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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS


FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE
MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO

ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS


DEGRADADAS

Discentes: Cleber Brito da Silva


João Lucas de Barros Docente: Ana Luiza Coelho Braga
Julliana Maisy P. da Silva
Laércio Lino A. Junior
Ricardo Nunes Melo Marabá – PA
Victor Matheus Coutinho 2018
Sumário
Introdução

Recomendações básicas de sistemas de manejo de solo

Conclusão

Referências Bibliográficas
1. INTRODUÇÃO

As estratégias de recuperação de áreas degradadas podem ser entendidas


através do conceito dado para recuperação como técnicas com objetivo de retornar
ao sítio degradado uma forma de utilização, de acordo com um plano pré-
estabelecido para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio
ambiente (BRASIL, 1989).
Os efeitos ambientais gerados pelo setor da mineração que podem decorrer
de uma operação conduzida de maneira errada, são conhecidos. Mudanças
topográficas, no solo, com o assoreamento e poluição dos rios, a emissão de poeiras,
o desmatamento, o afugentamento da fauna e a produção excessiva de ruídos são
alguns destes efeitos, que assumem dimensões mais ou menos graves, dependendo
do porte e da localização da atividade mineral (SILVESTRINI, 2013).
1. INTRODUÇÃO

Assim, nota-se que tanto o solo, a água e o ar sofrem alterações decorrentes


das atividades minerárias. Sendo o solo um dos elementos naturais mais degradados,
num curto espaço de tempo, em função justamente de suas peculiaridades
(MARQUES e BAPTISTA, 2010).
Fontes (1991) comenta que na maioria das vezes, as atividades de
recuperação de uma área degradada pela mineração visam recolocar uma cobertura
vegetal na área explorada, atividades estas que vão desde a estética paisagística, até
a revegetação completa da área, procurando manter a fauna e flora típica daquela
região.
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO
Um fator muito importante na recuperação de áreas degradadas pela
mineração é a compreensão das características do solo onde essa recuperação será
feita. Para que os projetos de recuperação de áreas degradadas atinjam o planejado é
fundamental caracterizar o solo no qual será implantada a revegetação. Esta
caracterização definirá as ações iniciais ou os tratamentos que serão realizados
(LONGO, RIBEIRO e MELO, 2010).
Assim, as principais ações para que as áreas degradadas possam voltar a ser
produtivas consistem no desenvolvimento e estabelecimento de sistemas de manejo
do solo seguido da revegetação do local de maneira inclusive, a propiciar o retorno
da fauna, em especial polinizadores e dispersores (MOREIRA, 2004).
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO
• PREPARO DO SOLO
Preparar o solo é uma técnica agrícola que tem o intuito de oferecer
condições físicas e químicas ideais para garantir a brotação, o crescimento radicular
e o estabelecimento da cultura (CAPECHE, MACEDO e MELO, 2008).
Segundo o Embrapa, tal atividade é, então, uma questão de extrema
importância, já que a próxima oportunidade dessa técnica poderá levar alguns anos.
Isto é, se for adotada alguma prática inadequada, os problemas resultantes poderão
perdurar por um bom espaço de tempo.
O preparo do solo visa atenuar ou eliminar os seguintes fatores (Embrapa):
• Físicos: compactação, adensamento e encharcamento;
• Químicos: baixo teor de nutrientes, elevados teores de alumínio (Al), manganês (Mn) e sais de
sódio (Na);
• Biológicos: nematóides, cupins, entre outros.
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO
Medidas que evitem as perdas de solo por erosão e escorrimento superficial
de água (Embrapa).
O preparo visa também, contribuir com o controle de plantas daninhas e de
algumas pragas de solo (Embrapa).
Pode ser dividido em três categorias:
• Preparo primário: referente às operações mais profundas e grosseiras. Buscam eliminar as
ervas daninhas e também tornar o solo mais friável. Exemplo: aração, escarificação etc.
• Preparo secundário: são todas as operações subsequentes ao preparo primário, produzindo um
ambiente favorável ao desenvolvimento inicial da cultura implantada. Exemplo: gradagem
(etapa posterior a aração do solo), operação com enxada rotativa, etc.
• Tratos culturais: utilização de meios após o processo de cultivo a fim de, basicamente,
eliminar as ervas daninhas, fazer amontoa (cobrir a terra a base de plantas para proteger a raiz)
etc. Exemplo: capina mecânica, etc.
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO

A fase de preparo do solo geralmente deixa o solo descoberto na área


preparada. Conforme passa o tempo, têm-se uma maior suscetibilidade à
desagregação e transporte do material, ou seja, maior suscetibilidade à erosão. Além
da formação de camadas compactadas, por conta do peso das máquinas que pode
ocasiona uma aproximação das partículas. Por conta destas condicionantes físicas,
as práticas de preparo induzem a erosão do solo (CAPECHE, MACEDO e MELO,
2008).
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO
• CONDIÇÕES DE UMIDADE NO SOLO
As forças de atração entre as partículas são chamadas de coesão, quando na
ausência de umidade, e a adesão, na presença de água (CAPECHE, MACEDO e
MELO, 2008).
O preparo deve ser feito quando se têm um ponto de umidade no qual a
atração entre as partículas seja mínima, este valor pode ser encontrado através do
somatório das forças de coesão e de adesão (CAPECHE, MACEDO e MELO,
2008).
Esta condição ocorre quando o solo se encontra úmido, ou seja, com um teor
de umidade que torne os agregados friáveis (CAPECHE, MACEDO e MELO,
2008).
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO
• SENTIDO DE PREPARO DE SOLO
Adota-se a realização do preparo do solo em contorno, ou seja, transversal
ao sentido do declive. Estudos comprovam que a prática desta metodologia
representa uma redução de até 50% nas perdas de material (CAPECHE, MACEDO
e MELO, 2008).
Não é aconselhado o preparo do solo “morro abaixo”, já que nessas
condições a erosão é intensificada, promovendo perdas de nutrientes, matéria
orgânica, sementes, além de assorear rios, açudes, além de formar voçorocas
(CAPECHE, MACEDO e MELO, 2008).
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO
• SISTEMAS DE CULTIVO
Em muitas ocasiões o efeito benéfico de determinado implemento pode ser
anulado pelo uso inadequado (CAPECHE, MACEDO e MELO, 2008).
Sob o ponto de vista da conservação, o melhor preparo é aquele que envolve
um menor número de operações e deixa o máximo de resíduos culturais na
superfície, de forma a proteger os agregados do impacto direto das gotas de chuva
(CAPECHE, MACEDO e MELO, 2008).
Deve-se considerar, no entanto, que nenhum implemento de preparo
promove melhorias na estrutura do solo. Isso só é conseguido através de atividade
biológica, (macro e microorganismos e sistema radicular) (CAPECHE, MACEDO e
MELO, 2008).
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS DE SISTEMAS
DE MANEJO DE SOLO
Capeche, Macedo e Melo (2008), baseados no tipo de implemento e na
intensidade de seu uso identificaram três tipos básicos de preparo do solo:
• Convencional: envolve uma ou mais arações e duas ou mais gradagens.
• Reduzido: O principal aspecto deste sistema de preparo é o reduzido número de operações de
preparo.
• Plantio direto: O plantio direto pode ser definido como a técnica de colocação da semente ou
muda em sulco ou cova no solo não revolvido, com largura e profundidade suficientes para
obter uma adequada cobertura e um adequado contato da semente ou muda com a terra. As
entrelinhas permanecem cobertas pela resteva de culturas anteriores ou de plantas cultivadas
especialmente com esta finalidade. Segundo estes preceitos, o solo permanece com no mínimo
50% da cobertura e o revolvimento máximo para a abertura do sulco ou cova é de 25 a 30% da
área total.
3. MÉTODOS DE CONTROLE DA EROSÃO.

• NIVELAMENTO.
A determinação da cota/altitude de um ponto é uma atividade fundamental
em engenharia. Projetos de redes de esgoto, de estradas, planejamento urbano, entre
outros, são exemplos de aplicações que utilizam estas informações. A determinação
do valor da cota/altitude está baseada em métodos que permitem obter o desnível
entre pontos. Conhecendo-se um valor de referência inicial é possível calcular as
demais cotas ou altitudes. Estes métodos são denominados de nivelamento. Existem
diferentes métodos que permitem determinar os desníveis, com precisões que
variam de alguns centímetros até submilímetro. A aplicação de cada um deles
dependerá da finalidade do trabalho (VEIGA, ZANETTI e FAGGION, 2012).
3. MÉTODOS DE CONTROLE DA EROSÃO.

• NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
• NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO
• NIVELAMENTO TAQUEOMÉTRICO

Figura 01: Nivelamento geométrico. Figura 02: Nivelamento trigonométrico.


Fonte: Veiga, Zanetti e Faggion, 2012. Fonte: Veiga, Zanetti e Faggion, 2012.
3. MÉTODOS DE CONTROLE DA EROSÃO.

• NIVELAMENTO NA ESTRATÉGIA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS


DEGRADADAS.
Lattanzi et al. (1974) verificaram que, quando a declividade da superfície do
solo foi aumentada de 2 para 20%, a erosão entre sulcos de um solo siltoso aumentou
mais que o dobro. Bryan (1979) avaliando 10 tipos de solo em uma faixa de 5 a 58%
de declividade observou que, para a maioria dos casos, uma função polinomial de
segundo grau representou bem a relação entre erosão entre sulcos e a declividade da
superfície do solo. Lang et al. (1984) encontraram que a erosão entre sulcos de um
“topossolo” foi maior para 9% de declividade que em 3%. (AMORIM, 2001)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• AMORIM, R. S. S. Influência da declividade do solo e da energia cinética de chuvas simuladas no processo de erosão entre
sulcos. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.5, n.1, p.124-130, 2001.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13133: Execução de levantamento
topográfico. Rio de Janeiro, 1994. 35p.
• BRASIL. Decreto n° 97.632, de 10 de Abril de 1989. Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2°, inciso VIII, da Lei n°
6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras providências. Brasília, DF, 10 de abril de 1989.
• CAPECHE, C. L.; MACEDO, J. R.; MELO, A. S. Estratégias de recuperação de área degradadas. In: TAVARES, S. R. L.
Curso de recuperação de área degradada: a visão da Ciência do Solo no contexto do diagnóstico, manejo,
indicadores de monitoramento e estratégias de recuperação. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2008. p. 134 – 173.
• EMBRAPA. Preparo do solo. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
acucar/arvore/CONTAG01_20_711200516716.html. Acesso em: 21 de jan de 2018.
• FONTES, M. P. F. Estudo pedológico reduz impactos da mineração. Revista CETESB de Tecnologia, Viçosa, v. 5, n. 1, p.
58 – 66, 1991. Disponível em: http://cetesb.sp.gov.br/servicos/revista-ambiente/. Acesso em: 21 de jan. de 2018.
• LONGO, R. M.; RIBEIRO, A. I.; MELO, W. J. Uso da adubação verde na recuperação de solos degradados por mineração
na floresta amazônica. Bragantia - solos e nutrição de plantas - Artigo, Campinas, v.70, n.1, p. 139 - 146, 2011.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• MARQUES, R. J.; BAPTISTA, E. M. C. Estudo preliminar da degradação por mineração: o caso do Município de
Timon/MA. X Simpósio de Produção Científica e IX Seminário de Iniciação Científica. 2010.
• MOREIRA, P. R. Manejo do solo e recomposição da vegetação com vistas a recuperação de áreas degradadas pela
extração de bauxita, Poços de Caldas, MG. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) – Instituto de Biociências,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2004.
• SILVESTRINI, T. A. M. Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas pela Mineração de Carvão a Céu Aberto:
Possíveis implicações dos “usos futuros” aplicados às áreas visando à segurança e estabilidade dos solos construídos.
Monografia (Graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho) – UNESC. Criciúma, p. 70, 2013.
• VEIGA, L. A. K. ZANETTI, M. A. Z. FAGGION, P. L. Fundamentos de topografia. Curitiba: UFPR, 2012.

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