Objetivos e características de um Itinerário Turístico Os itinerários turísticos devem fomentar :
- O intercâmbio e os contactos não estereotipados
entre os locais e os visitantes; - A inclusão de todos os fatores turísticos e culturais que existem na zona alvo; - O respeito pelo meio ambiente; - Os princípios do desenvolvimento sustentável; - Evitar os impactos negativos da atividade. Correto planeamento e conceção de um itinerário turístico Devemos refletir sobre: - Que destino turístico temos, - Que destino turístico queremos - Como desenharemos esse mesmo destino turístico. - Ou seja, adaptar o itinerário à região específica, e ajustar objetivos e pretensões. Os itinerários não têm de ser construídos só e apenas para turistas ou excursionistas. Os residentes têm um papel importantíssimo no que toca à sua procura, quer na didática para os espaços, como no autoconhecimento da localidade. O planeamento e a conceção de itinerários turísticos implicam: • O envolvimento de vários agentes, desde: - Políticos, - Científicos, - Empresários, - Mediadores culturais, - Agentes de segurança - Sociedade civil.
Mas o agente fundamental para a interpretação e
mediação entre os turistas e os locais é o guia- intérprete. Recursos afetos à conceção de Itinerários Turísticos Implica desenvolver determinados aspetos como: • Levantamento exaustivo dos recursos da região e sua localização. • Identificar os diversos percursos possíveis, consoante os locais por onde se pretenda passar, por uma análise das distâncias, tempos e custos • Determinar o(s) circuito(s) final(is) a implementar. A seleção dos recursos a utilizar no itinerário deve ponderar: - os espaços quanto às movimentações e inter- relações resultantes da atividade turística. De entre vários rotas possíveis, o consumidor escolherá sempre aquela que melhor o satisfaça. Num vasto leque de critérios destacam-se: - distância a percorrer, - o tempo do percurso - riqueza paisagística e arquitetónica. • Num itinerário, os pontos de interesse terão de ser selecionados mediante a sua importância histórica, natural, social ou até mesmo cultural. • O valor turístico de um recurso dependerá da hierarquia que ocupa em termos de importância e/ou singularidade, bem como do fator de ponderação atribuído à categoria a que pertence, tendo em conta a sua natureza. Avaliação de Recursos - Hierarquias A avaliação dos recursos implica, o estabelecimento de hierarquias. Assim, temos: • Hierarquia 1: Interesse local. • Hierarquia 2: Interesse regional. • Hierarquia 3: Interesse nacional. • Hierarquia 4: Interesse internacional. Mas, a simples identificação dos recursos não é suficiente devido à sua natureza muito diversa, tornando-se necessário fazer a sua classificação em grupos. Segundo Defert (1996), Vera (1997) e Padín (2004), classificam-se os recursos em três grandes categorias:
1. Recursos Naturais (RN)
2. Recursos Históricos (RH) 3. Recursos Etnográficos. • A elaboração de um itinerário só é possível com a colaboração de infraestruturas: - Acessibilidades, - Telecomunicações, - Terminais - Alojamento, - Serviço de restauração, - Atividades de animação e diversão - Serviços de informação turística que a região oferece e que perpetuam o desenvolvimento do local.