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O documento discute a enfermagem como profissão, inicialmente vista como meramente técnica, mas que passou a valorizar o raciocínio clínico. Aborda também a síncope, definindo-a como perda transitória da consciência devido à hipoperfusão cerebral, e explicando seus mecanismos fisiológicos, como a ativação do sistema nervoso simpático e inibição vagal para manter a homeostasia da pressão arterial.
O documento discute a enfermagem como profissão, inicialmente vista como meramente técnica, mas que passou a valorizar o raciocínio clínico. Aborda também a síncope, definindo-a como perda transitória da consciência devido à hipoperfusão cerebral, e explicando seus mecanismos fisiológicos, como a ativação do sistema nervoso simpático e inibição vagal para manter a homeostasia da pressão arterial.
O documento discute a enfermagem como profissão, inicialmente vista como meramente técnica, mas que passou a valorizar o raciocínio clínico. Aborda também a síncope, definindo-a como perda transitória da consciência devido à hipoperfusão cerebral, e explicando seus mecanismos fisiológicos, como a ativação do sistema nervoso simpático e inibição vagal para manter a homeostasia da pressão arterial.
Durante mui tos anos a enfermagem foi vi sta como uma
profi sso meramente tecni ci sta, aspecto este fortal eci do por muito tempo pelas prprias escolas de enfermagem, que procuravam atender as necessidades de um mercado em contnuo c r e s c i m e n t o e c a r e n t e e m mo de obra est r i t ament e especi al i zada. Aos poucos, com o avano da cincia, as prprias escolas de enfermagem sentem a n e c e s s i d a d e d e s e m u d a r e s s e paradi gma, i ni ci a-se ento i nvesti mentos no processo de v a l or i z a o d o r a c i oc n i o c l n i c o d e s s a c at e g or i a . *
*FEITOZA; Daniela de Souza; FREIITAS; Maria Clia de; SILVEIRA; Rita Edna da - Traumatismo crnioenceflico:: diagnsticos de enfermagem a vtimas atendidas em UTII. Revista eletrnica de Enfermagem,, v.06, n. 02, p. 223-233, 2004. Disponvel em www.fen..uffg.br Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Avaliao Primria O atendimento imediato de pronto socorro consiste em reconhecer rapidamente as condies que o colocam em risco de vida, adotando atitudes que determinem as melhores chances de sobrevida com o menor nmero de sequelas
Nasi, Luis Antnio. Rotinas em Pronto Socorro. Rotinas de Enfermagem na Sala de Emergncia 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2005 Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Organizao do Servio de Urgncia pela Enfermagem Reconhecer situaes com risco de vida. Ter habilidade, destreza e familiaridade com as principais patologias. Reconhecer e procurar reduzir os riscos de complicaes. Evitar infeces. Acomodar o paciente de maneira a facilitar o exame fsico. Preparar o paciente para eventuais intervenes.
Nasi, Luis Antnio. Rotinas em Pronto Socorro. Rotinas de Enfermagem na Sala de Emergncia 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2005 Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Organizao do Servio de Urgncia pela Enfermagem
Assim o enfermeiro tem que assumir um papel de liderana no atendimento de urgncia, mantendo a calma da equipe, organizando o atendimento, priorizando situaes de risco e orientando os demais profissionais envolvidos no atendimento.
Nasi, Luis Antnio. Rotinas em Pronto Socorro. Rotinas de Enfermagem na Sala de Emergncia 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2005 Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia
Sncope Consideraes gerais
Sncope a perda sbita e transitria de conscincia acompanhada de perda do tnus postural, devido a hipoperfuso cerebral, com recuperao espontnea e sem sequelas neurolgicas. Abordagem inicial
A abordagem inicial de pacientes com sncope envolve diversos passos (Suporte Bsico de Vida) antes da suspeita de uma sndrome epilptica. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Principais alteraes da reduo no fornecimento de O 2
Diminuio da sntese de ATP; Gliclise anaerbica cido ltico pH intracelular; Repercusso nas bombas de eletrlitos das membranas celulares Na+ intracelular Reduo da atividade do ciclo de Krebs; Diminuio das snteses celulares; Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Principais alteraes da reduo no fornecimento de O 2 O cido lctico acumulado invade a fenda sinptica, impedindo a transmisso dos impulsos nervosos, alm de ser responsvel pela formao de edema e retardo de mielinizao. Essa perda transitria da conscincia causada gradualmente pela reduo do oxignio cerebral ou por liberao diminuda de glicose, devidas quer baixa dessas substncias no sangue quer reduo do fluxo cerebral. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope O metabolismo do crebro reduz-se o que causa perda da conscincia. Aps aproximadamente um minuto depois da QUEDA, como no existe o efeito da gravidade, o fluxo de sangue para o seu crebro restabelecido e recupera-se a conscincia.
Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope O indivduo ao assumir o ortostatismo aps a posio de decbito prolongado, provoca de imediato, um aumento do "pool venoso nos membros inferiores, por ao da gravidade, o que ativa o sistema nervoso simptico que lana em circulao as catecolaminas. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope Como o sistema nervoso simptico ativado?
A diminuio do fluxo nos receptores, devido diminuio da pr-carga, leva ao aumento do tnus simptico central e a inibio vagal, permitindo a homeostasia da presso arterial. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope As catecolaminas exibem efeitos excitatrios e inibitrios do sistema nervoso perifrico. Os efeitos excitatrios so exercidos nas clulas dos msculos lisos dos vasos que fornecem sangue pele e s membranas mucosas. A funo cardaca tambm est sujeita aos efeitos excitatrios, que levam a um aumento dos batimentos cardacos e da fora de contrao*.
*Neurotransmissores: Diversidade e Funes Por Michael W. . King, Ph.D Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope
Isto conduz a um aumento da frequncia cardaca e da presso arterial fazendo com que haja preservao do fluxo de sangue adequado para o crebro, mesmo na posio de p. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope A reduo da pr-carga ventricular gera uma diminuio das aferncias neuronais para o tronco cerebral com ponto de partida nos mecanorreceptores cardacos, mais conhecidos por fibras C no mielinizadas. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope Estes MECANORREPTORES so sensveis presso e distenso, sendo sobretudo encontrados na parede infero-posterior do ventrculo esquerdo , e comunicam com o TRONCO CEREBRAL, (ncleo dorsal do vago). Os centros de controle da presso sangunea esto localizados no tronco enceflico. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope A diminuio do fluxo nos baroreceptores, devido diminuio da pr-carga, leva ao aumento do tnus simptico central e a inibio vagal, permitindo a homeostasia da presso arterial, isto , a reposta imediata a diminuio da pr-carga, pelo ORTOSTATISMO, fisiologicamente uma estimulao SIMPTICA. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Entendendo a sncope Alguns doentes tem a partir de certa altura, uma desregulao desta homeostasia, com o aparecimento de uma brutal inibio simptica. Provavelmente esta cascata paradoxal desencadeada pela ativao das fibras C. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia O que fibra C? H duas espcies de fibras nervosas que conduzem o estmulo: as chamadas FIBRAS MIELNICAS (tipo delta), que so grossas, de velocidade de conduo rpida; e as FIBRAS AMIELNICAS (tipo C), que so mais finas e de velocidade de conduo dez vezes mais lenta. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia
Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Hipotenso ortosttica A hipotenso arterial ortosttica significa diminuio igual ou superior a 20 mmHg na presso sistlica quando da mudana da posio sentada ou deitada para a posio ereta, o que pode provocar quadros de sncope. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Sncope vasomotora Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Sncope vasomotora Caracteriza-se por uma perda sbita da conscincia causada por um ataque vaso- vagal. A atividade simptica inibida e a atividade parassimptica do nervo vago aumentada, resultando em reduo do dbito cardaco e da resistncia vascular perifrica, vasodilatao e bradicardia. Sncope vasomotora Isto tolerado facilmente por pessoas com funo autonmica normal. Este tipo de sncope uma resposta reflexa dor ou a certos estmulos fisiolgicos. A atividade vagal elevada, atravs da liberao de acetilcolina, diminui a freqncia cardaca.
( Robert M. Berne, Fisiologia 4 ed.1988 ) Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Sncope vasomotora Medicamentos Antihipertensores, antiarrtmicos e antidepressivos so os frmacos normalmente associados perda de conscincia.
Estas drogas podem tornar o doente mais susceptvel para mudanas de presso sangunea. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Anamnese Questionar: Tonturas; Antecedentes de sncope; Diplopia (viso dupla); Cegueira parcial; Cefalia; Jejum prolongado; Palpitaes; Periodicidade das crises; Prdromos (sinal inicial caracterstico de uma doena). Fatores desencadeantes Ambiente fechado, Impacto com a viso de sangue, Stress, Mudana de decbito, Hemorragia, Ansiedade, Dor, Mico, Tosse, Vmitos. Exame fsico Avaliao de sinais vitais (aferir presso arterial em ambos membros superiores em decbito e ortostase); Sinais de trauma; Disfunes neurovegetativas; Exame neurolgico; Verificao da condio hemodinmica; Pesquisa de distrbios metablicos; Hipxia. Exames de rotina Hemograma; Glicemia; Eletrlitos; CK; CKMB; LDH (desidrogenase ltica); ECG; EEG, Rad. do Trax. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Teste de Tilt (Inclinao) O paciente colocado em mesa especial, adaptada para promover, mudanas posturais passivas enquanto feita a monitorao do ritmo cardaco e da presso arterial. Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Cuidados de enfermagem na sincope Avaliar responsividade; Manter cabeceira elevada 30; Manter vias areas prvias; Administrar oxignio conforme Prescrio Mdica; Monitorar oximetria 24h e comunicar se abaixo de 95%; Monitorar FC, FR, e Temp 24 horas, registrar e comunicar anormalidades; Monitorar PA de 30 em 30 minutos; Monitorar ritmo cardaco, observando traado de ECG e comunicar alteraes; Manter permeabilidade da puno venosa registrando data da puno; Observar sinais flogsticos e trocar acesso venoso aps 72 h; Cuidados de enfermagem Avaliar perfuso tissular e comunicar anormalidades; Realizar exame neurolgico nvel de conscincia, e escala de coma de Glasgow; Avaliar tamanho e simetria das pupilas e reao luz; Realizar estmulos dolorosos por Babinsk, ungueal, esternal, supra orbital e comunicar anormalidades; Solicitar laboratrio para coleta de exames; Instalar SVD e observar permeabilidade da mesma e sua mobilidade; Realizar balano hidroeletroltico 24 horas; Observar e registrar cor, odor, volume da diurese; Avaliar presso do CUFF do TOT de 2 em 2 horas mantendo entre 25 a 30cm de gua; Monitorar PVC, comunicando anormalidades;
Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Cuidados de enfermagem Trocar fixao do TOT de 12/12h ou quando necessrio; Realizar glicemia capilar conforme Prescrio Mdica; Realizar higiene oral 3 vezes ao dia ou quando necessrio; Realizar higiene 1 vez ao dia ou sempre que necessrio; Realizar mudana de decbito de 2 em 2 horas; Acionar RX conforme conduta mdica para auxlio a diagnstico; Manter integridade da crnea com gaze umedecida; Manter permeabilidade da SNG, registrando aspecto e volume da secreo gstrica; Manter vias areas desobstrudas, aspirando sempre que necessrio; Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia Cuidados de enfermagem Manter material de emergncia prximo ao paciente; Manter proteo lateral do leito elevado; Realizar ECG e Glicemia capilar conforme prescrio mdica; Avaliar superfcie corporal e registrar integridade da pele; Proteger proeminncias sseas; Manter gua no Umidificador da VM no nvel mximo trocando de 6 em 6 horas; Manter conexes da VM desobstrudas trocando de 6 em 6 horas ou sempre que necessrio; Manter parmetros da VM conforme conduta mdica e comunicar anormalidades; Manter a famlia informada sobre o estado do paciente; Enf. Cleidilene L. Santos Especialista em Urgncia e Emergncia