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O documento discute distúrbios ácido-base no organismo, incluindo:
1) A importância do pH sanguíneo e dos sistemas tampão para manter as reações químicas corporais;
2) As causas e manifestações clínicas da acidose metabólica, incluindo a acidose lática e cetoacidose;
3) O tratamento da acidose metabólica com bicarbonato de sódio.
O documento discute distúrbios ácido-base no organismo, incluindo:
1) A importância do pH sanguíneo e dos sistemas tampão para manter as reações químicas corporais;
2) As causas e manifestações clínicas da acidose metabólica, incluindo a acidose lática e cetoacidose;
3) O tratamento da acidose metabólica com bicarbonato de sódio.
O documento discute distúrbios ácido-base no organismo, incluindo:
1) A importância do pH sanguíneo e dos sistemas tampão para manter as reações químicas corporais;
2) As causas e manifestações clínicas da acidose metabólica, incluindo a acidose lática e cetoacidose;
3) O tratamento da acidose metabólica com bicarbonato de sódio.
INTRODUÇAO • O organismo funciona por meio de inúmeras reações químicas que, para ocorrerem de maneira ótima, dependem de alguns fatores, entre eles a concentração dos íons hidrogênio, dessa forma, somente variações tênues dos ácidos e das bases corporais são toleradas. • É de extrema importância, pelos motivos anteriormente citados, a monitorização da concentração dos íons de hidrogênio {H+}, nos fluidos extracelulares, especialmente no plasma sanguíneo • pH expressa a concentração de íon hidrogênio no organismo. • H2O {H+} + {OH-} (IONIZAÇÃO) • pH = 7 (concentrações são iguais) pH <7 (excesso H+); pH> 7 (excesso OH-) • pH sanguíneo é discretamente alcalino ( 7,35 – 7,45) • Sistemas Tampão sistemas constituídos por qualquer substancia capaz de se ligar reversivelmente aos íons hidrogênio, de forma a minimizar as variações do pH, mesmo quando a ela são adicionados ácidos (fracos) ou bases (fracas). • Existem diversos tampões no organismo (intracelular ou extracelular) bicarbonato (principal), proteínas, fosfato, hemoglobina, entre outros. • pH = {HCO3-}/ {CO2} • As variações nas concentrações de CO2 e HCO3, geram tendências de variação do PH. • Torna-se evidente a importância das funçãopulmonar (regula de forma mais rápida) e renal (regula de forma mais lenta) na regulação dos níveis plasmáticos de pH. • Ânion Gap representa a diferença entre os ânions e cátions não-mensuráveis, e é calculado por meio da formula: AG = Na+ - (BIC + Cl-). (valor normal : 8-12 mEq/L) fundamental importância para o estudo dos diferentes tipos de acidose metabólica. • O principal ânion-não mensurável é a ALBUMINA (AG corrigido= AG + 2,5X (4-ALBUMINA)); e os principais cátions não-mensuráveis são cálcio, magnésio, potássio e gamaglobulinas. ACIDOSE METABÓLICA • Diminuição dos níveis sanguíneos de Bicarbonato independentemente do pH. • Valores normais de Bicarbonato sangue: 22-26 mEq/L • Acidose metabólica : Bic <22 mEq/L • Pode ocorre por três causas: • Acumulo de substancias acidas ( p.ex: acido lático → H+ + lactato) • Perda de fluidos contendo Bicarbonato • Retenção apenas de H+ • Principais causas Acidose Metabolica: Ânion Gap Aumentado Ânion Gap Normal (Normoclerêmica) (Hiperclorêmica)
Redução da excreção de Ácidos: Perda de bicarbonato digestiva:
• Insuficiência renal (aguda e crônica) • Diarreia • Fistula entérica, biliar ou pancreática • Alça jejunal, alça ileal • Fármacos Produção de Ácidos aumentados: • Drenagem externa pelo pâncreas ou intestino delgado • Cetoacidose : diabética, alcoólica, jejum • Derivação ureteral • Acidose lática • Intoxicações: metanol, etilenoglicol Perda de bicarbonato renal: • ATR • Inibidores da anidrase carbônica • Hiperparatireoidismo primário • Insuficiência supra renal • Diuréticos poupadores de potássio • Nefropatias intersticiais • Uso de cloreto de amônio
Retenção primaria de H+:
• Fase de resolução da cetoacidose diabética • Nutrição parenteral total • Fase inicial da IRC ACIDOSE METABÓLICA • A eliminação renal de H+ é diretamente proporcional a eliminação de Cl-. • A principal causa de Ac. Metabólica com AG normal é a perda de fluidos contendo bicarbonato, que pode ser Renal (ATR) acidose tubular renal ou Digestiva (diarreia) AG urinário = (Na + K+) urinário - Cl urinário • AG urinário negativo = causa é digestiva AG urinário positivo = causa é renal • Principais manifestações clinicas: • Aumento da ventilação respiratória (respiração de Kussmaul) hiperventilação e diminuição de CO2. • Depressao da contratibilidade cardíaca intrínseca e vasodilatação arterial periférica diminuição do debito cardíaco, hipotensão e hipoperfusão tecidual. • Depressão do SNC cefaleia, letargia, estupor e coma • Complicações metabólicas resistencia a insulina, aumento demanda metabólica, aumento da degradação protéica. • hiperpotassemia Acidose Metabólica • Acidose Lática: • É a mais frequente causa de Ac. Metabólica • Ácido Lático H+ Lactato • O acumulo de Lactato aumenta o AG, pois ele é um ânion não-mensurável • Causas de Acidose Láticas: • Tipo A (hipóxias) • Insuficiências circulatórias (choque sépticos, cardiogênicos, hipovolêmicos, PCR) • Hipoxemia grave (PaO2< 30mmHg) • Anemia grave • Isquemia Mesentérica • Intoxicação por cianeto (nitroprussiato de sódio nipride) e monóxido de carbono • Tipo B (Não Hipóxias) • Insuficiência hepática grave • Neoplasias • Drogas (metformina, ante-retrovirais, isoniazidas, AAS) • Hipertermia • Infecção pelo HIV • Exercício extenuante • Tóxicos (etanol, metanol,estricinina) Acidose Metabólica • Cetoacidose: • Ocorre pelo acumulo de substancias acidas chamadas corpos cetônicos acetona, acido acetoacético e acido beta-hidroxibutírico são utilizado pelas células como fonte de energia na ausência da glicose são produzidos em três situações: diabetes mellitus tipo I descompensada, intoxicação alcoólica (inibe a gliconeogenese hepática) e jejum prolongado. • Insuficiência renal: • H+ + NH3 (amônia) NH4 (amônio) • Na IRC a produção de NH3 esta prejudicada levando a retenção de H+. • Clearance <20ml/mim ocorre acumulo de Ac. Sulfúrico que é o produto final das proteínas. (H2SO4 H+ + HSO3 -). • Na IRA a reposição de Bic sódio esta indicada quando o Bic <15mEq/L ou pH <7,2, enquanto na IRC, para evitar desmineralização óssea devido a acidose crônica, indicar mais precocemente Bic <20mEq/L. Acidose Metabólica • Tratamento: • É baseado na sua etiologia • Nas acidose com AG aumentados corrigir a doença de base • Nas acidose com AG normal uso de bicarbonato. • Efeitos indesejáveis do uso de bicarbonato de sódio: • Piora da hipóxia tecidual • Hipovolemia e hipernatremia • Hipocalcemia sintomática • Redução do pH intracelular • Hipopotassemia • Alcalose rebote • Indicações de uso de bicarbonato intravenoso na Acidose Metabólica: • pH <7,1 Bic <8 mEq/L • Método clássico de reposição de Bic: Déficit de bic em mEq= BE x Peso x 0,3 ( infunde apenas 1/3 da dose em 8 horas) • Método atual de reposição de Bic: Déficit em Bic em mEq = (Bic desejado – Bic encontrado) x peso x 0,6 (o Bic desejado nas acidose severas 10 mEq/L) infundir em 2-3 horas. • Calculo do Bic desejado pela CO2 : Bic desejado = 0,38 x PaCO2 Alcalose Metabólica • A Alcalose Metabólica é conceituada com sendo o aumento do bicarbonato > 26 mEq/L, independentemente do pH • O aumento se dá pela perda de íon H+ (mecanismo mais comum) para as células ou para o meio externo ou quando ocorre um excesso de oferta de bicarbonato nas tentativas de correção de Ac. Metabólicas com bicarbonato ou na ingesta excessiva (alcaloses de retenção) • Causas de Alcalose Metabólica: • Cargas excessivas de bicarbonatos • Administração aguda de álcalis (síndrome leite- Álcali) • Contração de volume extracelular afetivo (hipovolemia) • TGI: vômitos, aspiração gástrica, adenoma viloso, cloridrorreia congênita • Renal: diuréticos, estados de edema, deficiência de K e Mg, recuperação de acidose lática, síndrome de Bartter, Gitelman • Expansão do volume extracelular: • Renina elevada : estenose de artéria renal, hipertensão acelerada, tumor secretor de renina, terapia com estrógeno • Renina baixa: aldosteronismo primário, síndrome de cushing, • Outras : síndrome de Liddle Alcalose Metabólica • Causas especiais de Alcalose metabólica: • Alcalose de contração (hipovolemias) diminuição aguda do volume extracelular, por meio de perda urinaria de agua e NaCl uso de diuréticos • Vômitos e drenagem gástricas o suco gástrico é rico em HCl, logo a perda desse liquido leva a alcalose metabólica. • Diuréticos de alça e tiazidicos essas drogas causa alcalose decorrente da inibição da reabsorção de sódio , seja na alça de Henle (furosemida), seja no túbulo contorcido distal (tiazidicos) causando hipovolemia. • Administração excessiva de bicarbonato ( no tto da acidose metabólicas) ou de seus precursores (citrato anticoagulante usado nos concentrados de Hemarcias são necessárias pelo menos 8 bolsas para o bicarbonato se elevar • Sindrome de Bartter (doença autossômica recessiva que cursa com distúrbio genético da alça de henle semelhante a furosemida) e síndrome de Gitelman ( desordem genética do túbulo contorcido distal semelhante ao tiazídico); síndrome de Liddle ( é uma doença que cursa com quadro clinico semelhante ao Hiperaldosteronismo primaria) Alcalose Metabólica • Manifestações clinicas: • Astenias • Câimbras • Hipotensão postural • Polidpsia • Poliúria • Parestesia • Espasmos musculares • Alterações cardiovasculares (anginas, arritmias ventriculares e supraventriculares, redução do fluxo coronariano) • Alterações metabólicas (Hipopotassemia, hipomagnesemia, hipocalcemia, hipofosfatemiaprodução de ácidos orgânicos) • Alterações respiratórias ( hipoventilação com hipercapnia, desmame de ventilação mecânica difícil) Alcalose Metabólica • Classificação da Alcalose Metabólica: • Cloreto-responsiva Cloreto-resistente • Cloreto urinário <15mEq/L . Cloreto urinário >20mEq/L • Perda de ácidos gástricos . Excesso de mineralocorticoide • Diuréticos . Depleção de potássio • Depleção volêmica • Tratamento: • Sempre buscar o diagnostico etiológico • Alcalemias leves são bem toleradas • Alcalemias severas (pH >7,6) e sintomáticas devem ser tratadas urgentemente. • A maioria das alcaloses é cloreto-responsiva, logo a reposição de cloreto é a principal medida terapêutica, além da suspensão de diuréticos e uso de antiémeticos nos casos de vômitos e bloqueadores de secreção gástrica. • Cloreto-sensíveis: • Corrigir volemia + hipocloremia + Hipopotassemia • Acidose respiratória • As acidose de causa respiratória são decorrentes do aumento da PaCO2 • Toda acidose respiratória tem como mecanismo a hipoventilação pulmonar, resultando na retenção em maior ou menor grau de CO2. • Acidose respiratória primaria é definida por uma PaCO2 > 45mmHg • Podem ser classificadas com aguda (<24 horas) ou crônica (> 24 horas) • A retenção de CO2 cursa com acidose, a qual gera estimulo para um mecanismo compensatório renal através da retenção de bicarbonato começa de 12 a 24 horas e só concluída em cerca de 5 dias. • Acidose respiratória aguda é decorrente de uma doença pulmonar grave, obstrução de vias aéreas por corpo estranho, edema de glote, secreção, entre outros • Acidoses respiratórias crônicas DPOC retentor crônico de CO2, (níveis altos de PaCO2 e baixo nível de Bicarbonato Acidose respiratória • Causas de Acidose Respiratória: • Central • Fármacos, AVC, • Vias respiratórias • Infecção, obstrução, asma, enfisema, bronquite, SARA • Neuromuscular • Poliomielite, cifoescoliose, miastenia, distrofias musculares • Outras • Obesidade e hipoventilação • Quadro clinico: • Aumento rápido PCO2: ansiedade, dispneia, confusão mental, psicose e alucinações • Aumento Lento na PCO2 : distúrbio do sono, perda da memoria, sonolência, dificuldade de coordenação e distúrbios motores (tremores, abalos mioclonais, e asterixe). • Tratamento: • Acidose respiratória aguda fator desencadeador + restauração de uma ventilação alveolar adequada Acidoses respiratórias crônicas: • Muito difícil de ser corrigida • Melhorar a função pulmonar (abandono do tabagismo, uso de O2, fisioterapia respiratória, reabilitação cardiopulmonar) e prevenir fatores que desencadeiam as agudizações. controle da doença. Alcalose Respiratórias • As Alcaloses respiratórias são decorrentes da diminuição da PaCO2 arterial (PaCO2 <35 mmHg) • São decorrentes de hiperventilação alveolar • Classificadas com Agudas e Crônicas, sendo a compensação feita pelo Rim, semelhante a acidose respiratória • Causas da Alcalose Respiratoria: • Agudas: • Ansiedade, histeria, dor, AVC, Insuficiência hepática, hipóxia, febre, sepse • Crônicas: • Alta atitude, doença hepática crônica, intoxicação crônica por salicilatos, aminofilinas e teofilinas; gravidez (achado comum), anemia grave • Quadro clinico: • Tontura, confusão mental, convulsões (diminuição rápida da àCO2) • Arritmias cardíacas • Tratamento: • Resolução da causa básica • No caso Hipocapnia grave ventilação mecânica • Sindrome de hiperventilação tranquilização + respiração em saco de papel durante os ataques sintomáticos (ar rico em CO2) + controle do estresse emocional. Distúrbios Secundários (compensatório) e Misto • Os distúrbios primários são acompanhados por alterações compensatórias, com a intenção de atenuar as variações do pH, ou seja, cada distúrbio primário pode apresentar normalmente um distúrbio secundário Distúrbio Distúrbio secundário Magnitude da compensação esparada primário
Acidose metabólica Alcalose respiratória Cada redução 1mEq/L do Bic há redução
1,2mmHg Paco2
Alcalose metabólica Acidose respiratória Cada aumento 1mEq/L do Bic há
aumento 0,6mmHg Paco2
Acidose respiratória Alcalose metabólica Aumento 10mmHg PaCO2 há aumento 1
Aguda ou Crônica mEq/L Bic Aumento 10mmHg PaCO2 há aumento 4 mEq/L Bic
Alcalose respiratória Acidose metabólica redução 10mmHg PaCO2 há reduçao 2
Aguda ou Crônica mEq/L Bic redução 10mmHg PaCO2 há redução 5 mEq/L Bic