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Em Portugal e no Brasil

 Iniciado em 1756, ocasião em que se fundou


a Arcádia Lusitana, espécie de academia que
tinha como objetivo combater o mau gosto
barroco, os excessos e exageros daquela
escola.
 Aparece como escola na segunda metade do
século XVIII, historicamente conhecido como
“Século das Luzes”, época extraordinariamente
definitiva para as ciências, o pensamento
filosófico e as artes em geral.
 Cessam os trabalhos do Santo Ofício
(Inquisição)
 A razão e o equilíbrio voltam a se destacar no
panorama intelectual e aparece o Iluminismo,
espécie de novo Renascimento que valoriza a
Ciência e a pesquisa e que põe de lado a fé sem
comprovação.
 A Ilustração, como também ficou conhecida
essa época, é movimento humanístico-
científico que se iniciara em pleno
Renascimento, mas fora rompido pela
Contrarreforma, e, agora, retomado através
das obras e pensamentos de Voltaire,
Rousseau e Montesquieu.
 O contexto em que o Arcadismo aparecerá
como escola literária é de grande progresso:
Revolução Industrial, Revolução Comercial e,
finalmente, em 1789, a Revolução Francesa.
 Em Portugal, o Arcadismo será levado a efeito
durante o governo do Marquês de Pombal
(Pombalismo, de 1760 a 1808), que efetivou,
naquele país, uma reforma política,
econômica, social e religiosa. Fazem parte
daquele período os seguintes aspectos:
 A) Iluminismo e Despotismo esclarecido;
 B) Expulsão dos jesuítas;
 C) o ensino leigo (não era preciso pertencer
ao clero para lecionar nas escolas comuns ou
universidades);
 D) a reforma universitária;
 E) a perseguição à nobreza.
 Homem muito importante para d. José I, rei de
Portugal, casado com d. Maria, a Louca.
 Foi resoluto, mas parcial, infelicitando o clero, a
nobreza e o povo.
 Penalizou pessoas de todas as classes
 Praticou toda sorte de prisões e homicídios
 Expulsou os jesuítas do continente e das colônias
acusando-os de culpados por todo o atraso
cultural português.
 Seus métodos eram violentos.
 Em vinte anos de poder centralizado e absoluto,
ele reinou soberano. O povo, a nobreza e o
catolicismo português receberam dele suas mais
duras lições.
Foi nesse clima de impasses políticos que surgiu
o Arcadismo em Portugal.
De modo geral, valorizou a vida simples e
campestre... Mas... Fica a pergunta:

Por que uma escola, surgida em pleno


século de desenvolvimento e progresso
industrial e econômico, tem como
característica valorizar o oposto?

Talvez a resposta caiba naquilo que


presenciamos hoje: tem-se medo de perder
contato com o que é natural.
Os Árcades, à maneira deles, também
estavam temerosos de que o progresso, as
invenções como o navio a vapor e tudo
quanto permitia a industrialização acelerada
acabassem com seus paraísos de florestas
conservadas e rios limpos, e tentaram
preservar, ainda que no universo dos
poemas, um tempo que fatalmente estava
acabando.
 Fingimento árcade
◦ O poeta finge o campo como lugar ideal para se
viver, finge-se pastor. (cada poeta tinha que
escolher para si um pseudônimo pastoril)
 Aparecem assim, dois aspectos importantes: o
pastoralismo e o bucolismo (campestre)
 Arte como imitação da natureza
◦ O poeta deve copiar ou buscar na natureza seus
modelos. É a famosa mímese: quanto mais
semelhante à natureza, quanto mais verossímel,
mais perfeita a obra poética.
 Descritivismo:
◦ O Arcadismo descreve objetivamente. O poeta está
muito mais próximo de um pintor. A descrição é
indicativa de lugares felizes.
 Modelos clássicos:
◦ Usam, ainda que parcialmente, os modelos
clássicos. O soneto não foi de todo descartado.
Buscam a harmonia, a razão e valorizam o Bem, o
Belo e o Verdadeiro.
 Uso da Mitologia
◦ Os poetas faziam uso em seus poemas, da
mitologia greco-romana. (Neoclassicismo)
 Fugere urben – fugir das cidades
 Inutilia truncat – cortar os excessos, o que é
inútil
 Locus amoenus – lugar agradável, ameno
 Aurea mediocritas – a simplicidade que o
ouro (o dinheiro) pode comprar; a mediania
do dinheiro
 Carpe diem – aproveite o dia, colha o dia
 Manuel Maria Barbosa du Bocage, o maior
sonetista português do século XVIII
 Seu pseudônimo era Elmano Sadino
◦ Um poeta com má fama
Sua obra divide-se em:
- Produção Árcade
- Tem como musa inspiradora Marília
- O locus amoenus, o carpe diem e o fugere urbem
aparecem largamente em suas produções durante essa
vertente.
◦ Produção Satírica
 Faz poemas escatológicos, com os quais desanca as
autoridades da época e critica duramente pessoas do
seu tempo.
 Neles, a linguagem é chula, baixa. Escandalizou, com
este tipo de poema, as instituições e foi acusado (e
preso também) por incentivar a degradação moral de
todos os que liam o que escrevia.
◦ Produção pré-romântica
 Enfrentando o abandono dos amigos e familiares e as
dificuldades financeiras, já na última parte de sua vida,
a sensação de abandono e solidão, de morte próxima,
deram um contorno pré-romântico à sua produção.
 Nos poemas dessa fase há o lamento, a desesperança.
O que mais se evidencia, no entanto, é a substituição
do locus amoenus pelo locus horrendus.
 QUADRO GERAL
a) Início: 1768 (meados do século XVIII).
b) Fim: 1836 (princípio do século XIX).
c) Livro inaugurador: Obras Poéticas (poesias líricas).
d) Primeiro autor: Cláudio Manuel da Costa.
e) Local onde o movimento nasceu: Vila Rica, atual Ouro
Preto, Minas Gerais.
f) Capital do Brasil: Rio de Janeiro.
g) Movimento histórico importante: Inconfidência Mineira.
 Cláudio Manuel da Costa
 Tomás Antônio Gonzaga
 Alvarenga Peixoto e
 Silva Alvarenga
 Autores de epopéias:
◦ Basílio da Gama
◦ Frei Santa Rita Durão
Patrono da cadeira número 8 da ABL (Academia
Brasileira de Letras), Cláudio Manuel da Costa é
considerado um dos maiores poetas brasileiros do
período colonial. Advogado, era filho do lavrador e
minerador João Gonçalves da Costa e de Teresa
Ribeiro de Alvarenga. Depois de iniciar os seus
estudos em Vila Rica (Ouro Preto) e cursar filosofia
no Rio de Janeiro, seguiu em 1749 para Lisboa e,
posteriormente, para Coimbra, onde se formou em
Cânones, em 1753.
De volta ao Brasil, dedicou-se à advocacia, sendo
nomeado secretário do governo de Minas Gerais,
cargo que ocupou entre 1762 e 1765. A literatura,
sua grande paixão, não foi esquecida, e Cláudio
Manuel da Costa criou uma academia, a Colônia
Ultramarina. Depois, trabalhou como juiz medidor
de terras da Câmara de Vila Rica, que era a capital
da província mineira.
Em 1773, adotou o nome árcade de Glauceste Satúrnio.
Anos mais tarde, participou, ao lado de Joaquim José da Silva
Xavier, o Tiradentes, Inácio José de Alvarenga Peixoto e outros,
da Inconfidência Mineira. Na mesma época, compôs o clássico
poema "Vila Rica", pronto em 1773, mas publicado somente em
1839, em Ouro Preto, 50 anos após a sua morte. A poesia
descreve a saga dos bandeirantes paulistas no desbravamento
dos sertões e suas lutas com os emboabas indígenas, até a
fundação da cidade de Vila Rica.
Nas décadas de 70 e 80, escreveu várias poesias em que
mostra preocupação com problemas políticos e sociais,
publicadas na maior parte por Ramiz Galvão em 1895. Cláudio
Manuel da Costa estava rico (possuía três fazendas, além de
outros bens) quando se envolveu com a Inconfidência Mineira.
Preso, foi interrogado pelos juízes no dia 2 de julho de 1789.
Muito nervoso, comprometeu alguns amigos em seu
depoimento, antes de ser encaminhado para a prisão, na Casa
dos Contos, em Vila Rica.
 No dia 4 de julho de 1789, Cláudio Manuel da
Costa cometeu suicídio dentro da prisão,
embora alguns historiadores afirmem que o
poeta foi assassinado. O seu corpo foi
encontrado pendente de uma trave.
Tomás Antônio Gonzaga, cujo nome arcádico é Dirceu,
escreveu poesias líricas, típicas do arcadismo, com temas
pastoris e de galanteio, dirigidas à sua amada, a pastora
Marília.
As "liras" refletem a trajetória do poeta. Antes da prisão,
apresentam a ventura do amor e a satisfação com o momento
presente. Depois, trazem canta o infortúnio, a justiça e o
destino.
As "Cartas Chilenas" correspondem a uma coleção de doze
cartas, poemas satíricos que circularam em Vila Rica poucos
antes da Inconfidência Mineira. Assinadas por Critilo (leia-se
Gonzaga), habitante de Santiago do Chile (leia-se Vila Rica) e
endereçadas a Doroteu (leia-se Cláudio Manuel da Costa),
residente em Madri. Critilo narra os desmandos do governador
chileno, o Fanfarrão Minésio (leia-se, Luís da Cunha Meneses).
Por muito tempo, discutiu-se a autoria das "Cartas Chilenas",
mas após estudos comparativos da obra com possíveis
autores, concluiu-se que o verdadeiro autor é Gonzaga.
Viveu intensa atividade intelectual na época em que o
marquês de Pombal efetuava a reforma do ensino,
quebrava a tradição escolástica dos jesuítas e
combatia a nobreza. Daí Silva Alvarenga, ao sopro do
entusiasmo da ocasião, ter publicado o poema herói-
cômico O desertor, em 1774.
Regressou ao Brasil em 1777, tendo como
companheiro de viagem o irmão do poeta Basílio da
Gama, Pe. Antônio Caetano de Vilas Boas. Começou,
então, a exercer a advocacia no Brasil.
Foi nesse quadro que Silva Alvarenga desenvolveu as
suas qualidades de poeta, de mestre e de difusor de
idéias. Instalado no Rio, abriu curso de retórica e de
poética, em 1782. Sob o governo do marquês do
Lavradio, protetor das ciências e das artes, tornou-se
membro da Sociedade Científica do Rio de Janeiro.
Poeta e político, Alvarenga Peixoto oscilou sua vida
entre o desembargador e o poeta. Nascido no Rio de
Janeiro em 1744 estudou no colégio dos Jesuítas em
Portugal, e mais tarde “doutorou-se em Leis” pela
Universidade de Coimbra, exercendo a profissão de Juiz
em Portugal.
Ao retornar ao Brasil, foi nomeado ouvidor do Rio das
Mortes, em Minas Gerais, onde conheceu sua esposa,
Barbara Heliodora. Tornou-se proprietário de lavras no Sul
de Minas. Devido seu envolvimento com a Inconfidência
Mineira, Alvarenga Peixoto é conduzido ao presídio na Ilha
das Cobras – local onde escreve o poema em destaque.
O poeta passou seus últimos dias em cárcere na
cidade de Ambaca na Angola, falecendo em 1792. Sua
obra não é muito vasta, visto que no ato de sua prisão,
grande parte de seus pertences foram destruídos.
Analisemos então um dos poemas encontrados em meio a
seus manuscritos na Biblioteca Nacional de Lisboa, À Dona
Bárbara Heliodora.
O poema é dedicado à sua esposa. Composto
por quatro quartetos, alternando de nove a doze
sílabas em cada verso. Algo interessante é que,
aproximadamente, após a sexta sílaba de cada
verso o poeta insere a sétima sílaba com letra
maiúscula. De modo que nos é possível duas
leituras: a primeira de todo o poema:
Bárbara bela, Do Norte estrela,
Que o meu destino Sabes guiar,
De ti ausente Triste somente
As horas passo A suspirar.
E a segunda, somente dos fragmentos
destacados em letra maiúscula:
Do Norte estrela,
Sabes guiar,
Triste somente
A suspirar.
Viveu intensa atividade intelectual na época em que o
marquês de Pombal efetuava a reforma do ensino,
quebrava a tradição escolástica dos jesuítas e combatia
a nobreza. Daí Silva Alvarenga, ao sopro do entusiasmo
da ocasião, ter publicado o poema herói-cômico O
desertor, em 1774.
Regressou ao Brasil em 1777, tendo como companheiro
de viagem o irmão do poeta Basílio da Gama, Pe.
Antônio Caetano de Vilas Boas. Começou, então, a
exercer a advocacia no Brasil.
Foi nesse quadro que Silva Alvarenga desenvolveu as
suas qualidades de poeta, de mestre e de difusor de
idéias. Instalado no Rio, abriu curso de retórica e de
poética, em 1782. Sob o governo do marquês do
Lavradio, protetor das ciências e das artes, tornou-se
membro da Sociedade Científica do Rio de Janeiro.

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