obesidade?
Dr. José Carlos Brasil Peixoto
Médico homeopata
(20-12-2008)
Os culpados habituais
O que é gordura?
Os carboidratos
A atividade física
A frutose
Qualquer profissional que vá começar a orientar alguém
a uma dieta começa falando de frutas e sucos! É uma
assertiva tão comum, que parece indiscutível tal prescrição.
Mas qualquer um pode descobrir algo meio desconcertante: no
mundo natural a oferta de frutas dependeria de vários fatores:
localização geográfica e época do ano, pelo menos. E, com
certeza, suco de frutas não seria algo muito fácil de ser
consumido no mundo “realmente natural”, aliás, é meio
patético observar que tomar suco possa ser uma opção natural
para matar a sede! É natural no mundo que tem
liquidificadores! Ou os magníficos “JUICERS”(*) que devem ser
mesmo um exemplo da vida natural a que estamos
submetidos na esperteza do século XXI.
QUEM TEM SEDE TOMA ÁGUA, QUEM TEM FOME TOMA
SUCOS! Jamais se esqueça disso, mesmo que o mais expert
de todos os experts em saúde da sua cidade não sublinhe isso!
Não se preocupe: os experts foram (in)formados pela mesma
sociedade que fabrica os benditos Juicers.
Uma dos aspectos mais interessantes da frutose é que
ela se transformou num aditivo alimentar vulgar,
principalmente na forma do xarope de milho (melhora a
umidade, a textura e principalmente o tempo de vida útil
numa prateleira de supermercado). De qualquer maneira
adicionar mais frutose em uma série de alimentos processados
(sejam assados ou fritos) permite que o fabricante diminua a
quantia de gordura (qualquer que seja ela) desse produto.
Dessa forma ele pode colocar aquela cafajeste advertência na
embalagem: reduzido teor de gordura! Um monte de gente
fóbica à palavra gordura vai consumir imaginando estar
tomando uma atitude saudável! Vai ingerir um aditivo
alimentar completamente perverso, um antinutriente, já
oficialmente reconhecido como tal em 1973, pelo senado
americano.
A ingestão massiva de carboidratos nos tempos atuais é
uma afronta a nossa adaptação natural, visto que o ser
humano foi acostumado a ingerir alimentos brutos por mais de
130.000 anos, e esses alimentos tinham um baixo teor
glicêmico. Quanto maior o teor glicêmico, mais intensa é a
reposta à insulina. Por isso qualquer alimento que não seja
carboidrato reduz a velocidade de absorção dos mesmos.
Adicionar manteiga, nata ou azeite ao seu pão ou pizza é
realmente uma boa idéia.
Esses medicamentos ou substâncias similares, tipo o
xenical ou quitosana, que reduzem a absorção de gorduras
com a finalidade de emagrecer são de fato uma péssima idéia.
Podem aumentar a entrada do pior dos alimentos.
Um dos aspectos mais curiosos sobre a frutose é o fato
dela ser matéria prima para a formação do colesterol. Na
verdade isso pode ser útil. Na natureza na época de frutas,
deve ser primavera ou verão. Época de muita atividade, seja
ela reprodutiva ou de lutas e fugas... Produzir mais colesterol
nessa época é bom para aumentar a produção de hormônios
esteróides, muito úteis nessa época, visto que o cortisol e os
hormônios sexuais estão em alta nesse momento. Além do
mais as qualidades reparadoras do colesterol a todos os
tecidos pode ser essencial: acidentes são muito comuns nessa
época e o colesterol é agente formador de células e tecidos.
Mas se a frutose “sobrar”, digamos se houver excedentes,
podes ter certeza: toda a frutose vai se acumular como
gordura para armazenamento no inverno vindouro! Veja como
a existência é curiosa: um monte de gente come um monte de
frutas para emagrecer...
O desejo de doces
A fisiologia da obesidade
Alternativas
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Tabela:
IMC menor que 18,5 - abaixo do peso ideal
IMC entre 18,5 e 24,9 - normal
IMC entre 25,0 e 29,9 - acima do ideal
IMC entre 30,0 e 39,9 - obesidade
IMC acima de 40 - obesidade severa ou mórbida
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LIGHTS OUT
Se você acredita mesmo que o sol só
dá câncer de pele, não esqueça: é ele
que dá o princípio da vida!
Um livro quase sarcástico a respeito das fragilidades,
inconsistências, e outros deslizes fundamentais sobre a saúde
do ser humano.
APAGUE A LUZ!
(tradução do livro: Lights out! de T.S.Wiley e Bent Formby)
377 páginas.
Editora campus
Fonte:
http://www.umaoutravisao.com.br/index.html