CARACTERÍSTICAS:
• Imitação, natureza e razão.
• Normas e modelos da tradição.
• “Inutilia truncat”.
• “Aurea mediocritas”.
• “Fugere urbem”.
Este fato é ainda acrescido por outras características que surgem então:
• “o culto da natureza” (nacional, obviamente) => “naturalidade de
expressão e sinceridade de emoção”.
• “o desejo de investigar o mundo”;
• a “aspiração à verdade, como descoberta intelectual” (p. 97).
OS AUTORES:
• Cláudio Manuel da Costa
• Alvarenga Peixoto
• Tomás Antônio Gonzaga
• Basílio da Gama (a influência sobre os românticos)
• Silva Alvarenga
• Santa Rita Durão
O poeta Tomás Antônio Gonzaga, patrono da cadeira nº 37 da
Academia Brasileira de Letras, nasceu na cidade do Porto, em
Portugal, a 11 de agosto de 1744 e faleceu na Ilha de
Moçambique, onde cumprira pena de degredo, em fevereiro de 1810.
Era filho do brasileiro Dr. João Bernardo Gonzaga e de D. Tomásia Isabel
Clark. Passou alguns anos da infância no Recife e na Bahia onde o pai servia
na magistratura e, adolescente, retornou a Portugal a fim de completar os
estudos, matriculando-se na Universidade de Coimbra na qual concluiu o
curso de Direito aos 24 anos.
Depois de formado exerceu Gonzaga alguns cargos de natureza jurídica, já
tendo advogado em várias causas na cidade do Porto. Candidatou-se a uma
Cadeira na Universidade de Coimbra, apresentando uma tese intitulada
"Tratado de Direito Natural". Em 1778 foi nomeado juiz-de-fora na cidade de
Beja, com exercício até 1781. No ano seguinte (1782) é indicado para
ocupar o cargo de Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica (Ouro Preto),
na Capitania de Minas Gerais.
A permanência em Vila Rica estendeu-se até o ano de 1789, quando foi
envolvido na famosa Inconfidência Mineira. Em maio do referido ano,
acusado de participação na conspiração é detido e, sem maiores formalidades,
remetido preso para o Rio de Janeiro.
Casa em que nasceu T.A.G., no Porto, Portugal.
Nessa ocasião estava o poeta noivo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas,
jovem pertencente a uma das principais famílias da capital mineira, e a quem
dedicava poesias do mais requintado sabor clássico, que iriam fazer parte do
livro intitulado "Marília de Dirceu" cuja primeira parte foi publicada em Lisboa,
pela Impressão Régia, no ano de 1792.
A obra poética de Tomás Antônio Gonzaga é relativamente pequena mas
suas liras tiveram dezenas de edições.
Segundo as mais abalizadas pesquisas de natureza estilística e histórica, deve-
se ao infortunado Ouvidor de Vila Rica a autoria da famosa sátira "Cartas
Chilenas", só editadas, em forma impressa, no Segundo Reinado. Continham
elas uma coleção notável de versos cáusticos, em que era posto em
ridículo Luís da Cunha Meneses, Governador e Capitão-General de Minas
Gerais, na década de 1780.
Na Ilha de Moçambique, para onde foi levado Gonzaga, em virtude de sua
condição no processo da Conjuração mineira, casou-se o desventurado vate
com Juliana de Sousa Mascarenhas, de quem houve um casal de filhos, cujos
descendentes remotos ainda vivem na antiga colônia portuguesa.
Quanto ao "Tratado de Direito Natural", já teve edição a cargo do Instituto
Nacional do Livro.
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1997.
PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de Época na Literatura. São Paulo: Ática, 1995.
FOTOS:
Foto da casa de T. A. G.
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Foto do chafariz em Ouro Preto
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