COMPACTAÇÃO DE SOLOS
Aplicações:
- Barragens de terra
- Estradas (pavimentos)
- Aterros
Objetivos da Compactação
Aumento da resistência da ruptura dos solos, sob ação de
cargas externas;
Redução de possíveis variações volumétricas, quer pela
ação de cargas, quer pela ação da água que,
eventualmente, percola pela sua massa;
Impermeabilização dos solos, pela redução do coeficiente
de permeabilidade, resultante do menor índice de vazios.
Estabilização dos maciços terrosos, ou seja, melhoria das
propriedades dos solos, que traz as vantagens de:
- Aumentar a resistência do solo e a estabilidade de taludes;
- Aumentar a capacidade de carga das bases e sub-bases dos pavimentos;
- Controlar mudanças de volumes causadas por expansão, contração ou
congelamento do solo.
Conseqüências de uma Compactação Deficiente
Teoria da Compactação
Ralph Proctor (1933) - estabeleceu a correlação entre os
parâmetros que influem decisivamente na relação índice
de vazios e aumento do peso específico.
Desenvolveu um método de controle de compactação,
baseado em um novo método de projeto e construção de
barragens de terra que estava sendo empregado na
Califórnia.
Princípio da Compactação de Solos: a densidade com
que um solo é compactado, sob uma determinada
energia de compactação, depende da umidade do
solo no momento da compactação.
Teoria da Compactação
Princípio da Compactação de Solos:
Na mistura de solo com maiores quantidades de água (compactada)
- o peso específico aparente da mistura aumenta, porque a água
funciona como lubrificante, aproximando e permitindo melhor
entrosamento das partículas, ocasionando a redução do volume de
vazios.
Para umidades muitas baixas o atrito grão a grão é muito alto e não
se consegue uma densificação adequada.
Num determinado ponto, atinge-se um peso específico máximo, a
partir do qual, ainda que se adicione mais água, o volume de vazios
passava a aumentar.
Certo! Errado!
Ensaio de Compactação
O ensaio e repetido para diferentes teores de umidade,
determina-se a massa específica aparente seca.
Traçado da curva (peso específico aparente seco - teor de
umidade) determinam-se 5 pontos.
Energia nornmal de compactação de aprox. 6 kg x cm/cm3.
Os pontos são distribuídos de forma que,
no mínimo dois pontos se encontrem à
esquerda da umidade ótima e dois à direita.
O solo a ser ensaiado deverá apresentar
um teor de umidade inferior ao ótimo
previsto (em torno de 5%).
Adiciona-se uma quantidade de água ao
solo, suficiente para elevar, em relação ao
ponto anterior, o seu teor de umidade, em
torno de 2%.
Ensaio de Compactação
Compactação é função:
Pa
do teor de umidade (h); h 100
Ps
P 100
da massa específica aparente seca (γs); s h
V (100 h)
Pa N n
da energia de compactação (Joules/m3) E
Onde: V
E = Energia específica de compactação (Kg.cm/cm3)
P = Peso do soquete
a = Altura de queda do soquete
N = Número de golpes por camada
n = Número de camadas
V = Volume do solo compactado.
do tipo de solo (graduação, presença de argilo-minerais, estrutura das partículas,
plasticidade, etc.).
Curva de Saturação
γS = Massa específica aparente seca, em g/cm3;
S
s S = grau de saturação, igual a 100%;
h S h = Teor de umidade, em %;
a g γa = Massa específica da água, em g/cm3;
γg = Massa específica do grãos de solo, em g/cm3.
Caminhões
Equipamentos de Compactação
Espalhamento das camadas
Equipamentos de Compactação
Carros pipas - para a irrigação do solo. A quantidade de água a ser
adicionada ao solo é calculada em função da descarga da barra de
distribuição e da velocidade do carro-pipa.
Tipos de Equipamentos Compactadores
Rolo liso – areias e pedregulhos
O número necessário de
passadas é determinado
através de calibração em
função da curva “densidade x
número de passadas” de
cada equipamento
compactador.
Empolamento do Material Escavado
Determinada massa de solo natural, de volume natural (Vn),
apresentará um aumento de volume, ou empolamento, após o
solo ser escavado, com um volume solto (Vs) maior do que Vn.
Em média, o volume solto é 25% maior do que o volume no
terreno natural, e o volume compactado é 15% menor.
A massa específica aparente seca natural (γn) será, portanto,
maior que a massa específica aparente seca solta (γs) e menor
que a massa específica aparente seca compactada (γc).
Empolamento eP
ou
Empolamento do Material Escavado - Exercício
O custo de escavação de um solo comum seco é de R$10,00/m3 no
corte. Se em um pequeno serviço foi contratado prevendo-se o pagamento
do mesmo através do controle de volume por número de viagens de
caminhões, qual será o valor referente ao custo de escavação por viagem na
composição de preço, sabendo-se que:
ep= 1,25
Capacidade do caminhão: 6,0 m3
Resolução:
o custo de escavação é obtido no corte, logo:
Vs = 6,0 m3
ep= Vs/Vn => Vn = 6,0/1,25 = 4,8 m³
Custo = 4,8 m3 x R$10,00/m3 = R$ 48,00 por viagem
Departamento de Construção Civil
Determinação de Índice de
Suporte Califórnia (ISC) de Solos
(c) Ensaio de
penetração de pistão
(a) Compactação de padrão no corpo-de-
corpo-de-prova prova e medida
(b) Imersão dos corpos-de-prova em
penetração e
água para medida de expansão axial
resistência
Variações do Ensaio
1) Moldando-se um corpo de prova com teor de
umidade próximo ao ótimo (determinado
previamente em ensaio de compactação).
P
CBR 100
70
ou
P
CBR 100
100
Ensaio de Penetração
Efetuar leituras de deformação do anel, que forneçam as cargas
correspondentes às penetrações de 0,63 mm; 1,25 mm; 2,5 mm;
5,0 mm; 7,5 mm; 10,0 mm e 12,5 mm
Exemplo:
Pressão
Tempo Penetração Carga Pressão
Padrão ISC (%)
(min) (mm) (Kgf) (Kgf/cm2)
(Kgf/cm2)
0 0 0 0,0
0,5 0,63 35 2,9
1 1,27 63 5,2
2 2,54 107 8,8 70 12,5
4 5,08 132 10,8 100 10,8
6 7,62 134 11,0
Resultados
Exemplo :
Curva pressão aplicada pelo pistão X penetração do pistão
12
11
10
9
8
Pressão (kgf/cm )
2
7
6
5
4
3
2
1
0
0 1,27 2,54 3,81 5,08 6,35 7,62 8,89
Penetração (mm)
Resultados
Resultados de Souza Júnior (2005)
Eficiência da Energia de Compactação no CBR CBR x Energia de Compactação
11
Am-1 LEGENDA
10
Am-2
Energia Intermediária
Am-39
Energia intermodificada
Am-48
Energia Modificada
Am-57
Amostras
Am-66
Am-75
Am-8
4
Am-9
3
Am-10
2
Am-11
1
0 20 40 60 80 100 120
CBR (%)
Considerações sobre CBR
Solos que apresentam valores significativos de expansão
sofrem deformações consideráveis ao serem solicitados.
Costuma-se estipular que o valor máximo aceitável de
expansão do subleito seja de 2%, medida axialmente, no
ensaio ISC;
Em casos em que a expansão supere este valor - troca de
solo, ou estabilização do mesmo com cimento ou cal, para
aumento do valor de suporte.
Existe uma tendência de aumento de ISC com a diminuição
da expansão axial (não há uma boa correlação entre esses
parâmetros).
Expansão é empregada como fator limitante, independente
do valor ISC.
É desejável a utilização em pavimentos de um material que
não perca consideravelmente sua resistência quando entra
em contato com a água.
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
O seu uso é consagrado em diversos órgãos rodoviários .
Ensaio de fácil execução.
Desvantagens
Ainda que a sobrecarga aplicada para simular o efeito do revestimento
apresente massa única e padronizada, diferentes alternativas de
revestimento podem apresentar massas sensivelmente diferentes,
evidenciando, desse modo, uma limitação do ensaio ao tentar prever
situações reais no campo.
O método de dimensionamento de pavimentos baseado no CBR não
considera o mecanismo de ruptura do pavimento por fadiga (efeito da
repetição de cargas)
O efeito do confinamento do molde no resultado do ensaio.
Novas Metodologias
Progressivamente o ISC vem sendo substituído pelo Módulo de
Resiliência, por se aproximar da realidade de solicitação dos
materiais em estruturas de pavimentos.
Ensaio Triaxial de Cargas Repetidas - avalia o comportamento
dos materiais frente à repetição de carga.
A dificuldade de realização do ensaio e o custo do
equipamento, quando comparado ao ISC, tem sido
um agravante para a inserção desse método.
(a) Triaxial de cargas repetidas e (b) corpos de prova após ensaio de Módulo de Resiliência