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Geografia Aplicada ao Turismo

Aula 1 - A Ciência Geográfica

Prof. Samuel Miranda


ssousa2@fanor.edu.br
Prof. Samuel Miranda
Geógrafo, Mestre em Geografia.
Consultor em Meio Ambiente e Geoprocessamento
Professor da Fanor desde 2012.

Aluno do doutorado em geografia UECE


O que eu quero ser quando crescer?
O que esperar da disciplina de Geografia Aplicada
ao Turismo?
INTRODUÇÃO
A história do pensamento geográfico se inicia
com os gregos, os quais foram a primeira cultura
conhecida a explorar ativamente a Geografia
como ciência e filosofia, sendos os maiores
contribuintes Tales de Mileto, Heródoto,
Eratóstenes, Hiparco, Aristóteles, Estrabão e
Ptolomeu.
Com o colapso
do Império
Romano.

Os grandes
herdeiros da
geografia
grega foram os
árabes.
Os árabes acabaram recuperando e
aprofundando o estudo da geografia, e já no
século XII, AI-Idrisi apresentaria um sofisticado
sistema de classificação climática.
Já no século XV, viajantes
como Bartolomeu Dias e
Cristóvão Colombo
retomaram o interesse a
exploração, descrição
geográfica e mapeamento.
O que é Geografia?
A Geografia é a ciência que estuda a
distribuição dos fenômenos físicos,
biológicos e humanos pela superfície
GEOGRAFIA
da Terra, as causas desta
DESCRITIVA
distribuição e as relações locais
destes fenômenos.
MARTONE, E.

A Geografia é uma ciência de


síntese de todos os fenômenos que GEOGRAFIA
ocorrem na Terra. MODERNA
HUMBOLDT, A.
“A Geografia é a ciência que estuda o espaço
geográfico, espaço produzido pelo homem ao
intervir no meio natural, adaptando-o à sua
exploração, à utilização dos seus recursos,
segundo as formas institucionais e as
disponibilidades culturais, técnicas e
econômicas de que dispõe.”
ANDRADE, M. C.
GEOGRAFIA

FÍSICA HUMANA
GEOMORFOLOGIA

GEOLOGIA

BIOGEOGRAFIA

GEOPOLÍTICA

PEDOLOGIA
GEOGRAFIA CLIMATOLOGIA

GEOFÍSICA

GEOQUÍMICA

ESTATÍSTICA

GEOECONOMIA

...
Mas o que é espaço???
Para o geógrafo Manuel Correia de Andrade:
ESPAÇO NATURAL: é aquele que resultou da própria evolução das
condições naturais, sem que tenha havido interferência da ação do
homem, (Cholley, 1951, p.17).

ESPAÇO GEOGRÁFICO: é aquele produzido pela sociedade de


acordo com o nível de desenvolvimento e com os sistemas
econômicos e sociais dominantes; ele é produzido visando alcançar
determinados fins, aqueles que interessam ao sistema ou à
formação econômico-social dominante.

CIBERESPAÇO: é uma nova dimensão do espaço, proporcionada


pela integração das redes de informação. Também denominado
espaço virtual.
GEOGRAFIA, 1º ano
Conceitos e Princípios Metodológicos da Geografia

ESPAÇO NATURAL ESPAÇO GEOGRÁFICO

Imagens da esquerda pra direita: (a) Dois Irmãos e praia do


sancho em Fernando de Noronha Nordeste do Brasil / autor
desconhecido / GNU Free Documentation License. (b) Olinda-
Recife / Andre Oliveira / Creative Commons - Atribuição 2.0
Genérica. (c) U.S. Navy photo by Mass Communication
Specialist 2nd Class Dominique M. Lasco / Public Domain.

CIBERESPAÇO
MAPA CONCEITUAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

FONTE: MORAES, J. V.
AS CONTRIBUIÇÕES DE AUGUSTO COMTE E
DARWIN PARA A GEOGRAFIA
POSITIVISMO (Augusto Comte): a teoria
elaborada pelo filósofo Augusto Comte, o
positivismo, afirmava que a ciência deveria
deixar de especular sobre a origem dos
fenômenos e se apoiar apenas na observação,
na experimentação e na comparação dos
resultados, procurando a causa dos fenômenos
e formulando leis.
AS CONTRIBUIÇÕES DE AUGUSTO COMTE E
DARWIN PARA A GEOGRAFIA.
DETERMINISMO GEOGRÁFICO (RATZEL):
recebendo forte influência do positivismo e da
teoria evolucionista de Darwin, foi desenvolvida
na Alemanha, por Ratzel, a teoria do
determinismo geográfico. Ratzel sustentava que
as condições ambientais, em especial o clima,
são capazes de influenciar o desenvolvimento
intelectual e cultural das pessoas.
DETERMINISMO X POSSIBILISMO
Em reação ao determinismo, a Escola Francesa,
de Vidal De La Blache, lançou o possibilismo,
que afirmava que as pessoas poderiam atuar no
meio, modificando-o e determinando o seu
desenvolvimento, ou seja, o meio natural
oferece um conjunto de possibilidades, e sua
utilização depende dos costumes e das técnicas
(gêneros de vida) diferenciados e do
desenvolvimento histórico de cada sociedade.
(1)
PRINCÍPIOS DA GEOGRAFIA
1) Princípio da Extensão;
2) Princípio da geografia geral ou da analogia;
3) Princípio da causalidade;
4) Princípio da conexidade;
5) Princípio da atividade.
OS PRINCÍPIOS DA GEOGRAFIA

1) Princípio da Extensão – enunciado por


Frederico Ratzel, segundo o qual, ao estudar
um dos fatores geográficos ou uma área, deve-
se inicialmente procurar localizá-la e
estabelecer seus limites, usando mapas
disponíveis e o conhecimento direto da área.

(3)
ESTUDO DE CASO
Um grupo de cientista, dentre estes um
geógrafo, foi contratado para investigar os
ataques de tubarões ocorridos em Pernambuco,
de acordo com o Princípio da Extensão, qual o
primeiro passo a ser tomado?
PASSO 1: PRINCÍPIO DA EXTENSÃO

Localizar e
estabelecer
os limites da
área de
ocorrência
dos ataques.

Imagens da esquerda para a direita: (a) A Grey Nurse shark


(Carcharias taurus) shows off its piscivorean dentition / Richard Ling /
GNU Free Documentation License. (b) SEE-PE, redesenhado a partir
de imagem de Autor Desconhecido.
2) Princípio da geografia geral ou da analogia –
enunciado por Karl Ritter, segundo o qual,
delimitada e observada uma área em estudo, ela
deveria ser comparada com o que se observa
em outras áreas, estabelecendo semelhanças e
diferenças existentes.

(3)
PASSO 2: PRINCÍPIO DA GEOGRAFIA GERAL OU
ANALOGIA
Há de se comparar:
será que em outra área, com características semelhantes,
também estão ocorrendo ataques?

Imagens de cima para baixo: Caribbean reef shark portrait


together with diver (A. Jegorovs) / Photo by Alvils Zilemanis /
GNU Free Documentation License.
3) Princípio da causalidade – enunciado por
Alexandre Von Humboldt, segundo o qual,
observados os fatos, se deverá procurar as
causas que os determinaram, estabelecendo
relações de causa e efeito.
PASSO 3: PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE

O geógrafo deverá estabelecer a relação de CAUSA X EFEITO.

O que pode ter ocorrido para os tubarões atacarem em alguns


trechos do litoral pernambucano e em outros não?

Algumas possíveis causas para


os ataques de tubarão:

•aterro de extensas áreas de


manguezal;
•perda da biodiversidade;
•poluição, dentre outros.
4) Princípio da conexidade – enunciado por Jean
Brunhes, por meio do qual ele chamava a atenção para
o fato de que os fatores físicos e humanos, ao
elaborarem as paisagens, não agiram separada e
independentemente, havendo uma interpenetração na
ação dos vários fatores físicos entre si, e ainda dos dois
grandes grupos de fatores. Na elaboração das
paisagens, nenhum dos fatores físicos ou humanos age
isoladamente; a ação é sempre feita de forma integrada
com outros fatores;
PASSO 4: PRINCÍPIO CONEXIDADE

De acordo com o PRINCÍPIO DA CONEXIDADE,


nada está isolado. Os fatores físicos e humanos
estão interligados na formação de uma
paisagem. Voltando para o estudo de caso dos
ataques de tubarões, a ação do homem sobre o
meio foi fator decisivo para a ocorrência dos
ataques.
5) Princípio da atividade - também enunciado
por Jean Brunhes, no qual o mestre francês
assinala o caráter dinâmico do fato geográfico,
uma vez que o espaço está em constante
reorganização, em constante transformação,
graças à ação ininterrupta dos vários fatores.
PASSO 5: PRINCÍPIO DA ATIVIDADE

De acordo com o PRINCÍPIO DA ATIVIDADE,


tudo está em constante transformação, graças à
ação de diversos fatores, dentre eles o homem.
É o homem que altera, transforma, constrói,
destrói, remodela o espaço tudo para atender às
suas necessidades. Sendo assim, é
imprescindível analisar tais transformações.
ESCOLAS DO PENSAMENTO
GEOGRÁFICO

a)DETERMINSMO
b)POSSIBILISMO
c)MÉTODO REGIONAL
d)NOVA GEOGRAFIA
e)GEOGRAFIA CRÍTICA
A) DETERMINISMO
GEOGRÁFICO

• ESCOLA ALEMÃ
• FRIEDERICK RATZEL (1844-1904)
• O DESENVOLVIMENTO HUMANO É
AMARRADO OU CONDICIONADO AO MEIO
NATURAL.
- Começa como zoólogo (influência de Darwin)
Clima tropical

Quente Úmido Homem


Inviabiliza o raquítico,
deslocamento preguiçoso
e pouco
Desenvolvimento inteligente.
da vegetação

Facilidade alimentar
Clima Temperado
Quatro estações
definidas
Homem
Verão Inverno forte,
(quente) (frio) inteligente
Necessidade de e guerreiro.
deslocamento
Vegetação escassa
durante parte do ano
B) POSSIBILISMO

• ESCOLA FRANCESA
• PAUL VIDAL DE LA BLACHE (1845 - 1918 )
• JUSTIFICAVA O COLONIALISMO FRANCÊS NA ÁFRICA
• O MEIO É UM CONJUNTO DE POSSIBILIDADES A
SEREM TRANSFORMADAS E EXPLORADAS.
• HOMEM NÃO AMARRADO AO MEIO
• A Geografia seria a ciência dos lugares e não uma
ciência dos homens.
DESERTO DE NEGEV - ISRAEL
C) MÉTODO REGIONAL
• Vidal de La Blache e Richard Hartshorne
• Os geógrafos regionais dedicaram-se à recolha de
informação descritiva sobre lugares, bem como
aos métodos mais adequados para dividir a Terra
em regiões.
Richard Hartshorne (1899-1992) :
D) NOVA GEOGRAFIA
• Geografia Teórica e Quantitativa
• PÓS II-GUERRA
• O SUBDESENVOLVIMENTO É UM DEGRAU
NECESSÁRIO AOS PAÍSES QUE ALMEJAM O
DESENVOLVIMENTO
• UTILITARISTA DO ESPAÇO
• USO DA CARTOGRAFIA
E) GEOGRAFIA CRÍTICA
• MILTONS SANTOS
• NORDESTINO (BAIANO)
• MATERIALISMO HISTÓRICO DE KARL MARX
• O CONHECIMENTO A FAVOR DE UMA
OCUPAÇÃO MAIS SÁBIA DO ESPAÇO E DAS
RELAÇÕES QUE NELE HABITAM.
• Milton Santos
- (Geógrafo brasileiro)
3/5/1926, Brotas de Macaúbas (BA)
24/6/2001, São Paulo (SP)
• EXILADO DURANTE A DITADURA ,
• PROFESSOR EM TOULOSSE(FRANÇA)
• VOLTA AO BRASIL EM 1977
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES PARA A GEOGRAFIA
LUGAR: é a porção ou parte do
espaço onde vivemos (2)

PAISAGEM: é tudo o que nós


vemos, tudo o que a nossa
percepção alcança.

TERRITÓRIO: é um espaço
definido e delimitado por e a
partir das relações de poder,
dominação e apropriação que
nele se instalam.

REGIÃO: é uma área que foi


separada, através de um critério,
por possuir semelhanças em
comum.
Imagens de cima para baixo: (a) Bairro do Recife antigo - Recife - Pernambuco - Brasil / Carl242 / Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica. (b) Port
Levy, Canterbury, New Zealand, 20th / Phillip Capper / Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica. (c) Jakub Hałun / GNU Free Documentation License.
(d) Mapa do Brasil / Felipe Menegaz / GNU Free Documentation License.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANDRADE, M. C. Geografia Econômica. Atlas. São Paulo,
1998.
CHOLLEY, André. A Geografia: guia para estudantes.
França: Presses Univesitaires de France, 1951
TERRA, L; C, M. A. Geografia geral e do Brasil. O espaço
natural e socioeconômico. São Paulo: Moderna, 2005.
LUCCI, E. A. Território e sociedade no mundo
globalizado. Geografia geral e do Brasil. São Paulo:
Saraiva, 2005.

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