoso e seco. Marandu, B. humidicola, Cynodon
Em Rondônia, em pastagens nlenfuensis, P. maximum cvs. Tobiatã,
de Setaria sphacelata cv. Kazungula, Centenário, Tanzânia, Sempre Verde,
avaliadas durante dois anos, verificou-
Germoplasma Massai, Vencedor e Makuêni, P. gue-
se que independentemente da taxa de forrageiro noarum, P. coryphaeum, P. secans, P.
lotação, o pastejo rotativo (14 dias de atratum cv. Pojuca, S. sphacelata cvs.
ocupação e 52 dias de descanso) resul- Na Amazônia, as pastagens Nandi e Kazungula, Tripsacumaustrale,
tou na obtenção de ganhos/ha signifi- cultivadas representam a principal fon- Axonopus scoparius, Pennisetum
cativamente superiores aos registrados te econômica para a alimentação dos purpureum. b) Leguminosas: Leucaena
com o pastejo continuo (255; 257 e rebanhos. A baixa disponibilidade e va- leucocephala, Centrosema acutifolium,
260 vs. 123; 91 e 74 kg/ha, respecti- lor nutritivo da forragem durante o pe- C. brasilianum, C. macrocarpum,
vamente para cargas de 1,0; 1,5 e 2,0 ríodo seco é um dos fatores limitantes Desmodium ovalifolium, Stylosanthes
UNha). Ademais, a disponibilidade de à produção animal, implicando em um guianensis, S. capitata, Cajanus cajan,
forragem com o pastejo rotativo foi o baixo desempenho zootécnico, causan- Pueraria phaseoloides, Zornia latifolia,
dobro daquela observada com o pastejo do a perda de peso ou a redução drásti- Acacia angustissima e Arachis pintoi.

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2 - Solos de baixa fertilida- menda-se não iniciar o pastejo durante requerimento de P pelas gramíneas e/
de: a) Gramíneas: Agayanus cv. a primeira estação chuvosa. Quando se ou leguminosas cultivadas, associadas
P/ana/tina, B.brizantha cv. Marandu, B. tem uma densidade de plantas muito com perdas pela erosão, retirada pelos
humidico/a, P.guenoarum, P. cory- baixa, é desejável deixar que estas cres- animais em pastejo e a competição que
phaeum, P. secans, P. atratum cv. çam livremente para a produção de se- as plantas invasoras exercem, implica na
Pojuca, T. austra/e, A. scoparius. b) mentes e, então, dar-se-á um pastejo queda de produtividade e a conseqüen-
Leguminosas: C. acutifo/ium, C. brasi- para que os animais auxiliem na queda te degradação das pastagens.
lianum, C. macrocarpum, D. ovalifolium, O conteúdo total de P nos solos
e distribuição das sementes em toda a
5. guianensis, 5. capitata, P. pha- área, favorecendo, dessa forma, a tropicais é bastante variável - desde 200
se%ides, Z. /atifolia e A. angustissima. ressemeadura natural na estação chu- até 3.300 mg/kg. No entanto, os níveis

vosa seguinte. de P disponível para o estabelecimento


3 - Solos sob vegetação de e crescimento das plantas forrageiras são
cerrados: a) Gramíneas: A. gayanus cv. muito baixos 5 mg/kg, Bray 11). Isto
P/ana/tina, B.brizantha cv. Marandu, B.
Adubação «

se deve ao fato de que a maior parte do


humidico/a, B. dictioneura, P. gue- fosfatada P presente no solo está na forma orgâ-
noarum, P. coryphaeum, P. secans, P. nica e em combinação com óxidos de
atratum cv. Pojuca, T. austra/e, A. Na região Amazônica, uma ferro e alumínio, os quais apresentam
scoparius e Melinis minutiflora. b) grande proporção de seus solos apre- baixa solubilidade, além de aumentarem
Leguminosas: C. acutifolium, C. senta elevada acidez, baixa disponibili- ' consideravelmente a capacidade de fi-
brasilianum, C. macrocarpum, D. dade de fósforo (P) e uma alta satura- xação do P, especialmente quando se
ovalifolium, 5. guianensis, 5. capitata, ção de alumínio. Em alguns casos, a utiliza fontes mais solúveis. Trabalhos re-
5. macrocepha/a, 5. viscosa e A capacidade de fixação de P é alta e sua alizados em diversas localidades da Ama-
angustissima. absorção pelas plantas é baixa, tornan- zônia com o objetivo de avaliar o efeito
do-se necessário a aplicação de doses de macro e micronutrientes na produ-
relativamente altas, de modo a satisfa- ção de forragem de diversas gramíneas
Formação zer os requerimentos nutricionais das (B. decumbens,B. humidico/a,B. brizan-
e manejO plantas forrageiras. No processo tradici- tha cv. Marandu, P. maximum cvs.
onal de formação e utilização de pasta- Tanzânia, Vencedor e Centenário, P.
da pastagem gens cultivadas da Amazônia, após a purpureum e H. rufa) e leguminosas
queima da floresta, grande quantidade forrageiras (5. guianensis,C. pubescens,
A utilização intensa das pasta- de nutrientes é adicionada ao solo atra- A. pintoi, A. angustissima, L. /euco-
gens logo após o seu estabelecimento vés das cinzas, aumentando de forma cepha/ae Desmodiumovalifolium) cons-
pode comprometer sua produtividade significativa sua fertilidade e praticamen- tataram para todas as espécies que o
e diminuir sua vida útil. Se o plantio foi te neutralizando o alumínio trocável. nutriente mais limitante foi o P, cuja au-
bem sucedido e ocorreu boa emergên- Nutrientes como o cálcio e magnésio sência na adubação completa proporci-
cia de plantas, aproximadamente 3a4 se mantêm em níveis bastante eleva- onou as maiores reduções no rendimen-
meses após, quando a espécie forrageira dos. O potássio pode permanecer, em to de forragem e, conseqüentemente,
atingir uma altura aproximada de 30-40 níveis satisfatórios para manter a pro- na absorção de nutrientes. Os efeitos
cm (plantas prostradas) e 60-100 cm dutividade das pastagens. A matéria de potássio, enxofre, cálcio e micro-
(plantas cespitosas), faz-se um pastejo orgânica e o nitrogênio permanecem em nutrientes foram menos acentuados,
inicial e rápido com uma carga animal níveis aceitáveis, apesar das periódicas embora em outros estudos a aplicação
de 4 a 5 UNha, preferencialmente uti- queimadas. No entanto, os teores de de níveis mais altos de P (150 kg de ppsI
lizando-se animais jovens, visando con- P, com o decorrer do tempo, declinam ha) implicaram no aparecimento de sin-
solidar o sistema radicular e estimular acentuadamente, até atingir níveis pra- tomas de deficiência de potássio, suge-
novas brotações, contribuindo também ticamente indetectáveis, como se veri- rindo que, nesses casos, a adubação po-
para maior cobertura do solo. Segue- fica em pastagens com mais de dez anos tássica possa ser necessária.
se uma limpeza das plantas invasoras, de utilização. A baixa disponibilidade des- As plantas forrageiras apre-
replantio das áreas descobertas e des- te nutriente tem sido identificada como sentam grandes variações quanto
canso das pastagens até o completo a principal causa para a instabilidade das aos seus requerimentos por P. Des-
estabelecimento. No entanto, reco- pastagens cultivadas na Amazônia. O alto te modo, o conhecimento dos níveis

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críticos internos (NCI) é muito impor-


tante, visando o diagnóstico do estado
50 kg de PpJha. Em um Latossolo
Amarelo, textura média do Amapá, es-
Utilização de
nutricional ou o estabelecimento da timou-se em 98,8 kg de PpJha a dose fosfatos naturais
necessidade de adubação fosfatada, de máxima eficiência técnica para pas-
bem como a identificação daquelas es- tagens de B. humidicola. Para o Ama- No processo tradicional de for-
pécies menos exigentes ou mais efici- zonas e Rondônia, sugerem-se como al- mação e utilização de pastagens culti-
entes na absorção de P. O NCI indica o ternativa viável para a adubação de pas- vadas na região Amazônica, após a quei-
teor de P no tecido vegetal abaixo do tagens de P. maximum, B. decumbens ma da floresta, grande quantidade de
qual há probabilidade de respostas signi- e H. rufa, respectivamente, 50 a 75 kg nutrientes são adicionados ao solo atra-
ficativas à adição do nutriente ao solo. de PpJha, a qual deve ser realizada vés das cinzas, aumentando considera-
Para as condições edáficas de Rondônia após o rebaixamento da vegetação exis- velmente sua fertilidade e, conseqüen-
foram determinados os NCI para as prin- tente, através da roçagem ou pela utili- temente a produtividade das pastagens
cipais gramíneas e leguminosas forrageiras zação de elevadas pressões de pastejo. cultivadas. Contudo, com o decorrer do
utilizadas na formação de pastagens. Em Para C. cajan, a aplicação de 50 kg de tempo observa-se uma gradual redução
Rondônia, avaliando-se o efeito da adu- ppslha resultou num incremento de nos rendimentos de forragem, com re-
baçãofosfatada (O, 50 e 100 kg de pPJ 38,3% na produção de forragem comes- flexos altamente significativos e negati-
ha), em 10 gramíneas forrageiras, ob- tível, além de promover efeitos positi- vos nos índices de desempenho
servou-se que A. gayanuscv. Planaltina, vos em sua qualidade, notada mente no zootécnico dos rebanhos. A baixa dis-
P. maximum cv. Tobiatã e B. humidicola conteúdo de nitrogênio e fósforo. ponihilidade deste nutriente tem sido
foram as que apresentaram maior efici- Na região Amazônica, o fósfo- identificada como a principal causa para
ência de absorção de P e, conseqüen- ro é o nutriente mais limitante para o a instabilidade das pastagens cultivadas
temente, na produção de forragem. estabelecimento, manutenção e persis- na Amazônia. O alto requerimento de
A determinação dos níveis mais tência das pastagens cultivadas, sendo, fósforo (P) pelas gramíneas e
adequados da fertilização fosfatada, por conseguinte, um dos principais fa- leguminosas cultivadas, associadas com
para o estabelecimento e/ou manuten- tores de instabilidade do sistema solo- perdas pela erosão, retirada pelos ani-
ção de pastagens, tem sido objetivo de planta-animal. Deste modo, a fertiliza- mais sob pastejo e a competição que as
diversos experimentos conduzidos na ção fosfatada consiste numa prática in- plantas invasoras exercem, resulta na
região Amazônica. Em geral, observa- dispensável à recuperação da capaci- queda de produtividade e a conseqüen-
se que a aplicação de pequenas quan- dade produtiva das pastagens. Em te degradação das pastagens. Em ge-
tidades de P (25 a 35 kg de PpJha) geral, aplicações periódicas de peque- ral, para produzir 10 toneladas de maté-
resultam, em pelo menos, no dobro da nas quantidades de fósforo (25 a 50 ria seca, uma pastagem extrai cerca de
produção de forragem em pastagens kg de PpJha), no mínimo a cada dois 400 kg/ha de N, PpJha e ~O/ha. Ape-
degradadas. Embora se verifiquem au- anos, resulta, em pelo menos, o do- sar da reciclagem destes nutrientes atra-
mentos gradativos no rendimento de bro da produção de forragem, com vés dos excrementos animais (fezes e
forragem com a aplicação de doses reflexos altamente positivos e signifi- urina) e resíduos vegetais, a exportação
maiores, pelo menos à curto prazo (um cativos na capacidade de suporte e, é elevada, requerendo adições de ferti-
a dois anos), não há necessidade de conseqüentemente no desempenho lizantes para a manutenção de níveis
adição de quantidades superiores a 50 animal. No entanto, a adoção de prá- compatíveis com as exigências
kg de PpJha. No Pará, observou-se ticas de manejo que envolva a utiliza- nutricionais das plantas forrageiras.
que a aplicação de 75 kg de PpJha ção de germoplasma forrageiro com Na região Amazônica predomi-
incrementou a produção de forragem baixo requerimento de nutrientes e nam solos ácidos, com baixo conteúdo
de P. maximum em cerca de dez vezes, com alta capacidade de competição de P disponível e elevada saturação por
em relação à pastagem não fertilizada, com as plantas invasoras e sistemas e alumínio e, conseqüentemente, apre-
valor este semelhante ao obtido com o pressões de pastejo compatíveis com sentam alta capacidade de fixação de
nível de 150 kg de Ppslha. Em a manutenção do equilíbrio do ecossis- P, implicando em menores taxas de ab-
Rondônia, para pastagens de B. tema, podem ser considerados como sorção pelas plantas forrageiras. Logo,
humidicola e A. gayanus cv. Planaltina, a chave para assegurar a produtivida- a utilização de fosfatos de rocha, como
foram obtidos incrementos na produ- de das pastagens cultivadas por lon- fonte de P, surge como uma alternati-
ção de forragem de 92,4 e 46,9 %, gos períodos de tempo, nas áreas de va tecnicamente viável, considerando-
respectivamente, com a aplicação de floresta do trópico úmido brasileiro. se que sua eficiência agronômica,

42 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XIII - N° 40 - 2007


SUPLEMENTO CIENTíFICO

notadamente as taxas de dissolução, são de crescimento, da sua exigência em P nômica, seguindo-se os fosfatos natu-
estimuladas pela acidez do solo. Ade- e da sua capacidade em desenvolver rais de Olinda e Araxá, ficando o de
mais, geralmente, estes apresentam seu sistema radicular, principalmente em Patos de Minas com a menor eficiência
menor custo unitário e maior efeito re- condições adversas do solo. A resposta agronômica. Para A. angustissima e L.
sidual. Recomenda-se o uso combina- diferenciada à fertilização fosfatada de- leucoocephala, a utilização de 100 kg
do de fontes de P com alta e baixa so- termina o manejo mais adequado para de ppslha, sob a forma de fosfato na-
lubilidade. Deste modo, a fonte mais cada planta forrageira. Em condições de tural de Araxá e Olinda proporcionaram
solúvel forneceria, no curto prazo, o P elevada acidez, P.maximum 01. Makueni incrementos superiores a 100% no ren-
necessário para o rápido crescimento tem baixo desenvolvimento, mesmo em dimento de matéria seca, número e
inicial, período crítico de competição níveis elevados de P. Já, A. gayanus 01. peso de nódulos.
com as plantas invasoras. A fonte me- Planaltina apresenta excelente adapta- A determinação dos níveis mais
nos solúvel (fosfato de rocha) liberaria ção aos solos ácidos, apesar de respon- adequados de fosfatos naturais para a
o P paulatinamente, possibilitando mai- der significativamente à calagem. Des- recuperação de pastagens, tem sido
or persistência da pastagem. te modo, P. maximum é uma espécie objetivo de diversos experimentos con-
A eficiência agronômica dos mais exigente em nutrientes, sendo duzidos na região Amazônica. Em geral,
fosfatos naturais depende, principal- recomendada para solos com baixa aci- observa-se que a aplicação de peque-
mente de suas características físicas e dez e bem supridos em P. Potencial- nas quantidades de P (50 a 100 kg de
químicas e, sobretudo, da sua solubili- mente, uma fonte de P de baixa solu- PpJha) resultam, em pelo menos, o
dade. Todos os fosfatos naturais brasi- bilidade não seria eficiente para esta dobro da produção de forragem em pas-
leiros são apatíticos, ou seja, há uma espécie, ocorrendo o inverso quanto tagens degradadas. Embora se verifi-
predominância de fosfatos de cálcio. O ao A. gayanus. quem aumentos gradativos no rendimen-
teor de PpJha total dos concentra- Em Rondônia, para pastagens to de forragem com a aplicação de do-
dos fosfáticos varia de 23 a 40%, con- de P. maximum, o uso tanto do super- ses maiores, pelo menos no curto prazo
tudo, a solubilidade medida por fosfato triplo como do superfosfato sim- (um a dois anos), não há necessidade
extratores tradicionais é muito baixa, ples, aplicados isoladamente ou combi- de adição de quantidades superiores a
quando comparada com a dos nados entre si, e/ou em combinação 100 kg de PpJha. Para pastagens de-
superfosfatos, termofosfatos e mesmo com fosfato de rocha parcialmente gradadas de B. brizantha 01. Marandu, a
com a de alguns fosfatos naturais es- acidulado, mostraram-se eficazes no aplicação de 50 kg de PpJha, sob a
trangeiros. Para que o P seja liberado aumento da produtividade de forragem forma de fosfato natural parcialmente
da apatita torna-se necessário a reação da pastagem, ficando a escolha das fon- acidulado, implicou num acréscimo de
entre o fosfato aplicado e o solo. A li- tes na dependência de seus custos. A 43% no rendimento de forragem.
beração de P é proporcional à intensi- relação 1:1, entre a fonte mais e me- A utilização de fosfatos naturais
dade dessa reação e, por isso, é con- nos solúvel, mostrou-se mais efetiva em é uma prática tecnicamente viável para
veniente proporcionar o máximo de comparação com 1:2 e 2:1. A utilização aumentar a disponibilidade de forragem
contacto entre as partículas do fosfato do hiperfosfato não mostrou grande ou para recuperar a capacidade produ-
natural e o solo. Deste modo, assumem eficiência, mesmo sendo superior ao tiva das pastagens degradadas ou em
grande importância o grau de moagem tratamento testemunha. Para pasta- vias de degradação. Em geral, aplica-
do fosfato, o modo de aplicação e a gens de A. gayanus 01. Planaltina e B. ções periódicas de pequenas quantida-
sua incorporação ao solo. Para fontes brizantha 01. Marandu, a aplicação de des de fósforo (50 a 100 kg de pPJ
de baixa solubilidade recomenda-se a 200 kg/ha de PPs' sob a forma de ha), resulta, em pelo menos, o dobro
aplicação sob a forma de pó, o qual deve superfosfato triplo ou termofosfato de da produção de forragem em pastagens
ser incorporado para se obter o máxi- Yoorin, resultou em maiores rendimen- degradadas, com reflexos altamente
mo contacto com as partículas do solo. tos de forragem e quantidades absorvi- positivos e significativos na capacidade
A eficiência da utilização de das de P, enquanto que para os fosfatos de suporte e, conseqüentemente, no
fosfatos naturais está diretamente re- naturais de Patos de Minas e Olinda não desempenho animal. No entanto, a ado-
lacionada à capacidade da planta em se observou efeito significativo de do- ção de práticas de manejo que envolva
absorver P do solo e utilizá-Io mais efici- ses (100 ou 200 kg de Ppslha). O a utilização de germoplasma forrageiro
entemente em seu metabolismo. Em superfosfato triplo e o termofosfato de com baixo requerimento de nutrientes
geral, a resposta das diversas espécies Yoorin foram as fontes que apresenta- e com alta capacidade de competição
forrageiras depende da sua velocidade ram maiores índices de eficiência agro- com as plantas invasoras e sistemas e

Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XIII - N° 40 - 2007 43


SUPLEMENTO CIENTíFICO

pressões de pastejo compatíveis com a consorciações mais promissoras foram: a qual além de incrementar a produção
manutenção do equilíbrio do ecossis- A. gayanus cv. Planaltina com D. e qualidade da forragem produzida, por
tema, podem ser considerados como a ovalifolium, P. phaseoloides, C. macro- sua capacidade de fixação de nitrogê-
chave para assegurar a produtividade carpum eS. capitata; B. humidicolacom nio, reduz a perda de peso dos animais
das pastagens cultivadas por longos D. ovalifolium, C. brasilianum; B. brizantha durante o período seco. No entanto, a
períodos de tempo, nas áreas de flo- cv. Marandu com P. phaseoloides, D. permanência da leguminosa na pasta-
resta da região amazônica. ovalifolium, C. acutifolium; P. ma- gem depende da exclusão da queima,
ximum com P. phaseoloides, C. ma- uma vez que um dos efeitos deletérios
crocarpum e D. ovalifolium. do fogo é a destruição das leguminosas.
Pastagens O método de plantio pode ser à O preparo do solo através da
consorciadas lanço, em linhas ou em covas. Um fator aração e gradagem constitui sempre o
muito importante é a densidade de se- melhor processo para o estabelecimen-
Dentre os nutrientes essenciais meadura da leguminosa. Em geral, 1 a to de leguminosas em pastagens de-

o nitrogênio é um dos mais importan- 2 kg/ha de sementes já é o suficiente gradadas. O fator mais importante é o

tes afetando notavelmente a produ- para assegurar um ótimo estabelecimen- controle do vigor da vegetação. O con-

ção e qualidade da forragem, pois é o to da leguminosa e evitar sua domi- trole de sua agressividade dará maior

principal componente das proteínas, nância na pastagem. chance de sobrevivência às plântulas

tanto vegetal quanto animal. O forne- No manejo de pastagens con- recém-estabelecidas, reduzindo a com-

cimento de nitrogênio às pastagens sorciadas deve-se controlar os períodos , petição por água, luz e nutrientes. O

pode ser feito através de adubos quí- de pastejo e a carga animal. Sempre superpastejo antes ou após a semea-
micos ou via biológica utilizando-se que possível, utilizar pastejo rotativo. A dura da leguminosa tem sido utilizado

leguminosas forrageiras. utilização de altas cargas animal e perío- como alternativa eficaz para reduzir a
As leguminosas desempenham dos longos de pastejo favorecerão a agressividade da cobertura existente.

papel relevante na produção animal, pois participação da leguminosa, em detri- Quando o pastejo é realizado após o

apresentam, em relação às gramíneas, mento da gramínea. Desde que as es- plantio pode ajudar a enterrar as se-

maior conteúdo protéico, maior pécies sejam compatíveis e estejam mentes através do pisoteio e movimen-

digestibilidade, maior tolerância à seca sendo bem manejadas, os rendimentos tar o solo, criando microrelevos que

e menor declínio de sua qualidade à de forragem poderão ser incrementados auxiliarão no estabelecimento, principal-

medida que a planta envelhece. Além dis- em até 80% e os reflexos na produção mente pelo aumento da superfície de
animal serão muito grandes, aumentan- contacto entre a semente e o solo. Em
so, face sua capacidade de fixar nitrogê-
nio da atmosfera, enriquece o solo, tanto do consideravelmente os ganhos de pastagens de capim-gordura (Melinis

em minerais quanto em matéria orgânica. peso dos animais e, principalmente a minutiflora), utilizando-se o superpastejo
Trabalhos conduzidos na Amazônia Ociden- produção de leite, em até 100%. para reduzir a competição da vegeta-

tal constataram que as quantidades de ção, o plantio em sulcos foi o método


mais eficiente para a introdução de
nitrogênio fixadas por leguminosas
Recuperação de Macroptilium atropurpureum cv. Siratro,
forrageiras tropicais (P. phaseoloides, D.
ovalifolium e C. macrocarpum) foram su- pastagens com D. intortum e C. pubescens.

periores a 100 kg/ha/ano. A aração foi o método mais efi-

Na formação de pastagens con-


leguminosas ciente para a introdução de Calopo-

sorciadas a escolha de espécies compa- forrageiras gonium mucunoides em pastagens de-

tíveis entre si é de grande importância, gradadas de B. decumbens, a qual pro-

visando a persistência e, principalmen- As alternativas tecnológicas porcionou a melhor relação gramínea-

te, compatibilidade entre os componen- desenvolvidas para a recuperação de leguminosa. Um ótimo estabelecimen-

tes. Em geral, para que as leguminosas pastagens degradadas contemplam, em to de Pueraria phaseoloides e D.

contribuam positivamente para o au- sua grande maioria, correção e aduba- ovalifolium, respectivamente, em pas-

mento da produção de carne e leite, ção do solo, associadas à sua movimen- tagens de B. decumbens, foi obtido

sua percentagem nas pastagens deve tação, com implementos agrícolas para com a utilização da aração mais a
oscilar entre 20 e 40%. Para as condi- a remoção de possíveis camadas gradagem em toda a área. No entanto,

ções edafoclimáticas de Rondônia, compactadas de solo. Outra alternativa o preparo do solo em faixas pode ser

trabalhos de pesquisa indicaram que as consiste na introdução de leguminosas, uma alternativa a ser utilizada, visando

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SUPLEMENTO CIENTíFICO

reduzir os custos da recuperação. Suge- fósforo, foram os métodos mais efici- satisfatório estabelecimento, produtivi-
re-se faixas de 2,5 m da leguminosa entes para a introdução da leguminosa dade e persistência das espécies intro-
como a melhor alternativa para a intro- em pastagens degradadas de B. duzidas (métodos de plantio, rebaixa-
dução de P. phaseoloides em pastagens brizantha cv. Marandu. mento da vegetação com cultivo me-
degradadas de B. decumbens. O desempenho animal, em cânico e/ou químico, densidade de
Em solos de baixa fertilidade pastagens recuperadas com a introdu- semeadura, fertilização fosfatada etc.).
natural, a utilização exclusiva de méto- ção de leguminosas, geralmente, está Contudo, a utilização de germoplasma
dos físicos pode ser insuficiente para a diretamente correlacionado com o es- forrageiro com baixos requerimentos
recuperação da pastagem. Neste caso, tabelecimento e a sua participação na em nutrientes, paralelamente com sis-
torna-se indispensável assegurar um composição botânica da forragem em temas e pressões de pastejo compatí-
adequado suprimento, notadamente oferta. A introdução de M. atropurupu- veis com a manutenção do equilíbrio
daqueles nutrientes limitantes à produ- reum e Neonotonia wightii, em pasta- do ecossistema, devem ser considera-
ção de forragem. Em Rondônia, pasta- gens de P. maximum, em vias de de- dos como a chave para assegurar a pro-
gens de B. humidicola, recuperadas com gradação, permitiu elevar a capaci- dutividade das pastagens e dos reba-
a introdução de leguminosas (P. dade de suporte de 0,35 UNha para nhos, por períodos de tempo relativa-
phaseoloides, S. guianensis e C. 0,81 e 1,1 UNha, respectivamente para mente longos, nas áreas sob floresta
pubescens) apresentaram maiores ren- o primeiro e segundo ano de utilização. do trópico úmido brasileiro.
dimentos de forragem com a aplicação Em pastagens de B. decumbens degra-
dadas, a introdução de C. macrocarpum
de até 75 kg de PpJha.
estabelecimento
O sucesso no
de leguminosas em CIAT-5713 e de C. acutifolium CIAT-
'Renovação de
pastagens degradadas pode estar dire- 5568, resultou em ganhos de 830 kg/ pastagens via
tamente correlacionado com sua den-
sidade de semeadura. A utilização de
ha/ano e 607 g/animal/dia,
vamente aSSO kg/ha/ano
comparati-
e 451 g/ani-
culturas anuais
20 sementes viáveis/m2 foi suficiente mal/dia obtido na pastagem não recu-
para o estabelecimento de M. atro- perada. No Pará, o estabelecimento de A utilização de culturas anuais

purpureum cv. Siratro em pastagens de P.phaseoloides, C. pubescens e S. guia- como o milho, milheto, arroz e soja,

B. humidicola, sem qualquer interferên- nensis em pastagens degradadas de P. implantadas em pastagens degradadas

cia mecânica. Para pastagens degrada- maximum proporcionou incrementos de e dentro das recomendações técnicas

das de B. decumbens, independente- 16 e 63%, respectivamente para os específicas, tem possibilitado o resta-
mente da densidade de semeadura de ganhos de peso vivo/animal/ano e hec- belecimento da capacidade produtiva

S. guianensis cv. Mineirão (0,5; 1,0 e tare/ano. Utilizando-se as mesmas das pastagens e a produção de grãos
durante um ou mais ciclos de cultivo. A
2,0 kg/ha), a utilização da grade aradora leguminosas, em Rondônia, os acréSCi-
+ grade niveladora, seguida da passa- mos foram de 46 e 40% nos ganhos recuperação das pastagens é de gran-

gem de rolo compactador foi o méto- de peso vivo/ha/ano, respectivamente de importância, pois com a sua intensi-

do que permitiu o melhor estabeleci- para pastagens degradadas de H. rufa ficação pode-se reduzir a expansão em

mento da leguminosa. e B. humidicola. No Acre, constatou-se áreas de florestas, propiciando benefí-

Em Rondônia, a introdução de a viabilidade da recuperação de pasta- cios de ordem ecológica (preservação

D. ovalifolium, independentemente da gens de P. maximum através da intro- da floresta), econômica (custo de for-

adubação fosfatada, mostrou-se uma dução de leguminosas, associadas à mação de pastagem maior que o de

prática tecnicamente viável para a re- recuperação) e social (necessidade de


fertilização fosfatada (50 kg de pPJ
cuperação de pastagens de B. ha), independentemente da carga ani- mão-de-obra). Pesquisas realizadas na
brizantha cv. Marandu. Os rendimentos mal utilizada, a qual resultou em incre- Embrapa Amazônia Oriental apontam

de MS da gramínea e da leguminosa mento de 69% no ganho de peso/área alguns aspectos a serem considerados
foram significativamente incrementados (150 vs. 253 kg/ha/ano). para o êxito da exploração de pasta-

pela adubação fosfatada, ocorrendo o A recuperação de pastagens gens em solos ácidos de baixa fertili-

inverso em relação às plantas invasoras. degradadas pode ser tecnicamente vi- dade nos trópicos úmidos, tais como:

Considerando-se a disponibilidade total ável através da introdução de legumi- 1) adaptabilidade das gramíneas e

de forragem e a composição botânica nosas forrageiras. Para tanto, torna-se leguminosas forrageiras às condições

da pastagem, o plantio com matraca e imprescindível a adoção de práticas de prevalecentes (edáficas-bióticas-c1i-

a roçagem, associadas à aplicação de manejo adequadas que assegurem um máticas); 2) eficiente capaCidade de

Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XIII - N° 40 - 2007 45


SUPLEMENTO CIENTíFICO

fixação de nitrogênio e reciclagem de rentes sistemas de formação de pasta- manejo que envolvam a utilização de
nutrientes; 3) alta capacidade de esta- gens em associação com a cultura de germoplasma forrageiro com baixo re-
belecimento e persistência de pastagem arroz. As gramíneas introduzidas foram querimento de nutrientes e com alta
com gramíneas e leguminosas e, 4) in- o A. gayanus e a B. humidicola, consor- capacidade de competição com as plan-
tensificação da produção mediante a ciadas ou não com o guandu (C. cajan) tas invasoras e sistemas e pressões de
aplicação de tecnologias de baixo cus- e D. ovalifolium, tendo como cultura pastejo compatíveis com a manutenção
to. Sendo o estabelecimento ou refor- precursora o arroz IAC-47, as quais fo- do equilíbrio do ecossistema.
ma de pastagens via associação com ram semeadas simultaneamente em
culturas anuais uma das alternativas vi- sulcos. A produtividade do arroz decres- Diferimento de
áveis para tanto. ceu com o decorrer do tempo, passan-
O uso de culturas anuais na for- do de 869 kg/ha de grãos com casca pastagens
mação e/ou renovação de pastagens é no primeiro ano para 64 kg/ha no ter-
uma pratica recomendada para diminuir ceiro. A associação do arroz com A. A conservação do excesso de
os custos, pois se aproveitam o prepa- gayanus produziu 915 kg/ha de grãos, forragem produzida durante o período
ro do solo e a adubação exigida pela enquanto que com B. humidicola o ren- chuvoso, sob a forma de feno ou
cultura associada. Na escolha da cultu- dimento foi de 783 kg/ha; durante o silagem, embora constitua solução tec-
ra a ser associada deve-se considerar o 2° e 3° anos os rendimentos do arroz
nicamente viável, é uma prática ainda
seu hábito de crescimento, ciclo, além associado com B. humidicola foram o do-
inexpressiva na região. Logo, a utiliza-
do método de plantio (densidade e bro dos obtidos com A. gayanus. O ren- ção do diferimento, feno-em-pé ou re-
época de semeadura, espaçamento e dimento de forragem das gramíneas foi serva de pastos durante a estação chu-
arranjo espacial), os quais devem ser de 2,1; 4,4; 3,2 t de MS/ha, respecti- vosa surge como alternativa para corri-
compatíveis com os da planta forrageira, vamente para o primeiro, segundo e gir a defasagem da produção de forra-
visando minimizar a competitividade terceiro anos, sendo a produção total gem durante o ano. O diferimentocon-
entre ambas. de A. gayanus (7,Tt de MS/ha) superi- siste em suspender a utilização da pas-
Para pastagens de B. decum- or a de B. humidicola (5,9 t de MS/ha). tagem durante parte de seu período
bens estabelecidas em associação com Quando as gramíneas foram implanta- vegetativo, de modo a favorecer o
a cultura de arroz (IAC-47), cujas se- das no 1° ano de cultivo, houve uma acúmulo de forragem para utilização
mentes foram misturadas e plantadas redução de custos na ordem de 26% durante a época seca. A sua utilização
em sulcos, no espaçamento de 0,5 m para B. humidicola e de 31% para A. deve ser bem planejada para que a área
entre linhas, constatou-se que a pro- gayanus, comprovando a viabilidade diferida não se constitua em um foco
dutividade do arroz oscilou entre 1.000 bioeconômica da formação de pasta- de incêndio. O uso de aceiros e a loca-
e 1.350 kg/ha, não sendo afetada pe- gens com a cultura de arroz no primei- lização de áreas distanciadas das divisas
los níveis de adubação fosfatada (O a ro ano de exploração de solos sob ve- da propriedade são imprescindíveis.
300 kg de PpJha) e nem pelas dife- getação de cerrado no Amapá. Ademais, o uso do diferimento facilita a
rentes densidades de semeadura da Em Rondônia, para o arroz de adoção de outras tecnologias, tais como
forrageira. Os melhores estabelecimen- sequeiro cv. Progresso semeado em as- o banco-de-proteína, a mistura múltipla
tos foram obtidos nas densidades de sociação com gramíneas tropicais, os ren- e a suplementação à campo com uréia
1,66; 2,33; 3,00 kg/ha, com popula- dimentos de arroz em casca foram de
pecuária, associada ou não com a cana-
ções médias de 15, 19 e 25 plantas da 2.166; 1.870 e 1.305 kg/ha, respecti- de-açúcar.
gramínea/m2, respectivamente. vamente para os consórcios com B. O período de diferimento está
Em pastagens consorciadas de brizantha cv. Marandu, B. humidicola e diretamente relacionado com a fertili-
B. decumbenscom leguminosas, os ren- P. atratum cv. Pojuca, comparativamen- dade do solo. Em solos de baixa fertili-
dimentos de arroz foram de 3,5 t/ha, te a 2.578 kg/ha quando plantado em dade pode ser necessário o diferimento
enquanto que as forrageiras produziram monocultura, independentemente do da pastagem por períodos de tempo
560, 113 e 174 kg de MS/ha para a método de plantio (linhas ou à lanço). mais longos, porém, com a utilização de
gramínea, C. acutifolium e S. capitata, A renovação de pastagens em adubações, o período pode ser reduzi-
respectivamente, sendo a participação associação com culturas comerciais é do, em função das taxas de crescimen-
das plantas invasoras de apenas 175 kg uma alternativa viável sob os aspectos to da planta forrageira. O diferimento
de MS/ha. agronômicos, econômicos e ecológicos, requer a associação da área vedada com
No Amapá, foram avaliados dife- desde que sejam adotadas práticas de uma outra exploração de forma mais in-

46 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XIII - N° 40 - 2007


SUPLEMENTO CIENTíFICO

tensiva e com uma espécie forrageira proporcionou forragem com maiores alturas superiores podem implicar em
de alto potencial produtivo onde a mai- teores de proteína bruta, contudo os desperdício, face à maior proporção de
oria dos animais estarão concentrados. maiores rendimentos de proteína bruta talos, os quais apresentam altos teores
Isso permitirá que a pastagem diferida foram obtidos com o diferimento em de fibras indigestíveis.
acumule matéria seca, na ausência dos fevereiro e utilizações em agosto e se-
animais. A extensão da área a ser tembro. Os maiores coeficientes de
Bancos-de-
diferida e da explorada intensivamente digestibilidade in vitro da matéria seca
devem ser calculadas em função das foram obtidos com o diferimento em proteína
necessidades nutricionais dos animais, março ou abril e utilização em junho. A
nos períodos chuvoso e seco, e do po- partir dos resultados obtidos, recomen- A suplementação alimentar,
tencial de crescimento das plantas da-se o seguinte esquema: diferimento durante o período seco, torna-se indis-
forrageiras utilizadas. Como o feno-em- em fevereiro para utilização em junho e pensável visando amenizar o déficit
pé é planejado para utilização durante julho e, diferimento em abril para utili- nutricional dos rebanhos e reduzir os
o período seco, seu consumo elimina a zação em agosto e setembro. Já, para efeitos da estacionalidade da produção
necessidade do uso das queimadas. A. gayanus cv. Planaltina, quando o de forragem durante o ano. A utiliza-
Um dos requisitos para a utili- diferimento for realizado em março, as ção de leguminosas forrageiras surge
zação do feno-em-pé é a existência de pastagens devem ser utilizadas em ju- como a alternativa mais viável para as-
grande volume de matéria seca acu- nho ou julho, enquanto que para o segurar um bom padrão alimentar dos
mulada na pastagem, embora com me- diferimento em abril, as épocas de utili- ,animais, notada mente durante o perío-
nor valor nutritivo, em função do perío- zação mais adequadas são agosto e se- do seco, já que estas, em relação às
do de crescimento que as plantas tembro. Em pastagens de P. maximum gramíneas, apresentam alto conteúdo
forrageiras foram submetidas. Para as cv. Tobiatã, com utilizações em junho e protéico, melhor digestibilidade e maior
condições edafoclimáticas de Rondônia, julho, o diferimento em fevereiro pro- resistência ao período seco. Além dis-
utilizando-se o diferimento em abril, as porcionou os maiores rendimentos de so, face à capacidade de fixação do ni-
gramíneas mais promissoras, em termos matéria seca verde (M5V). Já, com uti- trogênio da atmosfera, incorporam
de produção de matéria seca, foram B. lizações em agosto e setembro, o quantidades consideráveis deste nutri-
humidicola, A. gayanus cv. Planaltina, P. diferimento em março foi o mais produ- ente, contribuindo para a melhoria da
maximum cv. Tobiatã, P. guenoarum tivo. Independentemente das épocas fertilidade do solo. As leguminosas po-
FCAP-43 e B. brizantha cv. Marandu. A de diferimento, observaram-se redu- dem ser utilizadas para a produção de
utilização das pastagens em junho, mes- ções Significativas dos teores de prote- feno, farinha para aves e suínos, como
mo fornecendo os maiores teores de ína bruta e coeficientes de digesti- cultura restauradora da fertilidade do
proteína bruta, mostrou-se inviável de- bilidade in vitro da M5V. solo, consorciadas com gramíneas ou
vido aos baixos rendimentos de forra- Outra alternativa para a sub- plantadas em piquetes exclusivos de-
gem. Visando conciliar os rendimentos utilização da pastagem consiste no ajus- nominados de bancos-de-proteína.
de matéria seca com a obtenção de for- te da carga animal de forma que, no O banco-de-proteína é um sis-
ragem com razoável teor de proteína início do período seco, haja um exce- tema integrado, em que uma parte da
bruta, as épocas de utilização mais pro- dente compatível com as necessidades área de pastagem nativa ou cultivada é
pícias foram julho, agosto e setembro. dos animais, naquele período. Isto pode destinada ao plantio de leguminosas
A forma mais recomendada ser realizado quando as pastagens es- forrageiras de alto valor nutritivo. O aces-
para a prática do diferimento é o seu tão submetidas a pastejo contínuo, no so dos animais ao banco-de-proteína
escalonamento, um terço em feverei- entanto, quando se utiliza o pastejo pode ser livre, ou limitado a alguns dias
ro, para utilização nos primeiros meses rotativo torna-se mais fácil o ajustamen- por semana, ou horas por dia, ao longo
de seca, e dois terços em março, para to da carga animal ou da pressão de do ano, ou em determinadas épocas.
uso no período restante de seca. Com pastejo. Recomenda-se diferir parte da A utilização estratégica do banco-de-
este procedimento, a qualidade do pastagem em época apropriada, no proteína tem por finalidade corrigir a de-
material acumulado pode ser sensivel- período de crescimento, para se obter, ficiência em proteína e minerais e for-
mente melhorada. Para B. brizantha cv. no início do período seco, cerca de 4 necer forragem de melhor qualidade aos
Marandu, cultivada num Latossolo Ama- toneladas/hectare de matéria seca. Um animais. Como complemento de pasta-
relo, textura argilosa, o diferimento em bom critério é deixar as folhas da pasta- gens cultivadas, é uma prática que pode
abril com utilizações em junho e julho gem a uma altura de 60 a 80 cm, pois substituir, com vantagem, a utilização

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SUPLEMENTO CIENTíFICO
das queimadas, como forma de melho- a ordenha matinal. Gradualmente, à doenças, além da boa palatabilidade,
rar o valor nutritivo das pastagens du- medida que o organismo dos animais se tem sido a forrageira mais utilizada
rante o período seco. adapta ao elevado teor protéico da para a formação de capineiras na Ama-
Na escolha de uma leguminosa leguminosa, o período de pastejo pode zônia Ocidental.
para a formação de bancos-de-proteí- ser aumentado para duas a quatro ho- A capineira deve ser localizada
na deve-se considerar sua produtivida- ras/dia, principalmente durante o perío- em terreno plano ou pouco inclinado,
de de forragem, composição química, do seco, quando as pastagens apresen- bem drenado e próximo ao local de dis-
palatabilidade, competitividade com as tam baixa disponibilidade e qualidade de tribuição do capim aos animais. A área
plantas invasoras, persistência, além da forragem. Períodos superiores a quatro deve ser destocada, arada e gradeada
tolerância a pragas e doenças. Para as horas/dia podem ocasionar distúrbios para facilitar o desenvolvimento da plan-
condições edafoclimáticas de Rondônia, metabólicos (timpanismo ou empazi- ta e as atividades de manutenção e
as espécies recomendadas são amen- namento), notadamente durante a es- utilização. Em geral, um hectare de
doim-forrageiro (A. pintoi), acacia (A. tação chuvosa, em função dos altos capineira, bem manejada, pode forne-
angustissima), guandu (C. cajan), leu- teores de proteína da leguminosa. Dois cer forragem para alimentar 10 a 12
cena (L. leucocephala), pueraria (P. a três meses antes do final do período vacas durante o ano.
phaseoloides), desmodio (O. ovalif- chuvoso, recomenda-se deixar a legu- Nos solos ácidos a calagem
olium), centrosema (C. macrocarpum), minosa em descanso para que acumule deve ser realizada pelo menos 60 dias
stylosantes(5. guianensis) e calopo- forragem para utilização durante a épo- antes do plantio, aplicando 1,5 a 3,0 t/
gônio (C. mucunoides). ca seca, a qual deve estar em torno de ha de calcário dolomítico (PRNT =
O preparo do solo através da duas a três t/ha de matéria seca. Quan- 100%). No plantio recomenda-se a apli-
aração e gradagem constitui o melhor do os animais têm livre acesso e o cação de 80 kg de PpJha. A aduba-
recurso para o estabelecimento das pastejo não é controlado, deve-se ajus- ção orgânica pOderá ser feita utilizan-
leguminosas, além de facilitar as práticas tar a carga animal, de modo que a for- do-se 10 a 30 t/ha de esterco bovino,
de manutenção e manejo. No entanto, ragem produzida seja bem distribuída no sulco de plantio, o que equivale a
pode-se realizar o plantio em áreas não durante o período de suplementação. cerca de 50 a 70 carroças de esterco/
destocadas após a queima da vegeta- Neste caso, o pastejo poderia ser rea- ha. Após cada corte deve-se aplicar 5
ção. Os métodos de plantio podem ser lizado em dias alternados ou três ve- t/ha de esterco e, anualmente 50 kg
a lanço, em sulcos ou em covas, manual zes/semana. de PpJha. Caso a análise química do
ou mecanicamente. A profundidade de solo apresente valores baixos de potás-
semeadura deve ser de 2 a 5 cm, pois, sio 45 ppm), sugere-se aplicar 60 kg
em geral, as leguminosas forrageiras
Capineiras de
«

KP, sendo metade no plantio e


apresentam sementes pequenas. metade após o segundo corte.
A área a ser plantada depen- A baixa disponibilidade de for- O plantio deve ser realizado no
de da categoria e do número de ani- ragem, durante o período seco, afeta início do período chuvoso. As mudas
mais a serem suplementados, de suas seriamente o desempenho animal, im- devem ser retiradas de plantas com 3 a
exigências nutritivas e da disponibilida- plicando em perda de peso, declínio 12 meses de idade. Deve-se aparar as
de e qualidade da forragem das pasta- acentuado da produção de leite, dimi- plantas e retirar as folhas para que ocor-
gens. Normalmente, o banco-de-prote- nuição da fertilidade e em enfraqueci- ra uma melhor brotação. A quantidade
ína deve representar de 10 a 15% da mento geral do rebanho. A suple- de mudas necessárias para o plantio
área da pastagem cultivada com mentação alimentar, durante o período varia de acordo com o espaçamento.
gramíneas. Recomenda-se sua utilização de estiagem, torna-se indispensável, No sistema de duas estacas/cova, no
com vacas em lactação ou animais des- visando amenizar o déficit nutricional do espaçamento de 1,0 m entre sulcos e
tinados a engorda. Em média, um hec- rebanho. A utilização de capineiras sur- 0,8 m entre covas, necessita-se cerca
tare tem condições de alimentar satis- ge como uma das alternativas para as- de 25.000 estacas de 2 a 3 nÓs/ha. As
fatoriamente 15 a 20 e de 10 a 15 ani- segurar um melhor padrão alimentar dos mudas devem ser colocadas horizontal-
mais adultos, respectivamente durante rebanhos durante a época de escassez mente em sulcos com 10 a 15 cm de
os períodos chuvoso e seco. de forragem. O capim-elefante (P. profundidade. Em média, um hectare
O período de pastejo deve ser purpureum), devido ao fácil cultivo, ele- fornece mudas para o plantio de 10 ha
de uma a duas horas/dia, durante a vada produção de matéria seca, bom de capineira. As cultivares recomenda-
época chuvosa, preferencialmente após valor nutritivo, resistência a pragas e das são Cameroon, Mineiro e Pioneiro.

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SUPLEMENTO CIENTíFICO

A freqüência entre cortes afe- canso entre cortes, num mesmo talhão, em níveis adequados para manter a pro-
ta marcadamente a produção de forra- seria de 49 dias. Neste caso, os talhões dutividade das pastagens. A matéria
gem, valor nutritivo, potencial de poderiam ter uma área de 2.500 m2 orgânica e o nitrogênio permanecem em
rebrota e persistência (vida útil da (50 x 50 m). níveis aceitáveis, apesar das periódicas
capineira). O primeiro corte após o Apesar da capineira fornecer queimadas. No entanto, os teores de
plantio deve ser realizado quando as altas produções de forragem durante o fósforo (P), a partir do quarto a quinto
plantas estiverem bem entouceiradas, período seco, seu maior rendimento ano do estabelecimento das pastagens,
o que ocorre cerca de 90 dias após o ocorre durante o período chuvoso, declinam acentuadamente, até atingir
plantio. Os cortes devem ser realiza- quando normalmente as pastagens níveis praticamente indetectáveis, como
dos a intervalos de 45 a 60 dias, ou apresentam alta disponibilidade de for- se verifica em pastagens com mais de
quando as plantas atingirem de 1,5 a ragem. No entanto, se na época chu- dez anos de utilização. A baixa disponi-
2,0 m de altura. vosa a capineira não for manejada, a bilidade deste nutriente tem sido
A altura de corte em relação gramínea ficará passada e com baixo identificada como a principal causa para
ao solo depende do nível de fertilidade valor nutritivo (muita fibra e pouca pro- a instabilidade das pastagens cultivadas
e umidade do solo. Quando as condi- teína). Logo, quando for utilizado du- na Amazônia. O alto requerimento de
ções para as brotações basilares forem rante o período de estiagem não pro- P pelas gramíneas cultivadas, associadas
satisfatórias (solo bem adubado ou de porcionará efeitos positivos na produti- com perdas pela erosão, retirada pelos
alta fertilidade natural), o corte pode vidade animal. A utilização da capineira animais sob pastejo e a competição que
ser feito rente ao solo; caso contrário, deve ser suspensa no final do período as plantas invasoras exercem, resulta na
deve ser efetuado entre 20 a 30 cm chuvoso (março-abril), visando o acú- queda de produtividade e a conseqüen-
acima do solo. Os melhores resultados mulo de forragem de boa qualidade para te degradação das pastagens.
são obtidos com cortes feito com utilização durante o período seco. Nos primeiros anos após a for-
terçado, foice ou enxada. Cortes me- mação da pastagem, normalmente,
canizados podem prejudicar a Degradação de obtém-se bons níveis de produtividade
longevidade da capineira. Nas condições animal, sendo comum uma capacidade
edafoclimáticas de Rondônia, os rendi- pastagens de suporte de até 1,5 UA/ha/ano (Uni-
mentos de forragem do capim-elefan- dade Animal igual a 450 kg de peso
te variam entre 6 a 10 t/ha/corte de A pecuária tem sido uma ativida- vivo). Este comportamento é decorren-
matéria seca. de pioneira na ocupação de áreas de te do incremento da fertilidade do solo
Para facilitar o manejo a fronteira e, nos últimos 30 anos vem pela incorporação dos nutrientes conti-
capineira deve ser dividida em talhões. sendo incrementada na região Amazô- dos nas cinzas proveniente da biomassa
Cada talhão deve ser totalmente utili- nica, transformando segmentos signifi- incinerada. Tal situação perdura duran-
zado numa semana e deve descansar cativos da floresta em pastagens, como te por três a cinco anos após o estabe-
por um período entre 45 e 60 dias até conseqüência da abertura de novas es- lecimento da pastagem. A partir daí, há
o próximo corte. Quanto menor o perí- tradas que propiciam condições favorá- um decréscimo na produtividade de
odo de descanso maior será o valor veis para a ocupação humana na região. forragem e incremento na comunidade
nutritivo e menor a produção de forra- No processo tradicional de for- de plantas invasoras, como conseqüên-
gem. Se um talhão não for completa- mação e utilização de pastagens culti- cia da incapacidade da planta forrageira
mente utilizado em uma semana, o seu vadas na região Amazônica, após a quei- em suprir bons rendimentos em baixos
resto deve ser colhido e o material for- ma da floresta, grande quantidade de níveis de fertilidade do solo. Este pro-
necido a outros animais ou distribuídos nutrientes são adicionados ao solo atra-
cesso de degradação pode culminar com
na área como cobertura morta, visan- vés das cinzas, aumentando considera- a inviabilidade bioeconômica da pasta-
do não comprometer o bom manejo da velmente sua fertilidade, elevando o pH gem. Deste modo, torna-se imprescin-
capineira. Por exemplo: para um reba- em pelo menos uma unidade e pratica- dível a recuperação e intensificação da
nho leiteiro de 25 vacas seria necessá- mente neutralizando o alumínio trocável.
utilização das pastagens cultivadas, com
rio 2,5 ha de capineira, a qual poderia Nutrientes como o cálcio e magnésio vistas a reduzir a expansão destas em
ser dividida em oito talhões principais permanecem em níveis satisfatórios. Em novas áreas de floresta, além de pro-
mais dois de reserva para situações crí- conseqüência, a saturação por bases porcionar benefícios de ordem ecológi-
ticas. Deste modo, utilizando-se um ta- dificilmente é inferior a 50%. O potás- ca (preservação da floresta), econômi-
lhão a cada sete dias, o período de des- sio permanece mais ou menos estável, ca (custo de formação de pastagem

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SUPLEMENTO CIENTíFICO

maior que o de recuperação) e social vado as pastagens cultivadas à degra- nais que podem ser detectados no iní-
(necessidade de mão-de-obra). dação, o esgotamento da fertilidade do cio do processo são a diminuição da
O declínio gradual de produti- solo, as alterações em suas proprieda- cobertura do solo, redução no número
vidade das pastagens com o decorrer des físicas (consistência, taxas de infil- de plantas novas (provenientes da
dos anos está diretamente relacionado tração, porosidade, densidade etc.) e ressemeadura natural), presença de
com a fertilidade e as características fí- o manejo inadequado são os mais co- plantas invasoras e cupins.
sicas do solo (consistência, taxas de in- muns. As pastagens são consideradas As causas mais importantes da
filtração, porosidade, textura, densida- em degradação quando a produção de degradação das pastagens são: utiliza-
de etc.). Contudo, outros fatores tam- forragem é insuficiente para manter um ção de plantas forrageiras inadequadas
bém contribuem para este processo, tais determinado número de animais por um á região; má formação inicial causada
como deficiências em seu estabeleci- certo período de tempo. Entretanto, pela ausência ou mau uso de práticas
mento (sementes de baixa qualidade, quando a produção de matéria seca di- de conservação do solo, preparo do
mal preparo do solo etc.) e a utilização minui sensivelmente, a ponto de ser solo, correção da acidez e/ou aduba-
de práticas de manejo inadequadas. Em notada através da redução da carga ani- ção, sistemas e métodos de plantio;
geral, a utilização das pastagens culti- mal, a planta forrageira já reduziu drasti- manejo animal inadequado na fase de
vadas tem sido realizada sob condições camente o sistema radicular, o formação da pastagem; manejo e prá-
de altas pressões de pastejo, associa- perfilhamento e a expansão de novas ticas culturais (uso de fogo como roti-
das ao pastejo contínuo ou períodos mí- folhas e os níveis de reservas de na, métodos, épocas e excesso de
nimos de descanso, as quais não são carbohidratos nas raízes e base dos roçagens, ausência ou uso inadequado
compatíveis com a manutenção do equi- colmos. Para plantas de P. maximum varo de adubação de manutenção); ocor-
líbrio do complexo solo-planta-animal Trichoglume uma redução de 8% na rência de pragas, doenças e plantas in-
que permita uma produtividade produção de matéria seca implicava no vasoras; manejo animal (excesso de lo-
satisfatória da pastagem a longo prazo. decréscimo de 3,8 vezes do sistema tação, sistemas inadequados de
As práticas mais utilizadas para radicular; de 4,0 vezes no nível de pastejo), ausência ou aplicação incor-
deter o declínio de produtividade das carbohidratos de reservas e de 1,7 ve- reta de práticas de conservação do solo
pastagens tem se restringido ao con- zes nas taxas de produção de novas fo- após superpastejo.
trole de plantas invasoras, através de lhas. Desse modo, o sucesso na recupe- O manejo da pastagem tem
métodos manuais, químicos ou físicos, ração de pastagens degradadas depen- por objetivo obter equilíbrio entre o
isolados ou integrados. Estes são, ge- de da eficiência com que se restabelece rendimento e a qualidade da forragem
ralmente, associados com queimas pe- o sistema radicular, o perfilhamento e os produzida e a manutenção da composi-
riódicas e seguidos de um período de demais mecanismos que a planta utiliza ção botânica desejada para a pastagem,
descanso variável, com a finalidade de para prolongar sua persistência. concomitantemente com a produção
reduzir a competição da comunidade de A degradação da pastagem é ótima por animal e por área. Assim, o
plantas invasoras e favorecer um me- um processo evolutivo da perda de vi- conhecimento das inter-relações dos
lhor desenvolvimento da planta gor, de produtividade, de capacidade componentes envolvidos é de vital im-
forrageira. Entretanto, na maioria dos de recuperação natural das pastagens portância no controle e na manipula-
casos, mesmo um descanso prolonga- para sustentar os níveis de produção e ção dos sistemas de pastejo, pois a
do das pastagens não tem proporcio- qualidade exigida pelos animais, assim inobservância desses princípios podem
nado o efeito desejado, tornando-se os como, o de superar os efeitos nocivos conduzir a erros na adoção de práticas
processos de limpeza cada vez mais fre- de pragas, doenças e plantas invaso- de manejo de pastagens e fracassos na
qüentes e menos eficientes, pois, ge- ras, culminando com a degradação avan- condução de sistemas de produção du-
ralmente, não é suficiente para que as çada dos recursos naturais, em razão radouros e produtivos.
gramineas e/ou leguminosas forrageiras de manejos inadequados. O processo No manejo das pastagens,
recuperem seu vigor. Como as plantas ocorre com a redução na produção de deve-se sempre evitar o superpastejo
invasoras são, na maioria, nativas e per- forragem e no seu valor nutritivo, mes- (número excessivo de animais por área).
feitamente adaptadas às condições mo em épocas favoráveis ao crescimen- Quando possível, fazer a divisão das
edafoclimáticas da região e, dificilmen- to ou quando há uma diminuição consi- pastagens e utilizar o pastejo rotativo.
te são consumidas pelos animais, ten- derável na produtividade potencial para No caso da adoção do pastejo cont~
dem a predominar no ecossistema. as condições ecológicas e bióticas a que nuo, dar pelo menos um a dois meses
Dentre as causas que tem le- a pastagem está submetida. Outros si- de descanso nas pastagens durante o

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SUPLEMENTO CIENTíFICO

ano. Outra prática de grande importân- melhante à saliva, a qual serve como efetividade do fungo depende dos fa-
cia consiste na diversificação das espé- proteção para os raios solares e de cer- tores ambientais, principalmente a tem-
cies na pastagem. Devido a grande va- tos predadores. Nesta fase, ocorre um peratura e a umidade relativa do ar.
riação existente entre as plantas desequilíbrio hídrico e o esgotamento Também tem sido observada larva da
forrageiras quanto aos requerimentos dos carbohidratos de reserva utilizados mosca Salpingogaster nigra penetran-
nutricionais, produção estacional de for- no processo de crescimento das plan- do a massa espumosa para se alimentar
ragem, valor nutritivo, tolerância às pra- tas. Dentre as gramíneas forrageiras das ninfas.
gas e doenças, além da produção du- introduzidas e avaliadas em Rondônia, as Recomenda-se as seguintes
rante o período de estiagem, com este que se mostraram resistentes às práticas para o controle das cigarrinhas-
procedimento haverá um melhor apro- cigarrinhas-das-pastagens foram A. das-pastagens: manter, no mínimo, 30%
veitamento das potencial idades de cada gayanus cv. Planaltina, B. brizantha cv. das pastagens formadas com espécies
espécie. Quanto ao uso de legumi- Marandu, T. australe, A. scoparius, P. resistentes à praga; evitar a utilização
nosas, sugere-se duas maneiras: con- atratum cv. Pojuca, P.guenoarum FCAP- de superpastejo, obedecendo a altura
sorciadas diretamente com as 43 e P. secans FCAP-12. de pastejo recomendada para cada es-
gramíneas ou a formação de bancos- A ocorrência das cigarrinhas- pécie; reduzir a carga animal nas pasta-
de-proteína, que consiste no plantio das-pastagens e seu comportamento gens de gramíneas susceptíveis, duran-
isolado da leguminosa. Como estas sen- estão diretamente relacionados com as te o pico populacional das cigarrinhas
tem menos os efeitos da estiagem, condições climáticas, principalmente (novembro a março), deslocando a
tem-se durante o período de seca ali- precipitação, umidade relativa do ar e maior parte do rebanho para as pasta-
mento de excelente qualidade e em temperatura elevadas. Quando estas gens com gramíneas resistentes; após
quantidades satisfatórias. são favoráveis, os ovos eclodem cerca abril, utilizar as pastagens com gramíneas
de 22 dias após a postura, passando susceptíveis, deixando as de gramíneas
pela fase de ninfa até atingirem o está- resistentes em descanso, visando acu-
Biologia e gio adulto, completando o ciclo biológi- mular forragem para utilização durante
co entre 67 e 69 dias, conforme a es- o período de estiagem
controle das pécie. Caso contrário, os ovos entram Pastagens diversificadas e bem

cigarrinha-das- em quiescência, mantendo-se viáveis manejadas reduzem acentuadamente o


durante vários dias no solo, a espera de risco representado pelas cigarrinhas-das-
pastagens condições climáticas favoráveis. As es- pastagens, bem como pelos demais in-
pécies detectadas na região foram Deois setos-pragas, assegurando níveis adequa-
A cigarrinha-das-pastagens éa incompleta, D. f1avopicta e Z. entre- dos de produtividade, sem a necessida-
principal praga das pastagens, poden- riana, com predominância para a primei- de de uso do fogo contra essas pragas.
do acarretar acentuado decréscimo na ra, as quais atacam várias gramíneas (B.
disponibilidade e valor nutritivo da for- decumbens, B. ruziziensis, B. humidicola
Sistemas
ragem e até implicar na degradação da e P. maximum). Recentemente, foram
pastagem. São insetos sugadores, es- detectados surtos da espécie Maha- silvipastoris
sencialmente graminícolas. Na fase adul- narva fímbriolata em cultivos simultâne-
ta, os insetos sugam a seiva das folhas os de milho, arroz e P. maximum cv. Na Amazônia Ocidental, atual-
e inoculam toxinas, causando intoxica- Tanzânia, havendo vários relatos de pro- mente, estima-se que cerca de 12 mi-
ção sistêmica nas plantas (fitotoxemia), dutores e técnicos de ataque à B. bri- lhões de hectares de floresta estão
que interrompe o fluxo da seiva e o zantha cv. Marandu. ocupados com pastagens cultivadas.
processo vegetativo, cujos sintomas A população de cigarrinhas- Desta área, quase 50% já apresenta
iniciais são estrias longitudinais amarela- das-pastagens durante.a estação chu- pastagens em diferentes estágio de
das que aumentam para o ápice da fo- vosa alcança níveis elevados, podendo- degradação, o que torna necessário a
lha e posteriormente secam, podendo, se encontrar até 100 ninfas/m2• Em derrubada de novas áreas para a manu-
no caso de ataque intenso, ocorrer o condições de campo, são parcialmente tenção dos rebanhos, resultando numa
amarelecimento e secamento total da controladas por vários inimigos naturais, pecuária itinerante.
pastagem. As ninfas sugam continua- entre eles o mais importante é o fungo O processo de degradação se
mente a seiva das raízes ou coleto, pro: Metarrhizium anisopliae que parasita as manifesta pela queda gradual e cons-
duzindo uma espuma branca típica, se ninfas e os adultos. No entanto, a tante de produtividade das forrageiras

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SUPLEMENTO CIENTíFICO

devido a vários fatores, notadamente Atualmente, em Rondônia, cer- tabilização do solo, por conferir proteção
baixa adaptabilidade das espécies, bai- ca de 80.000 ha estão plantados com contra ação direta das chuva, do sol e da
xa a fertilidade dos solos e o manejo espécies frutíferas (cupuaçu, cacau, co- erosão pluvial e eólica. Além disso, as ár-
deficiente das pastagens e altas pres- queiro), industriais (seringueira, pupu- vores podem modificar o microclima, per-
sões bióticas, o que culmina com a domi- nha, açaí) e essências florestais (casta- mitindo melhor ddagem de nutrientes por
nância total da área por plantas invaso- nha-do-Brasil, eucaliptus, mogno, cere- processos naturais, por meio da matéria
ras, mais adaptadas às condições eco- jeira, pará-pará, tento, bandarra etc.). orgânica originada pelas plantas mortas e
lógicas prevalecentes, tornando as me- Independentemente do nível tecno- excrementos dos animais. Esse efeito de
didas de manutenção, como limpeza e lógico adotado pelos produtores, algu- proteção do solo pelas árvores pode re-
queima das pastagens, cada vez mais mas práticas culturais, tais como, con- fletir no aumento da palatabilidade das
inócuas. Considerando-se os dados mais trole de invasoras, cobertura morta, pre- pastagens, além de produzir benefícios
recentes sobre desmatamentos para a venção de pragas e doenças e fertiliza- econômicos e ecológicos.
formação de pastagens na Amazônia Le- ção, devem ser utilizadas, o que, em O sistema silvipastoril com
gal, estima-se a derrubada anual em algumas situações podem se constituir gramineas (P. maximum, B. brizanthae
quase um milhão de hectares para a em fatores limitantes à manutenção do B. humidicola) e árvores (tatajuba, pa-
manutenção do mesmo rebanho atual- cultivo, seja por razões de ordem téc- ricá e eucalipto), vem sendo adotado
mente explorado. nica e/ou econômica. Nestas áreas, em várias fazendas do Pará, com pasta-
Deste modo, sistemas alternati- potencialmente, podem ser implanta- gens em elevado estado de degrada-
vos que levem em consideração as pe- dos sistemas silvipastoris, através do es- ção. Neste sistema o ganho de peso
culiaridades dos recursos naturais da re- tabelecimento de pastagens associadas dos bovinos tem sido satisfatório, mui-
gião e que sejam técnica e economica- as culturas, visando a criação de rumi- tas vezes superando aos obtidos em
mente viáveis, devem ser concebidos e nantes (ovinos, caprinos, bovinos, pastagens simples. Durante um perío-
testados de modo a tornar a atividade bubalinos). Deste modo, além da gera- do de 18 meses, acompanhou-se o de-
agropecuária mais produtiva, sustentá- ção de dividendos adicionais (produção sempenho de bovinos em pastagem de
vel e menos danosa ecologicamente. de carne, leite, venda de animais e sub- P. maximum sob plantios de cajueiros
Logo, os sistemas silvipastoris, uma mo- produtos etc.) os custos de manuten- em comparação com pastagem não
dalidade componente dos sistemas ção das culturas seriam significativamen- sombreada. Ao final do experimento ob-
agroflorestais (SAF's), surge como op- te reduzidos. servaram que o sombreamento reduziu
ção para conter os impactos ecológicos Os sistemas silvipastoris são sis- significativamente a produtividade da
decorrentes da derrubada de florestas temas agropecuários diversificados e pastagem, o que implicou em um me-
para a formação de pastagens. Os siste- multiestratificados, nos quais os arbóreos nor ganho de peso dos animais. Duran-
mas silvipastoris são sistemas agrope- são explorados em associação planeja- te a estação seca do trópico úmido bra-
cuários diversificados e multies- da com cultivos agrícolas ou pastagem, sileiro, os ganhos de peso satisfatórios
tratificados, nos quais as pastagens são de maneira simultânea ou seqüen- em ovinos deslanados mantidos em P.
est:abelecidas associadas com culturas flo- cialmente. Os sistemas silvipastoris que phasoeloides + gramíneas nativas sob
restais, frutíferas ou plantas industriais. somente associam árvores com pasta- plantio de diversos dones de seringuei-
A Amazônia Ocidental apresen- gem, obviamente, têm também um ra (Hevea brasilensis).
ta ótimas condições para o desenvolvi- componente animal, como regra rumi- A carga animal também é um
mento de SAF"s, em função das gran- nantes de médio ou pequeno porte, fator importante a ser levado em consi-
des áreas plantadas com culturas frutí- principalmente bovinos e ovinos. deração nestes sistemas. Em uma flo-
feras, florestais e industriais. A partici- As principais vantagens dos sis- resta de coníferas, pastejada durante
pação dos pequenos produtores, na temas silvipastoris são as de melhorar o quatro anos, com 36 a 68 animais/ha,
atividade pecuária estadual é bastante aproveitamento dos solos; controlar as estes ocasionaram perdas de até 31%
significativa e a utilização de pastagens ervas invasoras; reduzir os riscos de in- das árvores. No Pará, o desempenho
associadas com culturas pode favore- cêndio; produzir lenha, postes e madei- de bubalinos em pastejo contínuo sob
cer a oferta da disponibilidade de pro- ra. Ademais, os pequenos produtores cargas baixa, média e alta; em áreas com
teína de origem animal, aumentando a podem produzir alimentos de origem e sem sombreamento, foram avaliados,
renda dos produtores, diminuindo os animal sem sacrificar áreas para cultivos. não sendo encontradas diferenças sig-
custos com limpeza das culturas, impe- No sistema silvipastoril o componente nificativas entre os tratamentos. Suge-
dindo a abertura de novas áreas. arbóreo constitui importante fator de es- re-se que o cálculo da carga animal seja

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SUPLEMENTO CIENTíFICO

o mais adequado possível, para que seja não é muito denso, permitindo que a ra- vinos em plantios de Eucaliptus saligna
evitado o superpastejo. diação solar penetre pela copa até o solo, associados a forrageiras (Lolium
A maioria dos sistema silvipastoris as gramíneas existentes sob esse dossel multiflorum e Trifolium vesiculosum) não
praticados na Amazônia indicam que o mantêem por mais tempo seus níveis de afetou a sobrevivência das mudas a
superpastejo compromete a persistên- proteína e maior digestibilidade do que partir dos 2 metros de altura, e que os
cia das forrageiras, permitindo o aumen- aquelas que estão fora da influência des- danos causados não superaram 4,4%.
to de plantas invasoras não palatáveis. A sa cobertura vegetal. Num sistema silvipastoril com E. globulus
densidade do povoamento florestal, no Nos sistemas silvipastoris, os realizado em áreas destinadas ao
sistemas silvipastoris, é responsável pela bovinos têm propensão a danificarem pastoreio com ovelhas, as quais não da-
maior ou menor produção de forragens as árvores, principalmente danificando nificaram as árvores, ajudando, ao con-
e, conseqüentemente, pela pressão de a copa, roçando a cabeça contra o tron- trário no controle das plantas invasoras
pastejo a ser exerci da na área. A produ- co ou comendo a casca. Também os e diminuindo a competição por água e
tividade das pastagens neste sistemas animais aprendem a baixar a copa das nutrientes, bem como os riscos de in-
dependem da quantidade de árvores árvores jovens para alimentarem-se. O cêndio na estação seca. Posteriormen-
por hectare, da altura, arquitetura e pastejo contínuo de bovinos em área te, conforme as árvores vão crescendo,
fenologia de cada espécie. As árvores de floresta, provoca acentuado introduz-se nestas áreas o gado bovino.
utilizadas num sistema silvipastoril devem desnudamento do solo e destrói as As espécies arbóreas para com-
ser, preferencialmente, de copas que raízes superficiais, responsáveis pela ab- binação com pastagens e bovídeos de-
permitam a passagem de luz para o cres- sorção dos nutrientes, prejudicando o vem possuir as seguintes características:
cimento das forrageiras. As pastagens desenvolvimento das árvores. Em es- não ser tóxica e que não produza efei-
tropicais do tipo metabólico C4' alcan- tudos realizados com Pinus sp., verifi- tos alelopáticos sobre a pastagem; de-
çam sua produção máxima com altos cou-se que, para evitar danos as árvo- vem ter siMcultura conhecida; serem ade-
níveis de luminosidade. res, o gado bovino não deve ser colo- quadas às condições ecológicas e
A influência das árvores sobre cado antes que as plantas tenham três ambientais; de crescimento rápido, e pre-
a produção das pastagens, considerando anos de idade ou 4 m de altura, no ferencialmente, perinófilas; sejam resis-
a interceptação da radiação solar, poderá entanto ovelhas podem ser introduzidas tentes a ventos; possam propiciar alimen-
reduzir a sua capacidade produtiva. No mais cedo, ou seja, com árvores com 2 to para os animais; tenham capacidade
entanto, quando o componente arbóreo m de altura. O pastejo rotativo de bo- de rebrote e de fixação de nitrogênio.

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Revista
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lO
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Ano 13/2007
N° 40 - Janeiro/Fevereiro/Março/Abril

Conselho Federal de Medicina Veterinária R$ 7,00

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