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Pesquisa em Eficácia e

Melhoramento Escolar

Seminário: Política Educacional


para uma Escola Eficaz
FESP, Rio de Janeiro
23 de março, 2009
Definições

 Eficácia Escolar – “Uma escola eficaz é aquela


em que os alunos progridem mais do que se
poderia imaginar, levando em consideração as
características dos alunos” (origem social e
aprendizagem anterior)(Reynolds)
 Melhoramento Escolar – Um processo coletivo
de revisão e reforma dos procedimentos
organizacionais e curriculares da escola, muitas
vezes liderado por agentes externos, voltado para
melhoria nos padrões de qualidade e nos
resultados dos alunos.
Raízes – Relatório Coleman (1966)

 relatório “Equality of Educational Opportunity”


(Igualdade de Oportunidades Educacionais)
 survey de 645.000 alunos, 60.000 professores,
4.000 escolas
 encomendado pelo Congresso Americano (previsto
na Lei de Direitos Civis - Civil Rights Act – de
1964)
 Pressupostos:
 distribuição desigual de qualidade por região e por
grupo racial
 que a eliminação dessas desigualdades contribuiria
para a criação de uma sociedade mais igualitária
Resultados

 as escolas não variavam tanto quanto se


imaginava
 as variações entre as escolas não explicavam a
variação no desempenho dos alunos em testes
padronizados (p.ex. o gasto distrital com
educação por aluno para alunos negros e
brancos do nordeste explicava menos do que
1% da variação observada no desempenho
escolar, no 6º, 9º e 12º anos )
 eram os antecedentes sociais e étnicos dos
alunos que explicavam a variação
Polêmica
 Se as escolas não conseguem superar a
pobreza, o baixo nível educacional dos pais,
etc. (os fatores ‘não escolares’) então a
política de combater a desigualdade social e
racial mediante a melhor distribuição dos
investimentos em educação é inútil
 Jencks (1972): “As diferenças entre as
escolas tem efeitos triviais a longo prazo e
[..] a eliminação das diferenças entre as
escolas não contribuiria em quase nada
para tornar os adultos mais iguais”
 Relatório Plowden (Inglaterra 1967):
107 escolas inglesas
 Contribuição percentual das atitudes dos pais,
condições do lar e condições da escola na
variação de desempenho escolar.

Todos os
Infantil 1ª Série 4ª Série
alunos
Atitudes dos pais 24 20 39 28
Circunstâncias da
16 25 17 20
casa
Condições da
20 22 12 17
escola
Não explicada 40 33 32 35
A escola não faz diferença

 Fácil de chegar à conclusão que não faz


diferença em qual escola o indivíduo
estuda ou ‘a escola não faz diferença’
 Teoria da reprodução e.g. Bowles e Gintis
(teoria da correspondência, 1976) fornece
uma explicação marxista - desigualdades
estruturais - para a incapacidade da escola
em promover mudanças
 Pessimismo pedagógico
A reação
 Problemas metodológicos – Coleman et al medindo a coisa
errada:
 Ênfase em poucas variáveis p. ex. no. de livros na biblioteca,
no. de alunos por professor, gastos médios por aluno. Nessas
dimensões as escolas não são muito diferentes.
 Não olharam valores, atitudes ou a vida interna da escola (a
falta de correlação pode indicar somente que a as variáveis
escolhidas foram irrelevantes).
 Insumos mensuráveis (manipuláveis), de “condições” e não
de “atividades” ou de “processos”
 Medida de output/resultado - Coleman usou uma única
medida - competência verbal (menos afetada que outras
matérias do currículo, p.ex. ciência, matemática.)
 Não controlaram pelas diferenças “de entrada”, e não fizeram
medições repetidas de desempenho.
A reação (cont.)

 Reflete uma visão economicista: a escola como


uma linha de produção - input-output
(insumos-resultados)
 Os resultados mostram que a influência da
escola é menor que a da família, não que é
insignificante
 A escola faz diferença para os pais: sabem
que uma escola (ou professora) pode produzir
melhores resultados que outra.
Pesquisa sobre Eficácia Escolar

 O início da pesquisa intitulada School


Effectiveness Research = Metodologias para
separar os efeitos da escola dos efeitos do
background social dos alunos e controlar
pelas diferenças entre os alunos ao entrar
para a escola.
 Muitas pesquisas sobre a) “outliers” b)
comparações entre escolas eficazes e não
eficazes e, c) entre escolas eficazes e escolas
médias. Todos mostram a necessidade de
fazer pesquisa no interior da escola e tratar a
escola como instituição social complexa
“15.000 Horas” Rutter, Maughan, Mortimore e
Ouston (1979)
 Amostra de escolas de ensino médio de Londres: encontrou grandes
variações entre os alunos em termos de comportamento, freqüência,
delinqüência e desempenho que não podiam ser explicadas só pelas
características dos alunos.
 Variações entre as escolas eram razoavelmente estáveis (4-5 anos)
 As escolas tinham desempenho similar em todas as medidas, ou seja, as
diferentes medidas de sucesso da escola estavam correlacionadas.
 As diferenças não estavam relacionadas com a infra-estrutura física das
escolas senão com as suas características como instituições sociais.
 Ênfase no acadêmico
 Estrutura de incentivos (prêmios/recompensas/elogios v. punições)
 Responsabilidades dadas aos alunos
 Envolvimento de todos (aluno, professor) nas decisões
 Gestão eficaz da sala de aula (preparação, poucas interrupções, disciplina
discreta
 O efeito total das variáveis maior do que a soma de cada um. Chamou
este efeito de fator ‘clima’ ou ‘etos’ da escola, ligado aos seus valores.
 Que havia uma relação causal entre processos escolares e resultados. Ou
seja, a escola pode fazer a diferença.
Brookover et al (1978,1979)

 Necessidade de superar a falta de medidas do


processo escolar (sem os processos, a proporção da
variância atribuída as condições sócio-econômicas
aumenta)
 Criou escalas socio-psicológicos para medir clima
 Senso de futilidade acadêmica
 Auto-conceito acadêmica
 Expectativas dos professores
 Clima acadêmico
 Amostra não só de escolas urbanas e pobres, na
tentativa de descobrir efeito do contexto
Modelo de 5 fatores
 Mesmo havendo listas com até 20 fatores, os
estudos pareciam convergir para uma lista de
5 - o “modelo de eficácia de 5 fatores”:
 Liderança educacional forte
 Ênfase na aquisição de competências
básicas
 Um ambiente ordeiro e seguro
 Altas expectativas com relação ao
desempenho dos alunos
 Avaliação freqüente da aprendizagem
“School Matters” (A Escola Tem Importância),
Mortimore, Sammons, Stoll, Lewis e Ecob (1988)

 Relação entre as pontuações das escolas quanto ao total de efeitos


positivos nos resultados cognitivos e não-cognitivos: mostra que as
escolas não são igualmente eficazes em todas as dimensões.
Numero de resultados não-cognitivos positivos
Número
Um Dois Três Quatro Cinco Seis Sete de
escolas
Número Nenhum 2 1 4
1
de
resultados Um 2 2 1 1 1 1 8
cognitivos Dois 2 3 6 5 16
positivos
Três 1 2 5 1 4 1 14
Quatro 2 2 1 5
Número de
5 8 9 10 8 5 2 47
escolas
Equidade

 Rutter também sugere


que a escola é
igualmente eficaz (ou
ineficaz) para todos os
alunos,
independentemente das
suas características
pessoais. Pesquisa dos
anos 80 começa a
mostrar o contrário,
que escolas podem ser
melhores para alguns
do que para outros.
Os processos da escola eficaz

1. Os processos de liderança eficaz 6. Enfatizar as responsabilidades e direitos


Firme, com objetivos claros dos alunos
Envolvendo os outros Responsabilidades
Liderança pedagógica Direitos
Monitoramento pessoal
7. Monitorar o progresso em todos os níveis
2. Os processos de ensino eficaz No nível da escola
Propósitos consistentes Da sala de aula
Prática consistente Do aluno
Colaboração/senso de equipe
8. Desenvolver capacidade do professor em
3. Desenvolver e manter o foco na
loco
aprendizagem Ligada à escola
Foco no desempenho acadêmico Integrada com programas de desenvolvimento
Maximizando o tempo de instrução profissional
4. Produzir uma cultura escolar 9. Envolver os pais de forma produtiva e
positiva apropriada
Criando uma visão compartilhada Evitando influências negativas
Um ambiente ordeiro Encorajando interações positivas
Enfatizando reforços positivos
5. Criar expectativas altas 10. Ênfase na equidade
Para alunos Distribuição de recursos
Para professores Ação afirmativa
Valor agregado

35
Desempenho Posterior

30
Escola 1
25 Escola 2

20 Escola 3

15
1 2 3 4 5
Desempenho Prévio
Melhoramento Escolar
 Dois campos distintos (a pesar dos objetivos de
melhoramento dos pesquisadores nos EEUU)
 Fases do campo de melhoramento
 Novos materiais curriculares (anos 60)
 Documentação do fracasso de mudanças impostas
(anos 70)
 Estudos de melhoramento (anos 80)
 Política em si não muda resultados
 Processo de implementação determina resultados
 Variação local é a regra/uniformidade é a exceção
 Gestão da mudança (anos 90)
 Fases: iniciação, implementação, institucionalização
Influencia da pesquisa escola eficaz
 Nos resultados procurados – mais os resultados dos
alunos (e menos a opinião dos professores)
 Uso de dados quantitativos
 Ênfase na contribuição prática e não na coerência
política
 Atividade do professor e não a escola como alvo
principal
 Treinamento especifico e prolongado
 Assistência a nível de sala de aula
 Observação de outros projetos/atividades pelo professor
 Reuniões regulares
 Participação nas decisões do projeto
 Desenvolvimento local dos materiais
 Participação do diretor junto com os professores nos
treinamentos
Existe o campo de melhoramento escolar no
Brasil?

 Sistemas centralizados

 Falta de autonomia

 Falta de orçamento local

 O peso da burocracia dos sistemas públicos

 A falta de pesquisa e de agentes de


melhoramento

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