o projecto reflexivo do
Self
Apresentação por
José Caselas
Modernidade
O carro de Jagrená¨
“um engenho descontrolado de
enorme potência que,
colectivamente, enquanto seres
humanos, podemos conduzir até
certo ponto, mas que também
ameaça fugir ao nosso controlo e
despedaçar-nos.”
Giddens, 2002, 97
¨Juggernaut
Níveis de confiança nas culturas pré-
modernas
Parentesco – modo estável de organizar feixes de relações
através do espaço e do tempo.
“É a possibilidade de a
Global
maioria dos aspectos da
actividade social, e das
relações materiais com a
natureza, serem revistos
Self
radicalmente à luz de
novas informações ou Sistemas
Confiança
conhecimentos.” abstractos
Giddens, 1997, 18
Questões existenciais
Experiências
cambiantes do dia-
a-dia
Fragmentação das
instituições modernas
Janette Rainwater, Self-Therapy
Autoterapia
Como estabelecer uma narrativa do self (auto-identidade)?
1. Projecto reflexivo (Nós somos não o que somos, mas sim o que
fazemos de nós).
2. Apropriar o passado. Assumir o tempo de vida.
3. Auto-observação –monitorização reflexiva.
2. Ela é procurada apenas por aquilo que a relação possa trazer aos
parceiros em causa.
6. Depende da confiança mútua (não é adquirida, mas tem que ser ganha).
Giddens, 2001, 63
Dependência vs Intimidade
Para uma relação não dependente é preciso definir limites
Adornos /
modos de vestir / o
prazer e a dor
A terapia fornece
alguém a quem nos
podemos dirigir, uma
«versão secular do
confessionário.»
Auto-identidade
(conquista reflexiva) Decisões da vida
Estilo de vida
Ansiedades
Falhanço de viver à
altura das expectativas
Ansiedade ao Self
transgredir as ideal
imposições do
superego
Vergonha
Culpa
Unificação vs
fragmentação
Crescimento
económico
Projecto do self
mercadorização
“conjunto mais ou menos integrado de Estilo de vida
práticas que um indivíduo adopta não só
porque essas práticas satisfazem
necessidades utilitárias, mas porque dão
forma material a uma narrativa particular de
auto-identidade.” Giddens, 1997, 75
“O mercado alimenta-se da
infelicidade que gera: os
medos, ansiedades e
sofrimentos de inadequação
pessoal que induz libertam
o comportamento do
consumidor indispensável à
sua continuação.”
Bauman, cit em Giddens, 1997, 183
A pluralidade de escolhas e a confiança nos
sistemas abstractos condiciona o nosso
planeamento de vida (aceitamos o saber técnico
mas duvidamos dele. Essa pluralidade está presente
nas transformações da intimidade. Na política da
vida, o corpo e o self é trabalhado numa apropriação
reflexiva, uma busca de identidade (reprodução
biológica, contracepção, fertilização in vitro,
diagnóstico de pré-implantação, problemas
ecológicos, energia nuclear, tecnologia militar,
globalização)
Será que esta auto-interrogação é uma absoluta
novidade moderna?
“A enkrateia caracteriza-se
mais por uma forma activa
de domínio de si que
permite resistir ou lutar e
assegurar o domínio no
campo dos desejos e dos
prazeres.”
Foucault, 1994, 77
Modos de subjectivação
“As reflexões morais na Antiguidade grega
ou greco-romana foram muito mais Reflexão sobre si
orientadas para as práticas de si e para a
questão da askésis do que para as
codificações de condutas e para a
definição estrita do permitido e do
proibido.”
Constituição
Foucault, 1983, 559-560
de si próprio
como sujeito
Referências
Giddens, Anthony, (2002) As Consequências da Modernidade, Oeiras, Celta
Beck, Ulrich, (2001) La Société du Risque. Sur la voie d’une autre modernité,
Paris, Flammarion