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Este poema descreve a viagem de um onzeneiro (usurário) para o inferno após sua morte. O Diabo, o arrais da barca do inferno, recebe o onzeneiro que tenta embarcar. O onzeneiro tenta ir para o céu com a barca do anjo, mas é rejeitado por seus pecados de usura. Ele é forçado a embarcar na barca do inferno.
Este poema descreve a viagem de um onzeneiro (usurário) para o inferno após sua morte. O Diabo, o arrais da barca do inferno, recebe o onzeneiro que tenta embarcar. O onzeneiro tenta ir para o céu com a barca do anjo, mas é rejeitado por seus pecados de usura. Ele é forçado a embarcar na barca do inferno.
Este poema descreve a viagem de um onzeneiro (usurário) para o inferno após sua morte. O Diabo, o arrais da barca do inferno, recebe o onzeneiro que tenta embarcar. O onzeneiro tenta ir para o céu com a barca do anjo, mas é rejeitado por seus pecados de usura. Ele é forçado a embarcar na barca do inferno.
Vem um onzeneiro, e pergunta ao arrais do Inferno,
dizendo: Onzeneiro - Pera onde caminhais? Diabo Oh! que m hora venhais, onzeneiro, meu parente! Como tardastes vs tanto? Onzeneiro - Mais quisera eu l tardar Na safra do apanhar me deu Saturno quebranto.
Diabo Ora mui muito mespanto
nom vos livrar o dinheiro! Onzeneiro - Solamente pera o barqueiro nom me leixaram nem tanto Diabo Ora entrai, entrai aqui! Onzeneiro - No hei eu I d embarcar! Diabo Oh! que gentil recear, e que cousas pera mi! Onzeneiro - Ainda agora faleci, leixa-me buscar batel! Pesar de So Pimentel, Nunca tanta pressa vi! Pera onde a viagem?
Diabo Pera onde tu hs-de ir.
Onzeneiro - Havemos logo de partir? Diabo No cures de mais linguagem. Onzeneiro - Pera onde a passagem? Diabo Pera a infernal comarca. Onzeneiro - Dix! Nom vou eu em tal barca. Estoutra tem avantagem.
Vai-se barca do anjo e diz:
Hou da barca! Houl! Hou! Havs logo de partir? Anjo E onde queres tu ir? Onzeneiro - Eu pera o Paraso vou. Anjo Pois canteu mui fora estou de te levar para l. Essa barca que l est vai pera quem te enganou.
Onzeneiro - Porqu? Anjo Porque esse bolso tomara todo o navio. Onzeneiro - Juro a Deus que vai vazio! Anjo No j no teu corao. Onzeneiro - L me fica de rodo minha fazenda e alhea. Anjo onzena, como s fea e filha de maldio!
Torna o Onzeneiro barca do Inferno e diz:
Onzeneiro - Houl! Hou demo barqueiro! Sabs vs no que me fundo? Quero l tornar ao mundo e trarei o meu dinheiro. Aqueloutro marinheiro, porque me v vir sem nada, d-me tanta borregada como arrais l do Barreiro.
Diabo -
Entra, entra! Remars!
Nom percamos mais mar! Onzeneiro - Todavia Diabo Per for! Que te ps, c entrars! Irs servir Santans porque sempre te ajudou. Onzeneiro - triste, quem me cegou? Diabo Cal-te, que c chorars.