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2
 KLS 2.0;
 Calendário Acadêmico;

 Avaliações (Parciais e Oficiais);

 Bibliografia.

02/03/2015 3
 Título 1: KLS 2.0

02/03/2015 4
 Título 2: Calendário Acadêmico
2016.1 (Pitágoras São Luís e
Maranhão)

02/03/2015 5
 Título 3: Avaliações (Parcial B1 e B2 &
Oficiais B1 e B2)

02/03/2015 6
Avaliações B1e B2
- Avaliação Parcial B1 => “Operação Lava-Jato” –
Seminário;
- Avaliação Parcial B2 => “Improbidade
Administrativa por Omissão” – Artigo Científico.

7
 Título 4: Calendário de Aulas e de
Avaliações – Turma de Terça-Feira

8
Fevereiro de 2016
16/02/2016 Aula Apresentação do Professor,
Zero Minicurrículo Vitae,
Disciplina, KLS 2.0,
Avaliações, Ementário,
Unidades, Considerações
Iniciais
23/02/2016 Aula Revisão de “Direito
1 Administrativo 1”

Março de 2016
01/03/2016 Aula 2 -Responsabilidade
Extracontratual do Estado
08/02/2016 Aula 3 -Controle da Administração
Pública
15/03/2016 Parcial - Seminário “Operação Lava-
B1 Jato”
22/03/2016 Aula 4 -Entrega de Notas e Atas
-Revisão
29/03/2016 Aula 5 -Intervenção do Estado na
Propriedade 9
Abril de 2016
04 a 08 de Oficial B1 -Todo o conteúdo
abril (Bloco 1) programático apresentado; ou
-Aula
11 a 15 de Oficial B1 Todo o conteúdo programático
abril (Bloco 2) apresentado; ou
-Entrega de Provas, Assinatura
de Ata
19/04/2016 Aula 6 -Domínio Público (Parte 1)
26/04/2016 Aula 7 -Domínio Público (Parte 2)

Maio de 2016
03/05/2016 Aula 8 -Servidor Público (Parte 1)
10/05/2016 Parcial B2 -”Improbidade Administrativa
por Omissão” (Artigo
Científico)
17/05/2016 Aula 9 -Entre das Notas, Assinatura
da Ata
24/05/2016 Aula 10 -Servidor Público (Parte 2)
31/05/2016 Aula 11 -Direito Administrativo 2
(Revisão)
10
Junho de 2016
01 a 04 de Avaliação ------------------------------------
junho 2016 Interativa
07/06/2016 Avaliação --Todo o conteúdo
Oficial B2 programático apresentado;
ou
-Revisão

11
 Título 4: Calendário de Aulas e de
Avaliações – Turma de “Quinta-Feira”

12
Fevereiro de 2016
18/02/2016 Aula Apresentação do Professor,
Zero Minicurrículo Vitae,
Disciplina, KLS 2.0,
Avaliações, Ementário,
Unidades, Considerações
Iniciais
25/02/2016 Aula Revisão de “Direito
1 Administrativo 1”

Março de 2016
03/03/2016 Aula 2 -Responsabilidade
Extracontratual do Estado
10/02/2016 Aula 3 -Controle da Administração
Pública
17/03/2016 Parcial - Seminário “Operação Lava-
B1 Jato”
24/03/2016 Aula 4 -Entrega de Notas e Atas
-Revisão
31/03/2016 Aula 5 -Intervenção do Estado na
Propriedade 13
Abril de 2016
04 a 08 de Oficial B1 -Todo o conteúdo
abril (Bloco 1) programático apresentado; ou
-Aula
11 a 15 de Oficial B1 Todo o conteúdo programático
abril (Bloco 2) apresentado; ou
-Entrega de Provas, Assinatura
de Ata
21/04/2016 Feriado -----------------------------------
28/04/2016 Aula 6 -Domínio Público

Maio de 2016
05/05/2016 Aula 7 -Servidor Público (Parte 1)
12/05/2016 Parcial B2 -”Improbidade Administrativa
por Omissão” (Artigo
Científico)
19/05/2016 Aula 8 -Entre das Notas, Assinatura
da Ata
26/05/2016 Feriado ----------------------------------------

14
Junho de 2016
02/06/2016 Aula 9 -Servidor Público (Parte 2)
09/06/2016 Aula 10 -Direito Administrativo 2
(Revisão)
01 a 04 de Avaliação ------------------------------------
junho Interativa
06 a 10 de Avaliação -Todo o conteúdo
junho Oficial B2 programático apresentado;
(Bloco 1) ou
-Revisão
13 a 17 de Avaliação -Todo o conteúdo
junho Oficial B2 programático apresentado;
(Bloco 2) ou
-Entrega de Provas,
Assinatura de Atas

15
EMENTÁRIO – (Curso de Direito)
-Controle da Administração Pública: Conceito de controle/Controle administrativo: Fiscalização hierárquica
supervisão ministerial representação representação recursos hierárquicos revisão do processo prescrição
administrativa/Controle judiciário: Conceito atos sujeitos a controle comum atos sujeitos a controle especial a
Administração Publica em Juízo/Controle legislativo: Conceito e alcance fiscalização dos atos da Administração
atribuições dos Tribunais de Contas/Tipos e formas de controle: Controle administrativo legislativo judicial
hierárquico finalístico interno externo prévio concomitante subseqüente de legalidade, de mérito.
-Domínio Público: Afetação e desafetação; Alienação dos bens públicos; Aquisição dos bens públicos;
Características principais: impenhorabilidade, imprescritibilidade, intangibilidade e não oneração; conceito e
classificação dos bens públicos (bens de uso comum do povo, bens de uso especial, bens dominicais); Domínio
eminente e domínio patrimonial: Fundamentos; Utilização dos bens públicos por particulares: autorização de uso,
autorização de uso especial, permissão de uso, concessão de uso, concessão de uso especial, concessão de direito
real de uso.
-Intervenção do Estado na Propriedade Privada: Desapropriação: Conceito/Características/ Requisitos
constitucionais/ Legislação básica/ Casos de desapropriação/ Declaração expropriatória/ Processo expropriatório/
Imissão na posse/ Direito de extensão/ Indenização/ Desvio de finalidade/ Anulação de desapropriação/
Retrocessão/Limitações administrativas/Modalidades de intervenção: Fundamentos e limites da intervenção/
Competência para intervir na propriedade/Requisição e Ocupação Temporária/Servidão administrativa/
Tombamento;
-Responsabilidade Extracontratual do Estado: A responsabilidade no Direito Brasileiro/ Evolução doutrinária
-Servidores Públicos: Improbidade Administrativa; Normas Constitucionais pertinentes aos servidores;
Organização do serviço público/ Responsabilidade dos Servidores

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 Título 5: Modelo KLS de Avaliação
2016

17
Avaliação da Aprendizagem
1- Padronização no peso das atividades
avaliativas
Avaliação da Aprendizagem
2- Padronização no peso dos Bimestres
Critérios de Avaliação – 2016.1
Disciplinas Presenciais - AMPs
Critérios de Avaliação – 2016.1
Disciplinas Presenciais - AMIs
Critérios de Avaliação – 2016.1
Disciplinas Presenciais - AMIs
23
24
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28
 Não será permitida a consulta de legislação via colega
e aparelhos eletrônicos.
.
2006
Obs.: Encontrado no site da Saraiva edição de 2002
(http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/310724)

2008
Obs.: Encontrado no site da Saraiva edição de 2008
(http://busca.livrariasaraiva.com.br/search#w=l%C3%BAcia%20valle%20
figueiredo&PAC_ID=&af=)
Obs.: Best of the Best dos livros de Direito
Administrativo;
Obs.: Mesmo falecido o Autor da Obra, ela é
constantemente atualizada por Délcio Balestero Aleixo
e José Emmanuel Burle Filho, respeitando a essência
dos pensamentos de Meirelles;
Obs.: Leitura OBRIGATÓRIA seja para iniciantes ou
operadores do Direito Administrativo.

Obs.: Livro OBRIGATÓRIO para segunda fase da OAB e


concursos em gerais;
Obs.: Exige conhecimento básico de Direito
Administrativo;
Obs.: Excelente para compreensão apurada de
institutos jurídicos.
 Serviço Público

35
OUTORGA: É a transferência de
poder de uma a outra pessoa jurídica, 1.1)Autarquias Institucionais
criando-lhe autonomia frente ao 1.2) Empresas Estatais
outorgante, através de lei de criação 1.3) Fundações Públicas
Descentralização dos

ou de autorização legislativa;
Serviços Públicos

DELEGAÇÃO de Serviços
Vínculo Contratual
Públicos (art. 21, XII e 175, da
CRFB/88): É a substituição do
prestador de serviços públicos em
2.1) Concessão
favor da iniciativa privada. 2.2) Permissão
Obs.: A Administração Pública, por
suas autarquias reguladoras
2.3) Autorização de
(agências) fiscaliza, puni, decide, Serviços Públicos
realiza o poder de polícia (Estado
Gerencial) Ato Discricionário

Art. 21, incisos XI e XII, da CRFB/88


(≠ Lei Federal nº 9472/97)
Territorial ou Geográfica
(Art. 18, §§ 2º e 3º, 33 da CRFB/88: NÃO INCORPORA O
SENTIDO DE DESCENTRALIZAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO)

36
: “

.” (
)

- Serviços públicos uti singuli (singulares) e uti universi


(gerais): destinatários determinados, vínculo de natureza
tributária, e indeterminados, vínculo de natureza contratual

-Serviço Público é uti singuli => remunerado por TAXA (TCL –


taxa de coleta de lixo; exceção: serviços objetos de concessão
e permissão – vinculo é contratual;
-- Serviço Público for uti universi => tarifa (modalidade de
preço público), exemplo pedágio.

37
- Poder Disciplinar
- Poder Hierárquico
- Poder Regulamentar
- Poder de Polícia
- Poder Vinculado
- Poder Discricionário

38
TÍTULO – VII Da Ordem Econômica e Financeira
CAPÍTULO – I DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE
ECONÔMICA

(Vide: Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 – Lei Geral dos Serviços Públicos)
(Vide: Arts. 21, XI e XII, 25, § 2º e 30, V, da CF/88)
Obs.1: Concessão e Permissão => execução indireta de serviços públicos (a autorização é
delegação de serviço público excepcional, ex. art. 21, XI e XII, da CF/88)
Obs.2: Lei 8.987/95 só trata do regime de concessão e permissão de serviços públicos

39
Concessão Delegatários
(Empresários submetidos
Permissão ao Regime Jurídico
Administrativo)
Autorização Há prestação indireta do
serviço público pelo Estado
Administrativa quando a sua prestação decorre
(estritas hipóteses) de delegação

40
Lei 8.987/95. Dispõe sobre o regime de concessão e
permissão da prestação de serviços públicos previsto no
art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências.

As Universidades Privadas prestação serviço público???

Não, desenvolvem atividade privada decorrente de


Autorização Administrativa para desenvolvimento de
atividade de interesse público (não é o Estado, não há
concessão e permissão de serviços públicos), conforme
disciplina dada pelo arts. 209 e 175 da CF/88 n/f da Lei
8.987/95 (são autorizatárias – desempenham atividades
de interesse público).

41
Art. 21, incs. XI e XII, da CF/88. Compete à União:
[...]
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços
de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95) – regulamentado pela Lei 9.472/97
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos
de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; Leis 9.427/96 e 9.074/95

42
 Responsabilidade Extracontratual
do Estado

02/03/2015 43
Art. 37, § 6º da CF/88. “As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Art. 43 do CC/02. “As pessoas jurídicas de direito público
são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que
nessa causem danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por
parte destes, culpa ou dolo.”

44
Obs.1: A responsabilidade do Estado, indicada no art. 37, §
6º, da CF/88, é objetiva, mas a responsabilidade do agente
público é subjetiva, na medida em que decorre da
constatação de dolo ou de culpa;

Obs.2: A responsabilidade do Estado não compreende as


empresas estatais exploradoras de atividade econômica, na
medida em que a responsabilidade, nestes casos, é
regulamentada pelo Direito Privado.

Obs.3: O Supremo Tribunal Federal já decidiu que o dano


causado a terceiros, não usuários de serviços públicos, a
responsabilidade t.b. é objetiva, pois a própria Constituição
não diferenciou os danos causados a terceiros em virtude de
serem ou não usuários de serviços públicos.
45
Ação de Responsabilidade Ação de Regresso
do Estado Contra o Agente Público

A Vítima cobra do Estado → O Estado cobra do


Agente

Responsabilidade Responsabilidade Subjetiva do


Objetiva do Estado Agente Público
Obs.1: O Estado deve denunciar da lide o agente? Não, pois, geraria uma
ampliação subjetiva do mérito, acarretando ao autor-vítima manifesto prejuízo à
celeridade na prestação jurisdicional.
Obs.2: O que se discute no mérito da ação de regresso do Estado? Apenas se há
conduta, dano e nexo casual (responsabilidade objetiva), não se discutindo os
elementos subjetivos (dolo e culpa), sendo-os irrelevantes e desnecessários ao
eventual ressarcimento do particular.
46
Teoria da Tratasse da primeira fase da era da irresponsabilidade do Estado, onde o Estado
Irresponsabilidade não era responsável pelos seus atos, pois era considerado sujeito irresponsável;
do Estado o monarca ditava as leis, logo, o Estado não errava. A causa desta concepção
decorria de justificativa divina do Chefe de Estado;
Teoria do Estado Importa numa primeira orientação da responsabilidade objetiva do Estado, eis a
Responsável responsabilidade decorrente de fundamento legal (previsão legal), logo, as
(Previsão Legal) situações em que importavam a responsabilização do Estado eram muito
restritas, pois só se apoiavam nas situações previamente positivadas em lei.
Teoria francesa;
Teoria da Evolução da posição anterior, começou-se a encontrar fundamentos na
Responsabilidade responsabilidade com base na comprovação de culpa e de dolo praticado pelos
Subjetivista ou da agentes públicos. Não é objetiva, por previsão legal, sim subjetiva, na medida
Responsabilidade em que o Estado responde sempre que for comprovado a culpa ou o dolo do
Civilista agente público;
Teoria da Culpa do Evolução das anteriores, é t.b. uma responsabilidade subjetiva baseada na culpa
Serviço (faute du do serviço, i.e., basta a comprovação da má prestação de serviços, seja ele
service) ou Teoria da prestado de forma ineficiente ou de forma atrsada. Não se questiona a culpa ou
Culpa Anônima o dolo do agente como a teoria da responsabilidade subjetivista.
Teoria da Teoria contemporânea, sendo-a àquela que incide independentemente da
Responsabilidade comprovação de dolo ou de culpa, bastando a presença dos seguintes
Objetiva do Estado elementos: i. conduta lícita ou ilícita, ii. Dano e iii. Nexo de causalidade.
47
+ +

48
Há duas teorias relativo ao nexo de causalidade, ligas entre a conduta do estatal e o dano: i.
Teoria do Risco Administrativo e ii. Teoria do Risco Integral.
1) A Teoria do Risco Administrativo leva em consideração que a responsabilidade do Estado
admite situações de sua exclusão, quais sejam: i. culpa exclusiva da vítima, ii. caso fortuito
e iii. Força maior;
2) A Teoria do Risco Integral é àquela em que não admite exclusão da responsabilidade do
Estado, sedo-a aplicada em 05 (cinco) situações no Brasil:
i. Dano decorrente de atividade nuclear exercida pelo Estado;
ii. Dano decorrente de avaria ou estrago ambiental;
iii. Crimes ocorridos abordo de aeronaves que estejam sobrevoando o espaço aéreo
brasileiro;
iv. Danos decorrentes de ataques terroristas;
v. Acidente de trânsito (seguro DPVAT).

+ +
49
1) Se a geração do dano contra terceiro, decorreu de ato licito praticado pelo
Estado, a doutrina aponta violação ao princípio da isonomia, na medida em que
não é justo uma única ou determinado grupo de pessoas saiam prejudicados
para garantir o benefício de todos. Assim sendo, é possível a responsabilidade
do Estado pela prática de ato lícito, desde que o elemento dano seja anormal e
específico;
2) Se o dano causado pela atuação do Estado decorre de conduta ou ato ilícito,
há violação ao princípio da legalidade.

+ +

50
1) Se o dano decorre de conduta ou ato lícito, a responsabilidade do Estado depende da
constatação de danos anormais e específicos, pois os danos normais são chamados de
“riscos sociais”, enfrentados pelo cotidiano dos cidadãos;
2) Se o dano for genérico, não há ensejo a responsabilidade do Estado;
3) Teoria do Duplo Efeito: em sendo o dano suportado por parcela da sociedade, mesmo
que repercutindo a todos, a pessoa que sofreu danos pode ser indenizada pelo Estado a
nível de sua responsabilização.

+ +
Obs.: os danos que geram a
responsabilidade do Estado são os
chamados “danos jurídicos”, ou seja, o
dano submetido a bem jurídico
relevante, mesmo que exclusivamente
moral
51
A prescrição para reparação civil contra o Estado é de 05 (cinco)
anos, conforme disciplina dada no Decreto n. 20.910/32 e art. 1º-C
da Lei 9.494/97.
Este decreto visou criar condição mais favorável ao Estado, na
medida em que à época do Código Civil de 1916 o prazo
prescricional era de 10 (dez) anos.
Com o advento do Novo Código Civil, o prazo prescricional
passou a ser de 03 (três) anos, a nível de responsabilidade civil,
em geral.
Contudo, o entendimento atual é que o prazo prescrição para
ajuizamento de ação de responsabilidade extracontratual é de 05
(cinco) anos, pois a legislação é especial, enquanto o de 05 (cinco)
anos, previsto no Novo Código Civil é aplicável aos demais casos.
52
1) Responsabilidade do Estado por Omissão → Teoria da Culpa
Anônima: decorre da falta de atuação do Estado, ou seja, pela má prestação do
serviço público ou a prestação ineficiente. Neste caso, a responsabilidade do Estado é
subjetiva;
Ex.: a Administração Pública é alertada que determinado local é suscetível de
desabamento, mas, por omissão, deixa de retirar as pessoas potencialmente
vítimas de desastre. Aqui, a responsabilidade do Estado é subjetiva, na medida
em que, prestou de forma inadequada, má-fé, a prestação de serviço público.

2) Responsabilidade do Estado por Omissão → Teoria do Risco


Criado (Risco Suscitado): consiste na hipótese em que, o Estado ao
desempenhar suas funções públicas, ocasiona a criação de uma situação de perigo à
coletividade. Observamos, nestes casos que, o Estado reponde objetivamente,
independentemente da existência ou não de conduta praticada por agente público.
Aqui o Estado responde por ter criado situação de risco à sociedade.
Ex. determinada preso de penitenciária estadual, aproveita falha na segurança de
penitenciária e foge. Durante sua fuga, comete o crime de latrocínio. Neste caso, o
Estado, como custodiador (houve a extensão da custodia do Estado) deveria ter
evitado o crime, razão pela qual, o Estado irá responder objetivamente pelo
dano causado aos familiares da vítima.
53
 Bens Públicos

02/03/2015 54
Bens Públicos: “são bens jurídicos atribuídos à
titularidade do Estado, submetidos a regime
jurídico de direito público, necessários ao
desempenho das funções públicas ou merecedoras
de proteção especial.” (Marçal Justen Filho)

55
Bens Públicos:“todos aqueles que, de qualquer
natureza e a qualquer título, pertençam às
pessoas jurídicas de direito público, sejam elas
federativas, como a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, sejam da Administração
descentralizada, como as autarquias, nestas
incluindo-se as fundações de direito público e as
associações públicas.” (José dos Santos
Carvalho Filho)

56
Bens Públicos Bens de Uso Comum do Povo: são os
bens públicos de uso geral do elemento
do Estado povo, ex.: “rios, mares,

Destinação Pública
estradas, ruas e praças;

Específica
Bens de Uso Especial: são os bens
públicos destinados à prestação de
serviços públicos em geral, visando a
execução material das diversas funções
do Estado, ex.: edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento
Classificação da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de
(Destinação)
suas autarquias”
Destinação Pública
Inespecífica

Bens Dominicais: são os bens públicos


que não tem destinação pública definida,
suscetíveis de utilização econômica do
Estado, desde que destinado ao interesse
público (conceito jurídico por
exclusão)

57
-União;
PESSOAS JURÍDICAS DE -Estados Federal;
DIREITO PÚBLICO INTERNO - Municipal;
TITULARES DE - Distrito Federal.
BENS PÚBLICAS
Territoriais / Geográficas
ADMINISTRAÇÃO (capacidade administrativa genérica)
DESCENTRALIZADA
Institucionais / Serviços
Bens das Pessoas (capacidade administrativa específica)
Administrativas
Autarquias PROPRIAMENTE DITA
Públicas EX.: INSS (L8029/90), BACEN (L4595/64)

-Executivas;
Agências
- Reguladoras
CONSÓRCIOS PÚBLICOS (CVM, SUSEP etc.)
(ASSOCIAÇÃO PÚBLICA – ART. 6º, I,
§1º, DA LEI FED. 11.107 DE 2005) Fundacionais: (fundações sob regime
Bens das Pessoas jurídico de Direito Público)
Administrativas
Privadas SOB REGIME JURÍDICO ESPECIAL
SUI GENERIS : UEMA (CULTURA E ENSINO),
OAB (PROFISSIONAIS OU CORPORATIVAS)
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
(sob regime jurídico de
Direito Privado) PRESTAM SERVIÇO PÚBLICO.
TITULARES DE
(EX.: ECT)
BENS PRIVADOS
-EMPRESAS PÚBLICAS
EMPRESAS ESTATAIS (∆ TIPOS SOCIETÁRIOS);
-S.E.M.
- DESEMPENHAM ATIVIDADE
ECONÔMICA; 58
 Usucapião de Bens Públicos

59
Art. 183 da CF/88. Aquele que possuir como sua área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao
homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma
vez.
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 191 da CF/88. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou
urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição,
área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-
a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia,
adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.
Obs.: Art. 102 do CC/02. “Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.”
60
Art. 5º, XXII, da CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXII - é garantido o direito de propriedade;

Art. 1.225 da CC/02. São direitos reais:


I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº
11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
61
Da Aquisição da Propriedade Imóvel
Seção I - Da Usucapião

Art. 1.238 do CC/02. Aquele que, por quinze anos, sem


interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel,
adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e
boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por
sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-
á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a
sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de
caráter produtivo.

62
Art. 1.239 do CC/02. Aquele que, não sendo
proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como sua, por cinco anos ininterruptos, sem
oposição, área de terra em zona rural não
superior a cinqüenta hectares, tornando-a
produtiva por seu trabalho ou de sua família,
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.

63
Art. 1.240 do CC/02. Aquele que possuir, como
sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á
o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente
não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de
uma vez.
64
Art. 1.240-A do CC/02. Aquele que exercer, por 2 (dois)
anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta,
com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m²
(duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja
propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro
que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou
de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao
mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

65
Art. 1.242. Adquire também a propriedade
do imóvel aquele que, contínua e
incontestadamente, com justo título e boa-
fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o
prazo previsto neste artigo se o imóvel
houver sido adquirido, onerosamente, com
base no registro constante do respectivo
cartório, cancelada posteriormente, desde
que os possuidores nele tiverem
estabelecido a sua moradia, ou realizado
investimentos de interesse social e
econômico.

66
CAPÍTULO III
Da Aquisição da Propriedade Móvel
Seção I
Da Usucapião
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel
como sua, contínua e incontestadamente
durante três anos, com justo título e boa-
fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se
prolongar por cinco anos, produzirá
usucapião, independentemente de título ou
boa-fé.

67
finalidades econômicas e sociais e de
modo que sejam preservados, de
conformidade com o estabelecido em lei
especial, a flora, a fauna, as belezas
naturais, o equilíbrio ecológico e o
patrimônio histórico e artístico, bem como
evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2o São defesos os atos que não trazem
ao proprietário qualquer comodidade, ou
utilidade, e sejam animados pela intenção
de prejudicar outrem.
§ 3o O proprietário pode ser privado da
coisa, nos casos de desapropriação, por
necessidade ou utilidade pública ou
interesse social, bem como no de
requisição, em caso de perigo público
iminente.
§ 4o O proprietário também pode ser
privado da coisa se o imóvel reivindicado
consistir em extensa área, na posse
ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco
anos, de considerável número de pessoas,
e estas nela houverem realizado, em
conjunto ou separadamente, obras e 68
serviços considerados pelo juiz de
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de
elaboração e prestação;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob
as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos
casos previstos em lei.
69
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa
e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;

Art. 22. Compete privativamente à União 70


legislar sobre:
Art. 184. Compete à União desapropriar
por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja
cumprindo sua função social, mediante
prévia e justa indenização em títulos da
dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no
prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão
indenizadas em dinheiro.
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como
de interesse social, para fins de reforma
agrária, autoriza a União a propor a ação de
desapropriação.
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer 71
arqueológico, paleontológico, ecológico e
científico.
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração
da comunidade, promoverá e protegerá o
patrimônio cultural brasileiro, por meio de
inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras
formas de acautelamento e preservação.
§ 2º - Cabem à administração pública, na
forma da lei, a gestão da documentação
governamental e as providências para
franquear sua consulta a quantos dela
necessitem.
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a
produção e o conhecimento de bens e
valores culturais.
§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio
cultural serão punidos, na forma da lei.
§ 5º - Ficam tombados todos os
documentos e os sítios detentores de
reminiscências históricas dos antigos
quilombos.
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito
Federal vincular a fundo estadual de
72
fomento à cultura até cinco décimos por
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas
de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas ou a exploração de trabalho
escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma
agrária e a programas de habitação
popular, sem qualquer indenização ao
proprietário e sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei, observado, no
que couber, o disposto no art.
5º. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de
valor econômico apreendido em
decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e da
exploração de trabalho escravo será
confiscado e reverterá a fundo especial
com destinação específica, na forma da
lei. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 81, de 2014)
73
1999 serão liquidados pelo seu valor real,
em moeda corrente, acrescido de juros
legais, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, no prazo máximo de dez anos,
permitida a cessão dos créditos. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 30, de
2000)
§ 1º É permitida a decomposição de
parcelas, a critério do credor. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 2º As prestações anuais a que se
refere o caput deste artigo terão, se não
liquidadas até o final do exercício a que se
referem, poder liberatório do pagamento
de tributos da entidade devedora. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 30, de
2000) (Vide Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)
§ 3º O prazo referido no caput deste
artigo fica reduzido para dois anos, nos
casos de precatórios judiciais originários
de desapropriação de imóvel residencial
do credor, desde que comprovadamente
único à época da imissão na
74
posse. (Incluído pela Emenda
75
76
77
 Servidor Público

02/03/2015 78
1) [ corresponde à toda pessoa física ];
2) [ que exerça mandato, cargo, emprego ou função pública ];
Agente
3) [ com ou sem remuneração ];
Público 4) [ mediante nomeação, eleição, designação, contratação ou
qualquer forma de investidura e vínculo com o Estado. ]

Art. 2° da Lei 8.429/1990. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo
anterior.

Art. 1° da Lei 8.429/90. Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma
desta lei.

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual,
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

79
Toda pessoa física a qual se faz presente
o Poder Público!

Agente → agentes políticos;


→ agentes administrativos;
Público → agentes honoríficos;
→ agentes delegados;
→ agentes credenciários;
→ agentes militares (militares).

“Agente público é toda pessoa física que atua como


órgão estatal, produzindo ou manifestando a vontade
do Estado.”
(JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 7. ed. Belo
Horizonte: Fórum, 2011. p. 816. ISBN 978-85-7700-423-2)

80
Funcionário público (para fins Penais)
Art. 327 do CP (Decreto-lei nº 2.848 de 1940). Considera-se funcionário
público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou
função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa
prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de
atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos
crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão
ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração
direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

81
São os detentores de cargo eletivo, eleito por mandato transitório (processo eleitoral), cujas
Agentes Políticos atribuições são constitucionalmente previstas, sendo-os integrantes dos mais alto escalão do
Poder Público, responsáveis pela elaboração das diretrizes governamentais e das funções de
direção, orientação e supervisão geral da Administração Pública (direta e indireta);
São os que exercem atividade pública sob natureza profissional e remunerada, sujeitando-se à
Agentes
hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federativo em que se encontra
Administrativos
juridicamente vinculado, no âmbito da Administração Pública dos Poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário) e do Ministério Público;
São cidadãos requisitados ou designados para que transitoriamente colaborem perante o
Agentes Poder Público, mediante prestações de serviços específicos, em razão de sua condição cívica,
Honoríficos de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, não estabelecendo qualquer
vínculo empregatício com a Administração Pública e, comumente, atuam sem remuneração;
ex. jurados, mesários eleitorais, conciliadores, membros dos Conselhos Tutelares criados pelo
ECA etc..
“[...] são os que recebem a incumbência da administração para representa-la em determinado
Agentes ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público
Credenciados credenciante.” (Hely Lopes Meirelles) – Obs.: será estudado os casos enfrentados pelo
judiciário;
São os particulares que recebem a incumbência do Poder Público de exercerem atividade,
obra ou serviço público em nome próprio, por sua conta e risco e sob a permanente
Agentes fiscalização do poder delegante (descentralização por colaboração); sujeitam-se à
Delegados responsabilidade civil objetiva (art. 37, § 6º, da CF/88) e às ações constitucionais (ex. MS: art.
5º, LXIX, da CF/88); concessionários e permissionários de serviços públicos: tradutores,
leiloeiros, titulares de cartório (art. 236 da CF/88 c/c Lei 8935, de 18/11/1995);
Corresponde a categoria milenar de agentes públicos, compreendendo as Forças armadas
(Marinha, Exército e Aeronáutica – art. 142 da CF/88) e a polícia administrativa do Estado
Agentes
(corpo de bombeiro e polícia militar – art. 21, IX e 42 da CF/88), organizados com base na
Militares
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade e comando do Presidente da República (Forças
82
Armadas) e do Governo Estadual (polícia administrativa estadual).
Presidente da República, Governadores, Prefeitos,
Poder Executivo
Ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais
Poder Legislativo Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores.
Poder Judiciário Ministros do Supremo Tribunal Federal, Ministros dos Tribunais Superiores e demais
Agentes (há divergência doutrinária) Juízes Federais e de Direito
Políticos - MPU: Procurador-Geral da República, Vice-Procurador-Geral da República, Procuradores-
Gerais Adjuntos, Procuradores da República, Procuradores-Adjuntos, Membros do
Ministério Público Ministério Público do Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito Federal e Territórios
(promotores federais);
(há divergência doutrinária)
- MPE: Procurador-Geral de Justiça, Subprocuradores-Gerais de Justiça (Subprocurador-Geral
de Justiça para Assuntos Jurídicos e Subprocurador-Geral para Assuntos Administrativos),
Procuradores de Justiça, Promotores de Justiça e Promotores de Justiça Substituto.

Concursados para exercício de um cargo de provimento efetivo (provimento em cargo


Estatutários efetivo) - art. 37, II, da CF/88; - art. 3º, 9º, I, 34, da Lei 8.112/90
(servidores públicos em sentido
estrito) Nomeados para cargo de provimento em comissão ou função de confiança
Servidores (provimento em comissão) - Arts. 3º, 9º, I, e p.u., 10, 19, § 1º, 35, da Lei 8.112/90.
Agentes Públicos Temporários (contratados por Contratados para exercício temporário de um cargo público (art, 37, IX, da CF/88 – Lei
Públicos tempo determinado) 8.745/1993; Vide: ADIn 2380/2000)
Celetistas (ou empregados públicos – art. 173, §1º, II, da CF/88 c/c art. 3º e 442 e ss da CLT);

Agentes Honoríficos → ex. Jurados (CPP – Decreto-lei nº 3.689, de 0310/1941 n/f da Lei 11.689/2008); mesário (CE – Lei
4.737/1965 e Lei das Eleições, Lei 9.504/1997); conciliadores de justiça e juízes leigos (ex. no Juizado Especial – Lei 9.099/95, art. 7º; CPC –
Lei 5.869/1973, art. 277, § 1º);

Agentes Credenciados → ex. RMS 12.689/SC, TRF1 AC 8100 PA 2001.39.00.008100-0;


Agentes Delegados → ex. servidores públicos notarias (art. 236 da CF/88 c/c Lei 8.935/1994).
Marinha
Forças Armadas Exército
(União – art. 142 da CF/88)
Agentes Aeronáutica
Militares Polícia Militar
Estados
(art. 42 da CF/88)
Corpo de Bombeiro Militar 83
Obs.1: Parte da doutrina não incluem na categoria de agentes políticos os
membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, quais sejam titulares
de cargos constitucionais, dotados de vitaliciedade (art. 95, I, da CF/88 –
juízes; art. 128, § 5º, I, da CF/88 – Ministério Público), inamovibilidade (art.
95, II, da CF/88 art. 128, § 5º, II, da CF/88 – Ministério Público) e
irredutibilidade de subsídio (art. 95, III, da CF/88; art. 128, § 5º, III, da CF/88
– Ministério Público), na medida em que seu ingresso às carreiras iniciais é
via concurso público de provas e títulos (juiz substituto – art. 93, I, da CF/88;
promotor substituto – art. 131, § 3º, da CF/88), não assumem funções
políticas, ao MP exerce essencial função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe na defesa da Ordem Jurídica, do regime democrático e dos interesses e
individuais indisponíveis 127 da CF/88), ao lado do juiz ser a própria parcela
ou face do Estado (Estado-juiz, art. 2º da CF/88) e, por fim, as prerrogativas
constitucionais atribuídas ao Chefe do Executivo e seus auxiliares ao lado dos
senadores, deputados e vereadores respondem a um regime jurídico “[...]
anômalo, sob inúmeros ângulos [...] o que se traduz em imunidades e
privilégios não reconhecidos a outros agentes estatais.” (JUSTEN FILHO,
2011, p. 830-831)

84
Obs.2: As principais características dos agentes políticos:
1) a competência é extraída diretamente da Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988, em que lhes garante determinadas imunidades e privilégios,
não extensivo aos demais agentes estatais;
2) não são servidores públicos, logo não se sujeitam a suas regras comuns;
3) aos agentes públicos do âmbito do Poder Executivo e Legislativo são investidos a
cargos públicos segundo às regras constitucionais estabelecida em processo
eleitoral (sufrágio: voto secreto, universal e periódico), atendendo aos fenômenos
peculiares a nomeação e designação, excetuando a decisão discricionário do
Chefe do Executivo perante seus auxiliares (Ministros e Secretários – estadual e
municipal); já perante aos membros do Poder Judiciários e do Parquet, titulares
de cargos constitucionais, seu ingresso ao Estado é por meio de concurso público,
excetuando a formação de lista tríplice objetivando a indicação a cargos de
instância superior;
4) exceto os cargos políticos ao âmbito do Poder Executivo, não há qualquer
hierarquia entre seus membros;
5) por força do julgamento da Rcl 2138/DF, rel. orig. ex-Min. Nelson Jobim, e rel. p/
acórdão Min. Gilmar Mendes, em 23/06/2007, o STF decidiu que os atos de
improbidade administrativa (art. 37, § 4º, da CF/88 c/c Lei 8.429, de
02/06/1992), não se aplica aos agentes políticos sujeitos ao regime de crime de
responsabilidade (Lei 1.079, de 10/04/1950 – art. 52, I e II, da CF/88).
85
1º Presidente da República;
2º Vice-Presidente da República;
União 3º Presidente da Câmara dos Deputados;
(art. 80 da CF/88)
4ª Presidente do Senado Federal;
5º Presidente do Supremo Tribunal Federal.
1º Governador;
Estados 2º Vice-Governador;
3º Presidente da Assembleia Legislativa;
Sucessão 4º Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
Presidencial
1º Governador Distrital;
2º Vice-Governador Distrital;
Distrito Federal 3º Presidente da Assembleia Legislativa;
(art. 93 da LO/DF) 4º Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e Território.
1º Prefeito;
Municípios 2º Vice-Prefeito;
3º Presidente da Câmara dos Deputados.

86
Advogado-Geral da União
Banco Central do Brasil
Casa Civil
Controladoria-Geral da União
Gabinete de Segurança Institucional
Ministério da Agricultura, Pecuniária e Abastecimento
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Ministério da Cultura
Ministério da Defesa
Ministério da Educação
Ministério da Fazenda
Ministério da Pesca e Aquicultura
Ministério da Previdência Social
Ministério da Saúde
Presidente da Ministério de Minas e Energia
República Ministério do Desenvolvimento Agrário
(Art. 76 da CF/88) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo
Ministério do Esporte
Ministério do Meio Ambiente
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ministério do Trabalho e Emprego
Ministério do Turismo
Ministério dos Transportes
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Secretaria Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Secretaria de Políticas para as Mulheres
Secretaria de Portos da República
Secretaria de Relações Institucionais 87
Secretaria-Geral da Presidência da República
Processo Eleitoral Presidência da República, Senadores, Deputados (federais, distritais e estaduais) e
(sufrágio eleitoral) Vereadores
União
1º Pres. da República;
2º Vice-Presidente da República;
3º Presidente da Câmara dos Deputados;
4º Presidente do Senado Federal;
5º Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Estados
1º Governador;
Nascimento 2º Vice-Governador;
Ordem de Sucessão
do Vínculo 3º Presidente da Assembleia Legislativa;
(Impedimento ou Vacância)
Político 4º Presidente do Tribunal de Justiça.
(Investidura)
Municípios
1º Prefeito;
2º Vice-Prefeito;
Agente 3º Presidente da Câmara Municipal
Político
Distrito Federal – LO/DF de 08/06/93, art. 94
1º Governador Distrital;
2º Vice-Governador Distrital;
3º Presidente da Câmara Legislativa;
4º Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Território.
Decisão Discricionária do Ministros e Secretários de Estado e Municipal
Chefe do Poder Executivo
- Presidência da República, Governo e Prefeitura: mandato de 04 anos, admitida uma
reeleição (arts. 28, 29, I, 82 c/c 14, § 6º, da CF/88);
Extinção do Mandato - Senadores: mandato de 08 anos (art. 46, §1º, da CF/88);
- Deputados (federais, estaduais e distritais): mandato de 04 anos (arts. 27, § 1º, 32, §§
1º e 2º da CF/88);
- Vereadores: mandato de 04 anos (art. 29, I, da CF/88).
Extinção do
Impedimento
Vínculo
Político
Vacância

Crime de Responsabilidade 88
89
Crimes de Responsabilidade
Art. 52 da CF/88. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos
crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da
mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 02/09/99)
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros
do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério
Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União
nos crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)

Obs.: Pelo princípio da simetria inclui-se os Governadores (e seus vices) e os Prefeitos


(e seus vices), além dos Membros dos Tribunais Superiores, do Tribunal de Contas da
União e chefes de missão diplomática (STF: art. 102, I, “c”, da CF/88),
Desembargadores; Membros dos Tribunais de Contas Estaduais e do Distrito Federal;
Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, dos Contas dos
Municípios e do Ministério Público da União que oficiem perante tais tribunais (STJ:
art. 105, I, “a”, da CF/88); Juízes Federais (militares e do trabalho), Membros do MP
da União; Procurador-Geral de Justiça e Membros do Ministério Público Estadual;
juízes estaduais e do DF e Territórios; Deputado Estadual; Presidente da Câmara
Municipal. 90
EMENTA: RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA. CRIME DE RESPONSABILIDADE. AGENTES POLÍTICOS. I. PRELIMINARES. QUESTÕES DE
ORDEM. I.1. Questão de ordem quanto à manutenção da competência da Corte que justificou, no primeiro momento do
julgamento, o conhecimento da reclamação, diante do fato novo da cessação do exercício da função pública pelo
interessado. Ministro de Estado que posteriormente assumiu cargo de Chefe de Missão Diplomática Permanente do Brasil
perante a Organização das Nações Unidas. Manutenção da prerrogativa de foro perante o STF, conforme o art. 102, I, "c", da
Constituição. Questão de ordem rejeitada. I.2. Questão de ordem quanto ao sobrestamento do julgamento até que seja
possível realizá-lo em conjunto com outros processos sobre o mesmo tema, com participação de todos os Ministros que
integram o Tribunal, tendo em vista a possibilidade de que o pronunciamento da Corte não reflita o entendimento de seus
atuais membros, dentre os quais quatro não têm direito a voto, pois seus antecessores já se pronunciaram. Julgamento que já
se estende por cinco anos. Celeridade processual. Existência de outro processo com matéria idêntica na seqüência da pauta
de julgamentos do dia. Inutilidade do sobrestamento. Questão de ordem rejeitada. II. MÉRITO. II.1.Improbidade
administrativa. Crimes de responsabilidade. Os atos de improbidade administrativa são tipificados como crime de
responsabilidade na Lei n° 1.079/1950, delito de caráter político-administrativo. II.2.Distinção entre os regimes de
responsabilização político-administrativa. O sistema constitucional brasileiro distingue o regime de responsabilidade dos
agentes políticos dos demais agentes públicos. A Constituição não admite a concorrência entre dois regimes de
responsabilidade político-administrativa para os agentes políticos: o previsto no art. 37, § 4º (regulado pela Lei n°
8.429/1992) e o regime fixado no art. 102, I, "c", (disciplinado pela Lei n° 1.079/1950). Se a competência para processar e
julgar a ação de improbidade (CF, art. 37, § 4º) pudesse abranger também atos praticados pelos agentes políticos,
submetidos a regime de responsabilidade especial, ter-se-ia uma interpretação ab-rogante do disposto no art. 102, I, "c", da
Constituição. II.3.Regime especial. Ministros de Estado. Os Ministros de Estado, por estarem regidos por normas especiais
de responsabilidade (CF, art. 102, I, "c"; Lei n° 1.079/1950), não se submetem ao modelo de competência previsto no regime
comum da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n° 8.429/1992). II.4.Crimes de responsabilidade. Competência do
Supremo Tribunal Federal. Compete exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar os delitos político-
administrativos, na hipótese do art. 102, I, "c", da Constituição. Somente o STF pode processar e julgar Ministro de Estado no
caso de crime de responsabilidade e, assim, eventualmente, determinar a perda do cargo ou a suspensão de direitos
políticos. II.5.Ação de improbidade administrativa. Ministro de Estado que teve decretada a suspensão de seus direitos
políticos pelo prazo de 8 anos e a perda da função pública por sentença do Juízo da 14ª Vara da Justiça Federal - Seção
Judiciária do Distrito Federal. Incompetência dos juízos de primeira instância para processar e julgar ação civil de
improbidade administrativa ajuizada contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal
Federal, por crime de responsabilidade, conforme o art. 102, I, "c", da Constituição. III. RECLAMAÇÃO JULGADA
PROCEDENTE.
(Rcl 2138, Relator(a): Min. NELSON JOBIM, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES (ART.38,IV,b, DO RISTF),
Tribunal Pleno, julgado em 13/06/2007, DJe-070 DIVULG 17-04-2008 PUBLIC 18-04-2008 EMENT VOL-02315-01 PP-00094
RTJ VOL-00211- PP-00058) 91
Fonte: http://www.mpro.mp.br/noticia/-/ver-noticia/18385#.U7JExfldVUU 92
Súmula Vinculante nº 13: A nomeação de cônjuge,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão
ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Sessão Plenária de 21/08/2008


DJe nº 162 de 29/8/2008, p. 1. DOU de 29/8/2008, p. 1.

93
EMENTA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. VEDAÇÃO NEPOTISMO.
NECESSIDADE DE LEI FORMAL. INEXIGIBILIDADE. PROIBIÇÃO
QUE DECORRE DO ART. 37, CAPUT, DA CF. RE PROVIDO EM
PARTE. I - Embora restrita ao âmbito do Judiciário, a Resolução 7/2005
do Conselho Nacional da Justiça, a prática do nepotismo nos demais
Poderes é ilícita. II - A vedação do nepotismo não exige a edição de lei
formal para coibir a prática. III - Proibição que decorre diretamente dos
princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. IV -
Precedentes. V - RE conhecido e parcialmente provido para anular a
nomeação do servidor, aparentado com agente político, ocupante, de
cargo em comissão.

(RE 579951, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal


Pleno, julgado em 20/08/2008, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-
202 DIVULG 23-10-2008 PUBLIC 24-10-2008 EMENT VOL-02338-10 PP-
01876)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL.
DENEGAÇÃO DE LIMINAR. ATO DECISÓRIO CONTRÁRIO À SÚMULA
VINCULANTE 13 DO STF. NEPOTISMO. NOMEAÇÃO PARA O EXERCÍCIO
DO CARGO DE CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO
PARANÁ. NATUREZA ADMINISTRATIVA DO CARGO. VÍCIOS NO
PROCESSO DE ESCOLHA. VOTAÇÃO ABERTA. APARENTE
INCOMPATIBILIDADE COM A SISTEMÁTICA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
PRESENÇA DO FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA. LIMINAR
DEFERIDA EM PLENÁRIO. AGRAVO PROVIDO. I - A vedação do nepotismo
não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que decorre
diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. II -
O cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná reveste-se, à
primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que exerce a função de
auxiliar do Legislativo no controle da Administração Pública. III - Aparente
ocorrência de vícios que maculam o processo de escolha por parte da Assembléia
Legislativa paranaense. IV - À luz do princípio da simetria, o processo de escolha
de membros do Tribunal de Contas pela Assembléia Legislativa por votação
aberta, ofende, a princípio, o art. 52, III, b, da Constituição. V - Presença, na
espécie, dos requisitos indispensáveis para o deferimento do pedido liminarmente
pleiteado. VI - Agravo regimental provido.
(Rcl 6702 MC-AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno,
julgado em 04/03/2009, DJe-079 DIVULG 29-04-2009 PUBLIC 30-04-2009 EMENT
VOL-02358-02 PP-00333 RSJADV jun., 2009, p. 31-34 LEXSTF v. 31, n, 364, 2009, p.
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139-150)
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. AGENTE CREDENCIADO.
FUNÇÃO PÚBLICA CONFIGURADA. NATUREZA DO VÍNCULO.
EMPREGATÍCIO. RECONHECIMENTO PELA JUSTIÇA TRABALHISTA EM CASO
ANÁLOGO. DIREITO À AVERBAÇÃO DO TEMPO DE CREDENCIADA PARA
FINS DE TRIÊNIOS E LICENÇA PRÊMIO. ART. 94 DO ESTATUTO DOS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA. 1. Na lição de
Hely Lopes Meirelles, são agentes credenciados "os que recebem a incumbência da
Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade
específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante." 2. É induvidoso
ter a Recorrente exercido uma típica função pública, vinculada à Administração
Pública por meio de uma relação de natureza celetista, que se configura pela
existência de subordinação ao Delegado da respectiva Delegacia, pela remuneração
percebida do próprio Estado e pela habitualidade no exercício dessa função. Vínculo
empregatício dos agentes credenciados reconhecido, inclusive, pela Justiça
Trabalhista em casos análogos. 3. A prestação de serviço de caráter eminentemente
público, com vínculo regido pela CLT, deve ser computado para todos efeitos, a teor
do art. 94 da Lei n.º 4.425/70 – Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Santa
Catarina. 4. Recurso ordinário conhecido e provido. (RMS 12.689/SC, Rel. Ministra
LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 20/09/2005, DJ 17/10/2005, p. 315)

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ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AVERBAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO. CARÊNCIA DE AÇÃO
POR AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. INOCORRÊNCIA. CAUSA MADURA. AGENTE CREDENCIADO.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO. CONTAGEM DO TEMPO PARA APOSENTADORIA. POSSIBLIDADE. JUROS
MORATÓRIOS. CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. "Interesse de agir é, por isso, um interesse processual, secundário
e instrumental com relação ao interesse substancial primário; tem por objeto o provimento que se pede ao juiz
como meio para obter a satisfação de um interesse primário lesado pelo comportamento da parte contrária, ou,
mais genericamente, pela situação de fato objetivamente existente". (JÚNIOR, Fredie Didier. Curso de Direito
Processual Civil. Vol. I. 2008. pág. 188). 2. "Na lição de Hely Lopes Meirelles, são agentes credenciados 'os que
recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade
específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante.' 2. É induvidoso ter a Recorrente exercido uma
típica função pública, vinculada à Administração Pública por meio de uma relação de natureza celetista, que se
configura pela existência de subordinação ao Delegado da respectiva Delegacia, pela remuneração percebida do
próprio Estado e pela habitualidade no exercício dessa função. Vínculo empregatício dos agentes credenciados
reconhecido, inclusive, pela Justiça Trabalhista em casos análogos." (ROMS 200001369083, LAURITA VAZ, STJ -
QUINTA TURMA, DJ DATA:17/10/2005 PG:00315.) 3. De acordo com o entendimento deste Tribunal: "Os juros
moratórios são devidos no percentual de 1% a.m. até a vigência do art. 4º da MP 2.180-35, de 24 de agosto de 2001,
que acrescentou a letra F, ao art. 1º da Lei nº. 9.494/97, quando então serão devidos no percentual de 0,5% a.m., a
partir da citação, para as parcelas eventualmente vencidas anteriormente a ela, e do respectivo vencimento, para
as que lhe são posteriores" (AC 0023035-42.2005.4.01.3300/BA, Rel. Conv. Juíza Federal Rogéria Maria Castro
Debelli (conv.), Segunda Turma,e-DJF1 p.54 de 02/12/2010) 4. A correção monetária deve seguir os índices
decorrentes da aplicação da Lei 6.899/81, como enunciados no Manual de Orientação de Procedimentos para
Cálculos na Justiça Federal, incidindo desde o momento em que cada prestação se tornou devida, conforme
dispõe a Súmula 19 do T.R.F. da 1ª Região.
(AC 0016111-36.1996.4.01.0000 / PA, Rel. JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONCALVES DE CARVALHO, 2ª
TURMA SUPLEMENTAR, e-DJF1 p.146 de 16/05/2012)

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COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - DEFENSOR DATIVO -
INCOMPETÊNCIA - Os serviços executados pelo defensor dativo inserem-se na
função típica estatal de prestar assistência jurídica gratuita, prevista
constitucionalmente (art. 5º, LXXIV, da CRFB/1988), e garantida aos que
comprovarem insuficiência de recursos. Em que pese não haja relação estatutária
entre o autor e o Estado do Paraná, uma vez que o vínculo entre eles não decorre de
realização de concurso público ou nomeação para cargo em comissão (art. 37, II, e §
2º, da CRFB/1988), tendo o autor atuado como um auxiliar da Justiça, exercendo um
'munus' público (art. 139 do CPC), equipara-se a agente público. E nos termos da
liminar proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3395, encontra-se
suspensa interpretação do inciso I do art. 114 da CRFB/1988 (redação dada pela EC
45/2004) que incluía na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas
instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base vínculo de ordem
estatutária ou jurídico-administrativa. Destarte, a Justiça do Trabalho é incompetente
para processar e julgar feitos desta natureza. Recurso do réu a que se dá provimento.
(TRT 9ª R. - RO 2052/2009-069-09-00.9 - 1ª T. - Rel. Edmilson Antonio de Lima - DJe
09.03.2010 - p. 93)

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“EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007. HONORÁRIOS DE DEFENSOR
DATIVO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Em primeiro
lugar, faz-se mister salientar que a jurisprudência desta e. Subseção
pacificou-se no sentido de que a Justiça do Trabalho não tem competência
para apreciar o pedido de cobrança de honorários de advogado.
Precedentes. Logo, por força do princípio geral de Hermenêutica Jurídica
enunciado pelo brocardo ubi eadem ratio, ibi jus idem esse debet ('onde a
mesma razão, o mesmo direito'), impõe-se a conclusão de que é também
incompetente a Justiça do Trabalho naqueles casos em que o causídico
postula contra o ente público o recebimento de honorários correspondentes
à atuação como defensor dativo. Corrobora ainda tal conclusão julgado
recente desta e. Subseção. (TST-E-RR-65300- 07.2007.5.03.0081, SBDI-1, Rel.
Min. Aloysio Corrêa da Veiga, DEJT 19/2/2010). Recurso de embargos não
provido).” (E-RR-139200-86.2008.5.03.0081, Relator Ministro Horácio
Raymundo de Senna Pires, DEJT 27/8/2010.)

99
VÍNCULO DE EMPREGO. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONCURSO
PÚBLICO. AUSÊNCIA. INTERMEDIAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA.
CONTRATAÇÃO ANTERIOR A 05.10.88
1. A norma insculpida no artigo 37, inciso II, da Constituição Federal de 1988
não obsta o reconhecimento do vínculo empregatício diretamente com o
tomador dos serviços, em se tratando de intermediação de mão-de-obra,
quando a prestação laboral teve início anteriormente à promulgação da
Constituição Federal de 1988. As regras inscritas no inciso II e § 2º do artigo
37, editadas posteriormente à prática do ato jurídico, não podem retroagir
para alcançar situação definida sob a égide de outra legislação.
2. Recurso de revista provido para, reformando o acórdão regional,
determinar o retorno dos autos ao TRT de origem a fim de que examine a
existência de vínculo empregatício entre a Reclamante e o tomador dos
serviços, à luz dos elementos tipificadores da relação de emprego, afastado o
óbice do artigo 37, inciso II, da Constituição da República. (TST-RR-
707.495/00.9, 1ª Turma, rel. Min. João Oreste Dalazen, J. 22/08/2001)

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NULIDADE CONTRATUAL.
CONFIGURAÇÃO E EFEITOS - Após o advento da
Constituição Federal de 1988, é nula a contratação de pessoal
pela Administração Pública, para ocupar emprego ou cargo
efetivo, sem prévia aprovação em concurso público. Uma vez
declarada a nulidade, somente é devida a contraprestação
pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas,
respeitado o valor do salário hora, e dos valores referentes ao
FGTS. DANO MORAL. CONTRATO NULO.
INDEFERIMENTO - A nulidade do contrato de trabalho, por
força do art. 37 da CF, não implica em dano moral ao
trabalhador. (TRT16 - 01215-2005-005-16-00-5-REXOFRVS, rel.
Des. ILKA ESDRA SILVA ARAÚJO , J. 06/12/2006)

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EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência.
Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder
Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas
de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da
competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF,
introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir
outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República,
não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe
seja vinculado por relação jurídico-estatutária.
(ADI 3395 MC, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno,
julgado em 05/04/2006, DJ 10-11-2006 PP-00049 EMENT VOL-02255-02
PP-00274 RDECTRAB v. 14, n. 150, 2007, p. 114-134 RDECTRAB v. 14,
n. 152, 2007, p. 226-245)

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