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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE EDUCAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:


JOGOS, ESPORTE, LUTAS, DANÇAS E GINÁSTICAS
Prof. Ms. Júlio Rodrigues

CONTEÚDOS DE ENSINO DA DISCIPLINA


EDUCAÇÃO FÍSICA:
o Jogo e o Esporte como conteúdos culturais
 O que, do ponto de vista do componente
curricular Educação Física, diferencia os
conteúdos Jogo e Esporte?
 O Jogo corresponde a uma:
 “Diversão, folguedo; exercício recreativo, com
as cartas, brincadeira infantil; passatempo
sujeito a regras e em que, às vezes, se arrisca
dinheiro (...).” (p.368).
 Enquanto o Esporte se refere à “prática
metódica dos exercícios físicos; desporto.”
(p.266).
Qual é a diferença entre o
Jogo e o Esporte?
 O Jogo “é fato mais antigo que a cultura, pois
está mesmo em suas definições menos
rigorosas, pressupõe sempre a sociedade
humana; mas, os animais não esperaram que os
homens os iniciassem na atividade lúdica. [...]
Ultrapassa os limites da atividade puramente
física ou biológica. É uma função significante,
isto é, encerra um determinado sentido.” (p.03-
04).
 Como fenômeno cultural a ser pedagogizado
pelo componente curricular Educação Física
encerra algumas particulares como prática
corporal, que o distinguem das demais práticas
constituintes do que se convencionou chamar
de Cultura Corporal (de Movimento).
 Liberdade: ausência de imposições nas vivências do Jogo, estando
assim diretamente ligado aos momentos de lazer;
 Negação temporária da “vida real”: considera um contexto
específico e diferenciado das “regras” da vida cotidiana;
 Instauração temporária de uma ordem perfeita: criada a partir da
atmosfera particular ao jogo, sem a qual o mesmo não se realiza;
 Limitação espaço-temporal: em suas vivências, o Jogo sempre
compreende, na elaboração do contexto que lhe é específico de um
determinado espaço e tempo capazes de garantir a presença das
características anteriores;
 A dimensão cultural: que se materializa na repetição da vivência
do Jogo, de maneira a internalizá-lo na cultura lúdica de seus
participantes.
 Jogos Populares (ou de rua): nos quais as regras são
construídas pelos próprios participantes;
 Jogos de Salão (de mesa ou de tabuleiro): caracterizados
pela vivência em tabuleiros, normalmente em referência a
situações e contextos histórico-sociais específicos;
 Jogos Participativos: nos quais o alcance do objetivo envolve
a participação de todos e a inexistência de confronto de
equipes;
 Jogos Esportivos: nos quais as regras são construídas e
fixadas por instituições específicas e representativas de cada
modalidade;
 Jogos Eletrônicos: aqueles vivenciados em aparelhos
eletrônicos como vídeo games, telefones celulares,
computadores, etc.
 “A palavra ‘esporte’ é fruto, nas melhores das
vias, de uma evolução que se realizou entre o
século XIII e XIV. Na França, já no século XIII,
era usada a antiga palavra ‘desport’ que deriva
de déporter e que designava o conjunto dos
meios para transcorrer agradavelmente o
tempo: recreações, jogos, etc. Também na
Inglaterra, no início do século XIV, este termo
manteve o mesmo significado: sendo traduzido
um pouco por vez em terminologia mais
britânica (to sport, disporter, disporteress).”
 A noção de Esporte se refere aos “passatempos
ou exercícios corporais competitivos e
altamente regulados, com características
específicas e com uma função mimética, não
necessariamente entendido, apenas, como
performance.” (p.142).
 O Esporte desempenha uma função social
altamente reguladora das condutas sociais no
sentido em que sua dimensão mimética sugere
uma representação da “vida real” (fundada
principalmente no contexto da Idade Média),
sem contudo oferecer os riscos à vida que lhes
eram/ são característicos.
 Para Norbert Elias “o autodomínio é uma
condição humana universal, uma condição
comum da humanidade e um dos fatos
determinantes para a difusão de práticas
altamente regulamentadas como o esporte.”
(LUCENA, 2005).
 Diante disso, e partindo do ponto de vista do
componente curricular Educação Física – que
tem no Jogo e no Esporte dois conteúdos de
ensino distintos -, o que diferencia no trato
pedagógico, o Jogo e o Esporte como práticas
corporais histórica e culturalmente
construídas?
 A compreensão do Jogo como fenômeno cultural (HUIZINGA) e
do Esporte como fenômeno social (ELIAS) nos aponta de imediato
uma questão central: a diferença existente entre Jogos Esportivos
(ou modalidades esportivas) e Esporte. Os Jogos Esportivos, como
vimos, estão situados no fenômeno Jogo, integrando-o como uma
classificação específica de fenômenos que ocorrem em virtude das
cinco características apontadas anteriormente.
 Isso significa dizer que esses Jogos são culturalmente
determinados, tendo suas origens e possibilidades de vivência
determinadas em um processo histórico e contínuo de
uniformização. O termo Esporte, por seu lado, aborda a incidência
sociocultural dos Jogos Esportivos sobre o cotidiano das pessoas e
sobre a sua própria manifestação como construção humana. Com
outras palavras, em Educação Física, a palavra Esporte se refere à
compreensão das repercussões dos Jogos Esportivos sobre os
processos sociais e culturais de nossa história.
 “ao falarmos de jogo e esporte, não estamos tratando
de elementos que simplesmente se excluem ou se
sucedem no tempo, a questão é bem mais complexa.
O jogo não acabou para dar lugar ao esporte e, por
isso, não se trata de uma mera transformação do
jogo em um outro fenômeno, mas, da emergência de
uma nova forma de ação no tempo disponível para o
divertimento, e que, mesmo assim, mantém uma
relação com o jogo.”
 Um fenômeno cultural: evento que influencia/
repercute de forma determinante nas
construções significativas do homem através
da história (HUIZINGA);
 Um fenômeno social: evento capaz de fazer
com que uma multiplicidade de seres sociais
compartilhem sentimentos, experiências e
reações que independem dessa multiplicidade
(ELIAS).
JOGO ESPORTE
 Conteúdo Jogo: abordagem dos jogos mais
relevantes ao contexto escolar, promovendo
uma ampliação das referências dos estudantes
acerca do papel desempenhado por eles como
manifestação/ expressão de uma construção
coletiva desse contexto (fenômeno cultural).
 Conteúdo Esporte: promover discussões/
vivências nas quais seja possível relacionar esse
fenômeno social a outros igualmente relevantes
e presentes, tais como a violência, a influência
das mídias, o doping, a corrupção...
 Relacionar a discussão conceitual
realizada até o momento à realidade
das escolas públicas pernambucanas.
 Relacionar as discussões travadas na aula
anterior (adoção do conceito de cultura pela
Educação Física), àquelas realizadas no III
CNEF e aos textos sugeridos, tendo em vista as
referências históricas sobre a disciplina e seus
conteúdos presentes na comunidade escolar.
 FERNANDES, Francisco; LUFT, Celso Pedro; GUIMARÃES, E. Marques. Dicionário brasileiro globo.
44ed. São Paulo: Globo,1996.

 GRIFI, Giampiero. História da educação física e do esporte. Trad. Ana Maria Bianchi. Porto Alegre: D. C.
Luzzato, 1989.

 LUCENA, Ricardo de Figueiredo. O jogo e o esporte: qual o problema? In: Educação Física Escolar: teoria
e política curricular, saberes escolares e proposta pedagógica. Marcílio Souza Júnior (Org.). Recife: EDUPE,
2005, pp.141-152.

 RODRIGUES, Júlio R. de B. Conteúdos de ensino da disciplina educação física: noções


preliminares sobre a seleção, organização e sistematização de conhecimentos. Texto
elaborado para o desenvolvimento da disciplina Conteúdos da Educação Física Escolar:
Jogos, Esporte, Lutas, Danças e Ginásticas constante do currículo do Curso de
Especialização em Educação Física Escolar promovido pelo Centro de Educação da
Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2009.
 _____. O jogo e o esporte como elementos da cultura. Texto elaborado para leitura e discussão em aula no
ensino fundamental. 2009.
 TAVARES, Marcelo; SOUZA JÚNIOR, Marcílio. O jogo como conteúdo de ensino para a prática pedagógica
da educação física escolar. In: Prática Pedagógica e Formação Profissional na Educação Física:
reencontros com caminhos interdisciplinares. Marcelo Tavares (Org.). Recife: EDUPE, 2006, pp.69-75.

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