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Contexto histórico

Surgimento da Sociologia
 Segundo Otavio Ianni:

“ A sociologia nasce e desenvolve-se


com o Mundo Moderno. Reflete suas
principais épocas e transformações. (...)
A Sociologia não nasce no-nada. Surge
em um dado momento da história do
mundo moderno. Mais precisamente, em
meados do séc. XIX, quando ele já está
em franco desenvolvimento, realizando-
se. (...)
É possível dizer que a Sociologia
é uma espécie de fruto muito
peculiar desse Mundo. No que
ela tem de original e criativa,
bem como de insólita e estranha,
em todas as suas principais
características como forma de
pensamento”
 Podemos dizer então que a Sociologia é
“filha” da Modernidade, consequência
das profundas transformações sociais,
econômicas e políticas na Europa do
século XIX com as chamadas
Revoluções Burguesas.
2 aspectos importantes para a
sociedade moderna:
 1) Desenvolvimento da sociedade
burguesa e consolidação de sua
hegemonia e valores. Criação do Estado
Burguês. Com isso surge uma nova
configuração social e o sistema societal
feudal entre em colapso.
 2) Consolidação do capitalismo como
modo de produção e declínio do
feudalismo
Revoluções Burguesas
 A critério didático podemos
dividir o período das
revoluções burguesas em
três aspectos: econômico,
cultural-científico e
político.
1) Econômico
 Corresponde ao longo processo de superação
da economia agrária feudal (assentada sobre a
servidão) que desencadeou a chamada
Revolução Industrial.
 Com o desenvolvimento do mercantilismo e a
acumulação primitiva de capitais o modo de
produção feudal entra em colapso observa-se a
expropriação dos terrenos comunais da
propriedade feudal (política dos cercamentos)
e destruição da agricultura familiar,
transformando-se em propriedade privada
moderna.
Como consequências a Revolução Industrial
trouxe:
 O fim do produtor independente
 Êxodo rural e explosão demográfica urbana
 Processo de proletarização
 Miséria (doenças, prostituição, suicídios,
alcoolismo, violências, etc.)
 Primeiras manifestações operárias (ludismo,
cartismo)
 Criava-se uma sociedade altamente
competitiva e individualista
2) Cultural-Científico
 Correspondente ao chamado Iluminismo
(França) fruto de um longo processo de
separação das concepções teológicas da
Igreja Católica (autoridade política da época).
 Com as transformações do renascimento
comercial e urbano surgem intensas
transformações culturais e na forma de
conhecer do homem (marco inicial com o
Renascentismo)
 Instala-se um movimento anticlerical opondo-se
diametralmente ao teocentrismo.
 O antropocentrismo inaugura um novo tipo de
pensamento voltado para o homem como chave
explicativa do mundo.
 O conhecimento deixa de ser objeto de
revelação divina para ser interpretado pela
razão (Ciência).
 O racionalismo baseava-se no uso
exclusivo da razão e no empirismo. O
Iluminismo buscava transformar não só as
formas de conhecimento, mas a própria
sociedade, implantando os valores do
Liberalismo político e econômico
Consequências do Iluminismo
 Derrocada do Teocentrismo como
forma explicativa do mundo
 Consolidação do Liberalismo
 Notório desenvolvimento das
Ciências Naturais e Humanas
3) Política
 correspondente a Revolução Francesa
que com os ideais iluministas (liberdade,
igualdade e fraternidade) questionaram a
monarquia absolutista.
 Foi um movimento que contou com forte
apoio popular, mas de forte caráter
burguês.
Suas consequências principais
foram:
 Queda do Estado monárquico e origem do
Estado Moderno Burguês (executivo,
legislativo e judiciário).
 Criação do Estado Laico e fim do
predomínio político da autoridade da
Igreja Católica.
 Burguesia toma o Estado e assume papel
hegemônico
 O conjunto desses processos históricos trouxe
não somente progressos como também uma
infinidade de problemas sociais que
conturbaram a Europa do século XIX.
 Esse “turbilhão social” faz com que surjam
intelectuais preocupados e propostos a por uma
“ordem social” oriunda dessas revoluções.
 Neste contexto é que surge a Sociologia.
 Pensadores como Tocqueville, Monstesquieu,
Le Play, Saint-Simon, Augusto Comte entre
outros vão sistematizar e refletir sobre a
realidade social da época.
Positivismo
 Corrente científico-filosófica que foi
umas das precursoras da Sociologia.
Seus precursores foram Saint-Simon e
Augusto Comte (discípulo de Saint-
Simon, que inclusive criou o termo
“Sociologia”).
 Era baseada principalmente na
afirmação das ciências experimentais.
Podemos caracterizar três
premissas básicas no positivismo:
 1. A Sociedade é regida por leis Naturais, isto é, leis
invariáveis, independentes da vontade e da ação
humana; na vida social, reina uma harmonia natural.
 2. A Sociedade pode, portanto, ser
Epistemologicamente assimilada pela Natureza e ser
estudada pelo métodos, trajetória e processos
empregados pelas Ciências da Natureza.
 3. As Ciências da Sociedade, assim como as da
Natureza, devem limitar-se à observação e à explicação
causal dos fenômenos, de forma objetiva, neutra, livre
de julgamentos de valor ou Ideologias, descartando
todas as pré-noções e preconceitos (neutralidade
axiológica).
Augusto Comte
 Em seu método, Comte propunha uma
metodologia da observação dos
fenômenos. Para ele o homem passou por
três estagios evolutivos:
 1º Teológico: é a infância da humandidade em
que o homem explica os fenomenos naturais
através de causas fantásticas e sobrenaturais.
(religiões monoteístas e politeístas)
 2º Metafísico: explicações racionais, buscam o
porque das coisas e substituem os deuses por
entidades abstratas e términos metafísicos.
(Filosofia)
 3º Positivo (Científico): etapa definitiva, não se
busca o porque das coisas, mas sim o como. O
conhecimento se baseia nas observações e nas
experiências. Busca-se o conhecimento das leis
da natureza para conseguir seu domínio
técnico.
Comte ainda avaliou que a sociedade
possuía dois movimentos principais:
dinâmico e estático.
 Movimento dinâmico: é o responsável pela
evolução social que imprime sobre as
sociedades as transformações para
estágios superiores e mais complexos.
(progresso)
 Movimento estático: é o responsável pela
organização e equilíbrio do organismo que
ajustaria a sociedade ao seu melhor
funcionamento harmônico. (ordem)
Organicismo: parte do princípio de que existem caracteres
universais presentes nos mais diversos organismos vivos,
dispostos sob a forma de órgãos e sistemas – partes
independentes cuja função primordial é a preservação do
todo social. A sociedade é, portanto, concebida como um
organismo constituído de partes integradas e coesas que
funcionam harmonicamente, segundo um modelo físico ou
mecânico. Procuravam identificar leis biológicas com leis
sociais, hereditariedade e história. Desse modo, ignoram a
especificidade histórica e cultural do homem.
Cientificismo: crença no poder dominante e absoluto
da ciência em conhecer a realidade e traduzi-la
sob a forma de leis, que seriam a base de
regulamentação da vida do homem, da natureza e
do próprio universo. Com esse conhecimento,
pretendia-se substituir as explicações teológicas,
filosóficas e de senso comum por um método ou
modelo eminentemente científico. Por essa razão,
os primeiros pensadores sociais (Comte,
Durkheim) buscaram no método das ciências
naturais a base para a compreensão dos fatos
sociais.

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