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ARQUEOLOGISMO LITÚRGICO – O SACRILÉGIO DA MODA

A noz é uma nogueira em potencial; já a nogueira é uma noz que se desenvolveu e atingiu a
plenitude de uma planta. Querer fazer que uma árvore retorne ao seu estado de semente seria
uma estúpida regressão ou atraso. Por esse mesmo motivo, Pio XII lançou uma clara
condenação ao “arqueologismo litúrgico” na Mediator Dei com as seguintes palavras: (n. 51)
“...Como, em verdade , nenhum católico fiel pode rejeitar as fórmulas da doutrina cristã
compostas e decretadas com grande vantagem em época mais recente da Igreja, inspirada e
dirigida pelo Espírito Santo, para voltar às fórmulas dos primeiros concílios, ou repudiar as leis
vigentes para voltar às prescrições das antigas fontes do direito canônico; assim, quando se
trata da Sagrada Liturgia , não estaria animado de zelo reto e inteligente aquele que quisesse
voltar aos antigos ritos e usos, recusando as recentes normas introduzidas por disposição da
Divina Providência e por mudança das circunstâncias (57). Este modo de pensar e de
proceder, com efeito, faz reviver o excessivo e insano arqueologismo suscitado pelo ilegítimo
concílio de Pistóia, e se esforça em revigorar os múltiplos erros que foram a base daquele
conciliábulo e os que se lhe seguiram com grande dano das almas, e que a Igreja – guarda
vigilante do depósito da fé confiado pelo seu divino fundador – condenou com todo o direito
(53). De fato, deploráveis propósitos e iniciativas tendem a paralisar a ação santificadora com
a qual a sagrada liturgia orienta salutarmente ao Pai celeste os filhos de adoção”.

De tal obsessão mórbida, ou seja, da “arqueologite”, tornaram-se presas fáceis os pseudo-


liturgistas que assolam a Igreja em defesa do Concílio Vaticano II. Pseudo-liturgistas que
chegam ao ponto de incitar seus subordinados com exortações e exemplos a violar aquelas
poucas leis que ainda sobrevivem e que foram justamente por eles mesmos promulgadas e
confirmadas.
O caso mais sintomático a esse respeito é o caso do rito da Sagrada Comunhão. Alguns bispos,
depois de terem reconhecido e proclamado que o rito tradicional de colocar as Sagradas
Espécies sobre a língua do comungante, ainda está em vigor e é o ordinário, permitem ou
abrem concessão para que a Comunhão seja dada na mão ou até em serviços “self-service”.
Ora, se o objetivo é convencer os fiéis de que a Santa Eucaristia não é nada mais do que pão
comum, talvez abençoado, mas simples pão para uma refeição simbólica, o mais certo é
instruir para que os fiéis o recebam pela via direta: a via do sacrilégio.

Os advogados da Comunhão na mão apelam para aquele arqueologismo pseudo-litúrgico


condenado apertis verbis por Pio XII. Dizem e repetem aos quatro ventos, que é desse modo
que os fiéis devem receber a comunhão porque é desse modo que a comunhão foi distribuída
em toda a Igreja, seja no Oriente, seja no Ocidente desde as origens e por mais de mil anos.
Mais grave ainda é que essa mentira é ensinada desde as crianças que estão iniciando sua
vida litúrgica com a Primeira Comunhão, seja aos seminaristas que se tornarão os futuros
sacerdotes.
É fato incontestável que desde as origens do Cristianismo e depois, por quase dois mil anos, o
comungante era obrigado a abster-se de qualquer alimento ou bebida, desde as vésperas até o
momento da Missa, como preparação para a Comunhão. Ora, se querem mesmo fazer recurso
ao “arqueologismo” para promover a comunhão na mão, por que então não restauram
juntamente o mesmo jejum eucarístico daqueles tempos? Certamente tal costume contribuiria
muito para manter vivo na mente dos fiéis a consciência sobre a seriedade do sacramento que
estariam por receber, bem como para prepará-los espiritualmente.
Ao contrário, a alegação de que o uso da Comunhão na mão era costume ordinário
tanto da Igreja Ocidental como Oriental por mais de mil anos, é totalmente falsa.

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O cavalo de batalha desses pseudo liturgistas é a seguinte passagem da Catequese
Mistagógica atribuída a São Cirilo de Jerusalém:
“Adiens igitur, ne expansis manuum volis, neque disiunctis digitis accede; sed
sinistram velut thronum subiiciens, utpote Regen suscepturae: et concava manu
suscipe corpus Christi, respondens Amen”. (Dirigindo-se pois [a comunhão] aproximai-
vos com as palmas das mãos abertas, nem com os dedos disjuntos, mas tendo a esquerda em
forma de um trono sob aquela mão que está para acolher o Rei e com a direita côncava,
recebei o corpo de Cristo, respondendo Amém).
Ao chegar nesse Amém, simplesmente param. Mas a Catequese Mistagógica prossegue o texto
acrescentando a seguinte passagem: “Postquam autem caute oculos tuos sancti corporis
contactu santificaveris, illud percipe... Tum vero post communionem corporis Christi,
accede et ad sanguinis poculum: non extendens manus; sed pronus (em grego: ‘allà
kùpton, que São Bellarmino traduz: genuflexo), et adorationis ac venerationis in modum,
dicens Amen, sanctericeris, ex sanguine Christi quoque sumens. Et cum adhuc labiis
tuis adbaeret ex eo mador, manibus attingens, et oculos et frontem et reliquos
sensus sanctifica... A communione ne vos abscindite; neque propter peccatorum
inquinamentum sacirs istis et spiritualibus defraude mysteriis”. (Depois que tu, com
cautela tiver santificado os teus olhos pondo-te em contato com o Corpo de Cristo, aproximai
também do cálice do sangue: não tendo as mãos estendidas, mas genuflexo de modo a
expressar senso de adoração e veneração. Dizendo amém, te santificarás, tomando também o
sangue de Cristo. E tendo ainda os lábios úmidos, tocai-os com as mãos e depois com esse
santificarás os teus olhos, a fronte e os outros sentidos. Da comunhão jamais vos afastai, nem
vos privai destes sagrados e espirituais mistérios, ainda que estejais manchados pelos
pecados) (P. G. XXXIII, coll. 1123-1126).

Quem poderia admitir que um tal rito fosse o costume ordinário na Igreja Universal por mais
de mil anos? E como conciliar tal rito, segundo o qual a Comunhão deve ser dada até a quem
está manchado de pecado com a ordem, certamente apostólica, que desde os primórdios da
Igreja proibia que fossem admitidos à Santa Comunhão aqueles que estavam em estado de
pecado? “Itaque quicumque manducaverit panem hunc, vel biberit calicem Domini
indigne, reus erit corporis et sanguinis Domini. Prober autem seipsum homo: et sic
de pane illo edat, et de calice bibat. Qui enim manducat et bibit indigne, indicum, sibi
manducat et bibit non diiudicans Corpus Domini”. (Portanto, todo aquele que comer o
pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do Corpo e do Sangue do Senhor.
Que cada um examine a si mesmo, e assim coma e beba desse cálice. Aquele que o come e
bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação (I Coríntios 11,
27-29)

Um tal rito de comunhão tão extravagante, cuja descrição se conclui com a exortação
a receber ou distribuir a Santa comunhão até para aqueles que se encontram
manchados de pecado, certamente não foi pregado por São Cirilo na Igreja de
Jerusalém e nem poderia ter sido lícito em qualquer época na Igreja. Trata-se de um
rito derivado da fantasia, oscilando entre o fanatismo e o sacrilégio, do autor das apócrifas
Constituições Apostólicas, um anônimo Siriano, devorador de livros, escritor incansável, que
despeja nos seus escritos, indigestos e contaminados em grande parte com suas elucubrações
mentais, grandes porções de leituras, o qual no seu livro VIII das ditas Constituições
Apostólicas, acrescenta, atribuindo ao Papa São Clemente, 85 cânones dos Apóstolos, os quais
o Papa Gelásio I, declarou como apócrifos no Concílio De Roma do ano i: “Liber qui
appelatur Canones Apostolorum, apocryfus (P. L., LIX, col. 163).
A descrição desse rito extravagante, em boa pare sacrílego, entrou na Catequese Mistagógica
por obra de um sucessor de São Cirilo, que segundo alguns seria o bispo João, um cripto-

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ariano, origeniano e pelagiano, que mais tarde foi contestado por Santo Epifânio, São Jerônimo
e Santo Agostinho.

Como pode então o Leclercq afirmar que: “...nous devons y voir [no dito rito extravagante]
une exacte représentation de l’usage des grandes Eglises de Syrie”? Não o poderia
afirmar senão caindo em contradição, dado que antes afirma tratar-se de “...une liturgie de
fantasie. Elle ne procède er elle n’este destinée qu’à distraire son auteur; ce n’este
pas une litugie normale, officielle, appartenant à une Eglise déterminée” (Dictionaire
de Archeologie christienne et de Liturgie, vol. III, parte II, col. 2749-2750).

Temos ao invés testemunhos de um costume totalmente oposto, ou seja, o costume ordinário


de dispor as Sagradas Espécies diretamente sobre a língua do comungante e da proibição aos
leigos de tocar as Sagradas Espécies com as próprias mãos. Somente em casos de
necessidade extraordinária e em tempos de perseguição, nos assegura São Basílio, se podia
derrogar a dita norma e era concedido aos leigos comungar com as próprias mãos (P. G.,
XXXII, col. 483-486).

Obviamente, não pretendemos fazer um relatório de todos os testemunhos invocados para


demonstrar ou provar que desde os primórdios, o que vigorava na Igreja era o costume de
dispor as Sagradas Espécies diretamente sobre os lábios do comungante leigo. Indicamos
apenas alguns exemplos mais notórios, que são mais do que suficientes para desmentir o que
afirmam os pseudo-liturgistas: ou seja, que era o costume ordinário tanto na Igreja Oriental
como Ocidental, dispor as Sagradas Espécies nas mãos dos leigos.

Santo Eutiquiano, Papa de 275 a 283, para evitar que o Santíssimo Sacramento fosse
profanado, proibia aos leigos até mesmo de portar as Sagradas Espécies aos doentes: “Nullus
praesumat tradere communionem laico vel femminae ad deferendum infirmo”
(“Ninguém ouse entregar a comunhão a um leigo ou a uma mulher para portá-la a um
enfermo”) (P. L. V., coll. 163-168).

São Gregório Magno narra que Santo Agapito, Papa de 535 a 536, durante os poucos
meses de seu pontificado, dirigindo-se a Constantinopla, curou um surdo-mudo
instantaneamente no momento em que “ei dominicum Corpus in os mitteret” (colocou em
sua boca o Corpo do Senhor) (Dialoghi, III, 3)

Isso ocorreu na Igreja do Oriente. Já no Ocidente é indubitável que o próprio São Gregório
Magno administrava desse modo a Santa Comunhão aos leigos, pois bem antes do Concílio de
Saragoza no ano 380, havia lançado a excomunhão contra aqueles que ousassem tratar a
Santíssima Eucaristia como se estivessem em tempos de perseguição, ou seja, tempos em que
ao fiel leigo era permitido tocar as espécies sagradas caso se encontrasse numa situação de
necessidade (SAENZ DE AGUIRRE, Noticia Conciliorum Hispaniae, Salamanca, 1686, pág. 495).
Certamente que até mesmo naquela época, inovadores indisciplinados era o que não faltava.
Por isso mesmo as autoridades eclesiásticas se viram na necessidade de chamá-los à ordem.
Assim fez o Concílio de Rouen, por volta do ano 650, proibindo ao ministro da Eucaristia, [o
padre], de dispor as Sagradas Espécies sobre as mãos do comungante leigo: “[Presbítero]
illud etiam attendat ut eos [fideles] propria manu communicet, nulli autem laico aut
faeminae Eucharistiam in manibus ponat, sed tantum in os eius cum his verbis
ponat: ‘Corpus Domini et sanguis prosit tibi in remissionem peccatorum et ad vitam
aeternam’. Si quis haec transgressus fuerit, quia Deum omnipotentem comtemnit, et
quantum in ipso est inhonorat, ab altari removeatur” ([Ao Presbítero] tocará também
isso: no tocante ao fiel leigo de comungar com as próprias mãos; a nenhum leigo ou mulher
disponha a Eucaristia sobre as mãos, mas só sobre os lábios seguidos das seguintes palavras:

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‘O Corpo e o Sangue do Senhor te guardem para a remissão dos pecados e para a vida
eterna’. Quem quer que tenha transgredido tal norma, desprezando portanto Deus onipotente
e o desonrando, deverá ser removido do altar) (Mansi, vol. X, coll. 1099-1100). No tocante aos
arianos, exatamente para demonstrar que não acreditavam na divindade de Jesus Cristo e que
consideravam a Eucaristia apenas como uma pão puramente simbólico, era costume comungar
estando em pé e tocando as espécies eucarísticas diretamente com as mãos. Não foi sem
razão que Santo Atanásio se levantou contra a apostasia ariana (P. G. vol. XXIV, col. 9 ss).

Não podemos negar que em certos casos, em certas igrejas particulares e por algum tempo
tenha sido permitido aos leigos tocar as Sagradas Espécies com as próprias mãos. Mas, não só
podemos negar com provas irrefutáveis de que esse tenha sido o costume ordinário por mais
de mil anos tanto na Igreja Oriental como a de rito latino, como também podemos afirmar que
mais falso ainda é dizer que esse deveria ser o costume para os dias de hoje. Cabe lembrar
que até no culto devido à Santa Eucaristia houve um sábio progresso, análogo àquele que
ocorreu no campo dogmático (o qual nada tem a ver com a teologia modernista da morte de
Deus).

Tal progresso litúrgico tornou universal o costume de ajoelhar-se em ato de adoração e


portanto o uso dos genuflexórios; o uso de cobrir a balaustrada com uma toalha alva de linho,
o uso da patena e às vezes uma tocha ou vela acesa; seguido da prática de reservar alguns
minutos para a ação de graças logo após a Comunhão. Abolir tudo isso que é parte vital da
Tradição Litúrgica não é incrementar o culto devido à Santa Eucaristia e nem a fé ou
santificação dos fiéis, mas sim servir ao demônio.

Quando São Tomás de Aquino (Summa Theologica, III, q. 83, a 3) expõe os motivos pelos
quais é vetado aos fiéis leigos tocar as Sagradas Espécies, ele não fala de um rito inventado
recentemente, mas de um costume litúrgico antigo como é a própria Igreja. Não foi sem razão
que o Concílio de Trento não apenas afirmou que na Igreja de Deus é costume constante e
ordinário que os leigos recebam a Comunhão das mãos dos sacerdotes e que os sacerdotes
comunguem por si mesmos, como também afirmou que esse costume é de origem
apostólica (Denzinger, 881). Eis porque encontramos a mesma norma prescrita no Catecismo
de São Pio X (642-645).

Ora, tal norma jamais foi ab-rogada: no Novo Missal Romano, artigo 117, se lê que o
comungante tenens patenam sub ore, sacramentum accipit (tendo a patena sob a boca,
receba o sacramento). Depois disso, não dá pra entender como os próprios promulgadores de
tão sábia norma, sejam os primeiros a dispensá-la de diocese em diocese, uma paróquia atrás
da outra. O simples fiel, diante de tanta incoerência, não poderia reagir de outro modo, senão
demonstrar uma completa indiferença e desprezo pelas leis eclesiásticas e litúrgicas.

Artigo traduzido do original publicado pelo Reverendo Giuseppe Pace, S. B. D. no


número de janeiro de 1990 no jornal Chiesa Viva (Editora Civiltà, via Galileo Galilei,
121, 25123 Brescia).

Fontes:

http://www.unavox.it/032b.htm

http://www.cattolicesimo.eu/index.php?ind=articoli&op=entry_view&iden=330

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