QUALIDADE DE VIDA
ATUALMENTE É PRATICAMENTE UM
CONSENSO ENTRE OS PROFISSIONAIS
DA ÁREA DA SAÚDE QUE A ATIVIDADE
FÍSICA É UM FATOR DETERMINANTE NA
PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E
REABILITAÇÃO DA SAÚDE
FATORES DETERMINANTES PARA O
AUMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA
Assistência Médica
Hábitos de vida (Nutricionais,
Econômicos, Culturais, Sociais).
Acesso a Medicamentos.
Atividade Física.
Matsudo, 2000
Exercício físico
Redução da Atividade
Inflamatória em várias
patologias (DCV,
obesidade, diabetes,
entre outras)
• Espondiloartropatias;
• Auto-imune, reumática, inflamatória, crônica, progressiva;
• Etiologia e cura desconhecidas;
• Prevalência;
• Primeiros sintomas, em média, surgem entre 20 e 40 anos:
• Fadiga; • Hiperalgesia ;
Tecido Fibrocartilaginoso
# Cápsula articular
# Uniões ligamentosas ósseas periarticulares
# Periósteo
Inflamação e dor:
• Sinovite
• Entesite
Calcificação completa
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
EVOLUÇÃO DO QUADRO CLÍNICO:
• Esqueleto Axial;
• Extra articulares:
• Muscular;
• Oculares;
• Cardíacas;
• Pulmonares;
• Renais;
• Neurológicas.
• Psicológicas.
CAPACIDADE FUNCIONAL
Inflamação
crônica
Alterações
posturais
IMUNIDADE INATA
SISTEMA IMUNOLÓGICO
IMUNIDADE ADQUIRIDA
CITOCINAS
Emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento
de respostas imunológicas
• IL-6:
▫ Sinalização intercelular: controle e coordenação
de respostas imunes;
▫ Pró e antiinflamatória.
• TNF-α:
▫ Induz respostas inflamatórias;
▫ Resultado da resposta imune prolongada;
▫ RNA-m do TNF-α em níveis elevados na região
sacroilíaca de portadores de EA.
PROSTAGLANDINA E2
• Mediadores Inflamatórios:
▫ Ativam nociceptores
▫ Facilitam a transmissão dolorosa
▫ Facilitam as alterações inflamatórias periféricas
HIPERALGESIA
VERIFICAR O EFEITO
ANTIINFLAMATÓRIO DO EXERCÍCIO
FÍSICO EM PORTADORES DE
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
DURANTE O PERÍODO DE 12 SEMANAS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Verificar alterações antropométricas, hematológicas e
bioquímicas pré e pós exercício físico por meio da:
▫ Leucometria e leucograma diferencial;
▫ Dosagem sérica de TNF- e IL-6;
▫ Dosagem sérica de Proteína C-Reativa;
▫ Dosagem da prostaglandina E2;
▫ Avaliação antropométrica.
• Determinação:
▫ Esforço subjetivo por meio da Escala de Borg durante o exercício
físico;
▫ Capacidade funcional por meio do questionário BASFI;
▫ Atividade inflamatória da patologia por meio do questionário
BASDAI;
▫ Qualidade de vida por meio do questionário ASQoL.
METODOLOGIA
• INCLUSÃO
▫ Portadores de EA (diagnosticada por
reumatologistas);
▫ Tratamento medicamentoso para patologia;
▫ Acompanhamento médico;
▫ Indivíduos adultos.
• EXCLUSÃO
▫ Não estivessem com a patologia controlada;
▫ Impossibilidades de realizar o exercício físico
proposto.
METODOLOGIA
• BASFI
▫ Anatomia Funcional
▫ Capacidade de desenvolverem as AVD’s
• BASDAI
▫ 5 principais sintomas: fadiga, dores na coluna, dor e
inchaço das articulações, áreas de sensibilidade e rigidez
matinal
▫ Severidade e duração
• ASQoL
▫ Impacto global da condição e tratamento na QV
▫ Componentes de funcionalidade e incapacidade
▫ Dor e rigidez, fadiga, humor, capacidade funcional e
atividades diárias
METODOLOGIA
• TREINAMENTO
▫ 12 semanas;
▫ 3 sessões semanais;
▫ 30 minutos em esteira;
▫ Velocidade - FCT (Karvonen, 1957 e Tanaka, 2001);
▫ Intensidade moderada: 50 – 70% em progressão
linear (ACSM, 1998);
▫ Monitor cardíaco;
▫ Escala subjetiva de esforço (Borg, 1982).
DESENHO EXPERIMENTAL
4 Sujeitos Ativos
BASDAI Semanal
Semana Semana
• p≤ 0,05
RESULTADOS
ADESÃO DOS VOLUNTÁRIOS AO TREINAMENTO
EM 36 SESSÕES
RESULTADOS
CARACTERIZAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS
RESULTADOS
SCORE DO QUESTIONÁRIO DE
QUALIDADE DE VIDA
RESULTADOS
RELAÇÃO TNF-α/IL-6
RESULTADOS
CONCENTRAÇÃO DA PROSTAGLANDINA E2
RESULTADOS
Coeficiente de correlação de Spearman’s entre
questionários específicos e diferentes variáveis
DISCUSSÃO
• LEUCOCITOSE
▫ Neutrófilos.
• LINFOCITOSE
▫ Células NK;
▫ Linfócitos CD3, CD4, CD8.
(TODO-BOM; PINTO, 2007; ROSA; VAISBERG, 2002 ; DIAS et al., 2007; PEDERSEN; TOFT,
2000; NIEMAN, NEHLSEN-CANNARELLA, 1994)
INFLAMAÇÃO
IL-6 EFLUXO
IL-1 DE MACRÓFAGOS
TNF-α MONÓCITOS
(WOODS et al., 2000; MATHUR; PEDERSEN, 2008; LEANDRO et al., 2002; BRUUNSGAARD, 2005)
D
I
S
C
U
S
S
Ã
O
LESÃO TECIDUAL/ INFLAMAÇÃO
LIBERAÇÃO DE MEDIADORES
TNF-α
CORTICÓIDES
Mecanismo CITOCINAS
bioquímico de IL-1, IL-6
AINES
transmissão da PROSTAGLANDINAS
dor e cascata de
formação de HIPERALGESIA
citocinas SNC
FACILITAÇÃO CENTRAL
(Adaptado de Carvalho &
Lemônica, 1998) DOR
DOR Perda da capacidade de
cumprir as AVD’s e da
CRÔNICA
Qualidade de Vida
MONÓCITOS
Redução da
TNF-α
Atividade
Inflamatória TNF-α/IL-6
Melhora da Melhora da
Capacidade Qualidade de
Funcional Vida
TNF-α/IL-6
TNF-α
CAPACIDADE
FUNCIONAL
PROCESSO
INFLAMATÓRIO
NOS QUALIDADE DE VIDA
PORTADORES
DE EA
CONTROLE E
TREINAMENTO PREVENÇÃO DAS
AERÓBIO EM DEFORMIDADES
INTENSIDADE
MODERADA
REFERÊNCIAS
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“O valor de praticar a ciência não está
propriamente em seus resultados, pois, eles
sempre serão uma gota ínfima, ante o mar de
coisas dignas a saber. Praticar a ciência produz
o aumento da energia, da capacidade dedutiva,
da tenacidade, aprende-se a alcançar um fim
de modo pertinente. Neste sentido e em vista de
tudo o que se fará depois, é valioso ser homem
de ciência”.
Friedrich Wilhelm Nietzsche
OBRIGADA
cavaglieri@fef.unicamp.br