Anda di halaman 1dari 115

Universidade Metodista de Angola

Faculdade de Engenharia

Fundamentos de Energia
Eléctrica

Professor: Anselmo Gomes Tomás


Tema 1: Energia e Potencia.
Fontes de Energia Eléctrica
•Energia pode ser definida como sendo tudo aquilo
que seja capaz de realizar ou produzir trabalho.

•As pessoas somente sentem os efeitos da energia


através dos sentidos. Apresenta-se sob várias
formas:
•Energia Mecânica
•Energia Elétrica
•Energia Térmica
•Energia Radiante, etc...
Sistema de Energia eléctrica
• Sistema de energia elétrica (SEE) - conjunto
de equipamentos que operam em conjunto e
de maneira coordenada de forma a gerar,
transmitir e fornecer energia elétrica aos
consumidores, mantendo o melhor padrão de
qualidade possível.

3
Estrutura do Sistema de Energia
eléctrica

4
Sistema de geração

Gerador, transformador elevador (e ainda outros


componentes como barragens,
caldeiras, turbinas etc).

Outras formas de geração:

5
CENTRAIS HIDROELÉTRICAS

Objetivo: transformar energia mecânica


(hidráulica) em energia elétrica.
Funcionamento:
1. Converte a energia potencial da água contida na albufeira em energia cinética de tran;
2. Converte a energia cinética da água em energia cinética na turbina;
3. Converte a energia cinética da turbina em energia elétrica no gerador.
7
Vantagens:
1. Utilização de insumo energético natural, renovável e não
poluente (água);
2. Uso de tecnologia própria;
3. Grande potencial hidrelétrico em nosso país.

Desvantagens:
1. Grande distanciamento entre a usina e os principais centros
consumidores;
2. Profundas alterações ambientais (climáticas) produzidas pelo
armazenamento de grandes massas de água;
3. Deslocamento e, até, extinção de populações animais e vegetais,
em função do alagamento de terras com as represas;
4. Possibilidade de destruição de sítios arqueológicos, etc.
8
CENTRAIS TERMOELÉTRICAS
Objetivo: transformar energia térmica (gerada
pela queima de combustível) em energia
elétrica.

ENERGIA TÉRMICA ENERGIA MECÂNICA ENERGIA ELÉTRICA


Funcionamento:

1. Converte a energia térmica gerada pela queima do combustível em energia cinética do


vapor d’água em movimento;
2. Converte a energia cinética do vapor d’água em energia cinética na turbina;
3. Converte a energia cinética da turbina em energia elétrica no gerador.
Vantagens:
1. Baixo custo de implantação (comparados aos custos das usinas
hidrelétricas e nucleares);

2. Uso de tecnologia própria;

3. Possibilidade de implantação mais próxima do mercado consumidor.

Desvantagens:
.1. Utilização de combustíveis fósseis (na maioria das vezes) não
renováveis; alterações no meio-ambiente
2. Elevadíssimos índices de poluição ambiental, que geram
profundas e irreversíveis
CENTRAIS NUCLEARES
Objetivo: transformar energia nuclear (gerada pela
fissão de combustível nuclear) em energia elétrica.

ENERGIA NUCLEAR ENERGIA TÉRMICA

ENERGIA MECÂNICA ENERGIA ELÉTRICA


Transformações:
1. Converte a energia nuclear, liberada pela fissão do combustível nuclear, em energia
térmica;
2. Converte a energia térmica em energia cinética do vapor d’água em movimento;
3. Converte a energia cinética do vapor d’água em energia cinética na turbina;
4. Converte a energia cinética da turbina em energia elétrica no gerador.
Vantagens:
1. Desenvolvimento de tecnologia própria;.

2. Utilização de potencial nuclear (urânio), bastante encontrado


em solo nacional;
3. Possibilidade de implantação mais próxima do mercado consumidor.
Desvantagens:
1. Altíssimo custo de implantação;

2. Possibilidade de acidente nuclear.


CENTRAIS EÓLICAS
Objetivo: transformar energia eólica (gerada pelos
ventos) em energia elétrica.

ENERGIA MECÂNICA (EÓLICA) ENERGIA ELÉTRICA


Transformações:
1. Converte a energia eólica dos ventos em energia cinética na turbina.
2. Converte a energia cinética da turbina em energia elétrica no gerador.
Vantagens:
1. Desenvolvimento de tecnologia própria;
2. Utilização de insumo energético natural, não poluente e
renovável (ventos);
3. Possibilidade de implantação mais próxima do mercado
consumidor.

Desvantagens:
1. Altíssimo custo de implantação;

2. Necessidade de situação geográfica favorável (ventos


intensos e constantes), que reduzem a quantidade de locais
de implantação.
CENTRAIS GEOTÉRMICAS
Objetivo: transformar energia térmica (A partir do
calor originado no centro da Terra) em energia
elétrica.

ENERGIA TÉRMICA ENERGIA MECÂNICA ENERGIA ELÉTRICA


Funcionamento:
1. Converte a energia térmica gerada pelo calor do centro da Terra em energia cinética
do vapor d’água em movimento;
2. Converte a energia cinética do vapor d’água em energia cinética na turbina;
3. Converte a energia cinética da turbina em energia elétrica no gerador.
Vantagens:
1. Baixa emissão de gases poluentes;
2. Produção de energia independente das variações climáticas;
3. A área requerida para a instalação da usina é pequena;
4. Estimula os negócios regionais;
5. Pode abastecer comunidades isoladas.

Desvantagens:
1. Altíssimo custo de implantação;
2. O calor perdido aumenta a temperatura ambiente;
3. Pode levar o campo geotérmico ao esgotamento;
4. Emissão de H2S (Odor desagradável) e nocivo a saúde;
5. A energia deve ser posta em uso no campo geotérmico ou
próximo dele.
CENTRAIS MAREMOTRIZES
Objetivo: transformar energia Mecânica (A partir
do movimento das ondas) em energia elétrica.

ENERGIA MECÂNICA ENERGIA ELÉTRICA


Vantagens:
1. Não polui o ar;
2.São discretos: mesmo que visíveis, não interferem muito com a
paisagem;
3. Não produzem CO2 (dióxido de carbono) e CO (monóxido de
carbono), partículas, contaminação dos solos, ou resíduos perigosos
4. A turbulência dos oceanos é um recurso renovável.
5. Proporciona a independência dos combustíveis fósseis.
Desvantagens:
1. Alto custo para a construção da barragem;
2. Alterações no nível das marés;
3. Alterações nas correntes de marés;
4. Alterações no ecossistema.
5. Há poucos sítios favoráveis para barragens;
6. Fornece energia por apenas dez horas por dia.
Diagrama de Carga
O diagrama de carga - traduz a variação do consumo ao longo
do tempo.

Anselmo Gomes Tomás 24


Diagrama de Carga (Cont.)
Geralmente, o diagrama de carga é periódico, ou seja, dias de
semana idênticos tendem a apresentar diagrama de carga
idênticos.

Anselmo Gomes Tomás 25


Diagrama de Carga (Cont.)

Os principais elementos de um diagrama de carga estão


apresentados na figura

Anselmo Gomes Tomás 26


Diagrama de Carga (Cont.)
Algumas características fundamentais do diagrama de carga.

Anselmo Gomes Tomás 27


Diagrama de Carga (Cont.)

Anselmo Gomes Tomás 28


Diagrama de Carga (Cont.)

Há uma série de procedimentos que podem ajudar a melhorar


o Diagrama de Carga:

• Tarifação múltipla da energia eléctrica.


• Sensibilização dos clientes.
• Controlo de cargas.
• Taxa de Potência.

Anselmo Gomes Tomás 29


Revisão sobre corrente alterna

Circuito em CC Circuito em CA

30
A figura mostra forma de onda de duas tensões senoidais, A e
B.

31
VP
V(t) = VP . senω. t iR t = senω. t = IP . senω. t
𝑅

32
V(t) = VP . senω. t i t = ωC. VP . sen(ω. t + 90°)

33
i(t) = iP . senω. t

v t = ωL. IP . sen(ω. t + 90°)

34
35
Sistema Eléctrico Trifásico

O sistema trifásico é a forma mais comum de geração,


transmissão e distribuição de energia eléctrica em corrente
alternada.

Anselmo Gomes Tomás 36


Sistema Eléctrico Trifásico (cont.)

Uma onda sinusoidal pode ser representada pela formula:


v(t) = Vp.sen(ωt ±ϕv).
No sistema trifásico há 3 ondas sinusoidais (ou co-
sinusoidais) desfasadas em 120º. As suas equações são:

Anselmo Gomes Tomás 37


Sistema Eléctrico Trifásico (cont.)

A tensão simples é a tensão entre a fase e o neutro. O seu


valor é geralmente V=220V.
A tensão composta é a tensão entre duas fases. O seu valor é:

Anselmo Gomes Tomás 38


Sistema Eléctrico Trifásico (cont.)
O sistema trifásico pode ser usado
de duas formas: Ligação Estrela (Y)
ou Ligação em triangulo (Δ).

Ligação em estrela (Y)


• Na ligação estrela, os pontos X,Y, e
Z são interligados entre si,
formando um pontocomum
chamado de neutro(N), sendo este
ponto ligado ao neutro da carga.
Neste caso, a tensão de nos
terminais das cargas Z é igual a tensão
simples (no nosso caso, 220V) e a
corrente na Linha será a mesma que a
corrente na carga. Anselmo Gomes Tomás 39
Sistema Eléctrico Trifásico (cont.)

Ligação Triângulo (Δ)


Na ligação triângulo ou
delta, as extremidades dos
enrolamentos do gerador são
interligadas de modo a formar
um triângulo, como mostra a
figura.
Neste caso, a corrente de
linha é vezes maior do que
a corrente nas cargas,
enquanto que a tensão na
carga é igual a tensão
composta.
Anselmo Gomes Tomás 40
Sistema Eléctrico Trifásico (cont.)

Esclarecimento de termos:
• Corrente de Linha - Corrente debitada pela fonte.
• Corrente de Fase - Corrente na Carga.
• Tensão de Linha - Tensão entre duas fases.
• Tensão de Fase - Tensão nos terminais da Carga.

Anselmo Gomes Tomás 41


Sistema Eléctrico Trifásico (cont.)

Em um sistema monofásico, a potência ativa (real) é dada


por:
P=VF.IF.cosø [W], onde VF e IF são respectivamente, a tensão
e a corrente de fase eficazes e ø o ângulo de defasagem entre eles.
A potencia de um sistema trifásico em equilíbrio pode ser
calculada p
ou

• Disto, conclui-se que a expressão para a potência ativa total


é a mesma para as ligações estrela e triângulo, mas os valores
das potências são diferentes.

Anselmo Gomes Tomás 42


Valores por unidade-pu

O sistema "por unidade" ou sistema p.u., consiste na definição de


valores de base para as grandezas (tensão, corrente, potência, etc.), seguida
da substituição dos valores das variáveis e constantes (expressas no SI) pelas
suas relações com os valores de base pré-definidos.
Para uma grandeza G o valor em p.u. numa base Gb obtém-se então
através da expressão Gpu=G/Gb.

Exemplo 1:
Numa base de corrente Ib=50 A, a corrente I=30 A terá o valor:

Os cálculos serão realizados no sistema p.u., e os resultados finais


novamente convertidos para o S.I. através de G=Gpu.Gb, ou seja,
multiplicando o valor em p.u. pelo valor da base.
Anselmo Gomes Tomás 43
Valores por unidade-pu (Cont.)

Vantagens:

O “sistema pu” permite reduzir todos os níveis de tensão de


um sistema electrico a apenas um, e, além disso, não ter
problemas com o tipo de sistema (3f ou 1f, estrela ou triângulo).
Um sistema electrico com geradores, transformadores e linhas de
transmissão fica reduzido a um conjunto de impedâncias,
tornando a resolução do sistema electrico muito simples.

Anselmo Gomes Tomás 44


Valores por unidade-pu (Cont.)

• Num sistema de energia, definem-se como bases


independentes a potência aparente total Sb para o sistema
e a tensão composta Vb num barramento determinado.
Por sua vez, as bases de impedância e corrente calculam-
se através das expressões:

• Numa rede com vários níveis de tensão, cujas zonas são


definidas pelos transformadores existentes, haverá uma
base de tensão para cada zona, sendo conveniente que as
relações entre as bases de zonas adjacentes sejam iguais
às relações de transformação dos transformadores que as
ligam .
Anselmo Gomes Tomás 45
Valores por unidade-pu (Cont.)

Anselmo Gomes Tomás 46


Valores por unidade-pu (Cont.)

Para mudar de base é necessário ter em atenção que os


valores óhmicos têm que ser iguais (são os valores físicos), ou
seja (para a Z):

Anselmo Gomes Tomás 47


Valores por unidade-pu (Cont.)
Exemplo: vejamos a simplificação do circuito, tomando
adotando como base 7,97 kV e 33,431MVA, para a zona 1. Neste
caso, o circuito:

Transforma-se em

Anselmo Gomes Tomás 48


MÁQUINA SÍNCRONA

1. Máquina síncrona de campo fixo


De forma semelhante às máquinas de corrente contínua, o enrolamento de
campo é excitado por uma fonte CC. O enrolamento de armadura colocado no
rotor é levado a anéis coletores, por onde se tem a saída em tensão alternada,
caso a máquina funcione como gerador ou a entrada em corrente alternada caso
a máquina funcione como motor.

Escova
estacionária

Anel coletor
MÁQUINA SÍNCRONA

Anéis
coletores
MÁQUINA SÍNCRONA

Suponha que a espira gira no interior do campo magnético B, com velocidade


constante ω. Se θ é o ângulo entre a normal ao plano da espira e as linhas de
campo magnético, então o fluxo magnético através da espira em qualquer
tempo t é:

Φ = BAcos θ = BAcos(ωt)

A força eletromotriz induzida na bobina é:

d
eind = −N Φ t = NBAωsen(ωt)
dt
MÁQUINA SÍNCRONA

1. Máquina síncrona de campo móvel


Nesta máquina o enrolamento de campo é colocado no rotor e o enrolamento
de armadura é colocado no estator. Nesta máquina, o enrolamento de campo é
alimentado por uma fonte CC através de dois anéis coletores e à armadura é
ligada diretamente à carga ou a fonte polifásica CA.
MÁQUINA SÍNCRONA

Excitatrizes: Pequeno gerador CA montado no mesmo eixo do gerador


principal cujo objetivo é alimentar o enrolamento de campo da máquina
principal. A excitatriz é um gerador cujo o enrolamento de campo é fixo e a
armadura é movel.

Frequência das máquinas síncronas CA

A fem gerada no enrolamento de armadura estacionária muda de direção a cada


meia revolução do rotor de dois pólos. Uma revolução completa produzirá um
ciclo completo da onda de tensão senoidal gerada. A frequência da tensão
gerada é:

f= frequencia em Hz
PN
f=
P= número de polos 60
N= velocidade de rotação em rpm
MÁQUINA SÍNCRONA

Vantagens da utilização de armadura estacionária e campo girante

A maior parte dos geradores de energia em corrente alternada utilizam


armadura estacionária e campo girante.

a) Reatância da armadura reduzida: A armadura estacionária apresenta uma


relutância reduzida ao fluxo. Isto ocorre devido a seção transversal de ferro
maior. A relutância reduzida também reduz a quantidade de fluxo disperso
produzido pela armadura.

b) Em grandes estatores polifásicos o enrolamento da armadura é mais


complexo que o enrolamento de campo. As várias bobinas e interligações
entre as fases podem ser construídas mais facilmente numa estrutura
estacionária rígida que num rotor.

c) Melhoria do isolamento: É mais fácil isolar um membro estacionário que


um rotativo. Uma vez que o rotor está aterrado, isolar o campo CC de
baixa tensão é mais fácil que isolar uma armadura rotativa de alta tensão.
MÁQUINA SÍNCRONA

Vantagens da utilização de armadura estacionária e campo girante

d) Número necessário de anéis coletores isolados:


i. Para o caso de uma armadura rotativa, seriam necessários três anéis
coletores para um gerador trifásico.
ii. Haveria problemas no momento de transferir altas tensões, por exemplo
13200 V/fase em altas correntes dos anéis coletores da armadura para as
escovas estacionárias em contato com estes anéis.
iii. Isolar do eixo os anéis coletores é um problema.
iv. Apenas dois anéis coletores são necessários para excitar o enrolamento de
campo a uma tensão comparativamente baixa.

e) Peso e inércia do rotor reduzidos: O enrolamento de campo construído no


rotor é mais que o enrolamento da armadura.
MÁQUINA SÍNCRONA

Máquinas primárias

O acionamento dos geradores trifásicos de corrente alternada (alternadores)


pode ser feito de várias formas: turbina a vapor, motor a diesel, turbina
hidráulica, turbina a gás. Com base nesse aspecto, existem dois tipos de
rotores:

a) Rotores de polos não salientes ou cilíndricos: utilizados em alternadores


de alta velocidade. Menor quantidade de polos. Eles possuem uma
pequena circunferência quando comparados aos rotores de pólos salientes.
Possuem grande comprimento axial.

b) Rotores de polos salientes: Empregados em alternadores de velocidade


média ou baixa. No caso de uma turbina hidráulica, os alternadores
requerem uma grande quantidade de pólos. Possuem pequeno
comprimento axial, mas com armadura do estator de grande
circunferência.
MÁQUINA SÍNCRONA

ALGUNS ROTORES

Rotor de pólos salientes Rotor de pólos cilíndricos


MÁQUINA SÍNCRONA

ALGUNS ROTORES

Rotor de pólos salientes Rotor de pólos cilíndricos


MÁQUINA SÍNCRONA
Conexões do estator (Trifásica)
MÁQUINA SÍNCRONA

PONTOS PRINCIPAIS

i. A máquina gira numa velocidade constante em regime permanente.


ii. Ao contrário da máquina de indução, o campo girante entre o entreferro e
o rotor giram na mesma velocidade, denominada de velocidade síncrona.
iii. Máquinas síncronas são usadas principalmente como geradores de energia
elétrica. Neste caso são chamados de geradores síncronos ou alternadores.
iv. Gerador síncrono é principal equipamento de conversão de energia no
sistema de potência elétrico mundial.
v. Como muitas máquinas rotativas, a máquina síncrona pode como gerador
ou como motor.
vi. Os motores síncrono são utilizados em grandes estações de bombeamento.

vii. Na indústria, motores síncronos são muitos utilizados onde a velocidade


constante é desejada.
MÁQUINA SÍNCRONA

PONTOS PRINCIPAIS

 A máquina síncrona é tipo duplamente excitada.

 Uma característica do motor síncrono é que ele pode operar com fator de
potência variável, em avanço ou em atraso. Isto pode ser feito a partir do
ajuste do valor da corrente de campo.

 Para o motor síncrono, os pólos do rotor são excitados por uma fonte CC e
o enrolamento do estator é conectado a uma fonte de suprimento CA.

 O fluxo resultante no air gap é resultante dos fluxos devido as correntes do


rotor e do estator.

 Uma máquina síncrona sem carga é denominada de capacitor síncrono.


Pode ser usada em linhas de transmissão para regulação de tensão de linha.
MÁQUINA SÍNCRONA

GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

Tensão interna gerada

A tensão induzida no estator por fase é dada por:

Ef = 4,44 fNΦK w

Supondo o enrolamento de campo no rotor (algo comum) sendo alimentado por


corrente contínua. O rotor é acionado por uma máquina primária (que pode ser
uma turbina hidráulica, motor a diesel) e um campo magnético girante é
estabelecido no entreferro (air gap). Este campo é denominado de campo de
excitação por que é produzido pela corrente de campo.

Nos enrolamentos do estator defasados de 120 graus no espaço serão produzidas


três tensões de mesma amplitude, porém defasadas de 120 graus entre si. Elas são
denominadas de tensão de excitação.
MÁQUINA SÍNCRONA

GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

A Tensão interna gerada ou tensão de excitação depende da


velocidade de acionamento da máquina.

Uma máquina mais simples da formula anterior, é:

Ef = K′Φω

A variação da tensão interna gerada com a corrente de campo é


fornecida por uma curva denominada de curva de
magnetização ou caracteristica de circuito aberto da
máquina.
MÁQUINA SÍNCRONA

GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

Circuito equivalente

A tensão interna gerada produzida em uma fase do gerador não é


que sempre aparece nos terminais do gerador.

A tensão de saída somente é igual a tensão interna gerada na


condição sem carga.

O modelo através do circuito equivalente deve ser capaz de


reproduzir essa diferença.
MÁQUINA SÍNCRONA

GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

Existe um grande número de fatores que causa essa diferença:

 A distorção do campo magnético no entreferro pela corrente fluindo no


estator chamada de reação de armadura;

 A indutância própria das bobinas de armadura;

 A resistência das bobinas da armadura;

 O efeito da forma do rotor de pólos salientes.

OBS: Inicialmente abordaremos o desempenho em regime permanente da


máquina síncrona de pólos cilíndricos. Uma abordagem diferente se faz
necessária para o caso da máquina síncrona com rotor do tipo saliente. Esse
tipo de rotor apresenta air gap naõ uniforme.
MÁQUINA SÍNCRONA

GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

O principal efeito que ocorre na máquina síncrona é denominado de reação de


armadura.

EXPLICAÇÃO:

Quando um gerador é acionado por uma máquina primária, uma tensão Ef é


induzida nos enrolamentos do estator. Se uma carga é conectada nos terminais
do gerador, uma corrente flui. Mas, correntes trifásicas fluindo produzirão seu
próprio campo magnético na máquina. O campo magnético do estator distorce
o campo magnético inicial do rotor, mudando a tensão de fase resultante.

Então o fluxo resultante no air gap é a resultante dos fluxos produzidos pela
corrente do rotor If e pela corrente do estator Ia.
MÁQUINA SÍNCRONA

GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

Seja ϕf o fluxo devido a corrente de campo If e ϕa o fluxo devido à corrente que


circula pelo enrolamento da armadura Ia, denominado de fluxo de reação de
armadura.

Então:
Φr =Φf +Φa

Onde Φr é o fluxo resultante no entreferrro.

Tanto o fluxo resultante quanto os fluxos componentes giram no air gap com a
mesma velocidade.
MÁQUINA SÍNCRONA
GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

DIAGRAMA FASORIAL
Ff

Φf Fr

Φr

θ Ef

Φa Fa
Ia
MÁQUINA SÍNCRONA

GERADORES SÍNCRONOS (ALTERNADORES)

Atenção as nomenclaturas:

A força magnetmotriz produzida pelo enrolamento de campo é Ff (devido


á If ) e o fluxo Φf produzido Ff são representados ao longo da mesma
reta.

A tensão induzida Ef se atrasa em relação ao fluxo Φf por 90°. Assumindo


que a corrente do estator Ia se atrasa em relação a tensão interna por um
ângulo θ. A força magnetomotriz Fa devido à corrente de armadura Ia, e o
fluxo Φa produzido por Fa na mesma direção da corrente Ia.
MÁQUINA SÍNCRONA

Modelo de circuito equivalente

A corrente If no enrolamento de campo produz um fluxo Φf no air gap. A


corrente Ia no enrolamento de armadura produz o fluxo Φa. Parte deste fluxo,
Φla enlaça apenas o enrolamento do estator (enrolamento de armadura) é
denominado de fluxo de dispersão.

A maior parte do fluxo Φa, denominado Φar, fluxo de reação de armadura


enlaça também o enrolamento de campo sendo estabelecido no air gap.
MÁQUINA SÍNCRONA

O fluxo resultante no air gap é a soma do fluxo produzido pelo enrolamento de


campo e do fluxo de reação de armadura.
Cada componente do fluxo induz uma componente de tensão no enrolamento
do estator.
Φf Ef
Φar Ear
Φr Er
A tensão de excitação Ef pode ser encontrada a partir da curva de
magnetização, enquanto a tensão Ear depende do fluxo Φar e portanto da
corrente que circula pelo enrolamento da armadura.
MÁQUINA SÍNCRONA

A tensão resultante é dada por:

Er = Ef + Ear
Ef = Er + Ear
Circuito equivalente inicial:
Ia
Φf
- + + Φar
+ Ear
Ef Er
- Ear
If -Ear
-
MÁQUINA SÍNCRONA

Do diagrama fasorial, tem-se que a tensão Ear se atrasa em relação ao fluxo por
90º. A corrente Ia se atrasa em relação a ( - Ear) por 90º. A tensão (- Ear) pode
ser representada por uma queda de tensão através da reatância Xar devido a
corrente Ia.
A equação para tensão interna gerada fica da seguinte maneira:

Ef = Ia jXar + Er

A reatância Xar é conhecida como reatância de reação de armadura ou reatância


de magnetização. Se a resistência do enrolamento do estator Ra e a reatância
associada ao fluxo de dispersão Xal são incluídas, o circuito equivalente
completo está no slide seguinte.
MÁQUINA SÍNCRONA

CIRCUITO EQUIVALENTE COMPLETO

Xar Xal Ra

Ia

Ef Vt
MÁQUINA SÍNCRONA

DIFERENTES TIPOS DE REATÂNCIAS

Se as duas reatâncias Xar e Xal forem combinadas resulta na


reatância denominada de reatância síncrona (Xs).

Xs = Xar + Xal REATÂNCIA SÍNCRONA

Zs = R a + jXs IMPEDÂNCIA SÍNCRONA

A reatância síncrona leva em consideração todos os fluxos, o de


magnetização quanto o de dispersão produzido pela armadura.
MÁQUINA SÍNCRONA

DETERMINAÇÃO DA REATÂNCIA SÍNCRONA (Xs)

Ensaio em vazio
A máquina síncrona é acionada na velocidade síncrona e a tensão terminal de
circuito aberto é medida Vt (=Ef) à medida que a corrente de campo é variada.
Reta do
Ef air gap
d

Tensão OCC
nominal
c
SCC
Corrente
f nominal

b
Ia

a e If
MÁQUINA SÍNCRONA
Ensaio em curto-circuito

A máquina síncrona é acionada na velocidade síncrona e a corrente de campo é


variada e as correntes de armadura que circulam nas três fases são medidas.
A variação da corrente de armadura com a corrente de campo é mostrada na
característica de curto-circuito (SCC).
A forma dessa característica é uma linha reta, pois em condição de curto-
circuito o fluxo no air-gap permanece em um nível baixo.
MÁQUINA SÍNCRONA
Reatância síncrona não saturada

Pode ser obtida da tensão correspondente a reta do air gap e da corrente de


curto-circuito da máquina para um valor particular da corrente de campo.
Eda
Zs(nao−sat) = = R a + 𝑗X s(nao−sat)
Iba
Se Ra for desprezada, então:

Eda
Xs(nao−sat) =
Iba
MÁQUINA SÍNCRONA
Reatância síncrona saturada
Sabe-se que antes de conectar uma máquina síncrona a uma barra infinita sua
tensão de excitação deve ser elevada até o valor nominal. Na figura do slide
Reta do
Ef air gap
d

Tensão OCC
nominal
c
SCC
Corrente
f nominal

b
Ia

a e If
a tensão assume o valor Eca e a máquina opera com algum nível de saturação.
A reatância síncrona saturada na tensão nominal é obtida por:
Eda
Zs(sat) = = R a + 𝑗Xs(sat)
Iba
MÁQUINA ASSÍNCRONA

As máquinas de corrente alternada são geradores que convertem energia


mecânica em energia elétrica e motores que executam o processo inverso.

As duas maiores classes de máquinas CA são:

 Máquinas síncronas

 Máquinas Assíncrona (de indução)

Na máquina síncrona, a corrente de campo é suprida por uma fonte CC


separada.

No caso da máquina de indução ocorre ação transformadora em virtude da


indução de corrente em um determinado enrolamento.
MÁQUINA ASSÍNCRONA

Construção da máquina assíncrona

O enrolamento de armadura é localizado no estator e pode ser conectado a uma


fonte monofásica ou polifásica CA.

OBS: Para esse tipo de máquina, o rotor não é excitado através de corrente
contínua.

Assim como a máquina de corrente contínua, a máquina de indução é


duplamente excitada, entretanto há fluxo de corrente alternada em ambos
enrolamentos, tanto o estator quanto o rotor.

Deve-se observar que mesmo operando como motor ou como gerador, a


máquina de indução requer que a armadura seja conectada a uma fonte CA.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

Construção da máquina de indução

O enrolamento de armadura é localizado no estator e pode ser conectado a uma


fonte monofásica ou polifásica CA.

OBS: Para esse tipo de máquina, o rotor não é excitado através de corrente
contínua.

Assim como a máquina de corrente contínua, a máquina de indução é


duplamente excitada, entretanto há fluxo de corrente alternada em ambos
enrolamentos, tanto o estator quanto o rotor.

Deve-se observar que mesmo operando como motor ou como gerador, a


máquina de indução requer que a armadura seja conectada a uma fonte CA.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

Tipos de rotores

1) Rotor tipo gaiola de esquilo

Os condutores do rotor estão curto-circuitados em cada terminal por anéis


terminais contínuos.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

2) Rotor bobinado

Nesse tipor de rotor os condutores de cobre são colocados em ranhuras (fendas)


isoladas do núcleo de ferro e podem ser ligados em delta ou em estrela.

Cada terminal do enrolamento é levado a anéis coletores que são isolados do


eixo do rotor.

Usualmente um resistor trifásico equilibrado variável é ligado aos anéis


coletores através das escovas, como meio de variar a resistência total do rotor
por fase.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

2) Rotor bobinado
MÁQUINA DE INDUÇÃO
Enrolamento trifásico no estator
O estator é constituído por um conjunto de enrolamentos defasados
(deslocados) de 120º no espaço por onde circula um conjunto de correntes
defasadas de 120º no tempo.
Esses enrolamentos podem ser conectados em delta ou em estrela.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

Campo magnético girante

Se um conjunto de corrente trifásica balanceada flui através de um conjunto de


enrolamentos trifásicos distribuídos, um campo magnético de amplitude e
velocidade constantes será produzido no entreferro(air gap) e induzirá
correntes no circuito do rotor para produzir torque.

Quando uma corrente flui através de uma determinada bobina de fase, ela
produz uma força magnetomotriz ou intensidade magnetizante (campo H)
distribuída senoidalmente orientada ao longo do respectivo eixo da bobina de
fase.

Ao fluir uma corrente alternada através da bobina, ela produz um campo


magnético pulsante cuja amplitude e direção dependem do valor instantâneo da
corrente que flui através do enrolamento.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

Campo magnético girante

Método gráfico - Análise por fasor


MÁQUINA DE INDUÇÃO

Campo magnético girante

Cada corrente conforme gráfico do slide anterior produzirá um vetor


intensidade de campo magnético.

A corrente que flui por cada fase (1), (2) ou (3) produzirá um vetor intensidade
de campo magnético em cada uma:

H1 = [HM sin(ωt)]∠0°

H2 = [HM sin(ωt − 120°)]∠120°

H3 = [HM sin(ωt − 240°)]∠240°

Observar que o módulo do vetor intensidade de campo magnético varia com o


tempo, pois depende do valor da corrente elétrica. Entretanto a direção de cada
vetor permanece constante, pois está relacionada com o arranjo do enrolamento
da fase no estator.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

Campo magnético girante

Por exemplo, no tempo t 0 o vetor intensidade de campo magnético da fase


1 será:

H1 (t) = 0

O campo magnético para fase 2 será igual:

H2 (t) = [HM sin(0 − 120°)]∠120°

H2 (t) = [HM sin(−120°)]∠120°

O campo magnético para a fase 3 será igual:

H3 (t) = [HM sin(0 − 240°)]∠240°

H3 (t) = [HM sin(−240°)]∠240°


MÁQUINA DE INDUÇÃO

Campo magnético girante

O campo magnético resultante total nesse instante será igual a :

3 3
HR t = 0 + H ∠120° + H ∠240°
2 M 2 M

HR t = 1,5HM ∠90°

Fazendo os mesmos cálculos em outro instante de tempo teremos a mudança na


direção do vetor intensidade de campo magnético.

Para ωt = 90° os valores de corrente nesse instante serão modificados e


consequentemente mudarão também o valor do vetor intensidade de campo
magnético de cada fase.
MÁQUINA DE INDUÇÃO

Campo magnético girante

Por exemplo, no tempo t 0 o vetor intensidade de campo magnético da fase


1 será:

H1 (t) = HM ∠0°

O campo magnético para fase 2 será igual:

H2 (t) = [HM sin(90° − 120°)]∠120°

H2 (t) = [HM sin(−30°)]∠120°

O campo magnético para a fase 3 será igual:

H3 (t) = [HM sin(90° − 240°)]∠240°


H3 (t) = [HM sin(−150°)]∠240°
MÁQUINA DE INDUÇÃO

Campo magnético girante

O campo magnético resultante total nesse instante será igual a :

HR t = H1 t + H2 t + H3 (t)

HR t = HM ∠0° + [HM sin(-30)]∠120° + [HM sin(−150)]∠240°

HR t = 1,5HM ∠0°

OBS: EMBORA A DIREÇÃO DO CAMPO RESULTANTE TOTAL TENHA


MUDADO, A MAGNITUDE PERMANECEU CONSTANTE. O CAMPO
MAGNÉTICO TEM MÓDULO CONSTANTE ENQUANTO GIRA NO
SENTIDO ANTIHORÁRIO.
M
M
M
M

Anda mungkin juga menyukai