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O documento discute o Projeto Político Pedagógico como instrumento para a autonomia da escola e sua construção coletiva, definindo suas diretrizes e implementação. Apresenta a palestrante e temáticas abordadas, incluindo autores que discutem o PPP como processo participativo e diretriz para o planejamento escolar.
Deskripsi Asli:
Aula ministrada na Central de Cursos para o curso da SEC-BA. Slide parte 1
O documento discute o Projeto Político Pedagógico como instrumento para a autonomia da escola e sua construção coletiva, definindo suas diretrizes e implementação. Apresenta a palestrante e temáticas abordadas, incluindo autores que discutem o PPP como processo participativo e diretriz para o planejamento escolar.
O documento discute o Projeto Político Pedagógico como instrumento para a autonomia da escola e sua construção coletiva, definindo suas diretrizes e implementação. Apresenta a palestrante e temáticas abordadas, incluindo autores que discutem o PPP como processo participativo e diretriz para o planejamento escolar.
escolar, sua construção coletiva e sua implementação na escola.
Prof. Me. Adylane Santos
adylanesantos@gmail.com APRESENTAÇÃO • Licenciada em Pedagogia e gestão de processos educativos –UNEB. Especializações em: Língua e Literatura- FAC; Alfabetização e Letramento – Estácio e Gestão Educacional- Damásio • MBA em Educação Cognitiva: gestão da aprendizagem mediada • Mestrado em Gestão de Tecnologias aplicadas a Educação- UNEB • Atuou 4 anos como docente, no Estado (REDA). 2 anos no Ensino Superior ( UAB e FTC).10 anos na gestão educacional em diversos espaços. • Possui experiência em temáticas como: Formação de professores, dificuldades de aprendizagem, tecnologia e educação, gestão educacional, dentre outros. TEMÁTICAS 12 aulas- 03 encontros • O Projeto Político Pedagógico: o marco para a autonomia da unidade escolar, sua construção coletiva e sua implementação na escola. • O Projeto Político Pedagógico como diretriz para o planejamento da organização e do desenvolvimento do currículo escolar: planos de ensino, aulas, reconfigurações das ações e avaliação cíclica do executado. • O Projeto Político Pedagógico como guia para a participação, gestão colegiada e ambiente das representações da democracia escolar. • O Projeto Político Pedagógico como dispositivo institucional a favor interação, integração e (re)invenção das práticas pedagógicas. • O Projeto Político Pedagógico à luz da LDB vigente: estratégia convergente para a cultura organizacional de uma escola que se preocupa com a finalidade dos saberes no cotidiano da vida dos estudantes e nos seus grupos de interação social AUTORES • 1 – VEIGA • 2- LIBÂNEO • 3- GADOTTI • 4 – LDB O QUE DIZEM OS AUTORES? • Para Celso dos Santos Vasconcellos, PPP é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a escola enfrentar seus desafios de forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica, científica e, principalmente, participativa; • Para Maria Setúbal, o PPP não nasce pronto de uma vez, mas é construído a partir de algumas propostas bem simples que se amplia no processo; • Para Pedro Demo, PPP é um processo infindável de participação, sendo esta uma conquista que fortalece a responsabilidade dos indivíduos; O QUE DIZEM OS AUTORES? • Para Ilma Passos Alencastro Veiga, PPP cumpre sua função de nortear a instituição; • Para Moacir Gadotti, o PPP supõe uma ruptura com o presente arriscando-se atravessar um período de instabilidade em busca de uma nova estabilidade que se acredita ser melhor; • Para José Carlos Libâneo, PPP representa a oportunidade da comunidade escolar definir seu papel estratégico na educação, visando atingir seus objetivos. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO • PROJETO- Plano, intento, desígnio. O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente • Ao construirmos os projetos de nossas escolas, planejamos o que temos intenção de fazer, de realizar. Lançamo-nos para diante, com base no que temos, buscando o possível. É antever um futuro diferente do presente. • Nas palavras de Gadotti: • Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. (1994, p. 579) • Nessa perspectiva, o projeto político- pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola • Político e pedagógico têm assim uma significação indissociável. Neste sentido é que se deve considerar o projeto político-pedagógico como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis á efetivação de sua intencionalidade, que "não é descritiva ou constatativa, mas é constitutiva" (Marques 1990, p. 23). Por outro lado, propicia a vivência democrática necessária para a participação de todos os membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania. Pode parecer complicado, mas trata-se de uma relação recíproca entre a dimensão política e a dimensão pedagógica da escola • “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica”.(Veiga, 2002) reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo • Na dimensão pedagógica. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. • Projeto Político Pedagógico detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando a síntese das exigências sociais e legais do sistema de ensino e os propósitos e expectativas da comunidade escolar. Projeto político Pedagógico • Expressão da cultura da escola, como com a sua recriação e desenvolvimento. • Cultura – crenças, valores, significados, modos de pensar e agir das pessoas que o elaboram. • Recriação e desenvolvimento – intervenção e transformação da realidade. • Instrumento e processo de organização da escola, no qual se considera o que já está instituído (legislação, conteúdos, métodos, formas organizativas, etc), mas tem também um caráter de instituinte (sintetiza os interesses, os desejos, as propostas dos educadores que trabalham na escola). • Traduz, mediante a realização de objetivos específicos, a política geral de ação da organização, estabelecida em seu plano de ação. • É orientado para a AÇÃO e não para a formalização de PROPOSTAS. • Deve traduzir a história da instituição • Deve orientar o documento normativo da escola, seu Regimento Interno.Deve ser elaborado a partir dos princípios norteadores • A principal possibilidade de construção do projeto político-pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva. ROTEIRO PARA CONSTRUÇÃO DO PPP • Roteiro 1. Contextualização e caracterização da escola - Aspectos sociais, econômicos, culturais, geográficos. - Condições físicas e materiais. - Caracterização dos elementos humanos. - Breve história da escola. • Roteiro 2. Concepção de educação e de práticas escolares. - Concepção de escola e de perfil de formação dos alunos. - Princípios norteadores da ação pedagógica-didática • Roteiro 3. Diagnóstico da situação atual. - Levantamento e identificação de problemas e necessidades a atender. - Definição de prioridades. - Estratégias de ação, escolha de soluções. • Roteiro 4. Objetivos Gerais. - Metas mais amplas que se deseja alcançar. - Deve considerar as condições reais como espaço físico, custo, capacidade da equipe de profissionais, tempo, etc. • 5. Estrutura de organização e gestão. - Aspectos organizacionais. - Aspectos administrativos. - Aspectos financeiros. • Roteiro 6. Proposta curricular. - Fundamentos sociológicos, psicológicos, culturais, epistemológicos, pedagógicos. - Organização Curricular: objetivos, conteúdos, desenvolvimento metodológico, avaliação aprendizagem. • O PPP de uma escola é um instrumento teórico- metodologico, definidor das relações da escola com a comunidade a quem vai atender, explicita o que se vai fazer, porque se vai fazer , para que se vai fazer , para quem se vai fazer e como se vai fazer.É nele que se estabelece a ponte entre a política educacional do município e a população, por meio da definição dos princípios, dos objetivos educacionais, do método de ação e das práticas que serão adotadas para favorecer o processo de desenvolvimento e de aprendizagem das crianças e adolescentes da comunidade. • Seu desenvolvimento requer reflexão, organização de ações e a participação de todos, em um processo coletivo de construção.Sua sistematização nunca é definitiva, o que exige um planejamento participativo, que se aperfeiçoa constantemente durante a caminhada • Desse modo, o projeto político-pedagógico tem a ver com a organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola num todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a visão de totalidade. • Nesta caminhada será importante ressaltar que o projeto político-pedagógico busca a organização do trabalho pedagógico da escola na sua globalidade. • Portanto, é preciso entender que o projeto político-pedagógico da escola dará indicações necessárias à organização do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na dinâmica interna da sala de aula. • O projeto político-pedagógico não visa simplesmente a um rearranjo formal da escola, mas a uma qualidade em todo o processo vivido. Vale acrescentar, ainda, que a organização do trabalho pedagógico da escola tem a ver com a organização da sociedade. A escola nessa perspectiva é vista como uma instituição social, inserida na sociedade capitalista, que reflete no seu interior as determinações e contradições dessa sociedade. • Não se entende, portanto, uma escola sem autonomia para estabelecer o seu projeto e autonomia para executá-lo e avaliá-lo. A autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática da escola é, portanto uma exigência de seu projeto político-pedagógico.Ela exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar. Mudança que implica deixar de lado o velho preconceito de que a escola pública é apenas um aparelho burocrático do Estado e não uma conquista da comunidade. • A gestão democrática da escola implica que a comunidade, os usuários da escola, sejam os seus dirigentes e gestores e não apenas os seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Os pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte na responsabilidade pelo projeto da escola. • Há pelo menos duas razões, que justificam a implantação de um processo de gestão democrática na escola pública: • 1º: a escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar o exemplo. • 2º: porque a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola, isto é, o seu ensino. • A autonomia e a participação - pressupostos do projeto político-pedagógico da escola, não se limitam à mera declaração de princípios consignados em alguns documentos. Sua presença precisa ser sentida no conselho de escola ou colegiado, mas também na escolha do livro didático, no planejamento do ensino, na organização de eventos culturais, de atividades cívicas, esportivas, recreativas. Não basta apenas assistir reuniões. Então não se esqueça: • 1- O projeto político pedagógico da escola pode ser entendido como um processo de mudança e definição de um rumo, que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Sua dimensão política pedagógica pressupõe uma construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares e a própria comunidade onde a escola se insere • 2- Quando a atuação ocorre em um planejamento participativo, as pessoas ressignificam suas experiências, refletem suas práticas, resgatam, reafirmam e atualizam valores. Explicitam seus sonhos e utopias, demonstram seus saberes, suas visões de mundo, de educação e o conhecimento, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades estabelecem novas relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ação. Este movimento visa promover a transformação necessária e desejada pelo coletivo escolar e comunitário e a assunção de uma intencionalidade política na organização do trabalho pedagógico escolar. • 3- Para que o projeto seja impregnado por uma intencionalidade significadora, é necessário que as partes envolvidas na prática educativa de uma escola estejam profundamente integradas na constituição e que haja vivencia dessa intencionalidade. A comunidade escolar então tem que estar envolvida na construção e explicitação dessa mesma intencionalidade. QUESTÃO 01-Alguns autores defendem a ideia de que foi somente na LDB 9.394/96 que tivemos um avanço na natureza dos laços que devem relacionar a noção de autonomia e o projeto pedagógico da unidade escolar, e basicamente por duas razões: porque a Lei estabeleceu que aquele projeto é tarefa coletiva e de responsabilidade das comunidades escolar e local, e porque ela retomou, como princípio de toda a educação nacional, o “pluralismo de ideias e concepções pedagógicas”. Isto posto, para estes autores, ao nível da escola tais fundamentos implicam na efetiva consideração da “convivência democrática”. • A partir dessas posições, pode-se admitir que a construção do projeto pedagógico de cada unidade escolar deve se fundamentar em uma noção de democracia que • I. aceita e considera os diferentes e as diferenças. • II. tolera posições éticas e políticas unilaterais. • III. considera a discordância parte componente do debate coletivo. • IV. entende que o conflito é inerente a qualquer grupo social. • V. considera apenas a vontade da maioria. • Está correto o que se afirma APENAS em • a)II, III e V. • b)II, III e IV. • c)I, III e IV. • d)I, II e V. • E) I,IV e V QUESTÃO 2.Nos Cadernos Pedagógicos de Formação dos professores de ensino médio, organização e gestão democrática da escola do Ministério da Educação, sobre o Projeto Político Pedagógico está explícito que, exceto: a)é Projeto porque indica uma direção. b)é Político porque resulta das relações de força existentes na escola, mas não toma partido sobre o que fazer e não fazer. c)é Pedagógico porque pressupõe uma definição do tipo de ser humano que se quer formar. d)deve ser entendido como uma tomada de posição e um consenso possível da comunidade da escola sobre o que se deve fazer para se formar os indivíduos que esta comunidade crê que devam ser formados na escola. PRINCÍPIOS • QUALIDADE • VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO • LIBERDADE • GESTÃO DEMOCRÁTICA • IGUALDADE • 3 EIXOS: • FLEXIBILIDADE- LIBERDADE-AVALIAÇÃO O Projeto Político Pedagógico como diretriz para o planejamento da organização e do desenvolvimento do currículo escolar: planos de ensino, aulas, reconfigurações das ações e avaliação cíclica do executado Definição de marco/referência: • É necessário definir o conjunto de ideias, de opções e teorias que orientará a prática da escola. Para tanto, é preciso analisar em que contexto a escola está inserida. Para assim definir e explicitar com que tipo de sociedade a escola se compromete, que tipo de pessoas ela buscará formar e qual a sua intencionalidade político, social, cultural e educativa. Esta assunção permite clarear os critérios de ação para planejar como se deseja a escola no que se refere à dimensão pedagógica, comunitária e administrativa. • É um momento que requer estudos, reflexões teóricas, análise do contexto, trabalho individual, em grupo, debates, elaboração escrita. Devem ser criadas estratégias para que todos os segmentos envolvidos com a construção do projeto político-pedagógico possam refletir, se posicionar acerca do contexto em que a escola se insere. É necessário partir da realidade local, para compreendê-la numa dimensão mais ampla • A partir da reflexão sobre estes elementos pode- se discutir a relação que eles têm no tempo histórico, no sentido de perceber mudanças ocorridas na forma de vida das pessoas e da comunidade. Analisar o que tem de comum e tentar fazer relação com outros espaços, com a sociedade como um todo. Discutir como se vê a sociedade brasileira, quais são os valores que estão presentes, como estes são manifestados, se as pessoas estão satisfeitas com esta sociedade e o seu modo de organização. • Para delimitar o marco doutrinal do projeto político-pedagógico propõe-se discutir: que tipo de sociedade nós queremos construir, com que valores, o que significa ser sujeito nesta sociedade, como a escola pode colaborar com a formação deste sujeito durante a sua vida. • Para definirmos o marco operativo sugere-se que analisemos a concepção e os princípios para o papel que a escola pode desempenhar na sociedade. Diagnóstico • É o segundo passo da construção do projeto e se constitui num momento importante que permite uma radiografia da situação em que a escola se encontra na organização e desenvolvimento do seu trabalho pedagógico acima de tudo, tendo por base, o marco referencial, fazer comparações e estabelecer necessidades para se chegar à intencionalidade do projeto. O documento produzido sobre o marco referencial deve ser lido por todos. Propostas de Ação • Este é o momento em que se procura pensar estratégias, linhas de ação, normas, ações concretas permanentes e temporárias para responder às necessidades apontadas a partir do diagnóstico tendo por referência sempre à intencionalidade assumida. Assim, cada problema constatado, cada necessidade apontada é preciso definir uma proposta de ação. • Esta proposta de ação pode ser pensada a partir de grandes metas. Para cada meta pode-se definir ações permanentes, ações de curto, médio e longo prazo, normas e estratégias para atingir a meta definida. Além disso, é preciso justificar cada meta, traçar seus objetivos, sua metodologia, os recursos necessários, os responsáveis pela execução, o cronograma e como será feita a avaliação. IMPORTANTE! • Com base nesses três momentos que devem estar dialeticamente articulados elabora-se o projeto político-pedagógico, o qual precisa também de forma coletiva ser executado, avaliado e (re)planejado Etapas • Devemos analisar e compreender a organização do trabalho pedagógico, no sentido de se gestar uma nova organização que reduza os efeitos de sua divisão do trabalho, de sua fragmentação e do controle hierárquico. • Nessa perspectiva, a construção do projeto político- pedagógico é um instrumento de luta, é uma forma de contrapor-se à fragmentação do trabalho pedagógico e sua rotinização, à dependência e aos efeitos negativos do poder autoritário e centralizador dos órgãos da administração central Cronograma de trabalho e definição da divisão de tarefas • Definição da periodicidade e das tarefas para a elaboração do projeto pedagógico. Definir um prazo faz com que haja organização e compromisso com o trabalho de elaboração. • É importante reiterar que, quando se busca uma nova organização do trabalho pedagógico, está se considerando que as relações de trabalho, no interior da escola deverão estar calçadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição à organização regida pelos princípios da divisão do trabalho da fragmentação e do controle hierárquico. • Histórico da instituição: sua criação, ato normativo, origem de seu nome, etc. • Abrangência da ação educativa referente: • - Nível de ensino e suas etapas; • - Modalidades de educação que irá atender; • - Aos profissionais, considerando: à área, o trabalho da equipe pedagógica e administrativa; • - À comunidade externa: entorno social. • • Objetivos: gerais, observando os objetivos definidos pela instituição. • Princípios legais e norteadores da ação: a instituição deve observar ainda os planos e Políticas • (federal, estadual ou municipal) de Educação. A partir da identificação dos princípios registrados nas legislações em vigor, deve explicitar o sentido que os mesmos adquirem em seu contexto de ação. • Currículo: identificar o paradigma curricular em concordância com sua opção do método, da teoria que orienta sua prática. Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos: • 1º - é o de que o currículo não é um instrumento neutro. O currículo passa ideologia, e a escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios. A determinação do conhecimento escolar, portanto, implica uma análise interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular. O currículo expressa uma cultura. Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos • 2º - é o de que o currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado. • 3º - diz respeito ao tipo de organização curricular que a escola deve adotar. Em geral, nossas instituições têm sido orientadas para a organização hierárquica e fragmentada do conhecimento escolar. Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos • 4º - refere-se a questão do controle social, já que o currículo formal (conteúdos curriculares, metodologia e recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica) implica controle. Por outro lado, o controle social é instrumentalizado pelo currículo oculto, entendido este como as “mensagens transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente escolar”. • Ensino, aprendizagem e avaliação: orientações didáticas e metodológicas quanto à educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação especial, educação de jovens e adultos, educação profissional. Mecanismos de acompanhamento pedagógico, de recuperação paralela, de avaliação: indicadores de aprendizagem, diretrizes, procedimentos e instrumentos de recuperação e avaliação • Programa de formação continuada: concepção, objetivos, eixos, política e estratégia. • Formas de relacionamento com a comunidade: concepção de educação comunitária, princípios, objetivos e estratégias. • Organização do tempo e do espaço escolar: cronograma de atividades. • - diárias, semanais, bimestrais, semestrais, anuais. • - estudo, planejamento, enriquecimento curricular, ação comunitária. • - normas de utilização de espaços comuns da instituição. Acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico • Parâmetros, mecanismos de avaliação interna e externa, responsáveis, cronograma. • Esses são alguns elementos que devem ser abordados no projeto pedagógico.Geralmente encontram-se documentos com a seguinte organização: apresentação, dados de identificação, organograma, histórico, filosofia, pressupostos teóricos e metodológicos, objetivos, organização curricular, processo de avaliação da aprendizagem, avaliação institucional, processo de formação continuada, organização e utilização do espaço físico, projetos/programas, referências, anexos, apêndices, dentre outros: Finalidades • Segundo Veiga(2002) a escola persegue finalidades. É importante ressaltar que os educadores precisam ter clareza das finalidades de sua escola. Para tanto há necessidade de se refletir sobre a ação educativa • Que a escola desenvolve com base nas finalidades e nos objetivos que ela define. As finalidades da escola referem-se aos efeitos intencionalmente pretendidos e almejados. Estrutura Organizacional • A escola, de forma geral, dispõe de dois tipos básicos de estruturas: administrativas e pedagógicas. • Administrativas - asseguram praticamente, a locação e a gestão de recursos humanos, físicos e financeiros. • Pedagógicas - que, teoricamente, determinam a ação das administrativas, “organizam as funções educativas para que a escola atinja de forma eficiente e eficaz as suas finalidades”. Processo de Decisão • Na organização formal de nossa escola, o fluxo das tarefas das ações e principalmente das decisões é orientado por procedimentos formalizados, prevalecendo as relações hierárquicas de mando e submissão, de poder autoritário e centralizador. • Contudo, a participação da coordenação pedagógica nesse processo é fundamental, pois o trabalho é garantir a satisfação do bom atendimento em prol de toda a instituição. Avaliação • Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos a reflexão com base em dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu projeto político-pedagógico. A avaliação do projeto político- pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender ceticamente as causas da existência de problemas bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido pela autocrítica. • O processo de avaliação envolve três momentos: a descrição e a problematização da realidade escolar, a compreensão crítica da realidade descrita e problematizada e a proposição de alternativas de ação, momento de criação coletiva. • A avaliação, do ponto de vista crítico, não pode ser instrumento de exclusão dos alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto, deve ser democrática, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo de avaliação diagnóstica.
O atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência visual em escolas públicas e centros especializados: O processo de ensino aprendizagem
Avaliação da Aprendizagem: uma Análise Diagnóstica para Ações Pedagógicas no Ensino Fundamental I na Escola Municipal Eduardo Martini – Serra do Ramalho – BA