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PROCEDIMENTO COMUM E SUAS

NUANCES DIANTE DO CÓDIGO


PROCESSUAL CIVIL

P RO C E S S O S E L E T I VO PA R A C O N T R ATAÇ ÃO D E P RO F E S S O R
S U B ST I T U TO / T E M P O R Á R I O DA U N I V E RS I DA D E R E G I O NA L
D O C A R I R I – U RC A

Professor/Candidato: Luan Luna


Apresentação
Noções gerais sobre
processo e procedimento
Conceito de processo:
◦ Conjunto organizado de atos com o fim de se
produzir norma jurídica;

Processo jurisdicional;

Há que se falar em tipos de processo?


◦ Processo civil; processo penal; processo
administrativo; processo de cognição; processo de
execução.
Noções gerais sobre
processo e procedimento
Conceito de procedimento:
◦ Modo ou forma como os atos processuais são
organizados, tendo por base critérios como valor
da causa, natureza do direito etc.

Procedimento como sinônimo de “rito” (Theodoro Jr.,


2015);

Objetivo da criação de procedimentos:


Organização lógica dos atos processuais conforme
critérios de adequação (Didier Jr., 2015).
Noções gerais sobre
processo e procedimento
Divisão dos procedimentos:
◦ Procedimento comum: aplicável aos litígios de
natureza geral;
◦ Procedimentos especiais ou diferenciados (Marinoni,
2015): aplicável a situações especiais, a partir de
critérios como natureza do direito material em litígio.
Procedimento comum
Contextualização histórica
Tradição romana de criação de procedimentos
especiais;

Contemplação de ações especiais no Decreto 737 de


1850;

Livro IV do Código de Processo Civil de 1939: “dos


processos especiais”;

Código de Processo Civil de 1973: divisão


procedimental conforme se segue:
Procedimento Comum
Procedimento
Procedimento Sumário
Ordinário

Procedimentos Especiais
Previstos em legislação
Previstos no próprio Código
especial:
de Processo Civil:
Ex. Procedimento dos
Ex. Ação de consignação em
Juizados Especiais (Lei
pagamento, ações
9.099/95), chamado de
possessórias, ação de
procedimento ou rito
nunciação de obra nova etc
sumaríssimo*
Procedimento comum no Código
de Processo Civil de 2015
Conceito de procedimento comum:
◦ Forma de organização básica dos atos processuais;
◦ “Procedimento padrão para a tutela de direitos”
(Marinoni, 2015, p. 141);

Aplicação: “todas as causas para as quais a lei


processual não haja instituído um rito próprio ou
específico” (Theodoro Jr., 2015, p. 725).
Procedimento comum no Código
de Processo Civil de 2015
Disposições Gerais sobre o procedimento comum:

Código de Processo Civil

Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento


comum, salvo disposição em contrário deste Código
ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se
subsidiariamente aos demais procedimentos
especiais e ao processo de execução.
Procedimento comum no Código
de Processo Civil de 2015
Disposições Gerais sobre o procedimento comum:

Código de Processo Civil


Art. 1.049. Sempre que a lei remeter a procedimento
previsto na lei processual sem especificá-lo, será
observado o procedimento comum previsto neste
Código.
Parágrafo único. Na hipótese de a lei remeter ao
procedimento sumário, será observado o procedimento
comum previsto neste Código, com as modificações
previstas na própria lei especial, se houver.
Procedimento comum no Código
de Processo Civil de 2015
Modificações gerais trazidas pelo CPC/2015:
◦ Extinção da forma procedimental do procedimento
sumário;

◦ Extinção da nomenclatura “ordinário” para nomear o


procedimento comum;

◦ Modificações pontuais no decorrer do procedimento


comum;
Exposição sistemática da organização procedimental
prevista no CPC/2015:
Procedimento Comum
Unidade do procedimento comum

Procedimentos Especiais
Previstos em legislação
Previstos no próprio Código
especial:
de Processo Civil:
Ex. Procedimento dos
Ex. Ação de consignação em
Juizados Especiais (Lei
pagamento, ações
9.099/95), chamado de
possessórias, ações de
procedimento ou rito
família etc
sumaríssimo*
Procedimento comum no Código
de Processo Civil de 2015
Fases do procedimento comum:

◦ Fase ou etapa postulatória;


◦ Fase ou etapa saneadora;
◦ Fase ou etapa instrutória;
◦ Fase ou etapa decisória;
Nuances do procedimento
comum na fase postulatória
Nuances do procedimento
comum na fase postulatória
Fase postulatória: petição inicial:
◦ Petição inicial (art. 319);
◦ Importância: primeira delimitação do pedido;
◦ Inclusão do CPF e endereço eletrônico do réu
na qualificação, com relativização;
◦ Exigência de indicação de pontos de emenda
por parte do magistrado (art. 321);
◦ Pedido: certo e determinado, mesmo em caso de
dano moral (art. 292, V – do valor da causa);
◦ Relativização: RESP 1.534.559-SP, j. em 22/11/2016
Nuances do procedimento
comum na fase postulatória
Aplicação do procedimento comum quando da
cumulação de pedidos:
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo,
contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre
eles não haja conexão.
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo
diverso de procedimento, será admitida a cumulação se
o autor empregar o procedimento comum, sem
prejuízo do emprego das técnicas processuais
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a
que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não
forem incompatíveis com as disposições sobre o
procedimento comum.
Nuances do procedimento
comum na fase postulatória
Após a análise da petição inicial, poderá ocorrer:
◦ Indeferimento da petição inicial (art. 330);
◦ Recurso contra tal decisão: apelação, com possibilidade de
efeito regressivo (art. 331);
◦ Improcedência liminar do pedido, quando:
◦ A causa dispensar a fase instrutória;
◦ O pedido contrariar entendimento jurisprudencial;
◦ Designação de audiência de conciliação ou
mediação, quando:
◦ O direito admitir autocomposição;
◦ Não houver manifestação de desinteresse em conciliar.
Nuances do procedimento
comum na fase postulatória
Fase postulatória: contestação
◦ Instrumento de defesa do réu por excelência;
◦ Argumentos de defesa peremptórios e dilatórios;
◦ Ônus da impugnação específica e princípio da
eventualidade;
◦ Prazo para contestar: 15 dias úteis, contados:
◦ Da data da audiência de conciliação infrutífera;
◦ Da data de protocolo do cancelamento da audiência de
conciliação;
◦ Se for alegada ilegitimidade passiva, é dever do
contestante indicar quem entende ser o réu
legítimo.
Nuances do procedimento
comum na fase postulatória
Fase postulatória: contestação e reconvenção
◦ Reconvenção: pedido deduzido pelo réu contra o
autor por ocasião da sua defesa;
◦ Requisito: conexão com a ação principal ou com o
fundamento da defesa (art. 343);
◦ Nuance importante: reconvenção e contestação
veiculadas por intermédio da mesma peça.
Nuances do procedimento
comum na fase postulatória
Fase postulatória: contestação:
◦ Ausência de contestação: revelia;
◦ Natureza jurídica;
◦ Consequências:
◦ Pena de confissão ficta (art. 344);
◦ Impedimento dos efeitos materiais da revelia:
◦ Contestação de um dos réus, quando houver litisconsórcio
passivo;
◦ Litígio que verse sobre direitos indisponíveis;
◦ Nuance importante: nova hipótese de impedimento da
revelia: quando as alegações de fato formuladas pelo
autor forem inverossímeis ou estiverem em
contradição com prova constante dos autos.
Nuances do procedimento
comum na fase saneadora
Nuances do procedimento
comum na fase saneadora
Antes da fase saneadora propriamente dita, há
uma fase de providências preliminares (arts.
347; 357);
◦ Não havendo contestação mas sendo caso de
impedimento de revelia, o juiz determinará ao
autor que indique as provas que pretende produzir
(art. 348);
◦ Havendo contestação, o juiz abrirá manifestação
para o autor para réplica, em 15 dias.
Nuances do procedimento
comum na fase saneadora
Vencidas as providências preliminares, virá a
fase saneadora propriamente dita, com:
◦ Extinção do processo, sem ou com resolução de
mérito, se ficar demonstrada, p. ex., a decadência;
◦ Nuance importante: recurso contra decisão de mérito
que extingue parcialmente o processo: agravo de
instrumento;
◦ Julgamento antecipado do mérito: quando houver
revelia ou não houver necessidade de produzir
provas.
Nuances do procedimento
comum na fase saneadora
Vencidas as providências preliminares, virá a
fase saneadora propriamente dita, com:
◦ Julgamento antecipado parcial do mérito: quando
parcela dos pedidos for incontroversa ou estiver
em condições de julgamento;
◦ Saneamento e organização do processo:
◦ Despacho saneador, para:
◦ Resolver questões pendentes;
◦ Delimitar as controvérsias fáticas e jurídicas;
◦ Definir a distribuição do ônus da prova;
◦ Designar, se necessário, audiência de instrução.
Nuances do procedimento
comum na fase instrutória
Nuances do procedimento
comum na fase instrutória
Fase instrutória: momento para a produção da
prova, com o objetivo de influenciar na formação da
convicção do magistrado;
Meios de prova que podem ser empregados: os
previstos em lei (típicos) e os moralmente legítimos
(atípicos);
Onus probandi: como regra, daquele que alega.
Apreciação da prova na nova sistemática processual
do procedimento comum: superação do livre
convencimento.
Nuances do procedimento
comum na fase instrutória
Audiência de Instrução:
◦ Meio de captação das provas orais, como a prova
testemunhal;
◦ Mais uma oportunidade para conciliação;
◦ Juiz como presidente do ato, exercendo o poder de
polícia;
◦ Ordem da oitiva: peritos; o autor e suas testemunhas; o
réu e suas testemunhas;
◦ Princípios que regem a audiência: unidade e
continuidade
Nuances do procedimento
comum na fase instrutória
Meios de prova típicos:
◦ Ata notarial;
◦ Depoimento pessoal;
◦ Confissão;
◦ Exibição de documento ou coisa;
◦ Prova documental;
◦ Documentos eletrônicos;
◦ Prova testemunhal;
◦ Prova pericial;
◦ Inspeção judicial.
Nuances do procedimento
comum na fase decisória
Nuances do procedimento
comum na fase decisória
Vencida a fase instrutória, seguir-se-á a fase
decisória;
Decisão do magistrado poderá:
◦ Não resolver o mérito (terminativa), art. 489;
◦ Resolver o mérito (definitiva), art. 490;
Decisão do magistrado que põe fim à fase processual
de cognição: sentença;
A sentença que não resolve o mérito não impede que
seja proposta nova ação.
Nuances do procedimento
comum na fase decisória
Elementos essenciais formais da sentença:
◦ Relatório;
◦ Fundamentação;
◦ Dispositivo;

Nuance importante sobre a fundamentação:


conceito legal de decisão não fundamentada,
como aquela que se limitar a citar dispositivo sem
relacioná-lo com a causa ou questão decidida.
Nuances do procedimento
comum na fase decisória
Limitação da sentença:
◦ Julgamento ultra, extra e citra petita; (art. 492);

Remessa necessária:
◦ Conceito;
◦ Natureza jurídica;

Nuance importante: reconhecimento da possibilidade


de aplicação de medidas indutivas ou de tutela
equivalente em ação relativas a prestações de fazer, não
fazer ou entregar coisa.
Nuances do procedimento
comum na fase instrutória
Da coisa julgada
◦ Eficácia (CPC/73) ou autoridade (CPC/2015) que torna
imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais
sujeita a recurso;
◦ Caráter impositivo e substitutivo da decisão meritória;
◦ Nuance importante: reconhecimento da possibilidade
de extensão da coisa julgada às questões prejudiciais
resolvidas, dispensando a ação declaratória incidental;
Recurso que desafia a sentença: a apelação (art.
1.009).
Nuances do procedimento
comum na fase instrutória
Liquidação de sentença
◦ Possibilidade de sentença que condene ao pagamento
de quantia ilíquida, procedendo-se à liquidação;
◦ Objetivo: determinar o quantum debeatur da sentença
condenatória;
◦ Liquidação se dará por:
◦ Arbitramento;
◦ Pelo próprio procedimento comum, quando houver
necessidade de alegar e provar fato novo (Art. 509, II);
Perspectivas e propostas para a
sistemática procedimental
futura
Perspectivas e propostas para a
sistemática procedimental futura
Estrita observância ao procedimento: entre o
formalismo fetichista e a segurança jurídica;

Possibilidade de adequação procedimental (Didier


Jr., 2015);

Norte interpretativo: adequação procedimental que


não cause prejuízo.
Considerações finais
Referências
DIDIER JR, Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao
direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento, vol.
1. 17. ed. Salvador: Jus Podivm, 2015.

MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO,


Daniel. Novo curso de processo civil: tutela dos direitos mediante
procedimento comum, vol. II. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais 2015.

THEODORO JR., Humberto. Curso de direito processual civil: teoria


geral do direito processual civil, processo de conhecimento e
procedimento comum, vol. I. 56. ed. rev., atual e ampl. Rio de Janeiro:
Forense, 2015.
Referências
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo. GRINOVER, Ada Pellegrini.
DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 23. ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2007.

MOREIRA, José Carlos Barbosa. O novo processo civil brasileiro:


exposição sistemática do procedimento. 27. ed. rev. e atual. Rio de
Janeiro: Forense, 2009.

NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual


civil – volume único. 8. ed. Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.
Obrigado!

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