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O documento discute as diferenças entre testemunho por relato espontâneo e obtido por interrogatório. Relato espontâneo é mais vivo mas menos útil, enquanto interrogatório fornece dados mais concretos mas menos exatos devido a falhas comuns como sugestão. A entrevista cognitiva foi desenvolvida para obter depoimentos mais precisos seguindo etapas como construção de relacionamento e recriação do contexto original.
O documento discute as diferenças entre testemunho por relato espontâneo e obtido por interrogatório. Relato espontâneo é mais vivo mas menos útil, enquanto interrogatório fornece dados mais concretos mas menos exatos devido a falhas comuns como sugestão. A entrevista cognitiva foi desenvolvida para obter depoimentos mais precisos seguindo etapas como construção de relacionamento e recriação do contexto original.
O documento discute as diferenças entre testemunho por relato espontâneo e obtido por interrogatório. Relato espontâneo é mais vivo mas menos útil, enquanto interrogatório fornece dados mais concretos mas menos exatos devido a falhas comuns como sugestão. A entrevista cognitiva foi desenvolvida para obter depoimentos mais precisos seguindo etapas como construção de relacionamento e recriação do contexto original.
Erick Arajo, Erisson Oliveira, Joo Alberto e Tarcisio Lovato. O testemunho de uma pessoa sobre determinado acontecimento depende, essencialmente, de cinco fatores, sendo cada um deles definido por outros fatores: O modo como percebeu o acontecimento: depende das condies externas e internas de observao. O modo como sua memria o conservou: depende do funcionamento mnmico. O modo como ele capaz de evoc-lo: depende do fator psico-orgnico. O modo como quer express-lo: depende do grau de sinceridade, sendo puramente psquico. O modo como pode express-lo: depende do grau de aptido expressiva.
A percepo dos fatos a testemunhar foram estudados sob dois mtodos diferentes: Quantitativo -> estabelecer as denominadas curvas de olvido, e dizer, a marcha do processo natural de embotamento das recordaes neutras, e as curvas de expresso, que se observa nas recordaes emocionais. Qualitativo -> como alterar uma percepo por outras sensaes, quais condies e propores se associam as diferentes percepes do mesmo territrio sensorial e como se diferenciam de pessoa para pessoa, e quais os tipos individuais de percepo. A memria da testemunha, tal qual a percepo, tambm estudada sob a luz destes dois mtodos. Estuda as deformaes de ambas as classes de recordaes (pseudomemrias).
Causas mais comuns da inexatido do testemunho Hbito -> Descrever os sucessos como costumam ocorrer em vez de como ocorreram em realidade.
Sugesto -> Direcionar o sentido da pergunta, fazendo com que a resposta seja a esperada.
Transposio cronolgica -> A situao a testemunhar a de que o sujeito cr sucedido depois feitos acontecidos antes e vice versa.
Tendncia afetiva -> O sujeito sente simpatia ou antipatia no s para as pessoas, seno para todo o existente. Relato espontneo Prs -> Mais vivo, puro. Contras -> Acrescenta elementos em nada teis para o processo. Concluso -> pequena a percentagem que diz tudo o que interessa e nada mais do que interessa. Relato obtido por interrogatrio Prs -> Menos elementos interpolados inteis. Contras -> O conflito resultante entre o que o indivduo sabe, e o que as perguntas o fazem achar que deve saber, resulta em 3 motivos que podem levar a uma resposta falsa: 1) A idia implcita contida na pergunta pode levar a uma outra no concordante com o que se ter de testemunhar; 2) A pergunta pode fazer o indivduo sentir a existncia de uma lacuna em sua histria, o que acarreta em uma resposta baseada no acaso ou na deduo lgica; 3) A pergunta pode deixar o indivduo com medo, levando-o a dar uma resposta falsa. Concluso -> Oferece dados mais concretos; no entanto, menos exatos.
Dez falhas mais comuns dos entrevistadores forenses
Devido s falhas presentes nos interrogatrios e da facilidade de se distorcer as lembranas, foi desenvolvida a tcnica da entrevista cognitiva nos anos 80 com o objetivo de obter depoimentos mais detalhados e precisos a partir dos conhecimentos cientficos sobre a memria. Comeando pelas Dez falhas mais comuns dos entrevistadores forenses: 1. No explicar o propsito da entrevista 2. No explicar as regras bsicas da sistemtica da entrevista 3. No estabelecer rapport (relacionamento profissional) Erro grave porque fundamental deixar a testemunha num ambiente confortvel e que confie no entrevistador porque provavelmente recm veio de uma experincia traumtica, assim, fica mais fcil de fazer o interrogatrio e obter todos os detalhes necessrios 4. No solicitar o relato livre 5. Basear-se em perguntas fechadas e no fazer perguntas abertas Fechadas propiciam que o entrevistado responda apenas sim ou no ou escolha uma alternativa. Exemplo: era manh, tarde ou noite quando o crime aconteceu? Abertas permitem obter mais informaes, exemplo: o que voc viu quando entrou na loja? 6. Fazer perguntas sugestivas e/ou confirmatrias Sugestivas expressam, implcita ou explicitamente, a opinio do entrevistador, conduzindo a testemunha a uma determinada resposta. Exemplo: fulano um bandido foragido e no momento do fato estava nas imediaes, voc acha que ele possua algum envolvimento com o crime? Confirmatrias procuram confirmar aquilo que foi dito ou uma hiptese levantada pelo entrevistador exemplo: est me dizendo que viu o seu vizinho no local do crime? Sendo que a testemunha falou apenas que a pessoa do local do crime lembrava o seu vizinho. 7. No acompanhar o que a testemunha recm disse 8. No permitir pausas 9. Interromper a testemunha quando ela est falando 10. No fazer o fechamento da entrevista
Etapas da Entrevista Cognitiva O termo cognitivo est relacionado ao conhecimento, ou seja, o entrevistador quer saber o que a testemunha conhece sobre o fato que viveu ou presenciou. Pra isso so seguidas as seguintes etapas: 1. Construo do Rapport: tem o objetivo de personalizar a entrevista, acolher a testemunha, discutir assuntos neutros, explicar o objetivo da entrevista e transferir o controle para o entrevistado e deixar a testemunha descrever o evento da sua maneira e no seu ritmo 2. Recriao do Contexto original: restabelecer mentalmente o contexto no qual a situao ou crime ocorreu, o contexto de ambiente, de percepo e afetivo 3. Narrativa Livre somente obtm o relato livre da testemunha, sem interrupes 4. Questionamento: deve ser compatvel com o nvel de compreenso da testemunha, priorizar o uso de perguntas abertas, obter esclarecimentos e detalhamento do relato e possibilitar mltiplas recuperaes. 5. Fechamento: fornecer o resumo das informaes obtidas, discutir tpicos neutros Tudo isso para evitar a perda de detalhes importantes e para combater possveis falsas memrias que a testemunha tenha adquirido.