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Módulo I

Orçamento Público e o
Financiamento do
SUAS
Objetivos:
• Compreender os conceitos fundamentais
relacionados ao sistema e ao processo
orçamentários;
• Compreender o processo de construção do
orçamento público brasileiro;
• Identificar o lugar da participação dos poderes
Executivo e Legislativo e da sociedade civil no
processo de construção do orçamento público
brasileiro; e
• Compreender a importância da inserção das ações
de Assistência Social no orçamento público.
Introdução

A Assistência Social passa um intenso processo de


remodelagem e expansão da rede dos serviços
socioassistenciais existentes, tanto no aspecto
normativo como conceitual, com:

• um intenso processo de remodelagem e expansão


da rede dos serviços socioassistenciais;
• implantação em todo território nacional de uma
rede de proteção social; e
• expansão significativa do aporte de recursos
técnicos e financeiros.
Introdução

A assistência social está incluída no âmbito da


Seguridade Social, configurando o triângulo com a
saúde e a previdência social:
SAÚDE

SEGURIDADE
ASSISTÊNCIA SOCIAL SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL

Como política social pública, a Assistência Social se


insere num novo campo: no campo dos direitos, da
universalização do acesso e da responsabilidade estatal.
Orçamento Público

O orçamento público é um instrumento estratégico de


planejamento das ações do Estado.
Ao definir os campos de investimento e custeio
priorizados pelo governo, o orçamento público torna-
se fundamental para a implementação das políticas
públicas.
Por isso, a compreensão do processo de construção e
execução orçamentária é de vital importância para o
desempenho das atribuições dos trabalhadores
envolvidos na gestão financeira e orçamentária do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas três
esferas de governo.
O que é orçamento público?
• É um instrumento de ação estatal, de
planejamento, utilizado para gerenciar e controlar
a aplicação dos recursos públicos e monitorar os
gastos realizados pelo governo.

• É o compromisso do governante com a sociedade


para a execução de políticas públicas. Por meio
dele, todos os cidadãos podem visualizar onde,
quando, como e por quanto será realizada uma
obra ou fornecido um serviço.
O que é orçamento público?

• Por exemplo, para que um Centro de Referência


de Assistência Social (CRAS) seja construído, os
técnicos remunerados e a limpeza realizada, é
preciso que haja antes a previsão detalhada do
que será feito e de quanto será gasto. Esta
previsão é expressa no texto do orçamento
público.
Orçamento Público

Vale a pena destacar dois tipos de orçamento público:

• Tradicional
• Programa
Orçamento Tradicional

Os processos de elaboração orçamentária estão


centrados no exercício da função de controle,
dando ênfase aos objetos de gasto e ao emprego
nos fins para os quais foram concedidos.
Orçamento-Programa

• As despesas públicas são fixadas a partir da


identificação das necessidades públicas sob a
responsabilidade de um certo nível de governo.

• Orçamento-Programa é aquele que enfatiza o que o


governo faz, realiza, e não aquilo que o governo
adquire.
Orçamento-Programa

Os elementos essenciais do orçamento-programa


são:

• os objetivos da instituição;
• os programas, como instrumentos de integração
dos esforços do governo para concretizar os
objetivos;
Orçamento-Programa

• os custos dos programas medidos pelos


meios e insumos necessários (RH, material,
equipamentos, serviços) para obtenção dos
resultados; e
• medidas de desempenho para medir as realizações e
os esforços gastos na execução dos programas.
Princípios Orçamentários

• São regras norteadoras da prática orçamentária que


buscam aumentar a transparência e o controle do
Poder Legislativo sobre o Executivo.

• Buscam estabelecer normas básicas, a fim de


conferir racionalidade, eficiência e transparência aos
processos de elaboração, execução e controle do
orçamento público.
Princípios Orçamentários

Segundo o Manual Técnico do Orçamento (2014): “os


princípios orçamentários visam estabelecer regras
básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e
transparência aos processos de elaboração, execução e
controle do orçamento público. Válidos para todos os
Poderes e para todos os entes federativos - União,
Estados, Distrito Federal e Municípios -, são
estabelecidos e disciplinados tanto por normas
constitucionais e infraconstitucionais quanto pela
doutrina”.
Princípios orçamentários
• Princípio da Anualidade: o orçamento deve ter
vigência de um exercício financeiro (no Brasil, o
exercício financeiro coincide com o ano civil).

• Princípio da Clareza: o orçamento deve ser claro e


de fácil compreensão a qualquer cidadão.

• Princípio da Equilíbrio: os valores autorizados para a


realização das despesas devem ser compatíveis com
os valores previstos para a arrecadação das receitas.
Princípios orçamentários

• Princípio da exclusividade: a lei orçamentária deve


conter apenas temas relacionados aos gastos e
receitas previstos pelo governo.

• Princípio da Legalidade: a elaboração do


orçamento deve observar as leis e limitações legais
em relação aos gastos e receitas.
Princípios orçamentários

• Princípio da Não Afetação (não vinculação) das


Receitas: nenhuma parcela da receita poderá ser
reservada ou comprometida previamente para
atender a determinados gastos.
- Por um lado, a vinculação garante a regularidade
no aporte de recursos para determinadas áreas.
- Por outro, diminui a liberdade do governante
para implementar políticas públicas prioritárias.
Princípios orçamentários

• Princípio da Publicidade: garantia da transparência


e pleno acesso a qualquer interessado às
informações necessárias à fiscalização sobre a
utilização dos recursos públicos.

• Princípio da Unidade: cada ente deve possuir


apenas um orçamento. Ou seja, todas as receitas e
despesas devem estar contidas em uma só lei
orçamentária.
Princípios orçamentários

• Princípio da Universalidade: todas as receitas e


todas as despesas devem constar da lei
orçamentária, não podendo haver omissão.

• Princípio do Orçamento Bruto: determina que


todas as receitas e despesas devem constar na
peça orçamentária com seus valores brutos (e não
líquidos, ou seja, sem deduções).
Princípios orçamentários
• Princípio da Simplificação: o planejamento e o orçamento
devem basear-se em elementos de fácil compreensão.

• Princípio da Descentralização: é preferível que a execução


das ações ocorra no nível mais próximo de seus
beneficiários.

• Princípio da Responsabilização: gerentes e


administradores devem assumir de forma personalizada a
responsabilidade pelo desenvolvimento de um programa,
buscando a solução ou o encaminhamento de um
problema.
Princípios orçamentários

Atenção! Na literatura especializada,


existem referências a outros princípios
orçamentários. Foram abordados nesta aula
aqueles considerados mais úteis ao objetivo
deste curso.
Oficina de aprendizagem nº 1
Receitas

Segundo o MTO 2014, receitas públicas são


ingressos de recursos financeiros nos cofres do
Estado, que se desdobram em receitas
orçamentárias, quando representam
disponibilidades de recursos financeiros para o
erário, e ingressos extraorçamentários, quando
representam apenas entradas compensatórias.
Ingressos
extraorçamentários
Ingresso de valores
nos cofres públicos
Receitas
orçamentárias
(receitas públicas)
Despesas
Segundo o Glossário do Tesouro Nacional, o significado
financeiro de despesa é a aplicação de recursos em
forma de gastos e em forma de transformação
patrimonial, com o fim de realizar as finalidades do
Estado. Em seu significado econômico, é o gasto ou não
de dinheiro para efetuar serviços para aqueles fins;

A despesa orçamentária é o compromisso de gasto dos


recursos públicos, autorizados pelo Poder competente,
com o fim de atender a uma necessidade da
coletividade prevista no orçamento.
Classificações Orçamentárias

As classificações orçamentárias de receitas e despesas


têm papel fundamental na elaboração do orçamento
público, inclusive para facilitar a transparência das
operações constantes em um orçamento.

Toda a informação orçamentária é organizada


segundo um tipo de classificação.
Classificação Orçamentária de Despesa
Respondem às principais perguntas sobre gasto orçamentário.
A cada uma dessas indagações, há um tipo de classificação:
PERGUNTA TIPO DE CLASSIFICAÇÃO
Para que serão gastos os recursos alocados? Programática

Quem é o responsável pela programação a ser Institucional (órgão e unidade


realizada? orçamentária)
Em que serão gastos os recursos? Funcional
O que será adquirido ou pago? Por elemento de despesa
Qual o efeito econômico da realização da Por categoria econômica
despesa?
Qual é a origem dos recursos? Por fonte de recursos
Classificação Orçamentária de Despesa

Estrutura Programática:

Os programas servem de elo entre o planejamento e


o orçamento, evidenciando os bens e serviços que
deles resultam.

As ações orçamentárias que compõem os programas


são classificadas em projetos, atividades e
operações especiais.
Classificação Orçamentária de Despesa

Classificação institucional:

Permite identificar o programa de trabalho do


governo segundo os poderes, órgãos e unidades
orçamentárias.

A ideia principal deste classificador é identificar


qual instituição é responsável pelo gasto.
Classificação Orçamentária de Despesa

A classificação institucional reflete a estrutura


organizacional e está estruturada em dois
níveis hierárquicos:

- Órgão orçamentário
- Unidade orçamentária

30
Classificação Orçamentária de Despesa
Nos estados e em alguns municípios, a classificação
institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois
primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à
unidade orçamentária, por exemplo:

• 26000 - Secretaria de Estado de Infraestrutura (Órgão


Orçamentário).
• 26203 - Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária
(Unidade Orçamentária).
• 13000 - Secretaria Municipal de Assistência Social (Órgão
Orçamentário).
• 130101 - Secretaria Municipal de Assistência Social (Unidade
Orçamentária).

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Classificação Orçamentária de Despesa
Classificação funcional:

Identifica as áreas em que as despesas ocorrem, por


exemplo: assistência social, saúde e educação.

A classificação funcional serve como um agregador dos


gastos do governo, evidenciando a programação a
partir de grandes áreas de atuação governamental.

Por ser de uso comum e obrigatório para todas as


esferas de governo, este classificador permite a
consolidação nacional dos gastos do setor público.
Classificação Orçamentária de Despesa

A classificação funcional segrega as dotações


orçamentárias em funções e subfunções,
buscando responder à pergunta: “em que área de
ação do governo a despesa será realizada?”.

Também é representada por cinco dígitos,


conforme exemplo abaixo:
Função 08 “Assistência Social”
Subfunção 244” Assistência Comunitária”
Classificação Orçamentária de Despesa
Classificação por Natureza da Despesa:
Possibilita a obtenção de informações
macroeconômicas sobre os efeitos dos gastos do
setor público na economia.
Além disso, facilita o controle contábil do gasto. É
composta por:
• Categorias Econômicas;
• Grupo de Natureza da Despesa (GND);
• Modalidade de Aplicação; e
• Elemento de Despesa.
Classificação Orçamentária de Despesa

Categorias Econômicas: indica os efeitos do gasto


público sobre a economia e possui duas categorias:

3 - Despesas Correntes – são despesas que não


contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição
de um bem de capital. Ex: pessoal, juros e custeio.
4 – Despesas de Capital – são as despesas que
contribuem diretamente para a formação ou aquisição
de um bem de capital. Ex: investimentos, amortização.
Classificação Orçamentária de Despesa
Grupo de Natureza da Despesa (GND):
Referem-se a qual classe de gastos será realizada a
despesa:
1- Pessoal e Encargos Sociais
Despesas
2- Juros e Encargos da Dívida correntes

3- Outras Despesas Correntes


4- Investimentos
Despesas
5- Inversões Financeiras de capital

6- Amortização da Dívida
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Classificação Orçamentária de Despesa

Modalidade da aplicação:
A modalidade de aplicação responde à pergunta: como
serão aplicados os recursos?
A resposta indica se os recursos serão aplicados
diretamente pela unidade detentora do crédito
orçamentário ou transferidos, ainda que na forma de
descentralização, a outras esferas de governo, órgãos
ou entidades.

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É importante conhecer as seguintes modalidades de
aplicação:
41 – Transferência a municípios (modalidade na qual
o FNAS classifica as despesas com as transferências
regulares e automáticas, fundo a fundo, aos municípios);
31 – Transferência a estados (modalidade na qual o
FNAS classifica as despesas com as transferências
regulares e automáticas, fundo a fundo, aos estados);
40 – Transferência a municípios (nesta
modalidade são classificadas, pelo FNAS, as
despesas com repasses a municípios realizadas por
meio de convênios ou contratos de repasse);
30 – Transferência a estados (nesta modalidade
são classificadas, pelo FNAS, as despesas com
repasses a estados realizadas por meio de convênios
ou contratos de repasse);
50 – Transferência a instituições privadas sem
fins lucrativos;

90 – Aplicação direta (nesta modalidade os


municípios ou estados classificam as despesas que
são executadas diretamente, como pagamento a
fornecedores, tarifas de água, luz, telefone,
contratos de aluguel, etc.).
Classificação Orçamentária de Despesa

Elemento da despesa

Responde à pergunta: o que será adquirido?


É a mais analítica das classificações, e tem o objetivo
de possibilitar o controle contábil dos gastos, tanto
pela unidade orçamentária quanto pelos órgãos de
controle interno e externo.
Classificação Orçamentária de Despesa

Como exemplo, podemos citar os seguintes elementos


de despesa:

30 –Material de consumo;
35 – Serviços de consultoria;
33 – Passagens e despesas com locomoção;
52 – Equipamento e material permanente;
92 – Despesas de exercícios anteriores.
Classificação Orçamentária de Despesa
Identificador de uso

Este classificador completa a informação referente à


aplicação dos recursos, especialmente para destacar a
contrapartida nacional de empréstimos ou doações.
É composto pelos seguintes códigos:

0 - Recursos não destinados à contrapartida;


1 - Contrapartida de empréstimos do Banco
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
(BIRD);
Classificação Orçamentária de Despesa

2 - Contrapartida de empréstimos do Banco


Interamericano de Desenvolvimento (BID);
3 - Contrapartida de empréstimos por desempenho
ou com enfoque setorial amplo;
4 - Contrapartida de outros empréstimos; e
5 - Contrapartida de doações.
Classificação Orçamentária de Despesa
Classificação por fontes de recursos

Esta classificação é usada nos demonstrativos para


indicar qual é a fonte de recursos que está
financiando determinada despesa.

A fonte é indicada por um código de três dígitos,


formada pela combinação do grupo e da
especificação da fonte.
Classificação Orçamentária de Despesa

O primeiro dígito determina o grupo de fonte de


recursos e os dois dígitos seguintes indicam sua
especificação.
Os grupos de fontes de recursos são:
1 - Recursos do Tesouro - Exercício Corrente;
2 - Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente;
3 - Recursos do Tesouro - Exercícios Anteriores;
6 - Recursos de Outras Fontes - Exercícios Anteriores; e
9 - Recursos Condicionados.
Classificação Orçamentária de Despesa
Esfera orçamentária

Possibilita identificar a qual dos orçamentos definidos


na Constituição Federal de 1988 uma determinada
programação está associada, a partir dos seguintes
códigos:

10 - Orçamento Fiscal;
20 - Orçamento da Seguridade Social; e
30 - Orçamento de Investimento.
Classificação Orçamentária de Receita

Da mesma forma que as despesas, as receitas


públicas são classificadas de diversos modos.

Natureza da Receita

A classificação da natureza da receita está composta


por seis níveis, oito dígitos e busca identificar a
origem do recurso conforme seu fato gerador.
Classificação Orçamentária de Receita

A natureza da receita é composta por:


• Categoria econômica
• Origem
• Espécie
• Rubrica
• Alínea
• Subalínea.
Classificação Orçamentária de Receita
Natureza da Receita
Classificação Orçamentária de Receita

Categorias Econômicas
Há dois tipos:
• Receitas correntes: fornecem os recursos utilizados
no financiamento das despesas de manutenção e de
funcionamento das atividades meio e fim,
especialmente as despesas correntes.
• Receitas de capital: são recursos extraordinários
utilizados, em especial, na realização e aquisição de
bens de capital e de outras despesas de capital.
Classificação Orçamentária de Receita
Origem
Por meio da classificação por origem é possível estimar
no orçamento e acompanhar durante a execução o
comportamento da arrecadação de cada modalidade
de receita:
Classificação Orçamentária de Receita

Espécie
É o nível de classificação vinculado à origem, composto
por títulos que permitem especificar com mais detalhe
o fato gerador da receita.

Rubrica da receita
É o nível que detalha a espécie, especificando a origem
dos recursos financeiros. Agrega determinadas receitas
com características próprias e semelhantes entre si.
Classificação Orçamentária de Receita
Alínea
É o nível que apresenta o nome da receita propriamente
dita e que recebe o registro pela entrada de recursos
financeiros.

Subalínea
Constitui o nível mais analítico da receita, que recebe o
registro de valor pela entrada do recurso financeiro
quando houver necessidade de mais detalhamento da
alínea.
Classificação Orçamentária de Receita

econômica

Subalínea
Categoria

Espécie

Rubrica
Origem

Alínea
1. 7. 2. 1. 40. 01
IGD SUAS
FNAS/MDS

Assistência Social

Transferência Federal
Receita
Transferências
Corrente
Principais Tributos que Compõem o Orçamento Municipal

IPTU – Imposto Territorial e Predial Urbano


ISS – Imposto sobre Serviços
Tributos Municipais ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Intervivos
Taxas – Ex: limpeza pública
Contribuições de Melhoria
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias –
(25% deste imposto é redistribuído aos municípios)
Tributos Estaduais IPVA – Imposto sobre Proprietários de Veículos
Automotores
(50% se destina ao município arrecadador)
FPM – Fundo de Participação dos Municípios
(formado por 23,5% do IPI e do IR e também é
Tributos Federais repassado aos estados e municípios)
IR – Imposto de Renda Retido na Fonte
ITR – Imposto Territorial Rural
Exercícios 1 e 2
Planejamento e Orçamento

• O sistema de planejamento e orçamento é de


importância fundamental para a consecução das
políticas públicas.

• A CF/88 prevê três instrumentos complementares


para a elaboração do orçamento público:
 o PPA (Plano Plurianual);
 a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e
 a LOA (Lei Orçamentária Anual).
Planejamento e Orçamento

• Poder Executivo: Prerrogativa de elaboração do PPA,


LDO e LOA.

• Poder Legislativo: altera, por meio de emendas, a


proposta original ou apenas confirma as propostas
por meio do voto.
PPA- PLANO PLURIANUAL

O PPA deve conter as diretrizes, objetivos e metas da


administração pública federal para as despesas de
capital (como investimentos, por exemplo) e outras
dela decorrentes.

Em sua essência, o PPA é um dos principais


instrumentos de planejamento: define por um período
de quatro anos os programas, projetos e ações do
Poder Executivo.
PARA A CONSTRUÇÃO DO PPA É NECESSÁRIO:

• O DIAGNÓSTICO DA REALIDADE PRESENTE


• O DELINEAMENTO DE CENÁRIOS DE FUTURO DESEJADO
• A DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES
• A ARTICULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA SUA
REALIZAÇÃO E PARA A EXECUÇÃO DAS RESPECTIVAS
POLÍTICAS DE APOIO
• A FORMULAÇÃO DE PROGRAMAS PARA ATINGIR AS
PRIORIDADES FIXADAS E COM OS RECURSOS
DISPONÍVEIS
• O DIAGNÓSTICO DE TODAS AS POLÍTICAS PÚBLICAS,
INCLUINDO A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
PPA- PLANO PLURIANUAL
“O PPA passa a se constituir na síntese dos esforços de
planejamento de toda a administração pública, orientando a
elaboração dos demais planos e programas de governo,
assim como do próprio orçamento anual.”
(GIACOMONI, 2010)

Ao se afirmar enquanto um plano de médio prazo para


as ações governamentais, o PPA exige do administrador
público (em qualquer esfera da federação) a organização
de processos internos para a elaboração, execução,
monitoramento e avaliação do plano.
PPA- PLANO PLURIANUAL
Alguns pontos sobre o PPA merecem ser destacados:

• O projeto de lei deve ser encaminhado ao Legislativo


no primeiro ano de mandato do prefeito, devendo
vigorar por quatro anos;
• O prazo vigente no governo federal é 31 de agosto –
os prazos para elaboração do PPA variam em cada
ente de acordo com a legislação local.
• Sujeito à sanção do prefeito, após a apreciação e
votação no Legislativo;
PPA- PLANO PLURIANUAL
• Composto pelo texto da lei e por diversos anexos;
• Deve ser apreciado pelo Legislativo (Câmara de
Vereadores) até o final da sessão legislativa de cada
ano;
• Elaborado no primeiro ano de mandato
• Vigora do início do segundo ano do mandato até o
finalMANDATO
do primeiro ano do mandatoMANDATO
PREFEITO A
seguinte.
PREFEITO B

1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º
ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO

VIGÊNCIA DO PPA
ATENÇÃO!
No tocante à Política de Assistência Social, é
importante que a proposta do PPA, LDO e LOA
contemplem as reais necessidades do Município.
Atualmente, o MDS disponibiliza diversas ferramentas
informacionais que apoiam tanto a construção de
diagnósticos quanto a elaboração do PPA Municipal.

Abaixo link para o Relatório Subsídios para


Elaboração do PPA Municipal

http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias

A LDO é um instrumento intermediário entre o PPA e a


LOA:
• O conteúdo da LDO deve se basear no PPA, ou seja,
nenhum conteúdo presente na LDO pode ser
diferente do aprovado no PPA.
• Além disso, a LDO deve orientar a elaboração da Lei
Orçamentária Anual (LOA).
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias
As principais características da LDO são:

• É uma lei ordinária, válida apenas para um exercício


financeiro (que corresponde a um ano);
• Indica as metas e prioridades da administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para
o próximo exercício financeiro;
• Orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual
(LOA);
• Dispõe sobre alterações na legislação tributária;
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias

• O Poder Executivo do governo federal possui prazo


até o dia 15 de abril de cada ano para encaminhá-la
ao Legislativo.
• Deve ser aprovada pelo Legislativo antes do
encerramento da primeira sessão legislativa (no caso
do governo federal, é o intervalo entre as sessões de
18 a 31 de julho), sob pena de não se interromper o
primeiro período da sessão legislativa; e
• Os prazos para elaboração da LDO variam em cada
ente de acordo com a legislação local.
A LDO na Lei de Responsabilidade Fiscal

A LDO deve:
• Dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas,
critérios e formas de limitação de empenho;
• Conter o Anexo de Metas Fiscais composto
basicamente por: metas anuais de receitas e
despesas; avaliação das metas relativas ao ano
anterior;
• Conter o Anexo de Riscos Fiscais composto
basicamente por: avaliação dos passivos
contingentes e outros riscos para as contas públicas
apontando soluções, caso os riscos se concretizem.
LOA - Lei Orçamentária Anual

A LOA deve conter a discriminação da receita e


despesa de forma a evidenciar a política econômica e
o programa de trabalho do governo, sendo
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e
anualidade.
LOA - Lei Orçamentária Anual
A CF/88 estabelece que a LOA é composta pelos
seguintes orçamentos:

• Orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus


fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta;
• Orçamento de investimento das empresas em que a
União tenha a maioria do capital social com direito a
voto; e
• Orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
LOA - Lei Orçamentária Anual
As principais características da LOA são:

• É uma lei ordinária, cuja validade abrange somente o


exercício fiscal a que se refere (um ano);
• É o orçamento propriamente dito;
• Tem como um dos objetivos centrais o cumprimento
ano a ano das etapas do PPA em consonância com a
LDO;
• Estima as receitas e fixa as despesas (todas as
receitas e despesas devem constar na LOA);
• É o espelho das prioridades dos governantes.
LOA - Lei Orçamentária Anual

• É elaborada pelo Executivo e encaminhada ao


Legislativo até o dia 31 de agosto de cada exercício
(no caso do governo federal); e
• Deve ser devolvida para sanção até o encerramento
da sessão legislativa (os prazos para elaboração da
LOA variam em cada ente de acordo com a
legislação local);
• Pode ser emendada pelo Legislativo no todo ou em
parte.
Os programas do PPA têm metas e indicadores
quantificados

A LDO explicita metas e prioridades para cada ano

A LOA prevê recursos para sua execução


Planos de Assistência Social

• São importantes instrumentos de planejamento


estratégico: as medidas propostas de combate às situações
de vulnerabilidade devem ser pensadas sob o ponto de
vista financeiro, para seu correto planejamento e
execução.
• O gestor local deve se preocupar em compatibilizar o
plano de assistência social primeiramente com o PPA, para
que o planejamento das ações socioassistenciais integre o
mundo orçamentário.
• Além de guardar consonância com o PPA, os planos devem
constar na LDO e, com maior detalhamento, na LOA.
Planos de Assistência Social

• A NOB SUAS 2012 define o Plano de Assistência Social


enquanto instrumento de planejamento estratégico que
organiza, regula e norteia a execução da PNAS na
perspectiva do SUAS

• O órgão gestor da Política de Assistência Social é o


responsável pela elaboração do Plano de Assistência
Social que o submete à aprovação do CAS.
Integração dos Planos de Assistência Social no
Orçamento

ORÇAMENTO

Plano Municipal de
Assistência Social

PLANEJAMENTO GESTÃO
O Processo Orçamentário na esfera Federal.

O orçamento público percorre diversas etapas:


• inicia com a apresentação de uma proposta pelo
Executivo que se transformará em projeto de lei a ser
apreciado, emendado, aprovado, sancionado e
publicado;
• após isso passa para sua execução, quando se observa
a arrecadação de receita e a realização da despesa
dentro do ano civil;
• até o acompanhamento e avaliação da execução.
O Processo Orçamentário
As principais etapas do ciclo orçamentário são:
O Processo Orçamentário

Proposta Orçamentária (Poder Executivo)

• O Poder Executivo encaminha a proposta orçamentária


ao Legislativo observando os prazos estabelecidos na
CF/88 ou nas constituições dos estados/leis orgânicas
municipais.
• O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) deve ser
elaborado com base no PPA e na LDO (aprovados pelo
Legislativo) e no Plano de Assistência Social (aprovado
pelo respectivo Conselho de Assistência Social).
O Processo Orçamentário
• O orçamento deve expressar as reais necessidades do
município para todas as políticas públicas, inclusive a
Assistência Social.
• As fontes/destinações de recursos devem ser indicadas
na fase da elaboração da proposta.
• Considerando que as ações, serviços, programas e
projetos da assistência social são cofinanciados com
recursos dos três entes federados, os gestores dos
fundos de assistência social devem fazer a previsão de
no mínimo três fontes de recursos: do governo federal,
do governo estadual e da própria (fonte do tesouro
municipal).
O Processo Orçamentário
Emendas ao Orçamento (Poder Legislativo)

• As emendas feitas ao orçamento são propostas em que


os parlamentares opinam ou influem na alocação de
recursos públicos em função de compromissos políticos
que assumiram durante seu mandato junto aos
estados, municípios e instituições.
• Tais emendas podem acrescentar, suprimir ou modificar
determinados itens do projeto de LOA enviado pelo
Executivo.
O Processo Orçamentário

No caso da Política de Assistência Social, é importante


acompanhar se há alguma aprovação de emenda que
modifique a proposta inicial da LOA e quais os
impactos das alterações da emenda para a execução
da Política Pública de Assistência Social.
O Processo Orçamentário

O projeto de lei é publicado e encaminhado à


comissão de orçamento, que deve realizar audiências
públicas com os secretários (no caso de estados e
municípios), representantes dos órgãos de
Planejamento, Orçamento e Fazenda do Executivo,
entre outros.
Nessa oportunidade, os parlamentares começam a
avaliar a proposta apresentada e têm a possibilidade
de ouvir tanto as autoridades governamentais como a
sociedade.
O Processo Orçamentário

Parecer preliminar

O parlamentar designado para ser o relator-geral do


projeto de lei orçamentária deve elaborar Relatório
Preliminar sobre a matéria.
Este relatório, quando aprovado pela comissão, passa
a denominar-se Parecer Preliminar.
O Processo Orçamentário
O Relatório Preliminar é composto de duas partes:
• A primeira parte (geral) apresenta análise das
metas fiscais, exame da compatibilidade com o
PPA, a LDO e a LRF*, avaliação das despesas por
área temática, entre outros temas.
• A segunda parte (especial) contém as regras para a
atuação dos relatores e as orientações específicas
referentes à apresentação e apreciação de
emendas, inclusive as de relator.

* LRF: Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000).


O Processo Orçamentário
Após a aprovação dos relatórios setoriais, é tarefa
do relator geral compilar as decisões setoriais em
um único documento, chamado Relatório Geral,
que será submetido à comissão de orçamento.

O papel do relator geral é verificar a


constitucionalidade e legalidade das alocações de
recursos e zelar pelo equilíbrio regional da
distribuição realizada.
O Processo Orçamentário

A apreciação do Relatório Geral na comissão de


orçamento somente tem início após a aprovação pelo
Legislativo do projeto de PPA ou de projeto de lei que
o revise.

O Relatório Geral é lido, discutido e votado no


plenário. O relatório aprovado em definitivo é o
parecer da comissão de orçamento, que será
encaminhado à deliberação da Assembleia
Legislativa.
O Processo Orçamentário

Concluída a votação, a matéria é devolvida à comissão


de orçamento para a redação final.
Recebe o nome de autógrafo o texto do projeto
aprovado definitivamente em sua redação final assinado
pelo Presidente do Legislativo, que será enviado ao
Executivo para sanção.
O chefe do Executivo pode vetar o autógrafo total ou
parcialmente. Nesse caso, comunicará ao presidente do
Legislativo os motivos do veto. A parte não vetada é
publicada no Diário Oficial como lei. O veto deve ser
apreciado pelo Legislativo.
Atribuições dos Poderes no Processo Orçamentário

Poder Executivo Poder


Legislativo

Analisa e
Elabora PPA,
emenda PPA,
LDO e LOA
LDO e LOA

Fiscaliza a
Executa PPA,
execução do
LDO e LOA
PPA, LDO e LOA
O Processo Orçamentário

Decreto de Contingenciamento

Para garantir o cumprimento dos resultados fiscais


estabelecidos na LDO e obter mais controle sobre os
gastos, a administração pública elabora a programação
orçamentária e financeira da execução das despesas
públicas.
A limitação dos gastos públicos é feita por decreto do
Poder Executivo e por ato próprio dos demais poderes.
O Processo Orçamentário

O decreto de contingenciamento é normalmente


detalhado por portaria, evidenciando os valores
autorizados para movimentação, empenho e
pagamentos no decorrer do exercício.
Em resumo, os objetivos desse mecanismo são:
• Estabelecer normas específicas de execução
orçamentária e financeira para o exercício;
• Estabelecer um cronograma de compromissos
(empenhos) e de liberação (pagamentos) dos recursos
financeiros para o governo;
O Processo Orçamentário

• Cumprir a legislação orçamentária (LRF, LDO, etc.);

• Assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao


longo do exercício financeiro e proporcionar o
cumprimento da meta de resultado primário.
Execução Orçamentária e Financeira

A execução do orçamento fiscal e da seguridade social


é realizada em três estágios:
• empenho,
• liquidação e
• pagamento.
Execução Orçamentária e Financeira
A partir das dotações autorizadas na lei orçamentária, o
gestor irá iniciar a execução das despesas por meio do
empenho, que é a reserva de recursos para uma
determinada despesa.
Empenhada a despesa, é feita a aquisição do bem ou
contratação do serviço objeto da dotação orçamentária.
Uma vez entregue o bem ou prestado o serviço, é feita a
liquidação da despesa, que consiste na comparação entre o
que foi contratado e o que foi efetivamente entregue ou
realizado.
Execução Orçamentária e Financeira

Após a liquidação da despesa, é feito o pagamento ao


credor pela autoridade competente, por meio da
emissão de ordem bancária ou outro instrumento
financeiro. Finaliza-se, assim, a realização da despesa.
As despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31
de dezembro são inscritas em restos a pagar, o que
permite que sua realização continue a ocorrer
normalmente no curso do exercício seguinte.
Execução Orçamentária e Financeira
Foi instituída para controlar os fluxos de caixa do governo
em relação às necessidades de pagamento.
A partir da LRF e da obrigatoriedade de cumprir as metas
fiscais fixadas na LDO, essa prática passou a ser regulada e
acompanhada bimestralmente.
O Executivo deve encaminhar relatório bimestral de
acompanhamento da execução da receita e da despesa,
mesmo no caso de não haver alteração nos limites de
empenho e pagamento fixados anteriormente.
Execução Orçamentária e Financeira

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização


de receita poderá não cumprir as metas estabelecidas
no Anexo de Metas Fiscais da LDO, os poderes e o
Ministério Público promoverão contingenciamento de
dotações.
Se a receita prevista inicialmente for restabelecida,
haverá recomposição das dotações cujos empenhos
foram limitados de forma proporcional às reduções
feitas.
Atenção!
O contingenciamento das dotações não incide
sobre as despesas que constituem obrigações
constitucionais e legais do ente, como pessoal,
transferências a estados e municípios, sentenças
judiciais, inclusive aquelas destinadas ao
pagamento do serviço da dívida e as protegidas
pela LDO.
Execução Orçamentária e Financeira
As receitas são estimadas no orçamento. O valor
constante em cada item da receita orçamentária
constitui-se em mera previsão, podendo, como
resultado da execução, apresentar mais ou menos que
o valor estimado.
São consideradas do exercício as receitas nele
arrecadadas. São exemplos de receitas: tributos,
contribuições, rendas patrimoniais e de serviços,
operações de crédito, etc.
Orçamento fácil/ Senado Federal

http://www12.senado.gov.br/orcamentofacil
Exercício 3
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NOS PROCESSOS
DECISÓRIOS ORÇAMENTÁRIOS

Com a CF/88, diversos conselhos setoriais foram


criados no sentido de aproximar os governantes dos
governados para a construção e controle social de
políticas públicas.

Assim, é importante destacar o controle social feito


pelos conselhos de assistência social.
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NOS PROCESSOS
DECISÓRIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os conselhos de assistência social têm como principais
atribuições:
• a deliberação e a fiscalização da política de
assistência social em consonância com as diretrizes
propostas pelas conferências nacionais;
• a aprovação dos planos de assistência social; e
• a apreciação e aprovação da proposta orçamentária
para a área.
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NOS PROCESSOS
DECISÓRIOS ORÇAMENTÁRIOS

Os conselhos de assistência social devem, ainda,


acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de
assistência social prestados pela rede socioassistencial,
definindo, em seu âmbito, os padrões de qualidade do
atendimento.
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NOS PROCESSOS
DECISÓRIOS ORÇAMENTÁRIOS
A fim de acompanhar a execução dos recursos, é
fundamental que os conselhos de assistência social
participem do processo de elaboração do PPA, LDO,
LOA e Plano Municipal de Assistência Social, a fim de
verificar se os recursos planejados de fato irão suprir as
necessidades da população.
É muito importante que os planos municipais de
Assistência Social se conectem com o PPA, dado que
ambos têm o mesmo período de elaboração.
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NOS PROCESSOS
DECISÓRIOS ORÇAMENTÁRIOS

Os conselheiros devem acompanhar a elaboração


do PPA e apresentar sugestões para torná-lo
compatível com a Política Nacional de Assistência
Social (PNAS) e com a realidade socioterritorial do
município.
Esta ação deve ser realizada em parceria com o
órgão gestor da assistência social.
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NOS PROCESSOS
DECISÓRIOS ORÇAMENTÁRIOS

É importante também o acompanhamento da


elaboração da LDO, considerando que esta norma
dispõe sobre as diretrizes e a elaboração e execução do
orçamento.
Os conselhos de assistência social devem ter papel
significativo na aprovação da proposta orçamentária.
Ao participar ativamente desta fase, os conselhos
podem acompanhar com mais segurança a execução
das receitas e despesas previstas e a aprovação das
emendas orçamentárias pelo Poder Legislativo.
PRINCIPAIS PONTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS
PELOS CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

• A compatibilidade com o PPA e o plano de


assistência social.
• Se foram previstas todas as despesas relativas aos
gastos para manutenção e investimento na rede
socioassistencial.
• Se as despesas previstas estão compatíveis com a
Política Nacional de Assistência Social.
• Se a estrutura do orçamento é compatível com o
modelo de gestão do SUAS.
PRINCIPAIS PONTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS
PELOS CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Se todas as receitas estão previstas: as originadas


das transferências do FNAS, dos estados (no caso
dos municípios) e do tesouro municipal ou estadual
(recursos próprios).

• Se os valores fixados para as despesas são


suficientes para cumprir as metas do PPA e garantir
os direitos da população.
OS RECURSOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
ORÇAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO

• As ações, serviços, programas, projetos e benefícios


no âmbito da assistência social são financiados com
recursos do orçamento da seguridade social, além de
outras fontes.
• A CF/88 define a seguridade social como “um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social”.
OS RECURSOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
ORÇAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO

A CF/88 prevê que a seguridade social será financiada


por toda a sociedade de forma direta e indireta,
mediante recursos dos orçamentos da União, dos
estados, do Distrito Federal, dos municípios e das
seguintes contribuições sociais:
• Do trabalhador e dos demais segurados da
previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime
geral de previdência social;
OS RECURSOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
ORÇAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO
• Do empregador e da empresa, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho
pagos à pessoa física prestadora do serviço, mesmo sem
vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
• Sobre a receita de concursos de prognósticos (sorteio
de números, loterias, apostas); e
• Do importador de bens ou serviços do exterior.
OS RECURSOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
ORÇAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO

A proposta orçamentária da seguridade social deve


ser elaborada de forma integrada pelos órgãos
responsáveis pela saúde, previdência social e
assistência social, tendo em vista as metas e
prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a
cada área a gestão de seus recursos.
OS RECURSOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO
ORÇAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO

As receitas dos estados, do Distrito Federal e dos


municípios destinadas à seguridade social devem
constar nos respectivos orçamentos, não integrando o
orçamento da União.

Nenhum benefício ou serviço da seguridade social


poderá ser criado, aumentado ou prorrogado sem a
correspondente fonte de custeio total.
Relação entre Orçamento e Prestação de Serviços

Para executar recursos da assistência social, os municípios


devem planejar o seu uso, inserindo-os nos instrumentos
orçamentários.

Se o município não inserir as ações de assistência social no


orçamento público, não será possível utilizar os recursos de
forma legal. Consequentemente, a prestação dos serviços
socioassistenciais será comprometida.
Exercício 4
Oficina de aprendizagem nº 2
Obrigado pela atenção!
Módulo II
O Financiamento
do SUAS
Objetivos:
• Compreender como se dá o financiamento do SUAS;
• Identificar as responsabilidades dos diferentes entes
federativos no financiamento do SUAS;
• Descrever os critérios de partilha dos recursos da União
destinados aos estados e municípios para o financiamento
do SUAS;
• Identificar o papel desempenhado pelas instâncias de
pactuação na definição desses critérios;
• Compreender e problematizar o papel dos Fundos de
Assistência Social no financiamento do SUAS; e
• Identificar diferentes possibilidades de utilização do IGD-
SUAS e IGD-PBF.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Após a CF/88, a assistência social começou a ser
entendida como uma política pública de direitos
garantida pelo Estado.

Assim iniciou o processo de substituição das políticas


assistencialistas e patrimonialistas que se vinculavam
aos governos eleitos por uma política pública de Estado
não contributiva e destinada a qualquer pessoa que
dela necessite.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Ruptura importante na forma de enxergar as
estratégias de ação frente à vulnerabilidade:

• Antigamente, as iniciativas da assistência social


eram iniciadas pela família e sociedade, e
posteriormente pelo Estado.

• Atualmente, destaca-se a ação estatal, com o foco


na família, como primordial para a efetividade das
ações socioassistenciais.
O PAPEL DAS FAMÍLIAS NA PROTEÇÃO SOCIAL
BRASILEIRA
ANTES DE 88 APÓS 88

1. Protegia as “famílias 1. Adoção da matriz do direito social


legítimas”, constituídas pelo como fundamento da política.
matrimônio (família nuclear, 2. Concepção de proteção social
pai provedor e mãe alargada: Seguridade Social
cuidadora) (Saúde/Previdência/Assistência
Social)
2. Políticas sociais organizadas
por programas a indivíduos 3. Família no centro da Proteção Social,
com problemas e situações principalmente para a Assistência
específicas (trabalho infantil, Social: objeto de Proteção.
abandono, exploração 4. ECA; Estatuto do idoso; Lei Maria da
sexual) Penha, PNPC Deficiência.
PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Proteção à família, maternidade, infância,


adolescência e velhice;

• Amparo às crianças e adolescentes carentes;

• Promoção da integração ao mercado de trabalho;


PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Habilitação e reabilitação das pessoas com


deficiência e promoção de sua integração à vida
comunitária; e

• Garantia de um salário mínimo de benefício mensal


à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem
não possuir meios de prover a própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família.
PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno


acesso aos direitos no conjunto das provisões
socioassistenciais.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)

Em 2003, a IV Conferência Nacional de Assistência


Social deliberou pela implantação do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), que foi delineado de forma
mais robusta a partir da Política Nacional de Assistência
Social de 2004 e na Norma Operacional Básica de 2005.

Em 2011, com a aprovação da Lei 12.435, o SUAS passa


a integrar plenamente o escopo da Lei Orgânica de
Assistência Social (LOAS).
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)
• Sistema integrado pelos entes federativos, conselhos, público,
não contributivo, descentralizado e participativo;

• Suas ofertas são primazia do Estado e a rede privada sem fins


lucrativos participa de forma complementar por meio de sua
vinculação ao SUAS;

• Sistema articulador e provedor de proteção básica e especial;

• Sistema que oferta serviços, benefícios, programas e projetos;

• Sistema que tem função de proteção, vigilância e defesa de


direitos.
PROTEÇÃO SOCIOASSISTENCIAL
COMPLEXIDADE
Rede de Proteção Social
abrigos Casa Lar

CENTRAIS DE ACOLHIMENTO
ALTA

Inst. Longa permanência Residencia Inclusiva


Cuidado no PAIEF
COMPLEXIDADE

domicílio
CENTROS ESPECIALIZADOS DE
CENTROS ESPECIALIZADOS DE
REFERÊNCIA DA FAMÍLIA
REFERÊNCIA DA FAMÍLIA
MÉDIA

Liberdade
assistida PSC

Território 1
Serviço de C.R.A.S/PAIF
Programa ACESSUAS
BÁSICO

convivência Atende a Família;Articula a rede; TRABALHO


Desenvolve ações
comunitárias Bolsa Familia e BPC
C.R.A.S/PAIF Território 2 Território 3 C.R.A.S/PAIF
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DO SUAS

• Universalidade;
• Gratuidade;
• Integralidade da Proteção Social;
• Intersetorialidade;
• Equidade
DIRETRIZES DO SUAS

• Matricialidade sociofamiliar;
• Descentralização político-administrativa e
territorialização;
• Participação da sociedade;
• Controle social;
DIRETRIZES DO SUAS

• Cofinanciamento das três esferas de governo;


• Política de recursos humanos;
• Monitoramento e avaliação constantes, com
análise e levantamento de informações.
MODELO DE FINANCIAMENTO DO SUAS

• Adoção de mecanismos informatizados, buscando


o repasse de recursos de forma regular e
automática fundo a fundo, independentemente da
celebração de convênio, ajuste, acordo ou contrato;

• Superação do repasse por modalidades de


atendimento e valores per capita;
MODELO DE FINANCIAMENTO DO SUAS
• Repasse por Pisos de Proteção Social Básica e
Especial;

• Superação da relação convenial;

• Nova modalidade de Prestação de Contas – Relatório


de Gestão; e

• Superação do conceito de contrapartida e


introdução do conceito de cofinanciamento.
CONCEITOS IMPORTANTES
Transferência fundo a fundo:

É o repasse direto de recursos de fundos da esfera


federal para fundos da esfera estadual, municipal e do
DF de modo descentralizado, dispensando a celebração
de convênios. As transferências fundo a fundo são
utilizadas nas áreas de assistência social e saúde.
CONCEITOS IMPORTANTES
Transferências Voluntárias – Convênios:

Disciplina a transferência de recursos públicos, tendo


como participantes órgãos da administração pública
federal direta, autárquica ou fundacional, empresas
públicas ou sociedades de economia mista que estejam
gerindo recursos dos orçamentos da União para a
execução de programas de trabalho, projetos, atividades
ou eventos com duração definida, em regime de mútua
cooperação, ou seja, com contrapartida do município,
sendo ele corresponsável pela aplicação e pela
fiscalização dos recursos.
MODELO DE FINANCIAMENTO DO SUAS

O SUAS propõe um modelo de financiamento


que indica que a participação da população
deve ser priorizada, assim como a
descentralização político-administrativa e o
controle social, contribuindo para um padrão
mais transparente e democrático.
MODELO DE FINANCIAMENTO DO SUAS

O modelo de gestão do SUAS ressalta o financiamento


compartilhado entre os três entes federados.

Isto significa que são obrigatórias as transferências de


recursos financeiros entre os entes por meio de
repasses fundo a fundo.
MODELO DE FINANCIAMENTO DO SUAS
É condição para que os municípios recebam recursos
dos estados e da União a criação e o funcionamento
de:
• Conselho Municipal de Assistência Social;
• Plano Municipal de Assistência Social;
• Fundo Municipal de Assistência Social;

Além disso, é obrigatória a alocação de recursos


próprios no Fundo Municipal de Assistência Social
(FMAS).
MODELO DE FINANCIAMENTO DO SUAS

• Reforça o pacto federativo, com definição de


competências dos entes;
• Organiza as ações por Proteção (Básica e Especial),
níveis de complexidade, território, considerando
regiões e porte de municípios;
• Viabiliza o sistema descentralizado e participativo
em todo o território nacional; e
• Propõe a articulação entre os três eixos dessa
política pública: a gestão, o financiamento e o
controle social.
FINANCIAMENTO DO SUAS
Ações de Modalidade de
Assistência Social Cofinanciamento
Transferência
Regular e
SERVIÇOS Automática
(pisos/blocos)

PROGRAMAS E Convênios
PROJETOS
Transferência
BENEFÍCIOS direta
PISOS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL

O piso é uma forma de organização dos serviços


ofertados a determinado público-alvo. O valor que
será repassado aos estados e municípios é calculado
a partir de critérios para a oferta dos serviços.

Com base nesses critérios, os pisos são calculados e


os municípios recebem recursos para executar os
respectivos serviços.
PISOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Pisos na Proteção Social Básica:

• Piso Básico Fixo (PBF) PAIF

Serviços de convivência e
• Piso Básico Variável (PBV) fortalecimento de vínculos (SCFV)

Equipes volantes
Manutenção das lanchas
PISOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Pisos na Proteção Social Especial Média Complexidade:
• Piso Fixo de Média Complexidade (PFMC)
Serviço de proteção e atendimento especializado a famílias e indivíduos
(PAEFI)

Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida


socioeducativa de liberdade assistida (LA) e de prestação de serviços à
comunidade (PSC)
Serviço especializado para pessoas em situação de rua

Serviço especializado em abordagem social

Serviço de proteção social especial em Centro-dia de referência para


pessoas com deficiência e em situação de dependência e suas famílias
PISOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Pisos na Proteção Social Especial Média Complexidade:
• Piso Transição de Média Complexidade
Serviço de proteção social especial para
pessoas com deficiência, idosas e suas
famílias

• Variável de Média Complexidade

Serviço socioeducativo Programa de


Erradicação de Trabalho Infantil
PISOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Pisos na Proteção Social Especial Alta Complexidade:
• Piso Fixo de Alta Complexidade (PAC I)
Serviço de acolhimento institucional para
crianças e adolescentes
Serviço de acolhimento ao público geral

• Piso Fixo de Alta Complexidade (PAC II)


Serviço de acolhimento institucional para
pessoas em situação de rua
Serviço de acolhimento institucional para
jovens e adultos com deficiência e em situação
de dependência
PISOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Pisos na Proteção Social Especial Alta Complexidade:


• Piso Variável de Alta Complexidade (PVAC)
PISOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Programa Nacional de Promoção do Acesso ao


Mundo do Trabalho (Acessuas) e

• Capacitação dos Trabalhadores do SUAS


(CapacitaSUAS)
PISOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• IGD SUAS
• IGD PBF

Atenção! Os pisos da assistência social são


dinâmicos, sofrem alterações ao longo dos anos de
acordo com as necessidades identificadas pelo SUAS.
BLOCOS DE FINANCIAMENTO (NOB SUAS 2012)

Como foi visto, os recursos do cofinanciamento federal


são repassados sob a lógica de pisos.

Cada piso tem uma conta vinculada para execução dos


serviços, o que dificulta a operacionalização financeira
dos recursos dos fundos municipais ou estaduais de
assistência social: são mais de dez contas específicas
para serem geridas pelos fundos de assistência social.
BLOCOS DE FINANCIAMENTO

Para tornar mais ágil a execução dos recursos, foi


criado o conceito de blocos de financiamento, a fim
de dar mais liberdade ao gasto do recurso no mesmo
nível de proteção.

Por exemplo, para todos os serviços da proteção


social básica haverá apenas uma conta a ser
gerenciada, com a possibilidade de realocar recursos
de um serviço para outro dentro do mesmo bloco.
BLOCOS DE FINANCIAMENTO
É importante salientar que os conceitos de serviços e
pisos não serão abolidos com a introdução dos blocos
de financiamento.

Apesar do repasse financeiro por blocos de


financiamento estar previsto no Decreto nº
7.788/2012 e na NOBSUAS/2012, esse tema ainda
carece de regulamentação interna.

As figuras a seguir ilustram a proposta inicial de


desenho dos blocos de financiamento:
MUDANÇA COM OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO

 BLOCO - Proteção Social Básica


CONTAS - CORRENTES ATUAIS

• PISO BÁSICO FIXO


PBFI
• PROJOVEM ADOLESCENTE- PBV I
PJOV (SCFV)

• PISO BÁSICO VARIÁVEL – PBV II


PBVII

• PISO BÁSICO VARIÁVEL – PBV III


PBVIII

Migração
CONTA CORRENTE DO BLOCO DA
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
MUDANÇA COM OS BLOCOS DE
FINANCIAMENTO
 BLOCO - Proteção Social Especial
CONTAS - CORRENTES ATUAIS

PAC-I • PISO DE ALTA COMPLEXIDADE I

PAC- • PISO DE ALTA COMPLEXIDADE II - POP DE RUA


II

PFMC • PISO FIXO DE MÉDIA COMPLEXIDADE

Migração PTM • PISO DE TRANSIÇÃO DE MÉDIA COMPLEXIDADE


C
• PISO VARIÁVEL DE MÉDIA COMPLEXIDADE – PETI
PVMC

CONTA CORRENTE: PSE DE CONTA CORRENTE: PSE DE


ALTA COMPLEXIDADE MÉDIA COMPLEXIDADE
MUDANÇA COM OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO
 BLOCO DE GESTÃO

CONTAS - CORRENTES ATUAIS

• ÍNDICE DE GESTÃO DESCENTRALIZADA DO


IGD-PBF PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
Migração

IGD-SUAS • ÍNDICE DE GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUAS

CONTA CORRENTE DO CONTA CORRENTE DO IGD


IGD – PBF – SUAS
SITUAÇÃO GERAL DAS CONTAS - CORRENTES COM OS
BLOCOS DE FINANCIAMENTO
CONTAS - CORRENTES

PSB
PSE – ALTA
COMPLEXIDADE
FNAS

PSE – MÉDIA
COMPLEXIDADE

IGD - PBF

IGD - SUAS
Exercícios 5
RESPONSABILIDADES DOS ENTES FEDERATIVOS
NO FINANCIAMENTO DO SUAS

A organização do SUAS foi idealizada para funcionar


em consonância com o pacto federativo, a fim de
propiciar a descentralização das ações de execução
para os gestores locais.

É estabelecido no SUAS um arranjo baseado em


competências comuns e exclusivas entre os entes da
federação, de forma a harmonizar o campo de ação
de cada um, bem como as suas competências.
RESPONSABILIDADES COMUNS
Compete à União, estados, DF e municípios:

• Instituir os fundos e os conselhos de assistência


social;
• Realizar o plano de assistência social em cada esfera;
• Dotar os fundos de assistência social de unidade
gestora e orçamentária;
• Alocar na unidade orçamentária dos fundos recursos
destinados ao cofinanciamento do aprimoramento da
gestão, dos serviços, dos programas e dos projetos de
assistência social;
RESPONSABILIDADES COMUNS

• Delegar ao gestor da política de assistência social a


ordenação de despesa dos gastos vinculados aos
fundos;
• Acompanhar os serviços, programas, projetos e
benefícios por meio dos respectivos órgãos de
controle;
• Organizar e coordenar o SUAS em seu âmbito,
observando as deliberações e pactuações;
• Elaborar o pacto de aprimoramento do SUAS;
RESPONSABILIDADES COMUNS
• Normatizar e regular a política de assistência social em
cada esfera de governo, em consonância com as normas
gerais da União;
• Garantir o comando único das ações do SUAS pelo órgão
gestor da política de assistência social;
• Prover a infraestrutura necessária ao funcionamento
dos conselhos de assistência social;
• Estimular a mobilização e organização dos usuários e
trabalhadores do SUAS para a participação nas
instâncias de controle social da política de assistência
social;
RESPONSABILIDADES COMUNS

• Garantir que a elaboração da peça orçamentária esteja


de acordo com os planos de assistência social e
compromissos do pacto de aprimoramento do SUAS;
• Dar publicidade ao gasto dos recursos públicos
destinados à assistência social;
• Formular diretrizes e participar das definições sobre o
financiamento e o orçamento da assistência social;
• Instituir o planejamento contínuo e participativo no
âmbito da política de assistência social;
RESPONSABILIDADES COMUNS

• Definir serviços socioassistenciais de alto custo e as


responsabilidades dos entes quanto ao financiamento
e execução;
• Implantar sistema de informação, acompanhamento,
monitoramento e avaliação;
• Manter atualizado o conjunto de aplicativos do sistema
de informação do SUAS (Rede SUAS);
• Elaborar, implantar e executar a política de recursos
humanos de acordo com a NOB/RH - SUAS; e
• Criar ouvidoria do SUAS.
RESPONSABILIDADES DA UNIÃO
Compete à União:

• Articular, propor, coordenar e monitorar a PNAS;


• Assessorar os estados, DF e municípios para seu
desenvolvimento da PNAS;
• Normatizar os serviços, programas e projetos
estabelecidos em âmbito nacional;
• Propor os critérios de transferência dos recursos para
instâncias colegiadas como a CIT, além de transferir os
recursos destinados à assistência social;
RESPONSABILIDADES DA UNIÃO

• Encaminhar as normas gerais para avaliação do CNAS;


• Encaminhar para avaliação do CNAS os critérios de
qualidade na prestação de benefícios, serviços,
programas e projetos;
• Analisar a concessão e manutenção do BPC;
• Cofinanciar por meio de transferência automática a
assistência social em âmbito nacional;
• Financiar as ações assistenciais de caráter de
emergência;
RESPONSABILIDADES DA UNIÃO
• Apoiar financeiramente o aprimoramento de gestão
por meio do IGDSUAS;
• Elaborar e encaminhar a proposta orçamentária da
assistência social;
• Coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro
de entidades e organizações de assistência social em
articulação com os estados, os municípios e o DF;
• Decidir sobre a concessão e renovação da certificação
de entidade beneficente de assistência social;
• Reconhecer as entidades e organizações integrantes da
rede socioassistencial por meio do vínculo SUAS;
RESPONSABILIDADES DA UNIÃO
• Expedir os atos normativos para a gestão do FNAS de
acordo com as diretrizes do CNAS;
• Encaminhar ao CNAS relatórios periódicos de
atividades e realização financeira dos recursos;
• Elaborar e submeter ao CNAS os programas anuais e
plurianuais de aplicação dos recursos do FNAS;
• Orientar, acompanhar e monitorar a implementação
dos serviços socioassistenciais tipificados
nacionalmente, com foco na qualidade; e
• Elaborar plano de apoio aos estados e DF com
pendências e irregularidades junto ao SUAS.
RESPONSABILIDADES DOS ESTADOS
É responsabilidade dos estados:
• Cofinanciar por meio de transferência automática a
assistência social em âmbito regional ou local;
• Executar os recursos federais transferidos para o
aprimoramento da gestão, dos serviços, dos programas
e dos projetos de assistência social em âmbito local;
• Atender às ações assistenciais de caráter de
emergência;
• Criar mecanismos técnicos e financeiros para estimular
as associações e consórcios municipais na prestação de
serviços socioassistenciais;
RESPONSABILIDADES DOS ESTADOS
• Prestar serviços regionais que atendam regiões e
municípios cujos serviços tenham custo muito alto
ou sejam inexistentes;
• Zelar pela boa e regular execução dos recursos
transferidos pela União, inclusive em relação à
prestação de contas;
• Articular, propor, coordenar e monitorar a Política
Estadual de Assistência Social;
• Assessorar os municípios para seu desenvolvimento
na Política Nacional e Estadual de Assistência Social;
RESPONSABILIDADES DOS ESTADOS
• Financiar o custeio do pagamento dos benefícios
eventuais, a título de participação, com base nos
critérios estabelecidos pelo CEAS;
• Municipalizar os serviços de proteção social básica
executados diretamente pelos estados, assegurando
seu cofinanciamento;
• Coordenar o processo de definição dos fluxos de
referência dos serviços regionalizados acordados com
os municípios e pactuados na Comissão Intergestores
Bipartite (CIB);
RESPONSABILIDADES DOS ESTADOS
• Instituir ações preventivas e proativas de
acompanhamento aos municípios no cumprimento
das normas do SUAS;
• Elaborar plano de apoio aos municípios com
pendências e irregularidades junto ao SUAS para
cumprimento do plano de providências acordado
nas instâncias de pactuação e deliberação;
• Elaborar e cumprir o plano de providências, no caso
de pendências e irregularidades do estado junto ao
SUAS, aprovado no CEAS e pactuado na CIT;
RESPONSABILIDADES DOS ESTADOS

• Acompanhar o sistema de cadastro de entidades


e organizações de assistência social, em
articulação com os municípios de sua área de
abrangência; e

• Normatizar, em seu âmbito, o financiamento


integral dos serviços, programas, projetos e
benefícios de assistência social ofertados pelas
entidades vinculadas ao SUAS.
RESPONSABILIDADES DO DF
Compete ao Distrito Federal:
• Financiar o custeio do pagamento dos benefícios
eventuais, a título de participação, com base nos
critérios estabelecidos pelo CAS-DF;
• Efetuar o pagamento de auxílios natalidade e
funeral;
• Executar os projetos de enfrentamento da
pobreza, incluindo a parceria com organizações da
sociedade civil;
• Atender às ações assistenciais de caráter de
emergência;
RESPONSABILIDADES DO DF

• Prestar os serviços socioassistenciais previstos no


art. 23 da LOAS;
• Financiar a assistência social em âmbito local;
• Elaborar e cumprir o plano de providências, no caso
de pendências e irregularidades junto ao SUAS,
aprovado pelo CAS-DF e pactuado na CIT;
• Acompanhar o sistema de cadastro de entidades e
organizações de assistência social;
RESPONSABILIDADES DO DF
• Zelar pela boa e regular execução dos recursos da
União transferidos ao DF;
• Organizar a oferta de serviços de forma
territorializada, em áreas de maior vulnerabilidade e
risco, de acordo com o diagnóstico socioterritorial; e
• Normatizar, em seu âmbito, o financiamento integral
dos serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social ofertados pelas entidades
vinculadas ao SUAS.
RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS

Cabe aos municípios:


• Cofinanciar a assistência social em âmbito local;
• Executar os recursos federais e estaduais
transferidos para a melhoria da gestão, dos
serviços, dos programas e dos projetos de
assistência social em âmbito local;
• Zelar pela boa e regular execução dos recursos
transferidos pela União, inclusive em relação à
prestação de contas;
RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS
• Efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e
funeral;
• Executar os projetos de enfrentamento da pobreza,
incluindo a parceria com organizações da sociedade
civil;
• Articular, propor, coordenar e monitorar a política de
assistência social em seu âmbito;
• Financiar o custeio do pagamento dos benefícios
eventuais com base nos critérios estabelecidos pelo
CMAS;
• Atender às ações socioassistenciais de caráter de
emergência;
RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS
• Elaborar e cumprir o plano de providências, no caso
de pendências e irregularidades do município junto
ao SUAS, aprovado pelo CMAS e pactuado na CIB;
• Realizar o preenchimento do sistema de cadastro de
entidades e organizações de assistência social
previsto no inciso XI do art. 19 da LOAS; e
• Normatizar, em âmbito local, o financiamento
integral dos serviços, programas, projetos e
benefícios de assistência social ofertados pelas
entidades vinculadas ao SUAS.
Exercício 6 /
Oficina de aprendizagem
nº 3
CRITÉRIOS DE PARTILHA
Devido à estrutura da Política de Assistência Social e
do SUAS, que prevê a participação da população, a
descentralização político-administrativa e o
financiamento regular e automático na modalidade
fundo a fundo, foi delineada uma nova forma de
apurar o montante de recursos a ser repassado aos
entes federados.
CRITÉRIOS DE PARTILHA
Os critérios de partilha foram instituídos para serem:

• Públicos;
• Compreensíveis pelas instâncias da PNAS;
• Universais;
• Equitativos; e
• Pactuados nas instâncias da PNAS.
CRITÉRIOS DE PARTILHA

A nova forma de partilha substitui a lógica


convenial e o critério per capita, que tinham como
base o Termo de Referência, o Plano de Trabalho e
o Plano de Ação.

A União, nesse novo cenário, deve propor os


critérios de partilha e apresentá-los à CIT para
pactuação e ao CNAS para deliberação.
CRITÉRIOS DE PARTILHA
A NOB/SUAS – 2005 estabelece que os critérios de
partilha adotados têm como base a combinação de
critérios relativos ao porte do município, à quantidade
de população vulnerável, aos indicadores
socioterritoriais e de cobertura.

Essa estrutura de partilha não vigora atualmente,


devido a novos critérios deliberados pelo CNAS e
expressos nas resoluções do colegiado e na NOBSUAS
2012.
CRITÉRIOS DE PARTILHA (NOB SUAS 2005)
Proteção Social Básica - estrutura de partilha

• Porte populacional dos municípios;


• Taxa da vulnerabilidade social por estado;
• Cruzamento de indicadores socioterritoriais e
de cobertura.
CRITÉRIOS DE PARTILHA (NOB SUAS 2005)
Proteção Social Especial - estrutura de partilha

• Taxa de Trabalho Infantil – PNAD/IBGE;


• Taxa de cobertura do PETI – fonte de dados MDS e
IBGE;
• Incidência das situações de abuso e exploração
sexual de crianças e adolescentes.
CRITÉRIOS DE PARTILHA

É importante esclarecer que os critérios de partilha de


recursos federais são dinâmicos, devendo
acompanhar as necessidades da população e a
disponibilidade de recursos. Por isso, esses critérios
são modificados com o tempo.
Gestor Federal Gestor Federal
analisa os dados e recebe sugestões e
propõe mudanças. analisa os dados e
propõe mudanças.

A CIT analisa os critérios e os pactuam.

O CNAS delibera quanto os critérios propostos.

Gestor Federal passa a


repassar os recursos,
com base nos critérios
pactuados.
CRITÉRIOS DE PARTILHA
A NOB-SUAS 2012 estabelece novos critérios de
partilha de recursos:

• Implantação e oferta qualificada de serviços


socioassistenciais nacionalmente tipificados.

• Implantação e oferta qualificada de serviços em


territórios de vulnerabilidade e risco social, de
acordo com o diagnóstico das necessidades e
especificidades locais e regionais.
CRITÉRIOS DE PARTILHA
• Atendimento das prioridades nacionais e estaduais
pactuadas. As prioridades estaduais e regionais
devem ser objeto de pactuação na CIB e de
deliberação nos CEAS à luz da normatização
nacional. As prioridades de âmbito municipal e do
DF devem ser deliberadas em seus respectivos
Conselhos de Assistência Social.
CRITÉRIOS DE PARTILHA

• Equalização e universalização da cobertura dos


serviços socioassistenciais.

Como esses critérios são muito recentes, é


importante consultar a NOB SUAS/2012,
principalmente os artigos 78 a 82, e as Resoluções
nº 1 da CIT e do CNAS de 2013, por exemplo.
CRITÉRIOS DE PARTILHA

Proteção Básica

• Nº de famílias no município
• Nº de famílias no Cadastro Único
• Extensão territorial
• Especificidades locais ou regionais
• Cobertura de vulnerabilidade por ciclo de vida
• Outros indicadores a serem pactuados na CIT.
CRITÉRIOS DE PARTILHA

Proteção Especial

Critérios de partilha têm como base situações de risco


pessoal e social, por violação de direitos, que subsidiam
a elaboração de parâmetros e o estabelecimento de
teto para o repasse de recursos do cofinanciamento
federal, considerando a estruturação de unidades ou
equipes de referência para operacionalizar os serviços
necessários em determinada realidade e território.
FLUXO DO FINANCIAMENTO DO SUAS
Partilha/ Pactuação (critérios pré-estabelecidos)

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO -
CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

ACOMPANHAMENTO PELO GESTOR FEDERAL


Planejamento e Preenchimento do Plano de Ação

Avaliação do Conselho – Plano de Ação

Execução dos
Repasse dos Recursos Serviços, programas
e projeto

Prestação de Contas – Preenchimento das


informações do Demonstrativo

Parecer do Conselho

ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO


GESTOR FEDERAL
CRITÉRIOS DE PARTILHA

A NOB SUAS 2012 dispõe, ainda, que as unidades de


serviços de proteção social especial podem ter
distintas capacidades de atendimento e de
composição, em função das dinâmicas territoriais e
da relação entre estas unidades e as situações de
risco pessoal e social, que devem estar previstas nos
planos de assistência social.
COFINANCIAMENTO DO SUAS
O artigo 30 da LOAS estabelece como condição para os repasses
de recursos aos municípios, estados e DF a criação e
funcionamento de:
Conselho de Assistência Social, de composição paritária
entre governo e sociedade civil;
Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos
respectivos Conselhos de Assistência Social; e
Plano de Assistência Social.

Foi determinada, ainda, como condição para transferência de


recursos do FNAS aos estados e municípios a comprovação de
recursos próprios destinados à assistência social, alocados em
seus respectivos fundos de assistência social.
COFINANCIAMENTO DO SUAS
Esse dispositivo reafirma a importância do
cofinanciamento dos serviços e programas, que se efetua
por meio de transferências automáticas entre os fundos de
assistência social e de alocação de recursos próprios
nesses fundos nas três esferas de governo.

Além disso, a LOAS prevê que os estados e municípios


responsáveis pela utilização dos recursos dos fundos de
assistência social devem exercer o controle e o
acompanhamento dos serviços e programas por meio dos
respectivos órgãos de controle.
INSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS FUNDOS
Apesar de não haver estrutura única recomendável, certas funcionalidades
são aplicáveis a todos os casos:
 Lei de criação do fundo;
ASPECTOS LEGAIS  Decreto de regulamentação do fundo;
 Inscrever o FAS no CNPJ.

Definir o gestor ordenador de despesas e o gestor


ASPECTOS POLÍTICO- financeiro;
ADMINISTRATIVOS Subordinar o fundo à Secretaria de Assistência Social;
Definir equipe do FMAS.

Constituir Unidade Orçamentária;


Instituir Unidade Gestora;
Realizar planejamento orçamentário e financeiro;
Realizar programação financeira e fluxo de caixa;
ASPECTOS Realizar execução orçamentária e financeira e contábil;
ORGANIZACIONAIS Realizar monitoramento, avaliação e controle;
Prestar Contas ao Conselho em relatórios de fácil
compreensão;
Prestar contas ao MDS por meio do Demonstrativo Sintético
Anual de Execução Físico-Financeiro do SUAS.
OS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Os fundos de assistência social têm um papel
fundamental no desenvolvimento da política de
assistência social.

Inicialmente, eles foram utilizados como meio para


superação da transferência de recursos pela lógica
convenial, que apresentava inúmeros problemas, como
a descontinuidade na execução dos serviços, a
desigualdade na partilha de recursos e a falta de uma
tipologia de programas e serviços a serem estruturados
e executados pelos gestores locais.
OS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Para viabilizar a execução orçamentária e


financeira por meio de fundos públicos, foi criado
um arcabouço jurídico e operacional a fim de
superar os problemas do modelo anterior.
OS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Os repasses ocorrem por meio de transferências fundo


a fundo, realizadas pelo Fundo Nacional de
Assistência Social (FNAS) aos fundos estaduais e
municipais, de forma regular e automática.

Isso possibilita que os gestores disponham dos


recursos pactuados nas comissões intergestoras e
deliberados nos conselhos de assistência social para
cumprir sua programação de ações e serviços.
OS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
O FNAS é um fundo público de gestão orçamentária,
financeira e contábil, que tem como objetivo
cofinanciar gestão, serviços, programas, projetos e
benefícios de assistência social.

Nele são alocados os recursos federais destinados ao


cofinanciamento das ações da política de assistência
social.
OS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Os repasses realizados pelo FNAS são classificados em
duas modalidades:
• transferência voluntária ou convenial e
• repasse fundo a fundo, que é realizada praticamente
em todos os municípios e estados.

Os fundos de assistência social devem ser constituídos


como unidade orçamentária e gestora, subordinados ao
órgão responsável pela assistência social nas
respectivas esferas de governo.
OS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Os recursos próprios (provenientes do tesouro de cada


ente) e os recebidos dos fundos de assistência de outras
esferas devem, obrigatoriamente, ser alocados na
unidade orçamentária própria do fundo.

Nesse sentido, os fundos são instrumentos importantes


para viabilizar uma gestão transparente e racional de
recursos, contribuindo para o fortalecimento e a
visibilidade da assistência social no interior da
administração pública.
CARACTERÍSTICAS DOS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL
• Concentram os recursos utilizados para atingir os
objetivos da PNAS e da legislação complementar;
• Viabilizam o cofinanciamento de cada esfera de
governo;
• Fornecem publicidade dos gastos realizados na
assistência social;
• Facilitam o acompanhamento dos gastos pelos
conselhos de assistência social;
• Possibilitam a implementação do comando único em
cada esfera;
CARACTERÍSTICAS DOS FUNDOS DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL
• Possibilitam:
O repasse regular e automático;
A simplificação dos processos de trabalho;
O aperfeiçoamento do controle e avaliação dos
serviços e ações;
A reprogramação de saldos e a não devolução
deste à União ao final do exercício;
O aprimoramento dos processos de comprovação
de gastos;
CARACTERÍSTICAS DOS FUNDOS DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL
• Criam um nicho de conhecimento especializado e
interdisciplinar entre a execução financeira,
orçamentária e a própria execução da política de
assistência social em si;
• Facilitam o acompanhamento e fiscalização dos
órgãos de controle municipais, estaduais e federais;
• Facilitam o acompanhamento da execução pelos
gestores locais e federal;
CARACTERÍSTICAS DOS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL
• Auxiliam no avanço do processo de
descentralização;
• Viabilizam a prestação de contas por meio de
instrumento próprio, denominado “Demonstrativo
Sintético Anual de Execução Físico Financeira”; e
• Auxiliam na segurança dos direitos sociais previstos
na CF/88 e na PNAS.
NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SUAS 2012
(NOBSUAS 2012)
Estabelece um processo articulado de planejamento,
acompanhamento e avaliação por meio de instrumentos
como PPA, LDO, LOA, Plano de Assistência Social e o pacto
de aprimoramento do SUAS.

A NOBSUAS 2012 fortalece a PNAS ao disciplinar de forma


clara que os fundos de assistência social devem ter:
• unidade orçamentária e gestora subordinadas ao órgão
responsável pela política de assistência social e
• ordenação de despesa vinculada ao gestor da
assistência social.
Atenção! É importante que a gestão dos fundos
traduza as decisões e prioridades estabelecidas nos
seguintes instrumentos de planejamento: PPA, LDO,
LOA e Plano de Assistência Social, que devem ser
elaborados de forma articulada, a fim de preservar a
continuidade dos serviços, benefícios, programas e
projetos, garantindo assim os direitos dos cidadãos.
FUNDOS PARALELOS
Um grande desafio para o SUAS é equacionar a
autonomia que os entes possuem de criar e
operacionalizar fundos paralelos, em contraponto à
execução e ao desenho de um sistema único, com
objetivos e prioridades comuns.

Os recursos executados por meio dos fundos paralelos


não passam pelo crivo do controle social.
FUNDOS PARALELOS
Em alguns casos, esses fundos trazem novamente a
lógica assistencialista, de descontinuidade e
pulverização das ações, centralização tecnocrática,
fragmentação institucional, dentre outros aspectos
negativos.

Além disso, os fundos paralelos dificultam o controle


sobre os gastos de recursos e a transparência.
REPROGRAMAÇÃO DE SALDOS
O saldo existente em 31 de dezembro de cada ano dos
recursos financeiros repassados pelo FNAS aos fundos
de assistência social municipais, estaduais e do DF
poderá ser reprogramado, dentro de cada nível de
proteção social, para todo o exercício seguinte, desde
que o órgão gestor tenha assegurado à população,
durante o exercício em questão, os serviços
socioassistenciais cofinanciados correspondentes a
cada Piso de Proteção.
(Art. 11 da Portaria nº 625/2010).
REPROGRAMAÇÃO DE SALDOS

Exceção a essa regra: recursos do


PROJOVEM, que possuem legislação
específica (Art. 4º da Lei
11.692/2008).
REGRAS PARA REPROGRAMAÇÃO DE SALDOS

1. Prestar os serviços socioassistenciais cofinanciados


correspondentes a cada piso de proteção de forma
contínua e sem interrupção;

2. Apresentar proposta de reprogramação de saldo


financeiro não executado no exercício anterior para
apreciação do Conselho de Assistência Social;
REGRAS PARA REPROGRAMAÇÃO DE SALDOS

3. Após parecer favorável do Conselho de Assistência Social,


aplicar o saldo reprogramado dentro de cada nível de
Proteção em que foi repassado e vincular aos serviços; e

4. Devolver ao FNAS o recurso financeiro acumulado em


decorrência da não prestação dos serviços, de sua
interrupção ou da não aprovação pelo Conselho de
Assistência Social, inclusive os saldos provenientes de
receitas obtidas com a aplicação financeira desses
recursos.
Importante! Os recursos destinados à implantação dos
serviços/programas não podem ser reprogramados da
mesma forma:

 Nos casos de atraso na implantação, o gestor deve


reprogramar o recurso para a mesma finalidade em que
foi repassado, até a efetiva implantação;

 Caso o serviço não seja implantado, o gestor deverá


devolver o recurso repassado pela União, devidamente
atualizado.
Como realizar a apuração do saldo a ser reprogramado?
Para apuração do valor exato a ser reprogramado deve-se aplicar a
seguinte fórmula:
a) Verificar, por meio de extrato bancário, o saldo constante em cada
conta recebedora de recursos do FNAS;
b) Subtrair os valores inscritos em Restos a Pagar, ou seja, os
comprometidos, e ainda os valores em trânsito referentes às ordens
de pagamento emitidas em 2012 e compensadas somente em 2013;
c) O resultado da operação é o valor passível de reprogramação,
cumpridas as condições citadas no próximo slide.

Para aplicação dos valores reprogramados, será necessário a sua


incorporação ao orçamento do Fundo de Assistência Social a título de
crédito adicional com a justificativa de superávit financeiro, conforme
previsto nos artigos 41 e 43 da Lei nº 4.320/64.
Como acompanhar a execução dos recursos reprogramados?

a) Verificar se foram incorporados ao orçamento;


b) Inserir no processo de pagamento indicativo de que a despesa
refere-se a saldos que foram reprogramados (exemplo: escrever
na capa do processo - “pagamento referente a recurso
reprogramado”);
c) Indicar, ainda, que Resolução ou outro documento o Conselho
de Assistência Social aprovou a reprogramação;
d) Caso não se tenha como acompanhar a execução destes saldos
reprogramados por meio de sistema informatizado, sugerimos a
elaboração de planilhas com os dados do pagamento a fim de
que se possa acompanhar a execução da reprogramação
aprovada pelo Conselho de Assistência Social.
Revisão

Questão 1 V F
O princípio da universalidade diz
respeito à garantia da transparência e
de pleno acesso a qualquer interessado
às informações necessárias à
X
fiscalização do uso dos recursos
públicos.

228
Revisão

Questão 2 V F
A classificação funcional de
despesa responde à seguinte
questão: em que serão gastos os
recursos alocados?
X

229
Revisão

Questão 3 V F
A LOA orienta a elaboração e
execução da LDO do ano seguinte,
apontando a direção dos gastos
públicos e indicando os parâmetros
que devem nortear a elaboração do X
projeto de lei orçamentária para o
exercício subsequente.

230
Revisão

Questão 4 V F
É condição para os repasses de
recursos aos municípios e estados
a criação e funcionamento de:
X
• Conselho de Assistência Social;
• Fundo de Assistência Social; e
• Plano de Assistência Social.

231
Revisão
Questão 5 V F
O princípio do equilíbrio
estabelece que os valores
autorizados para a realização das
despesas devem ser compatíveis X
com os valores previstos para a
arrecadação das receitas.

232
Revisão

Questão 6 V F
Em caso de interrupção da oferta
do serviço, o gestor deve sempre
devolver os recursos referentes ao
período da interrupção por meio X
de depósito ao FNAS.

233
Revisão

Questão 7 V F
As diretrizes do SUAS
estabelecem a obrigatoriedade do
cofinanciamento apenas em duas
esferas de governo (federal e
estadual).
X

234
Revisão
Questão 8 V F
Os critérios de partilha devem ser
pactuados nas instâncias da PNAS.

235
Revisão

Questão 9 V F
É responsabilidade dos conselhos de
assistência social o acompa-
nhamento sistemático da execução
orçamentária e financeira do fundo
de assistência social na sua esfera de
governo.
X

236
Revisão
Questão 10 V F
O gestor deve planejar o
orçamento da assistência social
de acordo com os instrumentos
próprios da Política de Assistência
Social: o pacto de aprimoramento
da gestão do SUAS e o Plano de
Assistência Social, que devem
X
estar refletidos no PPA, LDO e
LOA.

237
Revisão

Questão 11 V F
O PPA estabelece programas e
metas governamentais de médio
prazo, com vigência de dois anos.
X

238
Revisão

Questão 12 V F
É responsabilidade exclusiva dos
municípios a criação de ouvidoria
do SUAS, preferencialmente com
profissionais do quadro efetivo. X

239
Revisão
Questão 13 V F
Os novos critérios de partilha de
recursos da NOB-SUAS 2012 têm
como pressupostos a implantação e
oferta qualificada de serviços
socioassistenciais nacionalmente
tipificados, em territórios de X
vulnerabilidade e risco social, de
acordo com o diagnóstico das
necessidades e especificidades locais
e regionais.
240
Índice de Gestão Descentralizada do Sistema
Único de Assistência Social (IGD SUAS)

O IGDSUAS busca avaliar a qualidade da gestão


descentralizada dos serviços, programas, projetos e
benefícios socioassistenciais do SUAS.

De acordo com os resultados alcançados pelos entes, a


União apoia financeiramente a gestão municipal e
estadual como forma de incentivo.
Índice de Gestão Descentralizada do Sistema
Único de Assistência Social (IGD SUAS)

O IGDSUAS é um índice que varia de zero a um.

Quanto mais próximo de um estiver o índice, melhor é


o desempenho da gestão e maior será o valor do apoio
financeiro repassado aos estados e municípios.
Índice de Gestão Descentralizada do Sistema
Único de Assistência Social (IGD SUAS)

O índice foi criado para induzir à melhoria de aspectos


prioritários para a gestão do SUAS.

Com base nos resultados apurados, os entes que


apresentam bom desempenho recebem os recursos
para investir em atividades voltadas ao aprimoramento
da gestão do SUAS.
Índice de Gestão Descentralizada do Sistema
Único de Assistência Social (IGD SUAS)

As variáveis selecionadas para compor o índice


apontam aos gestores quais aspectos da gestão
precisam ser melhorados e o repasse procura
recompensar os esforços realizados por cada
município, DF e estado no alcance dos resultados.
Índice de Gestão Descentralizada do Sistema
Único de Assistência Social (IGD SUAS)
O IGDSUAS possui duas modalidades:

• Índice de Gestão Descentralizada dos Municípios


(IGDSUAS-M), aplicado aos municípios e ao DF; e

• Índice de Gestão Descentralizada dos Estados


(IGDSUAS-E), aplicado aos estados.
IGD SUAS - M

O IGDSUAS dos municípios é calculado com base no


resultado da média do IDCRAS (obtido no CENSO
SUAS), com peso 4, e da execução financeira
ajustada (obtida com os dados de execução dos
municípios), que tem peso 1.

FÓRMULA DO
IGDSUAS - M: ((IDCRAS MÉDIO X 4) + (EXEC. FINANC. AJUSTADA X 1))

5
IGD SUAS - M
IDCRAS MÉDIO: possui 4 indicadores referentes aos CRAS:
• Atividades realizadas;
• Horário de funcionamento;
• Recursos humanos; e
• Estrutura física.

Cada dimensão do IDCRAS Médio pode ser enquadrada


em quatro graus de desenvolvimento, que depois são
classificadas nos seguintes estágios: insuficiente, regular,
suficiente e superior.
IGD SUAS - M
EXECUÇÃO FINANCEIRA AJUSTADA: obtida
mediante as informações de prestação de contas.
O cálculo considera o total de recursos repassados
pelo MDS aos municípios durante o exercício
financeiro e a proporção de recursos gastos no
período.
IGD SUAS - M
Os recursos do IGDSUAS são transferidos apenas
para os municípios e o DF que aderiram ao SUAS e
cujo valor do IGDSUAS-M seja superior a 0,2.

Pagamento mínimo:
• É assegurado aos municípios que atingirem o índice
mínimo estabelecido o valor mínimo de repasse
mensal equivalente a 500 reais.
• É assegurado aos municípios que atingirem o
IGDSUAS-M igual ou superior a 0,9 o valor mínimo
de repasse mensal equivalente a 1.500 reais.
IGDSUAS - M

Para aprofundar o tema do IGDSUAS e


conhecer melhor seus critérios, consulte o
Caderno de Orientações sobre o índice de
Gestão Descentralizada do SUAS, disponível
no sítio do MDS.
IGD SUAS - E

O IGDSUAS-E é aplicado aos estados.

Seu cálculo considera o IDCRAS Médio dos


municípios de seu território e a EXECUÇÃO
FINANCEIRA AJUSTADA de todos os municípios
do estado.
IGD SUAS - E
Os recursos de apoio à gestão descentralizada do
SUAS são transferidos apenas para os estados
cujo IGDSUAS-E seja superior a 0,2.

É assegurado aos estados que atingirem o índice


mínimo estabelecido o valor mínimo de repasse
mensal de dez mil reais.
Utilização do IGD SUAS
O pré-requisito para execução dos recursos do IGDSUAS é o
planejamento das ações de forma coordenada e com o
objetivo de melhorar a gestão local do SUAS.

O gestor deve identificar o que é necessário para aprimorar


a gestão dos serviços de caráter continuado, de programas,
dos benefícios e dos projetos de assistência social.
Atenção! O IGDSUAS não permite o uso do antigo
paradigma da lista de itens de despesas, como era
feito com os recursos transferidos por meio de
convênios.
Utilização do IGD SUAS
O aprimoramento da gestão do SUAS compreende
doze ações:
1. Gestão de serviços;
2. Gestão e organização do SUAS;
3. Gestão articulada e integrada dos serviços e
benefícios socioassistenciais;
4. Gestão articulada e integrada com o Programa
Bolsa Família e o Plano Brasil Sem Miséria;
Utilização do IGD SUAS
5. Gestão do trabalho e educação permanente na
assistência social;
6. Gestão da informação do SUAS;
7. Implementação da vigilância socioassistencial;
8. Apoio técnico e operacional aos conselhos de
assistência social, observado o percentual mínimo
fixado;
Utilização do IGD SUAS
9. Gestão financeira dos fundos de assistência
social;
10. Gestão articulada e integrada com os Programas
BPC na Escola e BPC Trabalho;
11. Gestão e organização da rede de serviços
assistenciais;
12. Monitoramento do SUAS.
Utilização do IGD SUAS

As despesas a serem realizadas com os recursos


do IGD SUAS não possuem uma lista exaustiva do
que se pode ou não gastar com o recurso, mas
uma orientação geral das macroações que podem
ser desenvolvidas.
Utilização do IGD SUAS

É importante destacar que pelo menos 3% dos


recursos transferidos no exercício financeiro, no
âmbito do IGD SUAS, devem ser gastos com
atividades de apoio técnico e operacional aos
conselhos de assistência social.

Além disso, é vedado por lei o pagamento de


pessoal efetivo e gratificações de qualquer
natureza a servidor público dos municípios, DF
ou estados com recursos do IGD SUAS.
Utilização do IGD SUAS

Como vimos, a regra básica para utilização dos recursos do


IGDSUAS é que o gasto seja realizado para aprimoramento
da gestão do SUAS, respeitando as doze ações listadas.

Exemplos de gastos com recursos do IGDSUAS:


• Compra de equipamentos eletrônicos (computadores,
serviços de internet, impressoras, datashow)
destinados à gestão do SUAS, ao controle social ou à
execução dos serviços socioassistenciais;
Utilização do IGD SUAS

• Realização de capacitações, encontros e oficinas para


trabalhadores do SUAS, gestores e conselheiros de
assistência social;

• Contratação por tempo determinado de pessoas


jurídicas ou físicas para ministrar capacitações
referentes ao SUAS;

• Locação de espaço físico e logística para capacitações,


encontros e oficinas de interesse do SUAS;
Utilização do IGD SUAS
•Compra de veículos e combustíveis utilizados nos
serviços socioassistenciais, nas atividades da gestão
ou do Conselho de Assistência Social;

•Custeio de diárias e passagens dos trabalhadores do


SUAS, gestores e conselheiros para participação nos
eventos do SUAS;

•Desenvolvimento de ferramenta informacional e de


tecnologias que apoiem a organização do SUAS;
Utilização do IGD SUAS
• Aquisição de mobília (mesas, cadeiras, estantes,
armários, telefones) para a estrutura física do
ambiente onde é feita a gestão, o controle social ou
o atendimento das famílias;

• Aquisição de materiais de consumo e expediente,


tais como papéis, tinta para impressoras, lápis,
canetas, pastas, entre outros;
Utilização do IGD SUAS
• Deslocamentos e apoio às atividades de:

Equipes dos serviços socioassistenciais para


realização de visitas e acompanhamento das
famílias em situação de vulnerabilidade e risco
social;

Conselheiros para acompanhamento e fiscalização


dos serviços da rede socioassistencial;
Utilização do IGD SUAS

 Campanhas de divulgação voltadas à população


sobre os direitos socioassistenciais, ações do SUAS,
BPC, Programa Bolsa Família e Plano Brasil Sem
Miséria por meio da elaboração de materiais
informativos (cartazes e panfletos), divulgação em
rádio, televisão, carro de som, teatro e outros
meios.
Exercício 7
Índice de Gestão Descentralizada do
Programa Bolsa Família (IGD PBF)

O IGD PBF é um instrumento de promoção e


fortalecimento da Gestão do Programa Bolsa
Família.

É um índice que mede:


• a cobertura cadastral,
• a qualidade da gestão do Cadastro Único e
• a qualidade e integridade das informações sobre
o acompanhamento das condicionalidades das
áreas de educação e de saúde.
IGD PBF
O IGD PBF é um índice que varia de zero a um.
Quanto mais próximo de um estiver o índice, melhor
é o desempenho da gestão e maior será o valor do
apoio financeiro repassado aos estados e municípios.

O IGD PBF serve tanto para medir a qualidade da


gestão do PBF e Cadastro Único, como para
incentivar a obtenção de resultados cada vez
melhores.
IGD PBF

O IGD PBF possui duas modalidades:

• Índice de Gestão Descentralizada dos Municípios


(IGD PBF-M), aplicado aos municípios e ao DF; e

• Índice de Gestão Descentralizada dos Estados (IGD


PBF-E), aplicado aos estados.
IGD PBF-M

A transferência dos recursos é compreendida como


um direito alcançado pelos municípios que
realizaram as ações e atingiram os índices mínimos
estabelecidos na legislação vigente.
IGD PBF-M
O IGD-M contribui para que os municípios e o DF
busquem, de forma continuada, aprimorar a gestão
do PBF e Cadastro Único.

A prestação de contas deve ser realizada ao Conselho


Municipal de Assistência Social (CMAS).
IGD PBF-M

Fórmula de cálculo do IGD PBF-M:

Vamos conhecer cada fator a seguir.


IGD PBF-M

• Fator I é o fator de operação: corresponde à média


das seguintes variáveis:

Taxa de Cobertura Qualificada de Cadastros;


Taxa de Atualização Cadastral;
Taxa de Acompanhamento da Frequência
Escolar; e
Taxa de Acompanhamento da Agenda de Saúde.
IGD PBF-M
• Fator II é o fator de adesão ao SUAS;

• Fator III é o fator de informação da apresentação da


comprovação de gastos dos recursos do IGD-M - indica se
o gestor do FMAS lançou no SuasWeb a comprovação de
gastos ao CMAS; e

• Fator IV é o fator de informação da aprovação total da


comprovação de gastos dos recursos do IGD-M pelo CMAS
- indica se o Conselho registrou no SuasWeb a aprovação
integral das contas apresentadas pelo gestor do FMAS.
IGD PBF-M

NÃO há repasse de recursos:

• Se alguma taxa do Fator I for menor que 0,20 ou


• O resultado final do Fator I estiver abaixo de 0,55 ou
• Um dos outros fatores for igual a zero.
IGD PBF - M

Para aprofundar os conhecimentos sobre


o cálculo do IGD-M do PBF, consulte o
Caderno do IGD-M, disponível no sítio do
MDS.
IGD PBF-E

O IGD-E é um indicador que mede o desempenho dos


estados na gestão do Cadastro Único e PBF,
considerando a qualidade do Cadastro Único (validade
e atualização dos cadastros) e do acompanhamento
das condicionalidades de saúde e educação em todos
os municípios de cada estado.
IGD PBF-E

Com base nos resultados apurados, os estados que


apresentam bom desempenho recebem recursos
financeiros para investir em atividades voltadas para a
gestão compartilhada do PBF e Cadastro Único.

Os recursos são repassados aos estados diretamente


do FNAS para o Fundo Estadual de Assistência Social
(FEAS).
IGD PBF

É importante destacar o caráter intersetorial do PBF:


parceria entre o gestor municipal, os responsáveis
pelo acompanhamento das condicionalidades de
educação e saúde, representantes da assistência
social e a Instância de Controle Social do PBF ou
CMAS.
Utilização do IGD PBF
O MDS não define quais ações devem ser custeadas
com os recursos do IGD PBF. Entretanto, é de comum
entendimento que tais recursos estão vinculados à
gestão do PBF e Cadastro Único.

Não há definição prévia do MDS sobre o percentual de


recursos do IGD PBF a ser alocado nas áreas de
assistência social, educação, saúde ou em outras áreas.
Não cabem, portanto, partilhas dos recursos entre as
áreas envolvidas.
Utilização do IGD PBF

Embora o recurso do IGD PBF esteja garantido em lei, o


repasse não é perene, o que pode comprometer o
pagamento de despesas fixas como salários de
servidores, por exemplo.
Utilização do IGD PBF
Exemplos de atividades de gestão do Cadastro
Único e PBF:

• Compra de computadores, notebooks,


impressoras, toners, modem para internet e
outros equipamentos usados nas tarefas do PBF e
Cadastro Único;

• Reforma das instalações da gestão do PBF e do


Cadastro Único;
Utilização do IGD PBF
• Compra de móveis e materiais de expediente;

• Capacitação de entrevistadores do Cadastro Único;

• Aluguel de espaço para a realização de eventos,


capacitações e ações complementares ao PBF
envolvendo os beneficiários, os técnicos do PBF e do
Cadastro Único e os conselheiros responsáveis pelo
controle social;
Utilização do IGD PBF
• Aquisição de veículos, desde que sejam
exclusivamente utilizados nas ações do PBF e do
Cadastro Único;

• Capacitações para os servidores sobre o


acompanhamento das condicionalidades;
Utilização do IGD PBF
• Divulgação de campanhas de inclusão, atualização
cadastral e cumprimento das condicionalidades por
meio de cartazes, panfletos, carros de som, jornais,
rádios, entre outros meios;

• Promoção de palestras para as famílias beneficiárias


sobre as condicionalidades e regras do PBF;
Utilização do IGD PBF
• Implementação de ações complementares ao PBF
(alfabetização de adultos, capacitação profissional,
educação financeira, acesso ao microcrédito
produtivo orientado, entre outros); e

• Atividades de controle social do PBF e do Cadastro


Único (o município deve destinar pelo menos 3% dos
recursos recebidos pelo IGD PBF ao colegiado que
acompanha as ações do PBF e do Cadastro Único).
Utilização do IGD PBF

Atenção! Os mecanismos de contratação de


bens e serviços com recursos do IGD PBF
devem seguir os mesmos procedimentos
previstos nas leis, ou seja, devem ter licitação,
empenho, liquidação e pagamento, como já é
feito habitualmente com os recursos próprios.
Oficina de aprendizagem nº 4
Obrigado pela atenção!
Módulo III
Planejamento, Prestação
de Contas e o Papel dos
Conselhos
Objetivos
• Identificar os meios e condições de inserção das
demandas provenientes dos Planos de Assistência
Social nos orçamentos municipais e estaduais;
• Compreender o papel e as atribuições dos órgãos de
controle;
• Identificar os procedimentos de prestação de contas
e do exercício do controle interno e externo; e
• Identificar e compreender as atribuições dos
conselhos quanto ao controle social da gestão dos
recursos da Assistência Social.
Planos de Assistência Social
NOB SUAS 2012

O Plano de Assistência Social é um instrumento de


planejamento estratégico que organiza, regula e norteia
a execução da Política de Assistência Social na
perspectiva do SUAS.

Sua elaboração é de responsabilidade do órgão gestor


da política, que o submete à aprovação do Conselho de
Assistência Social, reafirmando o princípio democrático
e participativo.
Planos de Assistência Social
Os planos de assistência social devem conter o
diagnóstico socioterritorial do município para
identificar as vulnerabilidades presentes no território e
propor medidas para o seu enfrentamento.

Por isso, é fundamental que as medidas propostas de


combate às situações de vulnerabilidade sejam
pensadas sob o ponto de vista financeiro, para seu
correto planejamento e execução.
Planos de Assistência Social
O gestor local deve se preocupar em compatibilizar o
plano de assistência social primeiramente com o PPA,
para que o planejamento das ações socioassistenciais
integre o mundo orçamentário.

Além de guardar consonância com o PPA, os planos


devem constar na LDO e, com maior detalhamento, na
LOA.
Planos de Assistência Social

Segundo a NOB SUAS 2012, a estrutura do plano é


composta basicamente por:
• Diagnóstico socioterritorial;
• Objetivos gerais e específicos;
• Diretrizes e prioridades deliberadas;
• Ações e estratégias correspondentes para sua
implementação;
• Metas estabelecidas;
Planos de Assistência Social

• Resultados e impactos esperados;


• Recursos materiais, humanos e financeiros
disponíveis e necessários;
• Mecanismos e fontes de financiamento;
• Cobertura da rede prestadora de serviços;
• Indicadores de monitoramento e avaliação; e
• Espaço temporal de execução.
Planos de Assistência Social

Importante: a União, os estados, o DF e os


municípios devem elaborar os respectivos
planos de assistência social a cada quatro
anos, de acordo com os períodos de
elaboração do PPA.
Planos de Assistência Social
A realização de diagnóstico socioterritorial a cada
quatro anos compõe a elaboração dos planos de
assistência social em cada esfera de governo.

O diagnóstico tem como base o conhecimento da


realidade a partir dos territórios ou outros recortes
socioterritoriais que possibilitem identificar as
dinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturais,
reconhecendo as suas demandas e potencialidades.
Planos de Assistência Social
A realização de diagnóstico socioterritorial requer:

• Processo contínuo de investigação das situações de


risco e vulnerabilidade social presentes nos
territórios, estabelecendo avaliações de resultado e
de impacto das ações planejadas;

• Utilização de dados territorializados disponíveis nos


sistemas oficiais de informação;
Planos de Assistência Social
• Identificação da rede socioassistencial disponível no
território, bem como de outras políticas públicas, a
fim de planejar as ações em resposta às demandas
identificadas e a implantação de serviços e
equipamentos necessários; e

• Reconhecimento da oferta e demanda de serviços


socioassistenciais e definição de territórios
prioritários para a atuação da política de assistência
social.
Algumas fontes de dados e informações para a
construção dos diagnósticos socioterritoriais

• IBGE – www.ibge.gov.br

• MDS/SAGI – www.mds.gov.br/sagi

• PNUD – www.pnud.org

• IPEA – www.ipea.gov.br
Planos de Assistência Social
Os planos de assistência social devem observar:

• Deliberações das conferências de assistência social


para a União, os estados, o DF e os municípios;

• Metas nacionais pactuadas;

• Metas estaduais pactuadas;

• Ações articuladas e intersetoriais; e


Planos de Assistência Social
• Ações de apoio técnico e financeiro à gestão
descentralizada do SUAS tais como:

Capacitação;
Elaboração de normas e instrumentos;
Publicação de materiais informativos e de
orientações técnicas;
Assessoramento e acompanhamento;
Incentivos financeiros.
Oficina de aprendizagem nº 5
Órgãos de Controle
Com o surgimento do Estado de Direito, foi estabelecida
a separação de poderes, para que não haja qualquer tipo
de poder absoluto no Estado. A cada poder foram
atribuídas funções principais:

• Poder Executivo: atos de gestão (criação de programas


de governo, gerenciamento das receitas e despesas,
dentre outros);
• Poder Legislativo: criação de leis;
• Poder Judiciário: aplicação de leis.
Órgãos de Controle

Embora cada poder possua suas funções


principais, todos os poderes têm ações
complementares de gestão, de criação de
normas e de julgamento.
Órgãos de Controle
Para fiscalizar as ações dos três poderes, foram criadas
instituições dentro da estrutura do poder, como a
Controladoria Geral da União (CGU), e em outros casos
instituições externas, como o Tribunal de Contas da
União (TCU).

Além disso, foram elaborados diversos mecanismos de


controle, tais como a prestação de contas e os
relatórios de execução orçamentária e financeira.
Controle Interno

As controladorias fazem parte do controle interno,


que estão dentro da estrutura do Poder Executivo.

Normalmente, elas não possuem o mesmo grau de


autonomia do controle externo, desempenhando um
papel importante na certificação/análise das contas
do Poder Executivo, porém sem realizar julgamento.
Controle Interno

Cabe à controladoria orientar os gestores quanto à


correta utilização dos recursos públicos e às melhores
práticas de gestão.

Seu principal objetivo é examinar a gestão do titular do


Poder Executivo, dotando-o de dados e argumentos para
melhorar a gestão dos programas, bem como sua
avaliação dentro e fora do governo.
Controle Interno

No âmbito federal, a CGU é um órgão vinculado ao


Chefe do Poder Executivo, que tem como
atividades a serem desenvolvidas:

• Transparência pública;

• Fiscalização de recursos federais executados


pelos entes;
Controle Interno

• Auditoria interna dos procedimentos adotados pelos


gestores federais pela via da auditoria anual (prestação
de contas do gestor ao controle externo) ou pela via
excepcional (denúncias ou outro fato gerador);

• Supervisão técnica dos órgãos do controle interno do


Poder Executivo, como as Assessorias Especiais de
Controle Interno vinculadas às pastas ministeriais; e

• Outras ações, como a certificação das contas anuais


dos gestores federais e da Tomada de Contas Especial.
Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos

É uma iniciativa do governo federal que visa inibir a


corrupção entre gestores de qualquer esfera da
administração pública.

O Programa usa o mesmo sistema de sorteio das


loterias da Caixa Econômica Federal para definir, de
forma isenta, as áreas municipais e estaduais a serem
fiscalizadas quanto ao correto uso dos recursos públicos
federais.
Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos
A cada sorteio são definidos 60 municípios. Em cada
uma dessas unidades, os auditores examinam contas e
documentos e fazem inspeção pessoal e física das obras
e serviços em realização, mas privilegiam sobretudo o
contato com a população, diretamente ou por meio dos
conselhos comunitários e outras entidades organizadas,
como forma de estimular os cidadãos a participarem do
controle social.

Os relatórios de auditorias realizadas são


disponibilizados no site da CGU e podem ser utilizados
como referência no aprimoramento da gestão.
Controle Externo

O controle externo é a fiscalização da coisa pública por um


agente externo ao Poder Executivo, bem como a avaliação
das prestações de contas dos órgãos públicos.

No âmbito estadual e municipal, o controle externo é


realizado por meio das Assembleias Legislativas, Câmara
dos Vereadores, Tribunais de Contas Estaduais (TCE) e, em
alguns casos, por Tribunais de Contas dos Municípios
(TCM), como no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Controle Externo (TCU)
No âmbito federal, o controle externo é exercido pelo
Congresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas da
União (TCU), cujas atribuições são:

• Avaliar as contas prestadas anualmente pelo Presidente


da República;
• Avaliar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades mantidas pelo Poder Público Federal e as
contas daqueles que acarretarem alguma irregularidade
que resulte prejuízo ao erário público;
Controle Externo (TCU)

• Avaliar a legalidade dos atos de admissão de


pessoal, a qualquer título, na administração
direta e indireta (com exceção de nomeações
para cargo de comissão, bem como
aposentadorias, reformas e pensões);

• Realizar inspeções e auditorias nas unidades


administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo, Judiciário e demais entidades que
recebem ou executam recurso federal;
Controle Externo (TCU)
• Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos
repassados pela União aos estados, DF ou municípios
mediante convênio, acordo, ajuste ou similares;

• Elaborar relatórios com informações solicitadas pelo


Congresso Nacional sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional, patrimonial e
resultados de auditorias e inspeções realizadas;

• Fiscalizar as contas nacionais das empresas


supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta;
Controle Externo (TCU)
• Avaliar em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas as sanções previstas em lei,
que estabelecerá multa proporcional ao dano
causado ao erário, entre outras penalidades;

• Determinar que o órgão ou entidade adote as


providências necessárias ao exato cumprimento da
lei no prazo estipulado, se verificada ilegalidade;

• Suspender a execução do ato impugnado,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e
ao Senado Federal;
Controle Externo (TCU)
• Representar ao poder competente
irregularidades ou abusos apurados. No caso de
contrato, o ato de sustação será adotado
diretamente pelo Congresso Nacional, que
solicitará de imediato as medidas cabíveis ao
Poder Executivo;

• Elaborar relatórios trimestrais e anuais sobre as


atividades desenvolvidas pelo tribunal; e

• Realizar outras ações relacionadas na Lei nº


8.443/92.
Ministério Público
Existem outros órgãos importantes na fiscalização da
coisa pública, como o Ministério Público (MP), que é a
instituição responsável pela defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.

O MP possui importante papel na fiscalização dos


recursos públicos e na apuração de responsabilidade
dos agentes públicos que não atuaram conforme a lei
ou que geraram dano ao erário.
Ministério Público
O MP desenvolve ação punitiva nas esferas
criminais e cíveis, sem abranger o julgamento
administrativo das contas dos agentes públicos.

Além disso, acompanha e fornece parecer nos


processos administrativos dos Tribunais de Contas
por meio do Ministério Público de Contas.
Prestação de Contas
Existem diversos tipos de prestação de contas,
podendo ser anuais, apresentadas aos Tribunais
de Contas ou aos órgãos transferidores de
recursos, como é o caso de convênios ou
transferências fundo a fundo.

Os órgãos de controle interno ou externo


acompanham todo o processo de contas, bem
como a execução dos recursos.
Prestação de Contas
A prestação de contas é feita para comprovar a boa e
regular aplicação dos recursos públicos, gerenciados
por qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada. Esse dever está disposto na CF/88 (art. 70):

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física


ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária.
Prestação de Contas
No âmbito da assistência social, a obrigação de prestar
contas abrange todos os mecanismos de financiamento
sob gestão do MDS – sejam os de transferência regular
e automática (fundo a fundo) ou os viabilizados por
meio de convênios e contratos de repasse.

Esse dever é regulamentado das mais diversas formas,


tendo em vista as especificidades de cada tipo de
execução, modalidade de transferência de recursos e a
quem é destinada a prestação de contas dos recursos
executados.
Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

A NOB SUAS 2005 estabeleceu como prestação de


contas o Relatório de Gestão Anual, que se materializa
para o gestor federal no Demonstrativo Sintético de
Execução Físico-Financeira.

Relatório de gestão é o conjunto de informações sobre a


execução física e financeira dos recursos transferidos,
declarado pelos entes federados no SUAS WEB.
Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

Neste modelo, o uso dos recursos federais


descentralizados para os fundos de assistência social
estaduais e municipais deve ser declarado pelos entes
recebedores ao ente transferidor, anualmente,
mediante relatório de gestão que comprove a execução
das ações e seja submetido à apreciação do respectivo
conselho de assistência social.

Importante: a prestação de contas deve ser aprovada


pelo FNAS.
Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

Atenção! Na lógica atual, os gestores podem


a cada exercício reprogramar os saldos
relativos aos recursos repassados, a fim de
executá-los nos exercícios subsequentes.
Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo

As normas relativas à prestação de contas dos serviços


socioassistenciais são estabelecidas por meio de
portarias ministeriais que contêm regras e fluxos
básicos para o planejamento da execução de recursos
(Plano de Ação) e da execução física e financeira de um
determinado exercício (Demonstrativo).
Prestação de Contas dos recursos fundo a fundo
Desde 2005, o MDS publicou três portarias que
normatizaram a prestação de contas:

PORTARIA EXERCÍCIO

Portaria/MDS nº 459 de 2005 2005 -2007

Portaria/MDS nº 96 de 2009 2008

Portaria/MDS nº 625 de 2010 2009 - 2012


Prestação de Contas de Convênios
A execução por meio de convênios ou contratos de
repasse possui regras distintas quanto ao repasse de
recurso e prestação de contas.

Neste modelo, os recursos não executados devem


ser devolvidos após o final da execução do convênio
ou contrato de repasse nos prazos estabelecidos na
legislação. Essa devolução deve ser feita mediante o
cálculo proporcional dos valores repassados pela
União e os provenientes da contrapartida municipal
ou estadual.
Prestação de Contas de Convênios
A prestação de contas deve ser apresentada à
Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) por
intermédio do FNAS, contendo:

• Relatório de cumprimento do objeto;


• Notas e comprovantes fiscais contendo data do
documento, compatibilidade entre o emissor e os
pagamentos registrados no SICONV, valor, junção
de dados do convenente, programa e número do
convênio;
Prestação de Contas de Convênios
• Relatório de prestação de contas aprovado e
registrado no SICONV pelo convenente;

• Declaração de realização dos objetivos do


instrumento;

• Relação de bens adquiridos, produzidos ou


construídos, quando for o caso;
Prestação de Contas de Convênios
• Relação de capacitados, quando for o caso;

• Relação dos serviços prestados, quando for o caso;

• Comprovante de recolhimento do saldo de


recursos, quando houver; e

• Termo de compromisso por meio do qual o


convenente é obrigado a manter os documentos
relacionados ao convênio.
ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO GESTOR
FEDERAL

NOTIFICAÇÃO REPROVAÇÃO APROVAÇÃO

TOTAL PARCIAL

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO


Etapas da Prestação de Contas
• Análise de Prestação de Contas: essa fase ocorre
após o término do prazo que o ente tem para
apresentar a prestação de contas ao órgão
repassador;

• Notificação: ocorre após identificação de alguma


possível irregularidade na execução do recurso
federal. Os gestores responsáveis são notificados
para apresentarem documentação complementar ou
justificativas;
Etapas de Prestação de Contas
• Aprovação: é um ato do ordenador de despesa do
FNAS, que avaliou a documentação apresentada e
considerou-a suficiente para comprovar a boa e
regular aplicação dos recursos transferidos;

• Reprovação: também é um ato exclusivo do ordenador


de despesa do FNAS. Ocorre quando o gestor não
consegue, após notificação, comprovar a boa e regular
aplicação dos recursos. A reprovação pode ser parcial
ou total, dependendo de quanto o gestor conseguiu
comprovar.
Etapas da Prestação de Contas

• Tomada de Contas Especial: é um procedimento de


exceção que deve ser aberto após o órgão esgotar
todas as medidas administrativas internas para que
ocorra o ressarcimento ao erário. Esse procedimento
visa levar ao conhecimento do TCU as situações
apuradas.
Atribuições dos Conselhos como Órgãos de
Controle Social
Como um dos principais instrumentos de controle
social, os Conselhos de Assistência Social têm como
principais atribuições a deliberação e fiscalização da
execução da política de assistência social e de seu
financiamento, em consonância com as diretrizes
propostas pelas Conferências Nacionais de Assistência
Social.
Atribuições dos Conselhos de Assistência Social
Entre as suas principais funções, destacam-se:

• Análise e aprovação da proposta orçamentária para a


área de assistência social;

• Aprovação dos planos de assistência social;

• Acompanhamento, avaliação e fiscalização dos


serviços de assistência social prestados pela rede
socioassistencial, definindo os padrões de qualidade
do atendimento;
Atribuições dos Conselhos de Assistência Social
• Análise e aprovação da prestação de contas dos
recursos financeiros aplicados;

• Avaliação do cumprimento das metas físicas e


financeiras;

• Análise da documentação do órgão gestor da


assistência social, bem como da capacidade de
gestão, execução e aplicação dos recursos
financeiros.
Conselhos de Assistência Social
Para desempenhar essas funções, os Conselhos de
Assistência Social devem ser capazes de avaliar,
deliberar e fiscalizar a execução da política de
assistência social.

É papel do gestor municipal fornecer as condições


necessárias ao adequado funcionamento do CMAS,
com estrutura mínima ao desempenho de suas
atribuições: local apropriado, mobília, computador com
acesso à internet, dentre outros.
Conselhos de Assistência Social

Atenção! Uma importante inovação do


IGDSUAS é a obrigatoriedade dos gestores
locais fornecerem aos seus respectivos
conselhos as condições necessárias para o
acompanhamento e fiscalização do controle
social.
Assim, o gestor deverá destinar no mínimo
3% dos recursos do IGDSUAS aos conselhos
de assistência social.
Conselhos de Assistência Social
Os conselhos de assistência social devem ter
composição paritária: 50% de representantes da
sociedade civil e 50% de representantes do governo.

O Ministério Público tem a responsabilidade de


fiscalizar o processo de eleição dos representantes da
sociedade civil.
Conselhos de Assistência Social

A composição paritária entre governo e sociedade civil


deve ser respeitada independentemente do número de
conselheiros, a fim de garantir a participação das
organizações sociais e populares no processo de
formulação, decisão e controle das políticas sociais.
Conselhos de Assistência Social
É importante observar também o princípio da
segregação de funções no desempenho do controle
social.

Por exemplo, o cargo de presidência do conselho não


deve ser ocupado pelo responsável pela execução
orçamentária e financeira.
Conselhos de Assistência Social
O FMAS e o FEAS devem apresentar didaticamente aos
respectivos conselhos quadros demonstrativos da
execução orçamentária e financeira.

Estes quadros devem conter no mínimo:


• O orçamento aprovado,
• O valor empenhado (em valores e em percentual),
• Os valores pagos (em valores e em percentual) e
• As alterações ocorridas no orçamento.
Conselhos de Assistência Social

Faz parte do exercício do controle social municipal o


acompanhamento da execução de convênios
celebrados com os estados e a União, para averiguar
possíveis irregularidades financeiras, interrupção de
obras ou aquisição de equipamentos incompatíveis
com as necessidades dos serviços de assistência social.
Conselhos de Assistência Social

Como vimos, os conselhos são estratégicos na gestão


do SUAS, pois contribuem para a adoção de práticas
que favorecem o planejamento e a execução da política
de assistência social de modo transparente e
participativo.
Exercício 8 /
Oficina de aprendizagem nº 6
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
Documentação

O gestor público deve realizar a abertura de


processos de pagamentos de recursos federais com
todos os documentos que comprovem a origem e a
execução orçamentária e financeira do recurso.

Devem estar contidos no processo os


comprovantes de despesas, contratos, convênios e
licitações, a fim de comprovar a regular aplicação
dos recursos.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
É obrigação do gestor de recursos públicos a guarda
de todos os documentos, sendo boa prática de gestão
identificar a documentação que comprove gastos
públicos com a origem da despesa, a fim de
comprovar o nexo de causalidade entre a receita e a
despesa.

Por isso, notas fiscais, cheques e outros documentos


devem ser atestados com a respectiva procedência,
contendo descrição do que foi pago no próprio
documento ou no processo de pagamento.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
O gestor municipal deve executar os recursos
em conta específica, aberta pelo FNAS, sendo
proibida a sua transferência para contas
distintas, exceto se houver autorização do
FNAS.

Os recursos podem ser movimentados


somente mediante cheque nominal ao credor
ou ordem bancária.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
Enquanto não são utilizados, os recursos devem
ser obrigatoriamente aplicados em caderneta
de poupança ou no mercado financeiro.

Os pagamentos devem ser feitos mediante


emissão de ordem bancária ou cheque nominal,
contabilizado pelo órgão competente e
obrigatoriamente assinado pelo ordenador da
despesa e pelo encarregado do setor financeiro.
Orientações do Fundo
Nacional de Assistência Social
Pagamento de Pessoal

É permitido pagar profissionais da equipe de referência com


recursos do FNAS até o limite de 60% dos recursos
repassados (Resolução do CNAS nº 32/2011).
O cálculo dos 60% deve ser feito de acordo com cada nível de
Proteção Social (Básica e Especial).
É proibido utilizar recursos do FNAS para o pagamento de
profissionais que não integrarem as equipes de referência,
bem como de rescisão trabalhista ou indenizações de
qualquer natureza.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social

Atenção! Os recursos do IGDSUAS não podem


ser utilizados para pagamento de pessoal, nem
mesmo da equipe de referência.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
Composição das equipes de referência:

• Proteção Social Básica: assistente social e


psicólogo.
• Proteção Social Especial de Média Complexidade:
assistente social, psicólogo e advogado.
• Proteção Social Especial de Alta Complexidade:
assistente social e psicólogo.

(Resolução nº 17, de 20 de junho de 2011)


COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CRAS
Médio, Grande, Metrópole e
Pequeno Porte I Pequeno Porte II
DF
(4 técnicos) (6 técnicos)
(8 técnicos)
Até 2.500 famílias Até 3.500 famílias A cada 5.000 famílias
referenciadas referenciadas referenciadas

2 técnicos de nível 3 técnicos de nível


4 técnicos de nível superior,
superior, sendo 1 superior, sendo 2
sendo 2 profissionais
profissional assistente profissionais assistentes
assistentes sociais, 1
social e outro sociais e
psicólogo e 1 profissional
preferencialmente preferencialmente 1
que compõe o SUAS
psicólogo psicólogo

2 técnicos de nível 3 técnicos de nível


4 técnicos de nível médio
médio médio
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CREAS

Municípios
Capacidade de
Nível de Equipe de Referência
Porte Atendimento
gestão
1 coordenador
1 assistente social
Pequeno Gestão 1 psicólogo
No mínimo 50
Porte I, II e inicial, básica 1 advogado
famílias/indivíduos
Médio Porte ou plena 2 profissionais de nível superior
ou médio para abordagem de rua
1 auxiliar administrativo
1 coordenador
2 assistentes sociais
Grande
Gestão 2 psicólogos
Porte, No mínimo 80
inicial, básica 1 advogado
Metrópole e famílias/indivíduos
ou plena 4 profissionais de nível superior
DF ou médio para abordagem de rua
2 auxiliares administrativos
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
É possível pagar com os recursos de 60% do Governo
Federal (Resolução do CNAS nº 32/2011):
• Salários de concursados do regime estatutário,
celetista ou temporário, desde que integrem a
equipe de referência, independentemente da sua
data de ingresso no quadro de pessoal do ente
federado;
• Encargos sociais advindos do vínculo; e
• Auxílio, gratificações, complementação salarial,
vale-transporte e vale-refeição, conforme o caso.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
É proibido contratar com esses recursos:

• Profissionais que não integrem as equipes de


referência; e

• Rescisão trabalhista ou similar.


Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
Para realizar o pagamento da folha de pessoal dos
profissionais que integram as equipes de
referência, os gestores devem utilizar a unidade
gestora dos fundos de assistência social ou, em
caráter excepcional, outra estrutura da
administração pública, enquanto o FMAS não
estiver constituído como unidade orçamentária e
gestora, com estrutura mínima para
operacionalizar o pagamento.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
É essencial que o gestor municipal empenhe
esforços para executar os recursos federais e
municipais no FMAS, constituindo-o como
unidade orçamentária e gestora.

Além de ser uma obrigação legal, a


operacionalização de recursos pelo FMAS facilita
a correta execução e transparência do gasto.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social

Nos casos de municípios que ainda não possuem


estrutura adequada para executar os pagamentos da
equipe de referência por meio do FMAS, o gestor pode
realizar o pagamento por outro órgão da administração
pública enquanto providencia a organização,
estruturação e operacionalização do FMAS.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
Com os recursos repassados para o nível de Proteção
Básica é possível contratar somente profissionais da
Proteção Básica?

Sim. O total de recursos repassados para este nível


de proteção, observando o percentual de até 60%,
poderá pagar apenas profissionais da equipe de
referência deste nível de proteção.
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
Principais itens de despesas que podem ser
executados com recursos do FNAS para a
realização dos serviços:

• Materiais de consumo: para serem


disponibilizados nos CRAS, CREAS, Abrigos e
Centros POP;

• Locação de materiais permanentes: desde que


comprovado o uso para realização dos serviços
de acordo com a sua tipificação;
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
• Contratações:
– Pessoa Jurídica: reparos, pinturas, reformas e
adaptações para acessibilidade de bens imóveis
sem que ocorra a ampliação do imóvel;
– Pessoa Física: realização de capacitação e outras
atividades relacionadas aos serviços;

• Locação de veículos para oferta dos serviços;


Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
• Aluguel de espaço para funcionamento dos
equipamentos da rede socioassistencial para oferta
exclusiva dos serviços tipificados;

• Aluguel de espaço para eventos, palestras ou


atividades esportivas, desde que tenha pertinência
com o serviço e por tempo determinado;
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social

• Deslocamentos:
– Usuários: para participação nas atividades
referentes aos serviços ofertados;
– Equipe: para atendimento do público residente
em longas distâncias (indígenas, quilombolas,
entre outros).
Orientações do Fundo Nacional
de Assistência Social
Prestação de contas dos repasses fundo a fundo para
execução dos serviços socioassistenciais transferidos
pelo FNAS aos FEAS e FMAS:

Para a prestação de contas, o gestor e o conselho


devem preencher o Demonstrativo Sintético Anual
de Execução Físico-Financeira do SUAS disponível no
SUASWEB, conforme disposto na Portaria MDS nº
625/2010.
Em caso de dúvidas, entre em contato com o FNAS:
(61) 2030-1912 ou 2030-1862.
Oficina de aprendizagem nº 7
Obrigado pela atenção!

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