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TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS II

* FUNDAMENTOS DA PSICOTERAPIA
FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL

Professor Alessandro Bacchini


INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO
 A fenomenologia transpõe
os limites da filosofia como
disciplina -> funda a
filosofia contemporânea.

 Husserl -> reconstrução da (8 de abril de 1859 — 26 de abril


de 1938)
interrogação na filosofia no Oriundo da República Tcheca,
reposicionamento entre Estudou com Brentano na
sujeito e objeto de Universidade de Viena e lecionou
Nas universidades de Halle,
conhecimento. Gotinga e Freiburg
INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO
 Antecipando... Sartre,
enquanto continuador da
fenomenologia, propõe uma
profunda apreensão da
fenomenologia.
 Ponto de partida: Como se
constitui o conhecimento? (Paris, 21 de junho de 1905 –
 Relação entre sujeito e Paris, 15 de abril de 1980)
objeto!
Filósofo, escritor e crítico
 Como se constitui, na francês, conhecido como
modernidade, essa representante do
abordagem? existencialismo.
INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO

 Três vertentes:
 Realista -> sustenta o primado do objeto. A
representação que fazemos das coisas está
subordinado à representação das coisas em si
mesmas.
 Idealismo -> primazia do sujeito. As ideias.
Propõe um acordo entre as coisas e a mente a
partir de uma análise das ideias.
INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO
 Séc XVIII. A filosofia de Kant
busca superar o impasse entre
idealismo e realismo Immanuel
redistribuindo as funções do Kant
conhecimento: Filósofo

 - Qual é a contribuição dos


objetos ao conhecimento? Qual
a contribuição do sujeito? Immanuel Kant foi um
 -> Conhecimento como um filósofo prussiano.
trabalho conjunto de Amplamente considerado
apreensão das coisas mesmas como o principal filósofo da
e do nosso intelecto: Síntese -> era moderna, Kant operou,
o próprio conhecimento. na epistemologia, uma
síntese entre o racionalismo
continental, e a tradição
empírica inglesa.
INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO
 Concepção da relatividade do conhecimento
em Kant:
 Como se estrutura por mecanismos lógicos da
mente (estrutura transcendental do sujeito), o
conhecimento se constitui como relativo ao
sujeito. O conhecimento é tal qual aparece ao
sujeito -> Fenômeno.
 Importante: não existe objeto que não esteja
comprometido com o sujeito!
INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO

 No entanto: o que é apreender o objeto?


 -> assimilação? Como se se transferissem do
mundo para mim? Isso levaria ao
desaparecimento do objeto por incorporação.

 Foi a esse ponto que Husserl se ateve: o


desequilíbrio da relação entre sujeito e objeto.
INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO

 Lema de Husserl: “É necessário voltar às


coisas em si mesmas”.
 A assimilação projetaria nos objetos somente
aquilo que já está dado nele. Assim,
recolhemos do mundo apenas aquilo que nós
mesmos já inferimos.
 Qual a saída? Como ter uma aproximação mais
verdadeira?
INTRODUÇÃO – CONTEXTO HISTÓRICO
 Husserl:

 Devemos separar a consciência dessa carga naturalista


para pensar como nos aproximamos do objeto;

 A consciência é sempre consciência de alguma coisa -> a


consciência não é nada fora dessa relação. Ela não é uma
coisa que se opõe à outra. A consciência é um movimento
de olhar.

 A apreensão significa apenas isso! As coisas não são


tragadas pela consciência e nem o sujeito se perde no
objeto.
FENOMENOLOGIA

 Edmund Husserl (1859 - 1938) criou a


fenomenologia.
 Segundo ele, deve-se evitar a “atitude natural”
presente tanto na ciência quanto no senso
comum, pois tal atitude considera as coisas
como existentes em si mesmas – de modo
independente da consciência;
FENOMENOLOGIA

 “Atitude fenomenológica”: deve-se ater


somente àquilo dado na experiência ->
fenômeno;
 Todo objeto é sempre um objeto-para-uma-
consciência, e toda consciência é sempre
consciência-de-um-objeto, logo, nunca vazia ->
supera-se a divisão entre o “lá fora” e o “aqui
dentro”;
FENOMENOLOGIA

 Deixa-se de lado (suspensão fenomenológica)


a árvore em si e a representada -> o que
interessa é a “árvore-no-campo-percebida-por-
um-sujeito” ou: o “fenômeno” árvore.
FENOMENOLOGIA

 Intuição como atitude filosófica: designa a


visão direta e imediata de um ente, sensível ou
não;
 A consciência não é mais entendida como
interioridade psíquica, mas remete a um
mundo que só se torna possível nessa
referência;
FENOMENOLOGIA

 Uma possível definição: “a descrição das


estruturas gerais da consciência, não do
sujeito empírico estudado pela psicologia, mas
do sujeito transcendental, que é a condição
ONTOLÓGICA de possibilidade das experiências
humanas concretas nos diversos níveis e
regiões de realização da existência.
EXPOENTES DA FENOMENOLOGIA
 Martin Heidegger (1889-1976): Messkirch,
Alemanha. Foi aluno de Husserl na Universidade
de Freiburg;
 Jean-Paul Sartre (1905-1980): Nasceu em Paris,
onde estudou filosofia. Estudou Husserl e
Heidegger em Berlim e lecionou na França;
 Maurice Merleau-Ponty (1908-1961): Nasceu e
estudou na França. Lecionou psicologia em
Sorbonne e no College de France;
 Paul Ricoeur (1913-2005): Filósofo francês.
EXISTENCIALISMO

 Tem como maior expoente as ideias de Jean-Paul


Sartre;
 O existencialismo surge no período entre guerras
(1918-1945) na Alemanha e na França;
 Em meados de 1950 tem sua difusão no resto
da Europa e nos Estados Unidos.
 Não se pretende uma escola estruturada, mas
um princípio de estranhamento no filosofar.
EXISTENCIALISMO: ESSÊNCIA X EXISTÊNCIA

 Essência:
 Platão - a essência constitui o verdadeiro "ser" das
coisas – isto, dada a sua permanência no tempo;
 Mas se tudo o que é sensível e tem existência no tempo
está em constante transformação, logo, a essência
deveria ser algo do âmbito suprassensível.

 Para Platão, as “ideias”


 Representam essa
 Entidade
 suprassensível.
EXISTENCIALISMO: ESSÊNCIA X EXISTÊNCIA

 Existência:
 Nietzsche e Kierkegaard foram os maiores
responsáveis pelo desenvolvimento do
existencialismo moderno;

 Kierkegaard representa uma oposição ao


pensamento de Hegel (um dos últimos
representantes da tradição essencialista);
EXISTENCIALISMO: ESSÊNCIA X EXISTÊNCIA

 Existência:

Søren
 Kierkegaard: O individuo não Kierkegaard
pode ser explicado a partir de Filósofo

nenhuma essência universal.


 O ser do homem consiste em
sua própria existência singular, Søren Aabye Kierkegaard foi
um filósofo dinamarquês,
sua subjetividade, que é pura teólogo, poeta, crítico social, e
autor religioso que é
liberdade de escolha. amplamente considerado o
primeiro filósofo existencialista.
EXISTENCIALISMO

 Existência: filosofar é afirmar a existência


enquanto liberdade e assumir a
responsabilidade pelas próprias escolhas;
EXISTENCIALISMO E FENOMENOLOGIA
 - Heidegger tem um papel
fundamental na articulação entre
fenomenologia e
existencialismo:
Martin
Heidegger
 - Não é suficiente voltar-se para a Filósofo
existência singular em suas
situações sempre específicas a
cada situação histórica.

 - É necessário elaborar uma Martin Heidegger foi um


interpretação ontológica do filósofo, escritor, professor
existir humano -> estruturas do universitário e reitor alemão.
ser humano enquanto existente. Ele é visto como o ponto de
ligação entre o existencialismo
de Kierkegaard a
fenomenologia de Husserl.
EXISTENCIALISMO E FENOMENOLOGIA
 Exercício para uma ontologia da existência
humana:

 Heidegger (Ser e tempo, 1927): base ontológica,


de cunho fenomenológico, para o existencialismo;
 Sartre (O ser e o nada): elabora uma ontologia e
uma antropologia existencialista. Divide-se o
“ente” em duas regiões ontológicas radicalmente
distintas segundo os seus modos de ser: “ser em
si” e “ser para si”.
EXISTENCIALISMO E FENOMENOLOGIA
 Sartre:
 O “em-si” diz respeito às coisas em si mesmas, fora
de qualquer relação com a consciência, portanto,
fora de qualquer relação de sentido;

 O “para-si” é o mundo da consciência, diz respeito à


existência. No entanto, esta definição de existência
não é uma sinonímia de ser, mas um modo
específico de ser relacionado ao ente, cujo sentido
nunca está dado a priori – o homem.
EXISTENCIALISMO E FENOMENOLOGIA
 Sartre:
 Uma cadeira -> foi preciso alguém concebê-la e
produzi-la para dar-lhe existência. Nesse caso, a
essência vem antes da existência;
 O homem -> Seu sentido não está
predeterminado, portanto, ele é livre. Sua
existência precede a essência.
 LOGO:
 Só o homem existe, enquanto a folha é.
 (Existir) (Ser)
 (Para si) (Em si)
A ANALÍTICA DO DASEIN DE HEIDEGGER

 Heidegger (1927) em O ser e o tempo indaga


sobre o ser de uma maneira totalmente
diferente da tradição (“O que é o ser”): “qual o
sentido do ser”?
 Passa-se da ontologia (essência dos entes) à
uma Hermenêutica: arte da interpretação.
A ANALÍTICA DO DASEIN DE HEIDEGGER

 Enquanto a fenomenologia de Husserl buscava


um a priori transcendental, em Heidegger a
fenomenologia busca um desvelamento do
homem pela interpretação.
 O retorno “às coisas mesmas” de seu mestre
Husserl deveria ser entendido, portanto, como
uma análise de como as coisas se dão para a
consciência.
A ANALÍTICA DO DASEIN DE HEIDEGGER

 Para Heidegger, o homem é o ente privilegiado,


pois é quem lança mão da pergunta sobre o
sentido do ser.
 Dasein (ser-aí) é o modo de ser deste ente
chamado homem: ele não possui uma
essência anterior. Seu ser está sempre em jogo
no próprio existir.
A ANALÍTICA DO DASEIN DE HEIDEGGER

 O modo de ser dos entes não humanos é


denominado “ser simplesmente dado”; Seu
sentido nunca está em jogo!
 O modo de ser do homem é “existência”, o
“ser-aí”, o “ser no mundo”.
A- A MUNDANIDADE

 “Mundo é estrutura de sentido, contexto de


significação, linguagem sempre historicamente
em movimento”.
 Pedras e árvores estão no mundo, mas não
têm abertura de sentido -> não se pode dizer
que elas “existem”.
 Diferentemente do homem que é um “ser-
com”: ser-no-mundo-com-os-outros.
B – O COTIDIANO IMPESSOAL

 O Dasein possui a tendência a fugir de si: na


indiferença e na impessoalidade o Dasein se
porta sem surpresas ou comprometimento,
num falar e escrever descomprometido, par
preservar o conhecido, evitando as
transformações.
 No entanto, o Dasein sempre implica o outro
enquanto possibilidade.
C – COMPREENSÃO E DISPOSIÇÃO

 “Ser-em” -> implica em uma coexistência do


Dasein e do mundo; não uma separação entre
dois entes ou entre um sujeito e um objeto;
 Dasein: abertura de sentido que implica
disposição e compreensão de maneira mútua -
> Toda compreensão já é dotada de uma
coloração afetiva.
D – O SER-PARA-A-MORTE E O PODER-SER EM
SENTIDO PRÓPRIO
 O que é o “ser-no-mundo”?
 Por sua característica mais fundamental (poder
ser), o Dasein resiste a uma apreensão total,
permanecendo em constante inconclusão;
 A totalidade não é, portanto, aquilo que inclui
todas as possibilidades, que inscreve um limite,
mas algo que requer o esclarecimento do
fenômeno da morte.
D – O SER-PARA-A-MORTE E O PODER-SER EM
SENTIDO PRÓPRIO
 Desde que nascemos já está implícita essa
possibilidade, porém, há uma dificuldade na
experiência do “ser-para-a-morte”: não temos
acesso à esta experiência ontológica;
 No máximo, estamos apenas juntos: uma coisa
é sofrer “com-o-outro”, outra coisa é
experienciarmos o nosso próprio “ser-para-a-
morte”.
D – O SER-PARA-A-MORTE E O PODER-SER EM
SENTIDO PRÓPRIO
 A angústia é o que coloca o Dasein em contato
com o seu ser mais próximo, que é a existência
enquanto abertura de sentido;
 Sendo o “ser-para-a-morte” insuperável, toda
angústia é angústia de morte.
 “A morte é a possibilidade extrema que antecede
todo poder-ser de fato do Dasein, ou seja, o
Dasein é ‘para-a-morte’, sempre já foi, pois já se
antecipou para ela desde o seu primeiro suspiro
de vida”.
D – O SER-PARA-A-MORTE E O PODER-SER EM
SENTIDO PRÓPRIO
 A morte é encarada como um fenômeno a ser
desviado, mas é somente experienciando essa
angústia diante do nada que o Dasein pode
escolher a si mesmo, encontrar o que tem de
mais próprio e singular para além das
estruturas do “mundo público” e “impessoal”.

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