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ETNOPEDAGOGIA

MOVIMENTO PEDAGÓGICO
MULTICULTURAL E PLURIÉTNICO

Site Brasileiro de Etnopedagogia

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Sumário
Pensamento Documentos Garimpagem
antropológico etnográficos etnopedagógica I

Conceitos de Etnomodelos e Garimpagem


cultura - I e II etnométodos etnopedagógica II

Urdiduras, tramas Ciências Oficinas


e colorações etnoantropológicas etnopedagógicas

Vivências Princípio Comunidade e


etnoantropológicas hologramático formação

Conceitos de Conceitos de Ação pedagógica


cultura - III e IV etnopedagogia cooperativa

Bibliografia
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Pensamento antropológico
Todo estudo centrado em Antropologia Cultural tem por base quatro
enfoques interdependentes, co-geradores de uma única visão global e
complexa da realidade humana: anthropos, ethnos, oikos, chronos.

Anthropos Ethnos
A mulher A nação
O homem O povo
A realidade individual; A realidade coletiva;
a “natureza humana” a sociedade interAtiva das
primordial. mulheres e dos homens.

Oikos Chronos
A casa O tempo
O território O fluxo
O espaço natural; O transcurso natural;
o ambiente de vivência. a "pulsação" cósmica.
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Conceitos de cultura – Esboços I e II
A partir dos enfoques co-dependentes, anthropos, ethnos, oikos e chronos,
pode-se esboçar conceitos de cultura numa abordagem etnoantropológica.

Esboço I – Simplista.

Cultura é o complexo da sociedade interAtiva


das mulheres e dos homens partícipes no tempo
e espaço.
Esboço II – “Corajoso” (há centenas de conceitos de cultura).

Cultura é a construção-reconstrução das


realidades individual e coletiva das mulheres e
dos homens, imersos em seus espaços de
vivência, no transcurso natural de suas
existências (lato sensu).

Idéias-chave: Mutabilidade, r-Evolução.


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Urdiduras, tramas e colorações
As naturezas, as interações, as organizações e as transformações,
e todos os temas e subtemas que elas comportam, formam uma rede de
anéis de conhecimentos etnoantropológicos extremamente fértil. O
entendimento dessa complexa urdidura, suporte de um verdadeiro
tecido-cognitivo de diferentes tramas e colorações, permite a descoberta de
seus etnomodelos e etnométodos, forjadores das ferramentas e
procedimentos para as pesquisas no âmbito das ciências etnoantropológicas.

As naturezas As interações As organizações As transformações


O Cosmo As intervenções As estruturas As mutações
A Terra As apropriações As manifestações As adaptações
A Mulher ... ... ...
O Homem
Com técnica Da família No ambiente
...
Com trabalho Da comunidade Na economia
O território Com habitação Da instituição Na família
O clima Com vestimenta Da nação Na instituição
A fauna Com alimentação Do mito ...
A flora ... Do rito
... Da linguagem
...
Idéias-chave: Modelos, Parâmetros, Etnocurrículos.
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Vivências etnoantropológicas
A presença humana é determinante na dinâmica r-evolutiva das
naturezas, interações, organizações e transformações. Nesse processo,
o grupo social é responsável pelo desenho da própria cultura.

"(...) as sociedades só existem e as culturas só se formam,


conservam, transmitem e desenvolvem através das interações
cerebrais/espirituais entre os indivíduos.“ Edgar Morin, O Método 4, p.23.

Compreender as vivências etnoantropológicas é fundamental para


entender os conceitos de etnomodelos e etnométodos.
Uma vivência caracteriza-se pelas interdependências das “variáveis”
naturezas, interações, organizações, transformações; V (n, i, o, t).
Exemplos:
Vivência pessoal Vp (Pedro, i, o, t)
Vivência interpessoal Vip {(Pedro, i, o, t), (Mara, i, o, t), ...}
Vivência pedagógica Vorg {(Pedro, i, Anhembi, t), (Mara, i, Anhembi, t), ...}
Vivência profissional Vprof {(Pedro, designer, o, t), (Mara, escultora, o, t), ...}
Vivência intercultural Vic {(Pedro, i, Brasil, t), (Mara, i, Angola, t), ...}
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Conceitos de cultura – Esboços III e IV
As vivências identificadas pela compreensão das naturezas
(principalmente da mulher e do homem como naturezas primordiais),
pelo entendimento das interações, pelo estabelecimento das
organizações e pela participação nas transformações nos permitem
retomar os conceitos de cultura.

Esboço III – Minimalista (do exposto e uma “colagem” de Houaiss).

Cultura são as vivências etnoantropológicas


que distinguem um grupo social.

Esboço IV – Houaiss Eletrônico, acepção 6, antropologia.

Cultura é o conjunto de padrões de


comportamento, crenças, conhecimentos,
costumes etc. que distinguem um grupo social.

Idéias-chave: Convivência, Cognição, Valores.


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Documentos etnográficos
As vivências geram produções etnoantropológicas. Essas produções
originam e/ou constituem a própria etnografia de uma cultura.

São documentos etnográficos os registros provenientes da


oralidade de um povo, de sua expressividade corporal, de
sua escrita, de sua arte, de sua tecnologia...
Por meio da etnografia, as produções de uma cultura objetivam a própria
cultura. Uma cultura é, antes de tudo, revelada pelo registro dessa
mesma cultura.

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Etnomodelos e etnométodos
"Se a cultura contém um saber coletivo acumulado em memória social, se
é portadora de princípios, modelos, esquemas de conhecimento, se gera
uma visão de mundo, se a linguagem e o mito são partes constitutivas da
cultura, então a cultura não comporta somente uma dimensão cognitiva:
é uma máquina cognitiva cuja práxis é cognitiva.“ Edgar Morin, O Método 4, p.23.
Um etnomodelo é uma aplicação entre diferentes vivências e suas
produções etnoantropológicas. M {(V1, P1); (V2, P2)} gera (V3, P3).

Vivência 1 Vivência 2
(Pedro, designer, Brasil, t) (Mara, escultora, Angola, t)

Produção 1 Produção 2
(oralidade, corporeidade, escrita, arte, tecnologia, ...) (oralidade, corporeidade, escrita, arte, tecnologia, ...)

Vivência 3 - Produção 3
{(Pedro, designer, Brasil, M); (Mara, escultora, Angola, M)} - (oralidade, corporeidade, escrita, arte, tecnologia, ...)

Em (V3, P3) há uma transformação por etnomodelagem.

Um etnométodo é uma escolha seletiva dos procedimentos e


reflexões decorrentes das práticas de etnomodelagem.
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Ciências etnoantropológicas
Os referenciais etnoantropológicos, centrados em princípios multiculturais
e pluriétnicos, são geradores de inúmeras etno-x em pleno processo de
desenvolvimento:

Etnobotânica Etnofotografia
Etnoastronomia Etnodesign
Etnomatemática Etnomúsica
Etnolingüística Etnoteatro
Etnopoesia Etnodança
Etnogastronomia Etnopolítica

Etnofarmacologia Etnopedagogia...

Idéia-chave: Etnociência.
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Princípio hologramático
"(...) as instâncias produtoras do conhecimento
se co-produzem umas às outras; há uma unidade
recursiva complexa entre produtores e produtos
do conhecimento, ao mesmo tempo que há
relação hologramática entre cada uma das
instâncias produtoras e produtivas, cada uma
contendo as outras e, nesse sentido, cada uma
contendo o todo enquanto todo.
Significa dizer não apenas que o menor conhecimento comporta
elementos biológicos, cerebrais, culturais, sociais, históricos. Quer
dizer sobretudo que a idéia mais simples necessita conjuntamente
de uma formidável complexidade bioantropológica, de uma
hipercomplexidade sociocultural. Falar em complexidade é, como
vimos, falar em relação simultaneamente complementar,
concorrente, antagônica, recursiva e hologramática entre essas
instâncias co-geradoras de conhecimentos.“ Edgar Morin, O Método 4, p.26-27.
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Conceitos de etnopedagogia
Esboço I – Princípio recursivo e hologramático (válido, mas pouco simpático).

Conceituando-se o todo, conceituam-se as suas partes (dito e feito!).

O pensamento etnopedagógico inscreve-se no pensamento


antropológico, bem como nos conceitos de cultura. O mesmo se dá
para a etnografia no âmbito pedagógico e para as vivências e
produções etnopedagógicas. Valem, sobremaneira, as
similaridades para etnomodelos e etnométodos pedagógicos.

Esboço II – Ortodoxo (recorrente).

Uma etnopedagogia trata da totalidade das vivências de


aprendizagem dos membros de uma comunidade que se
interagem no tempo e no espaço, sujeitos-produtores dos
seus próprios etnomodelos e etnométodos, promovendo e
sofrendo transformações socioculturais e ambientais no
meio em que coabitam.
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Garimpagem etnopedagógica I
Etnogastronomia
Uma vocação da cidade de São Paulo é o turismo gastronômico.
Muitos não conhecem devidamente esse nosso potencial.
São notáveis as oportunidades para se saborear a “culinária do
imigrante” e, igualmente, a nossa privilegiada cozinha regional.
Um programa etnopedagógico em consonância com as diretrizes do
Centro Gastronômico da Universidade Anhembi Morumbi, conhecido
por sua excelência, pode proporcionar, além dos projetos similares em
andamento, muitos outros “bons pratos” para degustar.
A revitalização do centro da cidade pode incorporar iniciativas nesse
setor. Vale a pena conhecer a reduzida e magnífica produção de pães e
bolos do Mosteiro de São Bento. Uma parceria etnopedagógica???
E o Mercado Municipal da Cantareira? Mosaico de cores e sabores! Ainda
pode revelar preciosidades etnogastronômicas?
E as vivências gastronômicas árabes, japonesas, chinesas, coreanas,
indianas, gregas, alemãs, francesas, espanholas, italianas...?

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Garimpagem etnopedagógica II
Etnodesign / Etnografismo Kadiwéu
Em 1998, por iniciativa do escritório de arquitetura Nedelykov Moreira,
de um arquiteto brasileiro residente em Berlim, e do escritório Brasil
Arquitetura, de São Paulo, foram selecionados trabalhos de pinturas
corporais de seis índias Kadiwéu para decorar 50 mil painéis de azulejos
que hoje revestem um conjunto residencial de 3200 apartamentos no
bairro de Hellersdorf, na zona leste de Berlim.
Vivência 1 Vivência 2

Criação de Diva Buss


Papéis Artesanais reciclados e
tingidos com terras brasileiras. 14
Oficinas etnopedagógicas
A organização do "espaço" de trabalho
oficinas de documentação iconográfica; oficinas de multimeios;
oficinas de construção de modelos; oficinas de webArtes; …
oficinas de produção de textos;

O centro de documentação coletivo


bibliotecas de classe; bancos de dados eletrônicos;
fichários coletivos; livros eletrônicos;
livros de vivência; e-books; ...
livretos temáticos;

A comunicação coletiva
murais de classe; exposições de trabalhos;
jornais de classe; fóruns temáticos;
correspondências interescolares; portais e sites web; ...

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Comunidade como fonte de pesquisa
A coleta de informações
entrevistas com profissionais; coletas de documentos etnográficos;
visitas aos centros produtivos; pesquisas bibliográficas;
memória coletiva; pesquisas na Internet; ...
informações jornalísticas;
A oficina como espaço da comunidade
ruptura dos limites; consolidação da consciência coletiva;
acolhida aos visitantes; portais e sites web; ...
respeito às individualidades;

Formação de grupos permanentes


Os núcleos de pesquisa e produção
resoluções de problemas; brinquedotecas;
softwares didáticos; web sites; ...
etnomodelagens;
A comunicação inter-grupos
correspondências coletivas;
encontros interescolares;
co-participações nacional e internacional; ...
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Ação pedagógica cooperativa
A autogestão educativa
livre escolha das oficinas; oportunidade de mudanças de rumo;
respeito aos ritmos individuais; co-responsabilidade; ...

O registro individual e a produção coletiva


criação de materiais de apoio; produção de documentos etnográficos;
elaboração de textos livres; construção de etnomodelos; ...

A vivência e o aprofundamento conceitual


fichas-conceito; avaliações coletivas;
livretos de trabalhos coletivos; auto-avaliações; ...
projetos de pesquisa;

A vida cooperativa
a oficina etnoantropológica; a cooperativa escolar;
os núcleos de produção; os newsgroups; ...

A continuidade
os núcleos de estudos permanentes; o Núcleo Universitário … ;
o Núcleo Escola … ; o Núcleo Cidade de … .
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Bibliografia
ARDUINI, J. Destinação antropológica. São Paulo: Paulinas, 1989.
ASSMANN, H. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente.
Petrópolis: Vozes, 1998.
BERNARDI, B. Introdução aos estudos etno-antropológicos. Lisboa:
Edições 70, 1988.
CANEVACCI, M. A cidade polifônica. 2.ed. São Paulo: Nobel, 1998.
COULON, A. Etnometodologia e educação. Petrópolis: Vozes, 1995.
D`AMBROSIO, U. Etnomatemática. São Paulo: Ática, 1990.
D`AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a
modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
FICHTE, H. Etnopoesia: antropologia poética das religiões afro-
americanas. São Paulo: Brasiliense, 1987.
FREINET, C. Para uma escola do povo. São Paulo: Martins Fontes,
1986.
FREIRE, P. Pedagogia para a autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, M. Diversidade cultural e educação para todos. Rio de
Janeiro: Graal, 1992.
18
LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço.
São Paulo: Loyola, 1998.
MATURANA, H., VARELA, F. A árvore do conhecimento: as bases
biológicas do entendimento humano. Campinas: Psy II, 1995.
MORIN, E. O método 4: as idéias. Porto Alegre: Sulina, 1998.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São
Paulo: Cortez, 2001.
MORIN, E., LE MOIGNE, J-L. A inteligência da complexidade. São Paulo:
Peirópolis, 2000. (Nova Consciência).
PAULA CARVALHO, J. C. Antropologia das organizações e educação. Rio
de Janeiro: Imago, 1990.
RABITTI, G. À procura da dimensão perdida: uma escola de infância de
Reggio Emilia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
TEIXEIRA, M. C. S. Antropologia, cotidiano e educação. Rio de Janeiro:
Imago, 1990.
VIVAR FLORES, A. Antropologia da libertação latino-americana. São
Paulo: Paulinas, 1991.
WHEATLEY, M. J., KELLNER-ROGERS, M. Um caminho mais simples.
São Paulo: Cultrix, 1998.

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